sábado, 30 de janeiro de 2010

Puty: "O PSDB está na contramão da história. O futuro somos nós."

O Observatório Eleitoral - OE - lança a seção de entrevistas "Entrevistas do Observatório". Aqui você encontrará as idéias e observações sobre temas importantes sobre política eleitoral, diretas de personagens que fazem e farão a história eleitoral de 2010 do Pará e do Brasil, de todos os partidos e ideologias. Aqui tem espaço para todos. O importante é construir e contribuir para o debate ético e para a formação da opinião e observações dos eleitores.

Para inaugurar a nossa coluna de entrevistas, o escolhido foi o chefe da Casa Civil do Governo do Estado do Pará, Cláudio Puty. Belenense, Puty é formado em Economia pela Universidade Federal do Pará, mestre em Teoria Econômicapela Universidade de Tsukuba, no Japão, e doutor em Economia Política pela New School for Social Research, em Nova Iorque. Militante assumido desde os tempos de estudante secundarista,o atual chefe da Casa Civil é filiado ao Partido dos Trabalhadores e forte candidato a pleitear uma vaga na Câmara Federal pela legenda nas eleições de outubro. Em seu blog recém criado, Puty se declara “um socialista que sonha com um mundo profundamente democrático e comunitário”.

Blogosfera

Observatório: Olá, secretário. Impossível não começar essa entrevista comentando sobre o seu blog criado na semana passada. Quais são suas primeiras impressões e respostas após um pouco mais de uma semana na blogosfera? Como o senhor vê o impacto dessas novas ferramentas de aproximação com o povo nas próximas eleições?

Puty: Blogosfera é interação, opinião e debate, oportunidade para combinar ação e reflexão, para explicar às pessoas o que nos move, quais os objetivos das ações e políticas públicas que temos adotado para mudar o Pará e as idéias que inspiram essas ações. Essa primeira semana tem sido estimulante. Tenho recebido mensagens encorajadoras, muita crítica construtiva e um número ínfimo de material inservível, predatório. A rede social na internet é estratégica não apenas no contexto eleitoral. Trata-se de um espaço público que rompe o bloqueio hegemônico da mídia convencional sobre o fluxo de informações e que se consolida como ferramenta privilegiada de aproximação entre as pessoas.

Candidatura à Câmara

Observatório: Especula-se na imprensa paraense que o senhor será candidato à Câmara Federal pelo PT. Isso o atrapalha de alguma forma na condução da Casa Civil?

Puty: Como você diz, trata-se de uma especulação. É óbvio que a governadora Ana Júlia tem todo interesse em debater uma candidatura à Câmara Federal que garanta sustentação política às teses que defendemos no âmbito do PT para a sociedade. Para nós, do PT, os projetos vêm antes dos nomes. A Casa Civil é o braço da articulação política do Executivo, mais especificamente da governadora Ana Júlia. Por ser uma posição de evidência no governo, está sujeita a todo tipo de julgamento, especulações e ilações que, se não ajudam, tampouco atrapalham. São apenas conseqüências das atribuições do cargo. Se for candidato, vou sair no prazo legal e isso não atrapalha nem um pouco a condução da Casa Civil; se não for candidato, fico na Casa Civil até quando a governadora Ana Júlia considerar que é necessária a minha permanência nessa função.

Governo Ana Júlia

Observatório: O senhor conseguiu implementar todos os projetos que planejou quando assumiu a Casa Civil em 2008 ou a crise econômica adiou alguns?

Puty: O Governo Popular assumiu em 2007 com o objetivo de fomentar um novo modelo de desenvolvimento para o Estado, que colocasse como centro de sua ação todos os municípios e todas as regiões – e não apenas a capital -; um modelo que eliminasse os gargalos que nos impedem de incorporar valor às nossas matérias-primas, verticalizando por exemplo a produção minerária; um modelo que criasse uma base tecnológica para a produção de conhecimento na região – por meio de parques tecnológicos, de universidades, como a Ufopa, e do NavegaPará; um modelo que preservasse as nossas reservas de biodiversidade e lançasse uma ação de reflorestamento que fosse, ao mesmo tempo, fonte de geração de emprego e renda – a exemplo do programa Um Bilhão de Árvores para a Amazônia -, enfrentasse o passivo ambiental e fundiário no Estado, estabelecesse as bases para a ampliação da oferta de trabalho e renda nas áreas urbanas; um modelo revertesse o déficit habitacional; um modelo que revitalizasse o sistema de segurança pública, sucateado durante 12 anos de gestão neoliberal; um modelo que ampliasse o sistema de saúde pública e viabilizasse a parceria com as prefeituras para reforçar as políticas públicas do Sistema Único de Saúde; um modelo que restabelecesse a confiança no sistema público de ensino, revitalizando as escolas e criando condições mínimas para uma educação de qualidade; e, principalmente, firmasse uma sólida parceria com as organizações populares, para cuidar dos segmentos mais vulneráveis da sociedade.

Mesmo com uma crise internacional que abalou a economia de todo o planeta, temos conseguido fazer o nosso dever de casa, em um Estado que foi completamente desmantelado. Para se ter idéia, a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) já anunciou que, nos próximos quatro anos, haverá investimentos de US$ 51 bi no Estado, com geração de 120 mil empregos. Outro dado importante está na diminuição do déficit habitacional: vamos construir um total 100 mil unidades até 2011, e as entregas já começaram. A parceria com as prefeituras também já é realidade. Fazemos hoje repasses fundo a fundo para a saúde municipal. Já reconstruímos mais de 600 escolas no Pará, metade do total de prédios no Estado.

Então podemos dizer que lançamos as bases para a mudança que nos propusemos a realizar, mas a transformação requer tempo, é uma tarefa diária, dura, e temos a convicção de que o povo do Pará vai continuar avalizando o processo que estamos conduzindo, porque ele integra um projeto maior, afinado com o que o presidente Lula iniciou ainda em 2002 e que será aprofundado com a eleição da ministra Dilma Roussef para a Presidência e a recondução de Ana Júlia para o governo do Pará.

Observatório: Na sua opinião, qual a maior mudança que o atual governo implementou no Estado nesses 3 anos de gestão do PT?

Puty: O PT tem a hegemonia, mas não governa só. Temos uma coalizão com vários partidos, dentre os quais destacamos o PMDB, o PDT, o PTB, o PCdoB, o PV, o PSB e o PP, por exemplo. A maior mudança é mesmo a inversão de prioridades, com massivos investimentos públicos na área social, fomento à produção, incentivos à geração de emprego e renda, inclusão, respeito ao funcionalismo público, enfim ... somos, PT e PSDB, como água e óleo.

Duciomar e os problemas da área de saúde

Observatório: Em uma entrevista recente ao jornal Diário do Pará, o prefeito Duciomar Costa apontou o Governo do Estado como responsável pelos problemas no sistema de saúde na capital. Como o Governo viu essa declaração?

Puty: Se o prefeito disse de fato o que o jornal publicou, ele está equivocado. Decreto assinado pela governadora Ana Júlia garante, desde o ano passado, o repasse de recursos direto, fundo a fundo, às prefeituras de todos os municípios para as ações básicas de saúde. Nós ampliamos em muito os agentes do Programa de Saúde da Família em todo o Estado e levamos as ações inclusive para municípios cujo acesso só é possível de barco. Além do mais, há ressarcimento pactuado pelo SUS para qualquer doente que venha do interior para ser atendido na capital e os hospitais regionais, a maioria deles inaugurada na gestão anterior sem nenhum equipamento, apenas simulacros de hospital, estão em pleno funcionamento hoje, alguns deles como referência em várias especialidades.

Pesquisas eleitorais

Observatório: Algumas pesquisas já começaram a ser realizadas para saber como anda o “humor” do eleitor. Qual a avaliação que o senhor faz sobre os resultados apresentados até agora sobre o Governo e o PT?

Puty: A pesquisa afere sempre uma amostragem da opinião pública em um momento específico. É um balizador. As que eu tive acesso mostram que estamos no rumo certo, vamos continuar trabalhando na direção que nos propusemos: a transformação das condições de vida do povo do Pará, o cuidado com as pessoas.

PMDB e outras alianças

Observatório: Todos os nomes e alianças do Partido dos Trabalhadores no Pará para as próximas eleições já estão definidos? Afinal, como está o relacionamento com o PMDB e Jader Barbalho?

Puty: Nós estamos conversando com todos os segmentos políticos interessados em dar continuidade ao projeto democrático-popular iniciado em 2007, que rechaça o modelo neoliberal representado pelo PSDB. Nosso relacionamento com o PMDB é de diálogo, tanto em âmbito local como nacional. Temos um projeto que tem apresentado resultados concretos e queremos mantê-lo, apesar das divergências naturais relacionadas à disputa por espaços no governo. Acredito que vamos superar essas dificuldades pontuais muito em breve.

PSDB: cenários nacional e local

Observatório: Nacionalmente, o PT aposta nas próximas eleições numa comparação direta entre os governos do PSDB e do PT. No Pará, qual será a estratégia?

Puty: O PSDB está na contramão da história. A pauta do neoliberalismo é o passado, quando o povo brasileiro está interessado em debater o futuro. No Pará e no Brasil, o futuro somos nós!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O que elevou a pressão do presidente?

- Medo de avião, pois já havia embarcado para Davos (Suíça), onde receberia o prêmio de Estadista Global, concedido pelo Fórum Econômico Mundial?
- Muitas viagens e correria para inaugurar o maior número de obras do PAC ainda durante a gestão de Dilma Rousseff à frente da Casa Civil?
- A informação de que Ciro Gomes não pretende ser candidato ao governo de SP e insiste em concorrer à presidência pelo PSB, tirando votos do PT?
- O mal estar atual na relação com o PMDB, ao evitar o nome de Michel Temer como vice na chapa de Dilma?
- As "broncas" causadas com o decreto do Plano Nacional de Direitos Humanos que quase rachou o governo?
- O visível e antigo sobrepeso, causados pelos confessados hábitos alimentares errados e falta de atividade física?

Fique tranquilo, presidente. Pelo menos aqui no Pará, a aprovação ao seu governo é gigantesca: 88% dos paraenses consideram seu governo ótimo, bom ou regular positivo, segundo pesquisas feitas em dezembro/2009.

Cabe lembrar que o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), nesta quinta disse: "O presidente caminha, faz exercícios diários. Ele tem saúde e cuida da saúde melhor do que todos nós. Foi fruto de uma semana muito cansativa. Ele estava muito cansado".

Então, tá. Segunda-feira, Lula já deverá estar no batente de novo.

Foto: Ricardo Stuckert/PR/Divulgação (Lula ainda no hospital em Recide/PE)

Ciro: dúvida cruel

O PSB namora os dois últimos partidos da base aliada do governo, para a candidatura de Ciro Gomes, que ainda não declararam apoio à Dilma Rousseff: PP e PTB. A informação foi dada pelo secretário-geral do próprio partido, o senador Renato Casagrande (ES), ao jornal Folha de SP nesta quinta(28).

