segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Governo do DF pode ficar com o PT

Ao desenrolar da crise política no Distrito Federal pode levar a Câmara Legislativa - que tem um terço de seus integrantes também envolvidos no escândalo de corrupção - a escolher o novo governador. É isso que determina a Lei Orgânica do Distrito Federal e a Constituição. Mas, se os cargos demorarem a ser desocupados, o governo do DF poderá "cair no colo" do PT.

A depender do caminhar da crise, José Roberto Arruda pode se ver obrigado a renunciar ao mandato. O vice, Paulo Octávio, assumiria. Ocorre, porém, que o inquérito da Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora indica também o envolvimento do vice-governador.

Segundo informações de um relatório de inteligência da PF, Paulo Octávio receberia 30% da propina arrecadada pela empresa Infoeducacional. Nesse caso, o presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente (DEM), assumiria o cargo. Mas ele também é investigado.

Na sequência dessa cadeia sucessória, assumiria o vice-presidente da Câmara, deputado Cabo Patrício (PT)[foto]. Ele teria 90 dias para convocar novas eleições. Mas se as vagas de governador e vice só forem abertas em 2010, a menos de um ano do fim dos mandatos, Cabo Patrício ficará no cargo até o fim do governo, conforme determina a Lei Orgânica do DF: "Em caso de impedimento do governador e do vice-governador do Distrito Federal, ou vacância dos respectivos cargos no último ano do período governamental, serão sucessivamente chamados para o exercício, em caráter definitivo no caso de vacância, o presidente da Câmara Legislativa, o vice-presidente da Câmara Legislativa e o presidente do Tribunal de Justiça".

fonte: Jornal O Estado de SP.

Pleito de 2010 é tema de debate no TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza nesta terça-feira e na quinta-feira audiências públicas para discutir as instruções que vão reger as eleições do próximo ano. O ministro Arnaldo Versiani apresentará as minutas de seis resoluções com o objetivo de receber sugestões de partidos, da Ordem dos Advogados do Brasil, do Ministério Público e de interessados para redigir a versão final dos documentos. O TSE deve aprovar as instruções até março.


fonte: Jornal O Estado de SP.

Lula reafirma que Brasil não vai reconhecer eleições realizadas em Honduras

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que o Brasil não vai reconhecer o resultado das eleições realizadas em Honduras ontem(29). Ao chegar para a 19ª Cúpula Ibero-Americana, na cidade de Estoril, o presidente disse que o país não voltará atrás e ressaltou que legitimar o resultado eleitoral hondurenho pode abrir um grave precedente na América Latina.“O Brasil não tem por que repensar a questão de Honduras. É importante ficar claro que a gente precisa, de vez em quando, firmar convicção sobre as coisas, porque isso serve de alerta para outros aventureiros”, disse o presidente.

Lula considerou “um sinal perigoso e delicado” o fato de os golpistas não terem permitido que Zelaya voltasse ao poder para coordenar o processo eleitoral. “Ainda existem muitos países, sobretudo da América Central, em situação de vulnerabilidade política. Portanto, o Brasil não tem que reconhecer nem repensar a questão de Honduras”, afirmou.

O presidente minimizou as divergências com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em relação à situação política em Honduras. "Obviamente que nós temos discordância sobre como foi tratada a questão de Honduras, mas também se entre dois chefes de Estado não tiver nenhuma discordância, não tem graça", disse Lula, que não descartou a possibilidade de eventuais recuos entre os presidentes dos países da América do Sul, que, em princípio, declararam que não reconheceriam o resultado das eleições hondurenhas...


mais no site do PT

Quais são os projetos dos candidatos a presidente?

Deu na revista Época / Fernando Abrucio

As últimas eleições presidenciais foram marcadas pela polarização entre PSDB e PT. Em 2010, haverá uma grande novidade: pela primeira vez desde a redemocratização, Lula não será candidato. Esse fato mudará o jogo? Provavelmente essas legendas continuarão sendo as hegemônicas no processo eleitoral, mas o pós-lulismo ainda não definiu completamente sua feição.

