O candidato de direita, Sebastián Piñera, vencia o primeiro turno da eleição presidencial chilena neste domingo, com 44% dos votos, contra 30% do governista Eduardo Frei (esquerda). Os dois disputarão um segundo turno, que deve acontecer em 17 de janeiro, informaram as autoridades eleitorais após a apuração de 59% das urnas. O candidato independente de esquerda, Marco Enríquez-Ominami, obtinha 19% dos votos, e o comunista Jorge Arrate, 5%.
A eleição teve pouco mais de 4 milhões de votos válidos, e os chilenos escolheram ainda os 120 deputados da Câmara e 20 dos 38 membros do Senado. Após a publicação dos resultados parciais, Enríquez-Ominami se absteve de apoiar Piñera ou Frei, e liberou seus eleitores para votar em qualquer candidato no segundo turno.
Arrate já disse que apoia Frei. Jorge Pizarro, chefe da campanha de Frei, antecipou que por suas orientações de centro e esquerda, os eleitores de Enríquez-Ominami e Arrate apoiarão Frei no segundo turno: "ficou provado que 55% dos votos estão com um Chile livre e solidário", disse.
Andrés Allamand, senador e um dos porta-vozes de Piñera, assinalou que "enquanto o árbitro não apitar o final da partida", não se pode comemorar, mas estimou que "há uma vantagem extraordinária". "Vamos seguir trabalhando com força e humildade".
Os eleitores chilenos votaram com tranquilidade e houve bom índice de participação, apesar do calor em Santiago neste domingo. Piñera, Eduardo Frei e Enríquez votaram cedo e sem maiores inconvenientes.
O empresário Piñera, cuja fortuna é avaliada em US$ 1,2 bilhão, chegou à eleição com 44% nas pesquisas. Frei, candidato da presidente socialista, Michelle Bachelet, tinha 31% das intenções de voto.
"Todos sabem que vai haver um segundo turno. Então, a eleição de hoje é muito importante, mas, sem dúvida, teremos outra votação para eleger o presidente da República", disse Bachelet, que termina seu mandato com uma popularidade recorde, de entre 75% e 80%.
Piñera afirmou após votar que "tempos melhores se aproximam do Chile, especialmente para os que precisam de um bom governo, que estão passando dificuldades, sofrendo".
Eduardo Frei, que votou na cidade de Unión, 900 km ao sul de Santiago, afirmou que vencerá no segundo turno. "Aqui definimos duas maneiras, duas visões. Não queremos um salto no abismo ou a volta ao passado. Não acreditamos que o dinheiro e o mercado devem primar em nossa sociedade", disse Frei.
O independente Enríquez votou em Zapallar, 170 km a oeste de Santiago, e apostava na opção dos chilenos por uma "mudança verdadeira". "Tenho muita confiança em que o povo vai votar pela mudança verdadeira", disse Enríquez, 36 anos, um cineasta que abandonou o Partido Socialista para apresentar candidatura própria.
Piñera aparece nas pesquisas para o segundo turno com 49% das intenções de voto, contra 32% para Frei. Na eleição legislativa, o Partido Comunista obteve uma significativa votação e voltou ao Congresso chileno, após 36 anos de ausência.
O presidente do PC, Guillermo Teillier, e seus colegas de partido Hugo Gutiérrez e Lautaro Carmona foram eleitos para a Câmara dos Deputados. A última vez que os comunistas chegaram ao Congresso foi no governo do socialista Salvador Allende, em 1970, derrubado pelo ditador Augusto Pinochet, em 1973.
Durante as últimas décadas o Chile foi governado por coalizões de centro-esquerda do partido Concertación. Antes disso, esteve sob a ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990).
Fonte: portal Terra
Um comentário:
Adorei o seu blog. Parabéns! Vou estar sempre por aqui. Adoro política, não só criticando, o fazer política além de ser um direito, pra mim é um dever sagrado.
Somos seres políticos, tudo o que acontece e deixa de acontecer pra o bem do Brasil é nossa responsabilidade também. Votamos neles como nossos representantes.
Pela educação política nas escolas, do fundamental a universidade, um caminho para o exercício pleno da cidadania e consolidação da soberania que a Constituição da República Federativa do Brasil nos garante, abraço Emele
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