Casagrande afirmou ainda que a legenda só irá tomar uma decisão definitiva sobre o futuro do cearense-paulista em março:“Nós acertamos isso com o presidente Lula, numa reunião realizada em setembro [de 2009]”, lembra o senador.

Ciro já afirmou nesta semana que, caso não seja candidato à presidência, prefere não disputar o governo de SP, Estado para onde mudou recentemente seu domicílio eleitoral.

A novela Ciro já está se arrastando e virando saga. Olhando para as pesquisas recentes, o tucano Serra deve preferir vê-lo disputando e roubando alguns votos de Dilma em outubro. Já a candidata petista deve achar melhor que o ex-cearense mude de idéia sobre o governo de SP.

E você leitor, o que acha: Ciro será ou não candidato à presidência?

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Dilma cresce na RMB. Serra estanca.

Pesquisas feitas nos últimos meses de 2009, setembro e novembro, nos municípios da RMB - Região Metropolitana de Belém - Belém, Ananindeua, Marituba e Benevides mostraram uma tendência de crescimento da candidatura de Dilma Rousseff, candidata petista, e de uma estagnação do candidato tucano, José Serra.

A RMB representa quase 30% de todos os eleitores do Pará.

Em um dos cenários, com Dilma, Serra e Marina (PV), veja os resultados:
- Serra tinha 44,4% e em dezembro teve 44,8%.
- Dilma tinha 18,4% e subiu para 24,6% (crescimento de 6,2%).
- Marina tinha 16,0% e caiu para 11,9% (queda de 4,1%).
- Brancos/Nulos tinha 10,0% e caiu para 6,8%.
- Indecisos caíram de 11,2% para 5,8%.

No cenário acima, a diferença entre Serra e Dilma que era de 26% caiu para 20,2%, em dezembro. A diferença ainda é significativa, mas mostra que Dilma está conseguindo capitalizar sua imagem com as inaugurações de obras, os bons resultados e a alta aprovação do governo Lula.

Em outro cenário, incluindo Ciro Gomes (PSB), os resultados em dezembro foram:
- Serra: 36,6%
- Dilma: 21,9%
- Ciro: 16,6%
- Marina: 10,6%
- Brancos/Nulos: 7,4%
- Indecisos: 7,0%
Nesse cenário cai ainda mais a diferença entre Serra e Dilma: 14,7%.

No cenário, pouco provável, Serra, Dilma e Ciro, os resultados foram:
- Serra: 41,4%
- Dilma: 24,5%
- Ciro: 18,5%
- Brancos/Nulos: 8,2%
- Indecisos: 7,5%
Nesse terceiro cenário, a diferença foi de 16,9%

Foram realizadas 1435 entrevistas de campo pelo Instituto Mentor de Pesquisas, distribuídas entre os 4 municípios, proporcionalmente aos seus colégios eleitorais, com margem de erro de 2,6%.

As informações do cenário ao governo do Estado do Pará é de uma recuperação gradual da governadora Ana Júlia, estagnação de Jader Barbalho e queda de Simão Jatene. Assim que tivermos mais informações, publicaremos.

Jáder será candidato ao Senado


No "O Globo" de hoje:

Costura

O PT e o PMDB do Pará já se acertaram. Os dois vão apoiar a candidatura de Jader Barbalho (PMDB) ao Senado. Só falta agora acertar com a governadora Ana Júlia a participação dos aliados em um eventual futuro governo da petista.
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Será que essa decisão foi ratificada na visita do ministro Alexandre Padilha, neste último domingo em Belém?
Será que Jader não vai brigar pelo Governo do Estado? Todos que o cercam diziam que ele estava muito motivado. Abriu mão pelo receio de ficar sem mandato?

Ciro reafirma plano presidencial e descarta São Paulo

De volta ao Brasil após 15 dias de férias no exterior, Ciro Gomes informou à direção do seu partido, o PSB, que continua decidido a disputar a Presidência da República.

Declarou também que está “descartada” a hipótese de comparecer às urnas de 2010 na condição de candidato ao governo de São Paulo.

Fonte: Blog do Josias, Folhaonline.

A Maldição do vice

A operação de bastidor para barrar a indicação de Temer como candidato a vice tem ainda ingrediente adicional. O receio do Planalto é que a maldição do vice se repita e o governo seja obrigado a trocar o colega de chapa da ministra durante a corrida eleitoral, causando instabilidade na campanha.

A necessidade de substituir vices alvejados por denúncias - mesmo que não comprovadas - já atingiu tanto Lula como o então candidato Fernando Henrique Cardoso (PSDB), na campanha de 1994, além do também tucano José Serra - hoje governador e potencial candidato ao Planalto - na maratona de 2002.

Em dezembro, Temer foi citado pela Polícia Federal na Operação Castelo de Areia. Acusado de ter recebido R$ 410 mil da construtora Camargo Corrêa entre 1996 e 1998, ele reagiu. "Isso é uma indignidade e expresso minha revolta com esse papel apócrifo, que coloca nomes das mais variadas pessoas. É uma infâmia", disse na época.

Fonte:Estadão

PMDB ameaça abandonar chapa se Temer for vetado

A articulação do comando da campanha presidencial do PT para barrar a indicação do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para vice na chapa de Dilma Rousseff, provocou protestos nos bastidores do PMDB. Mais do que fincar pé no nome do presidente do partido, afirmando que "o vice da Dilma será o Michel", um dirigente peemedebista avisa que, "se tiver de ser outro vice, talvez não seja da Dilma, e sim do PSDB".

Desconfortável com a movimentação petista, Temer diz que é candidato a deputado federal. "Essa coisa de vice tem me prejudicado", queixou-se ontem, lembrando que sua candidatura à reeleição está mantida, até para que os aliados não ocupem seu espaço político no interior paulista. Ele considera "deselegante" a campanha petista contra sua indicação, sobretudo por conta dos "recados" pelos jornais. "Quem vai resolver isto é o PMDB, não há a menor dúvida, e é claro que vamos conversar com o PT e a candidata no devido tempo. Não é preciso fazer campanha pelos jornais", reclamou Temer.

"Tiroteio e bala perdida em política sempre vão ocorrer, mas temos de criar contenções. Cada partido tem de cuidar dos seus, para não azedar as relações", cobra o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Em conversas reservadas, no entanto, integrantes da cúpula reagem à tentativa de veto, advertindo que o nome do ministro das Comunicações e senador Hélio Costa (PMDB-MG), sugerido por petistas, vestiria melhor o figurino de vice na chapa tucana do governador de São Paulo, José Serra. Argumentam que o mineiro seria o vice ideal para um candidato paulista, e não para Dilma, que também é de Minas.

"Temos de evitar problemas fazendo logo a nova executiva e mostrando unidade partidária. Não dá para deixar hiato de poder nem ficar espaço de dúvida", defende Jucá, destacando que só a partir daí é que o PMDB vai discutir polêmicas como a da escolha do vice. É este o pensamento predominante na executiva nacional do partido, que se reúne hoje para marcar a data da convenção que elegerá a nova direção, no mês que vem. Desta vez, deputados e senadores dividirão o poder, dando à nova executiva caráter muito mais abrangente que a atual.

O mandato de Temer na presidência do partido só termina em 10 de março, mas os peemedebistas querem reelegê-lo no dia 6 de fevereiro. A preocupação da cúpula em empossar o quanto antes a nova direção partidária atende a dois objetivos: mostrar aos dissidentes que os governistas têm ampla maioria para tomar as decisões no partido e dar uma demonstração de força ao PT. Eles querem deixar claro que, vice ou não, Temer estará à frente de todas as negociações políticas com o PT e demais aliados.Temer chegou a ponderar a conveniência de deixar a eleição para março, para atender o grupo dissidente que está fechado com Serra e ameaçava contestar a antecipação na justiça. "Pensei inicialmente em fazer uma conciliação que é do meu estilo, vejo que não seria útil para o partido nem pessoalmente para mim."

Fonte: Estadão

Pesquisas e fé

"Isso é um pesadelo. Deus me livre"

(Rodrigo Maia, deputado (RJ) e presidente do DEM, sobre pesquisa Vox Populi em Pernambuco, na qual Dilma Rousseff tem 45% de intenções de voto, e José Serra, 23%)

Fonte: coluna Panorama Político, O Globo.

Mais tarde, eu quero!

Com o cerco se fechando contra as doações de campanha abusivas, está tão difícil conseguir verba que os políticos não recusam nem mesmo dinheiro das crianças....rsss. Veja abaixo a nota da coluna Painel, da Folha desta quarta(27):

Doador mirim

Em meio às reuniões para discutir a candidatura presidencial, a senadora verde Marina Silva (AC) surpreendeu-se ao ser abordada pelo neto do deputado José Aristodemo Pinotti, morto em 2009. Empolgado, o menino estendeu a mão e ofereceu R$ 22 para Marina.

-É para ajudar na sua campanha!

Constrangida, a senadora respondeu:

-Muito obrigada! Mas não posso receber agora...

Marina explicou que estava proibida pela lei, mas que iria anotar o telefone para que a ajuda fosse recolhida no futuro.

TSE quer prestação de conta de partidos antes da posse

Ao mesmo tempo em que busca solução para tentar reduzir doações ocultas nestas eleições, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pretende abreviar em seis meses o prazo que os partidos têm para revelar quais as empresas que bancaram suas despesas de campanha.

A prestação de contas no sistema eleitoral brasileiro hoje, além de ser incompleta devido às brechas da lei que permitem empresas financiarem candidatos sem ter o nome ligado a eles, é feita em dois momentos.

A primeira parte da contabilidade eleitoral dos candidatos é tornada pública após as eleições, quando eles apresentam valores e nomes de quem os financiou diretamente ou via comitês. Esses dados são liberados para consulta na internet.

A outra parte das doações, entretanto, só vem a público seis meses depois, com a prestação de contas dos partidos, que têm até 30 de abril do ano seguinte às eleições para "abrirem" suas contabilidades. E a consulta integral a esses dados só pode ser feita pessoalmente, nos órgãos da Justiça Eleitoral.A proposta do TSE para as eleições de 2010 -inserida em uma das minutas de resolução que serão votadas até março- é unificar o prazo da prestação de contas no dia 2 de novembro, dois dias após o segundo turno.

Candidatos, comitês e partidos teriam até essa data para enviar à Justiça Eleitoral dados sobre quem financiou cada candidato, o que seria colocado na internet para consulta.

Para ter uma ideia da importância do financiamento eleitoral via partido -o que hoje demora seis meses e é de difícil consulta-, em 2008 os principais doadores oficiais de recursos a candidatos direcionaram pelas siglas valores 55% superiores aos que entregaram diretamente a candidato e comitê.

A proposta do TSE será discutida em audiência pública na próxima quarta-feira. Ela não altera o dia de análise de contas partidárias anuais, como um todo, que continua sendo a partir de 30 de abril do ano seguinte ao exercício.

Fonte: Folha de SP

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Para inglês ver

Na Folha de SP hoje:

Brecha em novas regras do TSE mantém doações ocultas

A proposta de resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com as novas regras de prestação de contas para a campanha deste ano não acaba com a chamada doação oculta, manobra utilizada por grandes empresas para destinar dinheiro a candidatos sem ter o nome associado diretamente a eles. Existem hoje pelo menos quatro formas de doação oculta. O texto do TSE tenta barrar apenas duas delas e, mesmo assim, dependerá de um mecanismo extra sobre o qual não há, até agora, garantia de que será colocado em prática.