Particularmente, persistem incertezas sobre quem comandará esses polos. Tal decisão deverá sair até março do ano que vem, fazendo com o que os próximos meses ganhem a relevância de uma final de campeonato.

A incerteza maior está na oposição. Nela há dois pretendentes fortes: José Serra e Aécio Neves. Embora Serra continue sendo favorito, Aécio não pode ser descartado. A queda recente das intenções de voto, a demora em se definir como presidenciável, o medo do crescimento da candidatura de Dilma Rousseff e o aceno de setores do DEM para Aécio bagunçaram um cenário que parecia consolidado a favor de Serra.

Não parece que o favoritismo entre os tucanos já tenha mudado de lado, mas pela primeira vez o tempo pode jogar contra Serra. Sua insistência em só se definir em março significa garantir três meses de ruído em torno de sua candidatura. O cenário poderá piorar se Dilma Rousseff crescer mais nas pesquisas, que sairão no começo de 2010. O argumento de que, diante da força do lulismo, só algo novo poderá mudar o rumo da história poderá impulsionar o crescimento do número de apoiadores de Aécio. Entretanto, mesmo nesse cenário mais róseo para Aécio, há várias incógnitas sobre o significado de sua candidatura. É amplamente conhecida sua boa gestão no governo estadual, mas agora ele pretende ser concorrente à Presidência da República. Dessa troca de posições vêm algumas indagações: qual seria sua política econômica – mais próxima de Malan ou dos desenvolvimentistas do PSDB? Com quais partidos Aécio governaria? Qual seria sua diferença de ideias em relação ao colega José Serra? O debate sobre os nomes dos presidenciáveis esconde a falta de ideias claras para o Brasil.

Não pense que a indefinição de nomes e projetos seja exclusividade da oposição. Do lado do governo há dois candidatos: Dilma Rousseff e Ciro Gomes.

Há boas chances de a chefe da Casa Civil ser a candidata única do bloco governista. Para isso, ela não só terá de crescer eleitoralmente, mas seu concorrente dentro do mesmo bloco político terá de reduzir suas intenções de voto – ou, numa situação limite, ser convencido por Lula a não disputar a Presidência. Nenhuma das hipóteses é líquida e certa.

Assim, mantendo a popularidade nos níveis atuais, Ciro ficará tentado a concorrer ao Planalto. Chama a atenção, no entanto, a dificuldade para diferenciar um projeto comandado por Ciro Gomes de outro capitaneado pelo PT. Se Lula centrar o apoio em Dilma, algo bem provável, uma candidatura de Ciro precisará ser justificada não só por sua popularidade, mas também por um posicionamento político específico em relação ao governismo. A ideia de que ele apoiará as coisas boas do atual governo e mudará o que há de ruim peca pela imprecisão. Caso Ciro especifique mais suas discordâncias, isso poderá atrapalhar Dilma.

Claro que Ciro pode lutar positivamente para encontrar uma linha nova dentro da bipolaridade reinante no sistema político. Essa postura tem chances, inclusive, de mudar certos debates que se tornaram falsamente dicotômicos, abrindo a brecha para novas questões.

Foi desse modo que Marina colocou definitivamente o tema da sustentabilidade na agenda do PT e do PSDB, para o bem do país. Mas, se era fácil imaginar o exercício desse papel pela candidata do PV, por ora não se pode dizer o mesmo em relação a Ciro Gomes.

Qual seria sua ideia motriz, que lançaria novas luzes no debate?

As incertezas acerca do significado das candidaturas de Aécio e Ciro não querem dizer que se saiba por completo o que Dilma e Serra fariam se fossem eleitos.

O que se pretendeu aqui foi realçar que o saudável debate sobre nomes deve ser complementado pela apresentação clara das ideias dos presidenciáveis.