As duas principais formas de esconder a conexão doador-candidato ocorrem quando as empresas que não querem ver seus nomes associados aos políticos direcionam os recursos a eles de forma indireta -via partido político ou via comitês de arrecadação montados pelas legendas nas eleições.

Com isso, na prestação de contas do candidato aparece o nome do partido ou do comitê como responsável pela doação -e não o da empresa.

A minuta do TSE determina que os partidos discriminem em suas prestações "a origem e a destinação" das doações recebidas e abram conta bancária específica para sua movimentação. Mesma regra, diz a área técnica do TSE, teria que ser cumprida pelos comitês.

O problema é que o texto não exige que essa prestação de contas faça a ligação individual doador-candidato, dando margem para que os partidos mantenham a atual prática: de simplesmente listar os nomes dos doadores e, em outra parte, os dos candidatos beneficiados, sem ligar uma ponta à outra. A solução para isso, segundo a Folha apurou no TSE, é o novo sistema eletrônico de prestação de contas, já em montagem pelo tribunal, que obrigaria partidos e comitês a informar, individualmente, o caminho de todas as doações, da origem real ao destinatário final.

Só que esse sistema, por não ter previsão clara na resolução, não passa atualmente de intenção. Ele só será implementado após nova discussão no tribunal, que colherá a opinião dos partidos -contrários ao fim das doações ocultas.

Revelada pela Folha e tornada pública pelo tribunal no dia 15, a minuta de resolução vai ser discutida em audiência pública na semana que vem. Ela tem até o início de março para ser aprovada pelo plenário do TSE. O relator de todas as resoluções eleitorais de 2010 é o ministro Arnaldo Versiani, que não quis falar sobre o assunto.

Os maiores financiadores da última eleição fizeram ao menos 61% das doações da maneira "escamoteada", em um total de R$ 86 milhões. O prefeito reeleito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), por exemplo, teve 96% de sua campanha financiada por doações ocultas (via partido ou comitê único).

Outros problemas

Mesmo que o novo sistema resista à pressão dos partidos e seja aplicado em outubro, há ainda dois outros caminhos que permitem doações ocultas e só acabariam com alteração na lei (as resoluções do TSE apenas regulamentam a legislação, não podem alterá-la).

Os partidos podem usar a doação das empresas para custear os seus gastos rotineiros, direcionando aos candidatos os recursos do Fundo Partidário (dinheiro público rateado entre as legendas), normalmente usado para as despesas administrativas. Ou seja, o candidato terá como financiador oficial não a empresa que doou a ele, mas o dinheiro do fundo. Além disso, é possível as empresas se esconderem por trás de associações setoriais, que assumiriam a paternidade da doação.

PSDB amarga derrota para PT em Altamira

O governo do Estado mostrou sua força em Altamira, atropelando o PSDB.

Nesta segunda(25), o prefeito de Anapu, Francisco de Assis Sousa – o “Chiquinho do PT” – foi aclamado presidente do “Consórcio Belo Monte”, formado pelas prefeituras de onze municípios da área de influência da futura hidrelétrica de Belo Monte.

A prefeita de Altamira, Odileida Sampaio (PSDB), esmagada pela articulação governamental, não conseguiu apoio nem para formar a chapa oposicionista.

O vice-presidente aclamado na chapa única é Ivo Muller, prefeito de Medicilândia, do DEM.

Fonte: blog do Hiroshi Bogea

MST fará campanha contra Serra, diz Stedile

O líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) João Pedro Stedile disse ontem que os movimentos sociais devem fazer campanha contra a possível candidatura do tucano José Serra à Presidência da República.

Em Porto Alegre (RS), onde participa do Fórum Social Mundial, ele disse que uma vitória de Serra representaria "a volta do neoliberalismo clássico" ao Brasil. Segundo Stedile, o MST deverá "torcer" e "fazer campanha" contra o tucano.

Ele afirmou que a rejeição de sindicatos e organizações de trabalhadores a Serra é espontânea, pois o governador de São Paulo se identifica com a plataforma "neoliberal", combatida pela esquerda durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

"Nós não precisamos baixar ordem para ninguém, mas há uma unidade de que todo mundo é contra a volta do Serra, por tudo o que ele representa, da volta do Fernando Henrique.

"A posição anti-Serra não se traduz, segundo Stedile, em apoio do MST à provável candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), à sucessão de Lula.

"Nós sempre votamos mais à esquerda, mas não vamos tomar uma posição de candidato A, B ou C", disse Stedile.

Aliados históricos, os sem-terra e o presidente vivem uma relação que ficou mais conturbada no ano passado. O MST já acusou Lula de trair as promessas de reforma agrária. O petista também já condenou invasões de terra e atos de vandalismo cometidos por sem-terra.

Em outubro do ano passado, Stedile afirmou que "o MST não é capacho de Lula" e que não haveria adesão automática à candidatura de Dilma.

Alas do movimento defendem apoio à senadora Marina Silva (AC), provável candidata do PV à Presidência, mas que é vista com reservas por setores ligados à agricultura familiar por ser considerada demasiadamente "conservacionista".

Fonte: Folha de SP

PSDB quer esvaziar palanque de Dilma no PR

Depois de ter avançado na formatação de um palanque no Rio de Janeiro, a direção do PSDB entrou em campo para tentar evitar que a disputa interna no Paraná prejudique a campanha do provável candidato do partido à Presidência, o governador de São Paulo, José Serra.

A questão mais urgente é evitar que o senador Osmar Dias (PDT), pré-candidato ao governo do Paraná, feche uma aliança com o PT, o que garantiria um palanque forte para a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, até agora os petistas estão sem candidato no Estado, e a principal aposta é na vaga ao Senado com Gleisi Hoffmann.

Osmar Dias almoça na quinta-feira com a ministra em Brasília, o que acendeu o sinal vermelho no PSDB. O senador foi procurado por caciques tucanos e se reunirá com a direção do partido nos próximos dias. Para esvaziar o palanque de Dilma no Estado, os tucanos apostam na incompatibilidade histórica entre Dias e o PT local.

Fonte: Estadão

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Mensaleiros voltam para enquadrar PT nos Estados

A volta do ex-ministro José Dirceu às instâncias decisórias do PT faz parte da estratégia do partido de controlar com mão de ferro a campanha de Dilma Rousseff ao Planalto neste ano e de trabalhar para suprir o provável "corpo mole" de aliados em Estados importantes.

A ele se juntarão na missão os deputados federais José Genoino e João Paulo Cunha. Os três, réus no processo que apura o mensalão (transferência de recursos a congressistas) no Supremo, estão fora da estrutura partidária desde 2005 e foram oficializados no sábado como membros do Diretório Nacional, instância que arbitra conflitos e promove resoluções.

A despeito das prováveis críticas da oposição no aspecto ético, a nova direção do partido, que toma posse em fevereiro, considera imprescindível a "experiência" do trio para um eventual sucesso de Dilma. Dirceu e Genoino são ex-presidentes do PT e terão de agregar a militância em torno da candidata, especialmente onde o partido apoiar nomes de legendas aliadas ao governo.

"Não tem sentido prescindir da experiência desses companheiros em um momento tão importante como este", afirmou o presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra (SE).

Conforme diagnóstico feito pela ala majoritária da sigla durante encontro no final de semana, em São Roque, é desejo de Lula que o PT apoie candidatos de outros partidos aos governos de Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná, São Paulo, Goiás e Minas -neste último, o partido está dividido.

O primeiro desafio do "trio de ferro" Dirceu, Genoino e João Paulo será evitar que as rusgas internas inviabilizem as costuras com PMDB e PSB.

O segundo passará a ser engajar a militância petista nas campanhas de Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e Eduardo Campos (PSB-PE), por exemplo.

"O PT vai ser o principal eixo de sustentação da campanha. Não estamos retirando a importância dos outros partidos, que são fundamentais. Mas a gente sabe que há Estados onde o PMDB não fará campanha para a gente", afirmou Dutra, avalista da volta de Dirceu, João Paulo e Genoino ao Diretório Nacional .

Fonte: Folha de SP

Lula não irá a palanque onde PT e PMDB forem rivais

Lula não participará da campanha eleitoral nos Estados em que houver disputa entre dois candidatos governistas.

Disse que pretende se manter distante de praças como Bahia e Pará, onde PT e PMDB vão medir forças.

Aprova a ideia de contornar a controvérsia por meio da montagem de dois palanques. Mas diz que, nesses casos, só Dilma Rousseff vai escalá-los. Ele não.

Nas pegadas da decisão de Lula, o PMDB reforçará nesta semana a pressão sobre o PT para o fechamento de um acordo em Minas.

Insiste na tese de que, para enfrentar a máquina liderada pelo governador tucano Aécio Neves, o governo precisa se unir.

Caso Ciro

Na reunião ministerial da semana passada, Lula discorreu sobre Ciro como se a candidatura dele ao governo paulista fosse fava contada.

No próprio PSB, vozes que antes apostavam numa nova aventura presidencial de Ciro hoje pensam de outro modo.

Ouvido pelo repórter, uma liderança do partido do deputado disse que o próprio Ciro cava o seu destino ao ausentar-se da disputa.

“O Ciro sumiu”, afirmou. “Perdeu a sua hora. Parece candidato à presidência de Marte, não do Brasil. Ganhou corpo o projeto São Paulo”.

Se Ciro ceder, Lula ordenará ao PT que lhe dê apoio, eximindo-se de lançar candidato em São Paulo. Prometerá, de resto, presença no palanque de Ciro.

Fonte: blog do Josias

PT e PMDB: ainda tem jeito?

Deu no Repórter Diário: "Ontem à noite, domingo - 24/1, estiveram reunidos na casa do deputado federal Jader Barbalho o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, o deputado federal Paulo Rocha (PT), o presidente do PT local, João Batista, e o dono da casa. Falaram sobre as relações entre o PMDB e o PT, além das eleições deste ano."

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O que terá saído da reunião? Essa relação que já vem se desgastando há meses ainda tem jeito? O Observatório lembra a velha frase "Na política tudo muda que nem as nuvens ...", mas concorda com alguns observadores de que o PMDB está apostando numa super valorização de suas forças, focando no Palácio dos Despachos. Essa visão dificulta qualquer entendimento. Mas, e se o telhado de Jader não estiver tão forte assim e as primeiras pedradas fizeram um estrago grande?

Vamos acompanhar o que falaram e trazer novidades durante a semana.

PPS deverá apoiar Jatene no Pará

Durante o encontro estadual do partido, em Belém, neste último sábado, foi praticamente fechado apoio do PPS ao candidato dos tucanos no Pará, Simão Jatene. Em junho, durante congresso da legenda, deverão confirmar o apoio.