Fernando Abrucio é doutor em Ciência Política pela USP, professor da Fundação Getúlio Vargas (SP) e escreve quinzenalmente em ÉPOCA

Pressionado, DEM prepara desfiliação de Arruda

Do Uol OnLine

Pressionado internamente, o comando nacional do Democratas prepara a desfiliação e futuramente a expulsão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM).
Escândalo no Distrito Federal

Acusado de coordenar um suposto esquema complexo de corrupção, Arruda vai se explicar amanhã, às 14h, à cúpula de seu partido sobre as denúncias. Ele passou este domingo telefonando para os colegas de partido."Existe um fato e denúncias. Contra fatos e denúncias o combate são fatos e não versões. É assim que funciona. Vamos dar ao governador o espaço que ele precisa para se explicar. Mas o clima de desconforto é grande. Aguardamos a defesa dele, mas grande parte do DEM pensa na desfiliação e até na expulsão", disse à Agência Brasil o senador Demóstenes Torres.

Demóstenes contou que Arruda passou o domingo conversando, por telefone, com cada integrante da executiva nacional do DEM. Nas conversas, o governador tentou explicar as imagens em que aparece recebendo dinheiro do então assessor Durval Barbosa.

Leia mais no UOL

domingo, 29 de novembro de 2009

Governadora inaugura obras em Santarém e Itaituba


Foto: Rodolfo Oliveira - Agência Pará

Demonstrando estar mais candidata a reeleição do que nunca, a governadora Ana Júlia Carepa corre para entregar obras e anunciar outras, em Belém e no interior do estado. O esforço é para reverter um alto nível de rejeição ao seu nome para as eleições de 2010, próximo dos 40%, identificado pelos líderes do PT como consequência dos primeiros anos do governo terem sido dedicados à preparação da infraestrutura de um novo modelo de desenvolvimento, voltado para a economia com sustentabilidade e base de apoio tecnológica. As obras foram poucas e a população tem cobrado mais ação do governo.

Agora, antes que as chuvas cheguem, o governo tem buscado adiantar o que pode as obras em vários municípios. Nesse final de semana, Itaituba e Santarém foram visitadas. Acompanhe trecho de matéria da Agência Pará e vá observando o andamento do quadro eleitoral para 2010.

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A governadora Ana Júlia Carepa inaugurou, neste sábado (28), a orla da cidade de Itaituba, a 700 km de Belém, na presença de mais de 15 mil pessoas, conforme estimativa do Corpo de Bombeiros. Ana Júlia também entregou à cidade seis novos infocentros do NavegaPará, lançou a pedra fundamental do microssistema de abastecimento de água, na localidade de campo verde, e fiscalizou obras de pontes e asfaltamento nas rodovias Transamazônica e Santarém-Cuiabá.

Um dos anúncios mais importantes feito pela governadora foi a entrega de 200 patrulhas mecanizadas, em sistema de concessão de uso, para as prefeituras do Pará melhorarem suas estradas vicinais e vias urbanas.

Asfalto - Na companhia de Luiz Pagot, diretor nacional do Departamento Nacional de Infraestrtura Terrestre (Dnit), a governadora visitou as obras da ponte de concreto de Itapacurazinho, em fase final de construção, no trecho que liga Campo Verde ao município de Trairão. São cinco pontes. Uma delas já está pronta, a de Arraias. Outras três, Itapacura, Parada e Espinho, estão em obras.

Diante da comunidade de Campo Verde, Luiz Pagot prometeu fazer em concreto as quase 60 pontes de madeira da BR 163 (Santarém-Cuiabá). "Quero informar que as licenças ambientais da 163 (BR 163, Santarém-Cuiabá) e 230 (BR 230, Transamazônica) estão liberadas e, até 2011, a Santarém-Cuiabá estará concluída e a Transamazônica, até 2012. Disso, não abrem mão o presidente Lula, a ministra Dilma Rousseff e a governadora Ana Júlia. Fica aqui meu compromisso com a celeridade da obra", garantiu Pagot.