Esse movimento de aliança que já era previsto nos bastidores da política paraense, deverá garantir ao PPS a indicação a uma vaga ao senado ou até o nome do vice. Será? Um dos nomes ao senado deverá ficar para Flexa Ribeiro, mesmo apresentando baixíssimos índices nas pesquisas recentes e pouco conhecimento da população pelo seu nome - Flexa foi suplente de Duciomar e assumiu a cadeira quando Dudu foi eleito prefeito de Belém. A preocupação do PPS é que o PSDB deverá buscar mais alianças, e se surgir um parceiro mais forte, poderá perder o direito aos cargos majoritários.

Os caciques do partido no Pará, dentre eles Arnaldo Jordy e João Salame, atualmente deputados estaduais, deverão brigar por vagas de deputados federais. Um nome ventilado para um dos cargos majoritários é de Helenilson Pontes, advogado, santareno, que poderia reforçar a candidatura do PSDB na região do Baixo Amazonas.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Vox Populi: Dilma empata com Serra no Rio

Pesquisa Vox Populi sobre inteção de votos para presidente aponta empate técnico entre José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) no Estado do Rio de Janeiro. Serra está com 27% e Dilma tem 26%. Ciro Gomes (PSB) obtém 14%. Marina Silva tem 9%.

Os dados completos devem ser divulgados nesta segunda-feira (25.jan) pela TV Bandeirantes.

O Rio de Janeiro é o terceiro maior colégio eleitoral do país, atrás de São Paulo (1º) e Minas Gerais (2º).

A antecipação dos dados da pesquisa Vox Populi para o Rio está no site da TV Bandeirantes.

No mesmo cenário pesquisado pelo Vox Populi, mas com metodologia diferente, o Datafolha havia apurado (de 14 a 18.dez.2009) os seguintes resultados: Serra com 29%, Dilma com 21%, Ciro com 14% e Marina com 12% –margem de erro de 3 pontos percentuais.

A pesquisa Vox Populi está sendo bancada pela TV bandeirantes. A coordenação do levantamento foi da estatística Maria Cecília Sacramento Souza. Foram entrevistadas 2.000 pessoas em todas as regiões brasileiras nos dias 14 a 17 de janeiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. Não foi divulgado a margem de erro específica para o Estado do Rio de Janeiro.

Desde o dia 19 deste mês a pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e aguarda decurso do prazo legal de 5 dias (que vence neste domingo, 24.jan) para poder ser divulgada na íntegra.

Fonte: UOL/Blog do Fernando Rodrigues.

Serra: Não assumo candidatura porque ‘cumpro a lei’

Três dias depois de a oposição ter protocolado no TSE ação contra Lula e Dilma Rousseff por “campanha ilegal”, José Serra animou-se a falar de si.

Em resposta a um leitor de seu microblog, Serra explicou por que mantém sua candidatura presidencial no armário: “Eu cumpro a lei”.

Anotou que “os outros –a imprensa, por exemplo—, podem dizer que alguém é pré-candidato ou candidato”. O político não pode.

Serra aproveitou a madrugada deste domingo (24) para pôr em dia a comunicação com a turma que o segue no twitter.

A certa altura, anotou: “Muitos aqui me perguntam sobre candidatura futura. Sabiam que pode ser considerado ilegal dizer-se agora pré-candidato a algum cargo?”

Exemplificou: “O ex-prefeito de Rodrigues Alves (AC), Deda Amorim, foi condenado pelo TRE, esta semana, por propaganda eleitoral antecipada”.

Esmiuçou o exemplo: “Motivo da condenação: o ex-prefeito disse no seu twitter que era pré-candidato a deputado estadual. Soube que ele deletou o twitter”.

Fonte: blog do Josias, Folhaonline

Frase do dia

"Marina (Silva) não está à esquerda nem à direita de Dilma (Rousseff), está adiante"

Alfredo Sirkis coordenador da pré-campanha de Marina Silva (PV)

3 chapas vão disputar a Prefeitura de Mojuí

No blog do Jeso:

São três as chapas que irão concorrer ao pleito majoritário (prefeito e vice) na 1ª eleição do novo município de Mojuí dos Campos. Os nomes foram definidos hoje, 24, em convenção partidária.

A chapa Jailson da Costa (PSDB) e Juvenal Nogueira, o Nal do Correio, (PP), foi sacramentada aos 45 minutos do 2º tempo. DEM e PCdoB também fazem parte do arco de apoio à dupla.

Outra chapa lançada para a disputa é a que reúne a professora Maria do Carmo (PMDB) e, como vice, o sindicalista Antônio Valdir Lima (PT). PV, PTB e PR participam da aliança.

O PDT também entrou no páreo, com Gelson Alves. O partido não costurou nenhuma aliança.

* Mojuí dos Campos foi distrito de Santarém até 2009, quando num plebiscito 85% de sua população decidiram por sua emancipação. O TRE organiza sua primeira eleição municipal.

Presidenciáveis do PSOL debatem

A Executiva Nacional do PSOL aprovou o calendário para debates entre os pré-candidatos à Presidência da República até então apresentados à direção do partido. Belém será a 3ª cidade com debate pesolista. Entre os candidatos está o paraense-carioca Babá, Martiniano Cavalcante Neto e Plínio de Arruda Sampaio. Veja abaixo as cidades e as respectivas datas para os debates:

1) Rio de Janeiro – 08 de fevereiro

2) Salvador – 22 de fevereiro

3) Belém – 25 de fevereiro

4) Brasília – 27 de fevereiro

5) Belo Horizonte – 01 de março

6) Recife – 04 de março

7) Fortaleza – 05 de março

8) Macapá – 06 de março

9) São Paulo – 12 de março

10) Porto Alegre – 13 de março

sábado, 23 de janeiro de 2010

Humor: Lula ensinando Obama a lidar com Senado

Obama respondeu à noite a um telefone que recebera do Planalto pela manhã. Lula foi direto ao ponto:

– E esse terremoto, heim?
– Pois é. Estou desolado.
– Calma, a gente dá um jeito.
– O estrago foi grande!
– Sim, mas...
– Perdi o Senado.
– Senado? Eu tô falando do Haiti!
– Sorry, sorry.
– O que houve no seu Senado?
– Um terremoto.
– Aí também?
– Yes, yes. Perdemos a maioria. Ted Kennedy morreu, você sabe...
– Sim, e daí?
– Ele era democrata devotado, voto nosso. Mas teve nova eleição. Perdemos. Ganhou o Scott Brown.
– Sei, sei...
– Republicano. Um oposicionista amalucado.
– Sei, uma espécie de Agripino Maia.
– Heim?
– Agripino, um democrata aqui do Brasil.
– Democrata? No Brasil?
– Exato. Também temos os nossos democratas. Só que aqui eles são republicanos. Conservadores. Entende?
– What?, diz Obama ao intérprete, imaginando-se vítima de má tradução.
– Esquece, esquece. Coisa do Brasil. Você ia dizendo...
– Te invejo. Você é que é feliz. Crise superada. Sindicatos amigos. Um Congresso que ajuda o governo. E eu aqui, às voltas com o caos...
– Também não é assim, companheiro. Não exagera. Cadê aquele Obama do ‘Yes, we can’?
– Evaporou. Agora é ‘sim, nós fazemos o que podemos'. Você não tá entendendo. Perdi a maioria no Senado.
– Bobagem. Eu lido com isso desde 2003.
– Não vou conseguir aprovar mais nada.
– Com jeitinho acaba aprovando.
– Até meus aliados me encostam a faca no peito.
– Hum, hum...
– Para votar a favor da reforma da Saúde, a senadora Mary Landrieu, gente nossa, exigiu a liberação de U$ 300 milhões para a Louisiana, o Estado dela.
– Sei bem como isso funciona.
– Sabe?
– Claro. É o velho toma-lá-dá-cá.
– What?, Obama reclama, de novo, com o intérprete, que esclarece: “Take-there-and-give-here”.
– A nossa Mary se chama Renan Calheiros.
– Ruenan?
– Às vezes muda de nome. Sarney, Jucá... Pra facilitar, eu chamo todo mundo pelo apelido: Bancada do PMDB.
– Não se comparam à nossa Mary Landrieu.
– Você não conhece a bancada do PMDB...
– O que devo fazer?
– Faz o seguinte: quando lhe pedirem dinheiro, você manda aprovar as emendas. Depois, segura. Não libera a verba.
– E funciona?
– Às vezes dá problema. Aí você entrega meia dúzia de cargos.
– O eleitor americano não vai entender.
– Você convoca uma entrevista e diz que precisa assegurar a governabilidade.
– Assegurar o quê?
– Anota aí: go-ver-na-bi-li-da-de.
– Será que basta?
– Talvez não. Convém você copiar a nossa medida provisória.
– Mas nós aqui precisamos de medidas permanentes.
– Sim, exatamente. As nossas medidas provisórias são permanentes.
– Heim?
– Te explico melhor pessoalmente, na reunião do G8.
– Isso dá certo?
– Já me rendeu mais de 80% de popularidade.
– Você é o cara!

Fonte: blog do Josias, Folhaonline.

Voz da experiência

A reação do PSDB, chamando Dilma Rousseff de "mentirosa", mostrou que o presidente Lula tinha razão ao se irritar, em Minas, quando a ministra atacou o senador Sérgio Guerra. Deu holofotes ao tucano.

Fonte:blog do Cláudio Humberto

Fogaça pode apoiar Dilma

Os tucanos estão perdendo o PMDB gaúcho. Seu candidato a governador, José Fogaça, tem dito que pode apoiar Dilma Rousseff (PT) se esta for a decisão nacional de seu partido. Seu arco de alianças, o PDT e o PTB, também o empurram para a petista. No PMDB local o que se diz é que "Dilma não é PT, é antes de tudo gaúcha". Mas o tucano José Serra não ficará sem nada. O ex-ministro de FH Eliseu Padilha continua firme com o PSDB.

Fonte: O Globo.

Advogado da União diz que inaugurar obras não é fazer campanha eleitoral

A inauguração de obras pelos governos federal e estaduais em ano eleitoral não configura propaganda, diz o advogado-geral da União ministro Luiz Inácio Lucena Adams, que considera tais atos uma prestação de contas da administração à sociedade.

Segundo ele, tais eventos significam falar do governo, e isso não é vedado pela legislação eleitoral. Adams disse que em tais ocasiões, o governante cumpre um papel institucional que a própria sociedade exige. Ele ressaltou que, atualmente, além de obras federais, estão sendo inauguradas obras dos governos estaduais e municipais, alguns deles integrantes da oposição.

Saiba mais...

A oposição acusa Lula e Dilma de fazer propaganda antecipada e entra com nova representação no TSE. Dilma e Lula desembarcam em Minas em busca de votos. Adams comentou o assunto hoje (22), durante encontro com jornalistas na AGU. Ele respondeu a uma pergunta sobre a representação apresentada por partidos políticos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Dilma Roussef, chefe da Casa Civil, sob a alegação de que ambos estariam fazendo campanha eleitoral antecipada, ao inaugurar obras em todo o país. Adams acredita que, a exemplo de representações anteriores, essa também deverá ser arquivada.

Adams informou que, até o mês de fevereiro, será lançada uma cartilha com orientações sobre o comportamento dos agentes públicos durante a campanha eleitoral deste ano. Elaborado em parceria com o Ministério do Planejamento, a Casa Civil e a Controladoria-Geral da União, o manual tratará de questões como a liberação de dinheiro, o uso de órgãos públicos e a participação de agentes públicos nas campanhas.

Fonte: Agência Brasil

Pizza, de novo?

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), continuará a ter apoio do DEM, mesmo depois de sua desfiliação do partido, há pouco mais de um mês. O diretório regional do DEM do Distrito Federal decidiu ontem que manterá a sustentação ao governador, investigado por participar de um suposto esquema de corrupção.

A decisão foi coordenada pelo vice-governador, Paulo Octávio, presidente do diretório regional. O vice recuou da decisão de não disputar a eleição local, em outubro, e de se licenciar do comando partidário. Na semana passada, Paulo Octávio ligou para o presidente do partido, Rodrigo Maia, para informar que não disputaria o governo do Distrito Federal e que pretendia sair da vida política, para preservar seus empreendimentos.

Ontem, o vice-governador mudou de ideia em reunião da cúpula partidária regional. "Ele disse que deseja continuar no diretório e que não definirá se será o candidato. O partido só vai escolher o nome em junho, na convenção", disse o secretário-geral da legenda do Distrito Federal, Flávio Couri. "Ele criou a crise interna e depois recuou. Ninguém o obrigou a tomar nenhuma decisão", afirmou.Durante a reunião, o diretório elaborou uma nota pública para reforçar o apoio ao governo Arruda. "Fica mantido o apoio às ações que constam do plano de governo que vêm sendo tão bem implementadas", divulgou o partido ontem.

Além do apoio do DEM, Arruda se beneficiou do encerramento da CPI que investigaria na Câmara Distrital as denúncias de corrupção contra seu governo. A ação foi articulada por aliados do governador e anunciada ontem pelo presidente da comissão, deputado distrital Alírio Neto (PPS). O PT, que lidera a oposição ao governo, vai recorrer da decisão. Alírio Neto citou decisão da Justiça de afastar os deputados citados no inquérito da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, de participar das investigações e do julgamento de Arruda. Estava previsto o depoimento à CPI do autor das denúncias do "mensalão do DEM", Durval Barbosa, ex-secretário do governo.

Fonte: Valor Econômico

Biometria é embrião do voto pela Internet

O Brasil foi pioneiro no mundo a ter, desde 2000, todo o seu processo eleitoral automatizado. A urna eletrônica é o grande personagem dessa revolução digital que ainda promete novos lances. Este ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai ampliar os testes do acesso ao voto através da impressão digital, a chamada biometria. Em 2008, três cidades participaram da iniciativa, que nas próximas eleições deverão cobrir cerca de 3% dos eleitores. Das 460 mil urnas eletrônicas que serão usadas, mais dametade do parque já virá com essa tecnologia embarcada.

Segundo especialistas, a urna biométrica é o embrião do voto pela internet. "É um processo inevitável. Basta apenas solucionar o desafio da identificação do eleitor, o que deve ser resolvido pela biometria", diz Patrícia Peck Pinheiros, advogada especializada em direito digital. A primeira utilidade deverá ser para os eleitores brasileiros localizados no exterior.

O maior objetivo da urna biométrica é colocar um fim em eventual dúvida sobre a identidade do eleitor. Elas permitirão a foto dos eleitores no terminal dos mesários, especificações mais seguras e maior velocidade no processamento dos votos são algumas das novidades prometidas pelo TSE dentro do novo modelo da urna eletrônica.

Candidatos twiteiros

Uma das principais ferramentas digitais de interação entre eleitores e candidatos é o microblog Twitter. Os políticos já estrearam em 2008 o canal e muitos já fazem seus comunicados por ele.

Sob inspiração do então candidato Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, destaca-se entre os twiteiros da política brasileira o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), pré-candidato à Presidência da República. Sua rival, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), tem entre seus assessores de campanha um dos principais responsáveis pelo sucesso de Obama no marketing digital, o norte-americano Ben Self.

Mania entre os políticos brasileiros iniciada em2008, o microblog Twitter deverá ser também uma das principais ferramentas digitais durante a campanha presidencial de 2010

Presidente lança Alencar ao Senado

BRASÍLIA. Durante a reunião ministerial de ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou a candidatura do vice José Alencar ao Senado por Minas Gerais. Lula foi mais longe: disse que vai ajudar na campanha do vice, pois lhe roubou quatro anos de mandato no Senado, quando o convidou para sua chapa presidencial, em 2002.

A sugestão foi aplaudida pelos ministros presentes ao encontro. - O Zé Alencar está muito animado para a política. No fim do mês vai fazer uns exames e, se tudo estiver bem, vai ser candidato a senador em Minas. E eu realmente vou ter que ajudar na campanha porque roubei quatro anos de mandato no Senado - afirmou Lula, segundo relato de presentes à reunião.

Em 2002, Alencar renunciou ao mandato de senador que havia conquistado em 1998 para assumir a vice-presidência da República, em janeiro de 2003. O vice vai fazer exames médicos no próximo dia 26 e, se estiver livre do câncer abdominal, deverá disputar as eleições. - Se Deus permitir, e eu estou achando que ele vai permitir, posso disputar o Senado. Agora, o presidente não vai precisar transferir o título para Minas. É só me liberar para ser candidato - afirmou Alencar. (Luiza Damé)

Fonte: O Globo

PSOL encerra negociação e não apoia Marina

Reunida quinta-feira (21) em Brasília, a direção do PSOL decidiu encerrar o processo de negociação com o PV em torno da candidatura de Marina Silva à Presidência. O partido trabalha agora para consolidar uma candidatura própria. Segundo Afrânio Boppré, secretário-geral do PSOL, o principal motivo do rompimento foi a decisão do PV de se coligar com o PSDB na disputa para o governo do Rio de Janeiro.
Fonte: Estadão.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Tudo igual

A cúpula do PMDB quer uma regra igualitária, a ser seguida pela campanha de Dilma Rousseff, nos casos de dois palanques nos estados. O PMDB trabalha com esse cenário na Bahia, no Pará e em Minas Gerais. E quer evitar as gravações surpresas, como as feitas para petistas, pelo presidente Lula, nas eleições municipais. Ontem mesmo, na reunião ministerial, Lula disse que vai aconselhar Dilma a não ir ou apoiar os dois candidatos.

Fonte: coluna Panorama Político, O Globo.

Lista tríplice para vice: Michel, Temer ou o Michel Temer

Pelo jeito, o imbróglio sobre a lista tríplice que o PT solicitou ao PMDB acabou em pizza, e o cozinheiro é o próprio deputado Michel Temer (PMDB-SP). Como informa a nota abaixo publicada no Estadão nesta sexta(22), o próprio Temer irá negociar com o PT sobre qual será o nome ideal do partido para vice de Dilma Rousseff para as eleições de outubro. O OE já se antecipa e revela os três nomes peemedebistas que estarão na lista tríplice para o PT escolher: Michel, Temer e o Michel Temer.

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PMDB dá carta branca para Temer definir chapa com PT

O presidente do PMDB, Michel Temer (SP), ganhou carta branca do partido para articular a aliança com o PT para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A cúpula peemedebista decidiu antecipar sua convenção para o dia 6 de fevereiro - 12 dias antes do Congresso Nacional do PT que vai formalizar a candidatura à Presidência da ministra Dilma Rousseff - e reeleger Temer na presidência do partido. Com isso, ele será transformado em único negociador do PMDB com o PT para a escolha do candidato a vice-presidente da República na chapa petista. Ou seja: um eventual veto ao nome de Temer pelo PT terá de passar pelo próprio Temer.

"Qualquer decisão, qualquer articulação envolvendo o PMDB terá de passar pelo Temer", resumiu o senador Wellington Salgado (PMDB-MG). O presidente Lula já deu sinais de que tem interesse por outros nomes dentro do PMDB para integrar a chapa de Dilma.

Campanha digital é desafio para marketing político

As mudanças trazidas pela mini reforma eleitoral (Lei 12.034/2009) em favor do livre uso das mídias digitais pelas campanhas a partir deste ano deverão consagrar os santinhos eletrônicos como novo fenômeno do marketing político. Além dos spams de e-mails, a versão moderna da tradicional propaganda pulverizada de candidatos poderá alcançar escala ainda maior nas mensagens instantâneas de celular, as chamadas SMS ou torpedos. O marketing viral já é uma das estratégias mais usadas, com fotos e textos difundidos pela web. O papel potencial dos celulares nas campanhas é enorme se considerar que há 174 milhões de assinaturas no Brasil , sublinha Paulo Kramer, professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB).

As novidades com apelo tecnológico das eleições de 2010 partem da ampliação do espaço da internet, a exemplo dos movimentos já percebidos em blogs, redes sociais e mensagens instantâneas. Algumas ainda terão de ser detalhadas até março pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os candidatos a cargos majoritários buscam conquistar no público conectado na internet eleitores jovens, os de perfil político mais moderado e aqueles geograficamente mais dispersos , arrisca Kramer.

O Tribunal Superior Eleitoral ainda precisa detalhar até março novidades válidas para este ano, como direito de resposta na internet e a abertura para doações de pessoas físicas a candidatos via rede. Ele lembra que há cidades no Nordeste sem agências dos Correios, mas onde há lan houses, um dos principais acessos à rede por cidadãos de baixa renda, juntamente com os locais de trabalho. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 60 milhões de brasileiros têm acesso regular à internet.

Conforme a nova lei eleitoral, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a propaganda eleitoral gratuita será permitida em blogs, sites, comunidades e outros veículos de comunicação do próprio candidato, devidamente registrados no TSE, além de portais de notícias. Eleitores que quiserem fazer sites de apoio a políticos estão livres. Na eleição passada (2008), o TSE limitou a propaganda a domínios can.br.

Diversos candidatos reclamaram de limitações como as sobre comunidades virtuais, por exemplo. A Justiça não acatou os pedidos, alegando que o período eleitoral havia começado e seria impossível mudar regras da publicidade.

Spam autorizado

No caso do SMS, essa abordagem eletrônica de eleitores por candidatos esbarra na mesma limitação da publicidade no celular por empresas. Segundo a legislação definida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o chamado mobile marketing no Brasil está condicionado à autorização prévia do usuário, embora venha ocorrendo de forma irregular.

Patrícia Peck Pinheiros, advogada especializada em direito digital, ressalta que o usuário-eleitor pode receber a primeira mensagem, mas não pode permanecer sem sua autorização na lista do spam por mais de 48 horas. A partir daí, nesse modelo chamado de opt out , o candidato pode ser multado em R$ 100 por mensagem indevida. O mesmo vale para os e-mails. Não tenho dúvida de que o santinho eletrônico vai se disseminar nessa eleição, prevê.

Para a advogada, a internet oferece mais transparência às eleições e é desafio aos estrategistas políticos, que precisarão criar peças específicas. O grande modelo é o da campanha vitoriosa do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que soube explorar o lado interativo da mídia. A internet tem grande potencial mobilizador, como foi o caso de Obama, e não pode ser vista como simples comunicação de massa , resume.

Apesar das regras sobre o direito de resposta na campanha política on-line, a especialista acha difícil coibir a boca de urna digital . Cabe aos próprios candidatos monitorar as manifestações na rede, para permitir abusos , diz.

Fonte: Valor Econômico

Oposição entra com nova representação contra presidente Lula e ministra Dilma Rousseff por propaganda antecipada

Na tarde desta quinta-feira (21) os partidos de oposição ao governo (PPS, PSDB e DEM) protocolaram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mais uma representação por propaganda antecipada contra o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

De acordo com a representação, o presidente Lula e a ministra Dilma vêm percorrendo todo o território nacional com plena intenção eleitoreira. Os advogados alegam que, durante uma das viagens do presidente Lula com suposta finalidade de inaugurar uma barragem em Jenipapo (MG), no último dia 19 de janeiro, o objetivo não era simplesmente fiscalizar o andamento de obras e a execução de programas do Governo Federal e sim fazer propaganda em favor da provável candidata do Partido dos Trabalhados à presidência da República, ministra Dilma Rousseff.

Na ocasião, o presidente afirmou em seu discurso que seria necessário visitar todas as obras de Minas Gerais para inaugurá-las antes de julho, pois a partir desta data os candidatos às eleições 2010 não poderão mais subir no palanque ao seu lado. Por isso, é preciso inaugurar antes para "mostrar a todos quem foram as pessoas que ajudaram a fazer ‘as coisas’ neste país”, fazendo referência à ministra Dilma.

O discurso caracterizaria propaganda antecipada, uma vez que a legislação permite a candidatura apenas a partir da escolha do representante em convenção partidária.

Os partidos sustentam na ação que os dois “estão se utilizando do poder político que detêm e dos recursos públicos que gerenciam para a dispendiosa e bem montada estratégia de, antecipadamente, lançar a ministra Dilma Rousseff como vantagem no certame eleitoral deste ano”.

Eles pedem, dessa forma, que o TSE aplique multa no valor correspondente ao custo total da viagem aos municípios mineiros de Jenipapo e de Araçuaí ou, alternativamente, o valor máximo de multa estipulado pela Lei 9504/97 por propaganda antecipada.

Fonte: TSE

Vale tudo

Da Redação do Observatório Eleitoral

Na semana passada, o presidente Lula comentou em uma de suas inaugurações de obras pelo País, ao falar sobre o teor dos debates políticos que ele espera para as próximas eleições, que não haveria "golpe abaixo da cintura".

Alguns dias depois, Lula pode dar adeus à sua teoria do jogo limpo, e seu partido é um dos responsáveis pela lambança. Durante a semana, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, e a ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, trocaram farpas sobre críticas do tucanato ao PAC(Plano de Aceleração do Crescimento). No meio disso tudo, houve notas oficiais dos dois partidos que deveriam ser motivo de vergonha para qualquer filiado das legendas.

Primeiro, o PSDB enviou uma nota chamando a ministra Dilma de "dissimulada e mentirosa", e depois o PT respondeu chamando Guerra de " jagunço político". O resultado disso é que a Executiva Nacional do PSDB anunciou ontem (quinta,21) que pretende interpelar o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, e o presidente eleito da legenda, José Eduardo Dutra, por calúnia e difamação.

Todos nós esperamos que discussões como essa não ocorram durante o período de campanha, mas o Observatório Eleitoral - OE - aposta que nem Lula aposta mais em um jogo tão limpo assim.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

PMDB quer solução para palanques regionais antes de escolher vice

A indicação do deputado Michel Temer, presidente da Câmara, como candidato a vice na chapa do PT, nas eleições presidenciais de outubro próximo, está virtualmente consolidada no PMDB, mas a aliança formal entre os dois partidos ainda depende da solução de problemas eleitorais nos Estados, principalmente em Minas Gerais.

Na opinião de integrantes da cúpula como Renan Calheiros (AL), líder no Senado, a solução dos palanques regionais deve anteceder a indicação do candidato a vice. E a candidatura ao governo de Minas, segundo o líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), passou a ser considerada vital para o PMDB, após o governador Aécio Neves desistir da candidatura nacional do PSDB - o que significa que o tucano vai jogar sua força eleitoral ao processo sucessório no Estado.

O PMDB quer que o PT desista de suas duas pré-candidaturas ao governo mineiro, o ex-prefeito Fernando Pimentel e o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), para apoiar o ministro das Comunicações, Hélio Costa, até agora o nome favorito nas pesquisas de opinião. O PT está dividido, mas a ala ligada a Patrus e ao ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral) é mais simpática ao acordo com os pemedebistas.

As principais lideranças do PMDB na Câmara e no Senado reuniram-se ontem na casa de Temer para discutir as eleições e a recondução do deputado à presidência do partido, que acontecerá em convenção prevista para ocorrer na última semana de fevereiro ou primeira de março. Segundo Henrique Alves, será uma oportunidade para o partido mostrar unidade.
Minas é o segundo maior colégio eleitoral do país, após São Paulo, e pode ser decisivo na eleição presidencial. Para o PMDB, é fundamental porque é a seção com o segundo maior número de votos (68) à convenção nacional, que vai ou não confirmar a coligação com o governo, atrás apenas do Rio de Janeiro, com 75 votos. No Rio de Janeiro a convivência PMDB-PT já está resolvida. São Paulo, seção controlada pelo ex-governador Orestes Quércia, que apoia o tucano José Serra, tem apenas 20 votos.

A oposição no PMDB está contida e pulverizada em grupos dissidentes, mas pode se aglutinar rapidamente no caso de enfraquecimento do grupo aliado do governo, o que ocorreria na hipótese de não haver acordo em Minas. Outra hipótese seria a indicação de Hélio Costa para vice, mas Henrique Alves avalia que ela deixou de fazer sentido desde que o "PSDB descartou a candidatura do Aécio a vice". O Senado, no entanto, só abre mão da vaga na solução com Hélio Costa como o candidato a governador de Minas - o vice e o senador, na chapa, seriam do PT.

O nome de Temer ganhou mais força no PMDB depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu que o partido apresentasse uma lista de três nomes à candidata Dilma Rousseff. Os pemedebistas entendem que a escolha é de Lula e Dilma, mas não abrem mão de fazer a indicação. Com a declaração de Lula, a sigla voltou-se imediatamente para o nome mais institucional entre os vários pretendentes ao cargo - Temer é o presidente do partido. Mas vários nomes são citados, além dele: o próprio Hélio, o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, o prefeito de Goiânia (GO), Iris Rezende, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
Meirelles seria o nome preferido do presidente Lula, o que é considerado outro fato com forte potencial de atrito entre PT e PMDB. Em conversas recentes, Meirelles tem sugerido que não sairá do governo para ser candidato, mas nos partidos isso é visto como dissimulação para não provocar nervosismo nos mercados. Entre os políticos é dado como certo que o presidente do Banco Central será ou candidato a vice na chapa de Dilma - o que seria seu real objetivo ao se filiar ao PMDB - ou ao governo de Goiás, que diz não desejar.

Temer tenta se manter distante da discussão. A Lula, o deputado disse que, após a consolidação da aliança, "vamos verificar em conjunto qual o melhor nome". Para Temer, o partido tem autonomia de indicar o candidato a vice, "mas não pode impor um nome: tem de ser fruto do diálogo".

Fonte: Valor Econômico

Discurso de Dilma abre guerra PT-PSDB

As declarações da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que em viagem a Minas anteontem disse que os tucanos pretendem acabar com o PAC, caso eleitos, recrudesceram o bate-boca entre oposição e base governista, dando o tom do que deverá ser o clima político neste ano de eleições presidenciais.

PSDB, DEM e PPS acionam hoje o Tribunal Superior Eleitoral, alegando que a viagem de Dilma e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para inaugurar obras no Vale do Jequitinhonha representa campanha eleitoral antecipada - os partidos já acionaram o TSE sete vezes contra Lula e a ministra. Também foi deflagrada uma "guerra" de notas públicas, divulgadas por tucanos e petistas.

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, afirmou, em nota, que "Dilma mente". "Mentiu no passado sobre seu currículo e mente hoje sobre seus adversários. Usa a mentira como método. Aposta na desinformação do povo e abusa da boa-fé do cidadão." O tucano listou episódios em que, segundo ele, Dilma teria mentido. Chamou a ministra de "dissimulada" ao "assegurar à drª Ruth Cardoso que não tinha feito um dossiê sobre ela. Mentira! Um mês antes, em jantar com empresários, informara que fazia, sim, um dossiê."

Guerra disse que "mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades são a base do discurso de Dilma". "Mas, ao contrário do que ela pensa, o Brasil não é um país de bobos", completou o senador, que está em viagem aos Estados Unidos. Pouco antes, Guerra dissera que "o PT é doutor em terrorismo eleitoral."

As afirmações de Dilma sobre os tucanos e o PAC foram feitas com base em entrevista de Guerra à revista Veja, na qual ele criticou o programa.

Fonte: Estadão

Vice, Goiás ou nada?

O PMDB quer uma definição de Meirelles

O PMDB de Goiás pressiona o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, a definir logo se vai disputar o governo do estado. "É o candidato a governador que faz as alianças, monta a chapa proporcional. Não dá para esperar até março", disse o presidente do PMDB goiano, Adib Elias. Meirelles gostaria mesmo é de ser o vice de Dilma Rousseff, mas ele é considerado cristão novo para poder representar o partido na chapa presidencial.

Fonte:O Globo.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Lembra dele?


Babá se lança pré-candidato à Presidência

Aos poucos, vai-se consolidando a impressão de que a senadora Marina Silva não contará mesmo com o apoio do PSol à sua candidatura à Presidência da República. Em que pese a disposição da ex-senadora e presidente do partido, Heloisa Helena, em apoiá-la, no PSol já começam a surgir alternativas próprias para a sucessão do presidente Lula em outubro deste ano. Primeiro, foi o ex-deputado constituinte Plínio de Arruda Sampaio, um dos fundadores do PT. Agora, é a vez do ex-deputado federal João Batista Babá. Junto com Heloisa Helena, Babá foi um dos primeiros dissidentes do PT, no início do governo Lula, que começaram a criticar os rumos da administração federal. Babá foi expulso do PT com Heloisa Helena, e fundou com ela o PSol.

O nome de Babá à Presidência foi lançado pela Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST), uma das tendências do PSOL. A decisão sobre se haverá uma candidatura própria ou se o partido apoiará Marina será tomada na conferência eleitoral do PSol, em março. Segundo o manifesto da CST, a pré-candidatura de Babá representa um dos objetivos da própria fundação do PSOL: “manter uma oposição de esquerda ao governo Lula e à falsa oposição de direita”.

Fonte: Congresso em Foco, IG.

Primeira pesquisa de opinião para presidente da República é solicitada

A Rádio e Televisão Bandeirantes e o Instituto Vox Populi solicitaram na última terça-feira (19) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o registro da primeira pesquisa de opinião pública sobre as eleições para presidente da República, que ocorrerá no dia 3 de outubro de 2010. A pesquisa pede que o entrevistado responda de forma espontânea em quem votaria para presidente da República se a eleição fosse hoje. Oferece ainda dois blocos de supostos candidatos a presidente da República e pede que o entrevistado aponte, em cada um, em quem votaria. Segundo os dados fornecidos, a pesquisa foi realizada de 14 a 17 de janeiro e abrangeu duas mil pessoas nas cinco regiões do País.

A Resolução 23.190, do TSE, estabelece que, a partir de 1º de janeiro deste ano, as entidades e empresas que realizarem pesquisas de opinião relativas às eleições de 2010 ou aos candidatos são obrigadas a registrar a pesquisa, com no mínimo cinco dias de antecedência da divulgação.

Fonte: TSE

Partidos começam a desenhar candidatos para Câmara Federal

A profªEdilza Fontes, em seu blog, fez uma minuciosa análise sobre os candidatos pareaenses para a câmara federal na próximas eleições. Apesar da atenção maior ao partido que Edilza integra , o PT, a professora não deixa de apontar candidatos de outras legendas e a capacidade destes de arrematar votos. Veja abaixo parte do texto da profªEdilza:

Perspectivas do eleitorado de Belém para a chapa de deputados federais

Alguns “puxadores” de votos, não estarão na disputa para as vagas de deputado federal em 2010. No PMDB, Jader Barbalho decidirá se disputa o governo ou senado. Para onde vão os 83 mil votos que ele conseguiu em Belém?

No PT, Suely Oliveira e Paulo Rocha, não serão mais candidatos a deputado(a) federal, abre-se no eleitorado cativo do PT, uma lacuna política. Quero lembrar que Beto Faro e Zé Geraldo, não demonstraram a capacidade de ampliação política no eleitorado urbano de Belém. Agora, se coloca acandidatura do ex-deputado Mário Cardoso, que obteve em Belém 249.200 mil votos na eleição para o senado em 2006 e 131.670 votos para prefeito de Belém em 2008, semdúvida é um nome possível para preencher esta lacuna eleitoral na capital. Mario não deve ser candidato da unidade na Luta.

No PT, temos ainda, a candidatura do atual chefe da Casa Civil, que nunca concorreu a nenhuma eleição parlamentar, sendo uma incógnita sua eleição. Suely Oliveira consegue transferir votos a Puty? (Suely/Puty são candidatos da DS e farão dobradinha). Sua eleição depende da capacidade de dobrar dentro e fora do PT e de aglutinar várias lideranças em seu entorno.

Paulo Rocha, pela primeira vez na história do PT-Pará, não será candidato a deputado federal. A tendência interna de Paulo Rocha, pretende lançar dois candidatos a federal, o deputado estadual Carlos Martins (oeste do Pará) e o deputado estadual Miriquinho Batista (região tocantina), nenhum com tradição de votação em Belém. Nesta eleição provavelmente terão que ampliar suas votações e buscar votos na capital. Paulo sempre foi o elemento unificador do PT e de seu grupo politico, a pergunta que não quer calar é : conseguirá a Unidade na Luta eleger os dois federais? ou só um? Para quem irá os votos de Paulo Rocha na capital?

Na disputa federal, Vic Pires Franco do DEM deve manter a candidatura a deputado Federal, o desafio será obter o mesmo número de votos, não contando mais com a máquina do governo estadual e municipal.

No PSDB, Zenaldo Coutinho e Nilson Pinto, concorrerão aos mesmos cargos que em 2006, a diferença e que não contarão mais com a máquina do governo. Vamos ver se nestes anos de vida parlamentar, eles conseguiram manter suas votações na capital do estado.

Há uma grande expectativa em relação ao PTB, o partido do prefeito, que não elegeu nenhum federal em 2006. É importante, até pela sobrevivência política do prefeito, ter um deputado federal em Brasília. Não se sabe, qual é o nome preferencial de Duciomar para a Câmara Federal.

Existem ainda dois nomes que surgem com possibilidades eleitorais reais de eleição. São os do Deputado Arnaldo Jordy, que teve 83.520 votos em sua candidatura a prefeito de Belém (2008) e Edmilson Rodrigues, que foi prefeito da capital por dois mandatos, ex-deputado estadual e candidato a governador em 2006 e na sua trajetória política, teve sempre sua base eleitoral na capital. O desafio destes dois candidatos é fazer legenda. Podem ser muito bem votados individualmente, mas se suas agremiações partidárias não conseguirem coeficiente eleitoral para eleger um deputado. Comenta-se nos meios políticos que o coeficiente eleitoral deve ficar em torno de 160 mil votos.

O candidato Ademir Andrade do PSB, Neuton Miranda do PC do B e Zé Carlos do PV, terão as mesmas dificuldades de coeficiente eleitoral, por isso, estão debatendo as possibilidades para a formação de um bloco para concorrer às eleições federais. Com certeza não coligarão com o PT, apesar de apoiarem a reeleição da governadora Ana Júlia.

Doações ocultas: partidos vão ao STF

Os presidentes de partidos políticos se articulam para ir ao STF contra a proposta de resolução do TSE sobre as doações ocultas de campanha. "O TSE não pode mudar a lei, não pode querer usurpar do Congresso seu direito de legislar", critica o presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ). Ele argumenta que o Supremo já decidiu que os mandatos são dos partidos e que o controle que o TSE pretende fazer é inócuo.


Fonte: O Globo.

Discurso de Dilma aborrece Lula

A inexperiência em campanhas eleitorais da presidenciável petista Dilma Rousseff ainda incomoda o presidente Lula. Ontem, em Jenipapo de Minas (MG), ele se impacientou durante o discurso da ministra. Ela respondia a criticas do senador tucano Eduardo Azeredo (MG) e também atacou o presidente nacional do PSDB. Irritado, Lula desabafou com dois ministros: “Isso não se faz. Ela não precisa responder a esses caras”.



Fonte: blog do Cláudio Humberto

Alô TSE!

Com a proximidade do mês de abril, quando candidatos terão que largar seus cargos administrativos, Dilma e Serra resolveram acelerar obras, inaugurações e peças publicitárias que atentam contra qualquer norma legal neste país. Basta apenas o TSE acordar. Abaixo dois péssimos exemplos para a justiça eleitoral do Brasil publicado na coluna do Josias de Souza, na Folha, e justamete dos principais candidatos à sucessão presidencial.

Lula levou a candidatura de Dilma para passear em Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país.

Solenidades pseudo-administrativas foram convertidas desabridos atos de campanha eleitoral.

Dilma, que outrora evitava discursar em pajelanças do gênero, levou o rosto definitivamente à vitrine.

Atacou Sérgio Guerra, presidente do PSDB, que acenara com a hipótese de acabar com o PAC numa eventual administração tucana.

Disse que, na campanha passada, em 2006, o PSDB já havia insinuado que daria cabo do Bolsa Família. Uma inverdade.

Lula também foi ao púlpito do comício. Nada de mais-palavras. Fez campanha aberta.

Chegou mesmo a dizer que vai acelerar as inaugurações no primeiro trimestre desde ano eleitoral de 2010.

Por quê? Ora, “[...] porque a partir de abril a Dilma já não estará mais no governo, e quem for candidato não pode nem subir no palanque comigo. Então..."

"...É importante que a gente inaugure o máximo de obras possível para que a gente possa mostrar quem foram as pessoas que ajudaram a fazer as coisas neste país".

Depois de inaugurar uma barragem, Lula foi a uma escola técnica. Ali, anteviu o triunfo de sua candidata:

"A única coisa que eu tenho certeza é que nós vamos fazer a sucessão presidencial."

Não se deve falar em voz alta, para não acordar o TSE de seu sono profundo. Mas se isso não for campanha, Lula não é Luiz Inácio.



Já em SP, nos próximos cinco meses, o eleitor de São Paulo será bombardeado por uma ofensiva publicitária.

Com um pé no palanque, o governador tucano José Serra levará ao ar uma série de peças promocionais.

O pretexto é a “prestação de contas”. Conversa fiada. O governo só termina em dezembro de 2010.

O pano de fundo é a sucessão presidencial. Corre-se contra o tempo. Em ano de eleição, a publicidade institucional é proibida a partir de julho.

Deve-se a notícia sobre a cruzada marqueteira de Serra à repórter Catia Seabra. Ela conta que o governo estuda até a troca de seu slogam.

Sai o bordão "Trabalhando por você". O gerúndio dá idéia de coisa em andamento, inacabada.

Entra o bordão "Um Estado cada vez melhor". Texto afirmativo, concebido para passar a conveniente impressão de coisa pronta.

O esforço promocional inclui uma mudança de prática. Antes, Serra descentralizara a publicidade. Cada órgão cuidava da sua.

Agora, o Palácio dos Bandeirantes centraliza tudo. Afora a ordem para que as peças ganhem ares de prestações de contas, organiza-se o calendário.

Cuida-se de distribuir as peças publicitárias ao longo dos meses, de modo a evitar a concentração.

A primeira que irá ao ar, até o final do mês, será a do Metrô. Elaborou-a a agência Duda Mendonça Associados.

Como a razão social indica, tem como sócio o publicitário Duda Mendonça. O mesmo que assinara a vitoriosa campanha presidencial de Lula, em 2002.

Recebeu no exterior valerianas de má origem. Figura hoje como réu no processo que apura as traficâncias mensaleiras do petismo.

No ano eleitoral de 2010, o governo Serra reservou para os gastos com publicidade R$ 204 milhões.

À campanha do Metrô se seguirão outras. Entre elas a da CDHU (Cia. de Desenvolvimento Habitacional Urbano).

Nesse caso, as peças trarão a assinatura do publicitário Paulo de Tarso, que também presta serviços ao governo Lula.

As peças da Sabesp trarão o selo da Lew Lara. A mesma agência que, no primeiro mandato de Lula criou a campanha "Sou brasileiro, não desisto nunca".

Afora a cruzada propagandística, Serra intensifica as aparições públicas. Já “inaugura” até coisa já inaugurada.

Nesta segunda (18), por exemplo, entregou o novo “mobiliário e equipamentos” de uma escola técnica na cidade de Palmital.

No texto levado à web, o governo anota: “A nova unidade, que funciona desde agosto de 2009...”

Ou seja, a pretexto de entregar móveis, reinaugurou-se o que já fora inaugurado há cinco meses.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

PDT declara apoio informal à Dilma

A candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, será reforçada hoje com o anúncio, informal por enquanto, do apoio do PDT em todo o País. É com esse objetivo que a Executiva Nacional do partido se reúne em Brasília, para discutir "as eleições presidenciais de 2010 e o momento político brasileiro".

O apoio oficial a Dilma só será definido pelo Diretório Nacional, em convenção partidária, mas a cúpula do partido avalia que se trata de mera formalidade. "Eu avalio que 90% da bancada federal é pró-Dilma e tenho o mesmo sentimento em relação ao diretório", diz o líder pedetista na Câmara, Dagoberto Nogueira (MS), convencido de que a reunião hoje será um "ensaio" da reunião maior, do diretório.

No comando do encontro, estarão o presidente nacional em exercício do PDT, deputado Vieira da Cunha (RS), e o presidente licenciado e ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. Maior aliado do Planalto em defesa da parceria com o PT na sucessão presidencial, Lupi já está contatando, um a um, os membros do Diretório Nacional para mapear eventuais problemas.

Os dois discursos de Aécio

O governador de Minas, Aécio Neves, deu duas declarações interessantes nesta segunda. Numa entrevista ao Portal Terra, afirmou que é “zero” a chance de compor a chapa como vice de José Serra: “Não acho que eu possa ajudar mais a candidatura do PSDB do que estando em Minas Gerais, eventualmente como candidato ao senado, ajudando a dar a vitória ao nosso candidato ao governo em Minas Gerais e ao nosso candidato à presidência da República”.

Aécio criticou o governo federal: “Jamais na história deste país nós tivemos um governo tão aparelhado, onde a meritocracia deu espaço à filiação partidária (…). Houve um desmonte de setores importantes do governo, onde gente qualificada, até mesmo sem qualquer vínculo partidário, deu lugar àqueles que estavam na aliança ou no próprio PT”.

O governador almoçou na casa do presidente do DEM, Rodrigo Maia, em São Conrado, no Rio. Disse ver com bons olhos um José Serra mais assertivo em admitir a candidatura à Presidência: “É muito bom isso. Eu estimulo isso. No momento em que saio da disputa presidencial, faço um gesto de convergência. Acho que isso terá que ser visto como um gesto de desprendimento em torno do que é mais importante, a construção da nossa unidade. Ela é o mais vigoroso instrumento que nós temos para chegar à vitória”.

Indagado se a sua decisão de não ser vice de Serra é irreversível, respondeu: “Irreversível é só a morte”.

Fonte: blog do Reinaldo Azevedo,Veja.

Assista aqui a entrevista na íntegra ao Portal Terra.

Frase do dia

"É verdade, a presidente Bachelet é muito popular e o presidente Lula também. Mas não há que confundir a popularidade de um presidente com a necessidade de mudança de um país"

(Sebástian Piñera, vencedor das eleições presidenciais chilenas, após ser questionado ontem, 18, por um jornalista brasileiro, sobre a dificuldade de transferência de votos da presidente chilena, Michelle Bachelet, para seu candidato, Eduardo Frei, e a possibilidade de o mesmo ocorrer no Brasil).

Fonte: Folha de SP

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Dudu de olho no Governo do Estado?

Em entrevista ao jornal Diário do Pará deste último domingo (17), o prefeito Duciomar Costa não perdeu tempo, logo após culpar o governo do Estado pelo caos na saúde em Belém, citou até a possibilidade de sair como candidato ao Governo nas próximas eleições em outubro.

Sobre perder o mandato devido ao processo de cassação que tramita no TRE, a resposta foi a mais ampla possível: - "Posso perder até a vida a qualquer momento, imagine o mandato".

Depois, Dudu ainda se esquivou de perguntas sobre irregularidades administrativas de seu governo municipal.

Vale lembrar, nesse cenário político-eleitoral, que pesquisas recentes (2010) apontam que Duciomar Costa é um dos prefeitos paraenses com pior avaliação de sua gestão, com 81% de reprovação. É isso mesmo, oitenta e um porcento de reprovação ao seu governo - aqueles entrevistados que dizem que seu governo é regular negativo, ruim ou péssimo.

Outro ponto importante em suas pretensões ao governo do Estado é seu altíssimo índice de rejeição da população da RMB - Região Metropolitana de Belém. Dudu tem 56% (cinquenta e seis porcento) de rejeição, chegando a 60% entre as eleitoras.

Será que esse "fortíssimo arsenal" de popularidade pode lhe garantir alguma possibilidade eleitoral?

Como você observa essa situação?

Como nuvem

Há apenas duas semanas, José Serra não tinha nenhum palanque no Rio de Janeiro. Dilma Rousseff tinha três: os de Sérgio Cabral, Anthony Garotinho e Lindberg Farias.

Em poucos dias, Lindberg retirou a candidatura a pedido do PT, Gabeira voltou a se apresentar como candidato de oposição e, desde a semana passada, Garotinho ameaça debandar do apoio a Dilma para dar suporte a Serra.

De concreto, hoje tanto Serra quanto Dilma só têm um palanque cada no estado.

Os anos passam e não deixam de comprovar a frase atribuída a Magalhães Pinto:

- Política é como nuvem: você olha e ela esta de um jeito, olha de novo e ela já mudou.

Fonte: Coluna Radar, Veja.

TSE pode barrar doações ocultas

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou uma resolução que pretende impedir a doação de recursos eleitorais que não permitam a identificação dos candidatos beneficiados e os seus doadores. O texto, que precisa ser levado a audiência pública no começo de fevereiro, foi apresentado pelo ministro Arnaldo Versiani. Após a audiência, a resolução deve ser votada no plenário do TSE, que terá até o dia 5 de março para se posicionar sobre a questão. Se aprovada, a resolução poderá tomar o processo eleitoral mais transparente.

Fonte: blog do Cláudio Humberto

Aécio não receberá Lula e Dilma em Minas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, desembarcam amanhã(19) em Minas para mais uma rodada de inaugurações. Desta vez, não serão recepcionados pelo governador Aécio Neves (PSDB). Diferentemente de visitas anteriores, o tucano não pretende subir no palanque governista - decisão que, segundo fonte ligada a ele, foi comunicada ao presidente por telefone, na quinta-feira. Trata-se de um gesto para não melindrar o governador paulista, José Serra (PSDB), que já assume a candidatura ao Planalto.

Desde que anunciou sua desistência, o governador mineiro tem sido alvo de questionamentos sobre seu real interesse em se engajar na candidatura de Serra, que precisa de bom desempenho junto ao eleitorado mineiro para se eleger. A presença nos eventos poderia alimentar versões e desagradar o tucanato, que classifica as viagens presidenciais de campanha pró-Dilma. Fonte próxima ao Palácio da Liberdade diz que Aécio optou por não se envolver.

Fonte: Estadão

Ciro e Marina patinam

Ser candidato do segundo pelotão é difícil. Sobretudo para políticos com imagem consolidada, como Ciro Gomes e Marina Silva. Não se beneficiam mais do efeito surpresa nem de um possível tom novidadeiro na campanha.

Nas eleições presidenciais recentes, os candidatos do segundo pelotão não se viabilizaram. Em 2002, Ciro Gomes chegou a bater em 32% no Datafolha, mas acabou com 12% dos votos. Anthony Garotinho ficou estável num bom patamar médio, só que terminou apenas em terceiro lugar, com 18%.

Em 2006, Heloísa Helena teve até 12% nas pesquisas. No dia da eleição desceu a 7%. Nesse mesmo ano, Cristovam Buarque gravitou sempre em torno de 2% na campanha -acabou com meros 2,7%.

Ciro Gomes tem oscilado agora na redondeza dos 15%. Marina Silva fica em torno de 10%. Esses percentuais são insuficientes para atrair e viabilizar apoios. Forma-se um círculo perverso. Não estão bem nas pesquisas porque têm pouco apoio; têm pouco apoio porque vão mal nas pesquisas.

No caso de Ciro Gomes, seu partido, o PSB, deseja cada vez mais aderir ao projeto da pré-candidatura de Dilma Rousseff (PT) ao Planalto. Ciro está cerca de 10 pontos percentuais atrás da petista. Marina Silva, do PV, não rompeu ainda a barreira do discurso monocórdio do meio ambiente. Presta um serviço ao país trazendo o tema para a agenda nacional, mas não deslancha nas pesquisas.

A situação da pré-candidata do PV se complica também por dois fatores adicionais: 1) seu partido é minúsculo, quase sem tempo de TV e 2) vai aos poucos colando em Marina a pecha de ser linha auxiliar do projeto maior do PSDB na eleição presidencial -por exemplo, com o palanque da sigla no Rio abrigando os verdes e o tucano José Serra.

Tudo considerado, o segundo pelotão de 2010 está empacado e Ciro e Marina não demonstram ter uma fórmula para sair desse atoleiro.

Fonte: Folha de SP

Bachelet com 80% de aprovação não elegeu sucessor. E Lula?

Apesar do apoio da atual presidente, Michelle Bachelet, cujo governo é aprovado por mais de 80% do pais, o ex-presidente Eduardo Frei foi derrotado na eleição presidente do Chile pelo empresário Sebastián Piñera, candidato da Coalizão pela Mudança, de oposição. Ele será o primeiro representante da direita chilena a ser eleito presidente desde 1958.

Fonte: blog do Cláudio Humberto

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Um presidente com aprovação alta não elegendo seu sucessor. Lula e Dilma não devem achar essa história muito agradável e, com certeza, não querem que ela seja contada mais uma vez em outubro deste ano no Brasil.

Sebastián Piñera é o novo presidente do Chile

O empresário Sebastián Piñera, da opositora Coalizão pela Mudança, é o novo presidente do Chile. Antes dos votos das eleições do 2º turno encerrarem (99%), ele já tinha 51,61% contra 48,38% de Eduardo Frei, ex-presidente do país e candidato da Concertación -coalizão da qual pertence a atual presidente, Michelle Bachelet.

Com este resultado, Piñera será o primeiro representante da direita chilena a ser eleito presidente desde 1958. A Concertación estava no comando do país há 20 anos, desde que o ex-ditador Augusto Pinochet deixou o poder.

A derrota ocorreu mesmo com a alta aprovação de Bachelet: segundo as últimas pesquisas, 80% da população aprova a gestão da presidente socialista.

Fonte: Folha de SP e BBC Brasil

domingo, 17 de janeiro de 2010

Chilenos decidem presidente neste domingo(17)

Os dois candidatos que disputam, neste domingo, o segundo turno das eleições presidenciais no Chile se disseram confiantes na vitória após registrarem seus votos nas urnas, mas o pleito ocorre em meio a um clima de apatia.

O ex-senador, empresário bilionário e opositor Sebastián Piñera, da Coalición por el Cambio (Frente para a Mudança), disse que mais tarde “haverá uma grande festa” e que “virão tempos melhores para o Chile”.

O candidato governista, ex-presidente Eduardo Frei (1994-2000) também acredita na conquista da Presidência e disse que será “o sucessor de Michelle Bachelet por vontade popular”.
Mas se os candidatos esperam uma festa no final do dia, os chilenos não se demonstraram tão animados com relação ao pleito.

Os primeiros dados oficiais, ainda fragmentados, indicam que o comparecimento às urnas poderia repetir o registrado no primeiro turno, quando quase um milhão de eleitores não compareceram às urnas – um índice considerado por analistas, já que o voto é obrigatório no país após a inscrição na Justiça Eleitoral.

Além das abstenções, 75% dos jovens de 18 a 30 anos não estão inscritos para votar porque não se sentem atraídos pela política.

O Chile tem 16 milhões de habitantes e cerca de 12 milhões de eleitores, mas apenas 8 milhões estão inscritos e ainda assim existem abstenções.

O pleito transcorre em clima tranqüilo, com registros de incidentes isolados. A votação termina às 16horas (horário local, 17h em Brasília) e a expectativa é que os primeiros resultados oficiais sejam divulgados já no início da noite.

Fonte: BBC Brasil