Leia mais na Agência Pará

No Uruguai, Mujica discursa como presidente eleito

O senador e ex-guerrilheiro tupamaro José Mujica, 74 anos, discursou neste domingo como o vencedor do segundo turno das eleições presidenciais uruguais segundo projeções. Ele chamou as principais forças da oposição, o Partido Nacional e o Partido Colorado, a trabalharem pela unidade. "Nem vencedores, nem vencidos. Apenas elegemos um governo que não é dono da verdade", disse Mujica, falando a centenas de partidários que celebravam sua vitória diante do Hotel NH Columbia, em Montevidéu. As informações são da Ansa.

Mujica foi designado para suceder Tabaré Vázquez no cargo a partir de 1º de março de 2010. Segundo projeções extra-oficiais divulgadas por consultorias, o triunfo se deu com índices de apoio que variaram entre 50,8% e 51,6%.

Em um discurso conciliador, o presidente virtualmente eleito mais de uma vez se referiu a Luis Lacalle, candidato do Partido Nacional derrotado na votação de hoje. Falando a seus apoiadores, ele também disse para que "não cometam o erro de ofender quem fez uma opção diferente" no processo eleitoral. Mujica agradeceu ao atual presidente, Tabaré Vázquez, que estava ao seu lado no palanque, e fez um apelo em favor da integração e da unidade também no âmbito regional latino-americano.

"Somos todos compatriotas", afirmou. Mujica, que nos anos 60 passou a integrar o Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros, guerrilha que atuou até o início da década seguinte, saudou ainda os partidos Colorado e Independente.

Além disso, chamou a atenção para a "necessidade de tentar buscar um sentido de unidade" que beneficie o país no futuro e pediu desculpas pelos momentos em que pode ter ofendido seus
adversários, motivado por seu "temperamento de combatente".

Leia mais no Terra OnLine


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José Alberto Mujica Cordano (75), natural de Montevidéu, é um agricultor e político uruguaio, atualmente senador pela Frente Ampla. É o candidato desse partido para as eleições presidenciais de 2009.

Já foi deputado, ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca e, em sua juventude, militou em atividades de guerrilha como membro do Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros


É ex-guerrilheiro do grupo Tupamaro, que teve importante papel no combate a ditadura no Uruguai. Ele participou de sequestros e assaltos para financiar a esquerda nacional, e passou 14 anos na prisão, de onde só saiu em 1985.

Pesquisas apontam resultado em Honduras

Boca de urna aponta vitória de candidato oposicionista em Honduras
29/11/2009 - 23h39 da Folha OnLine

O candidato oposicionista Porfirio Lobo aparece com uma liderança clara nas pesquisas de boca de urna divulgadas após a eleição presidencial em Honduras, realizada neste domingo em meio à divisão interna e entre os países do continente, rachados em relação à legitimidade do pleito.

A eleição é vista pelos Estados Unidos e alguns aliados como uma saída para crise política hondurenha, agravada há cinco meses pela deposição do presidente Manuel Zelaya, expulso do país pelo Exército, em uma ação que teve apoio da apoio da Suprema Corte e do Congresso, que reagiram a uma tentativa considerada ilegal de fazer uma consulta popular sobre mudanças constitucionais.

Mas, enquanto Washington deve reconhecer a votação, os governantes de esquerda como os presidentes do Brasil, Argentina e Venezuela e outros países latino-americanos dizem que a eleição é inválida, porque foi apoiada por um governo interino que consideram golpista.

Os EUA argumentam que a eleição estava convocada antes da deposição e que os candidatos já estavam escolhidos.

Uma pesquisa da estação de rádio HRN mostra o conservador Lobo, do Partido Nacional (PN), com mais de 55% da votação, contra 39% de Elvin Santos, do Partido Liberal, o mesmo de Zelaya e do presidente interino, Roberto Micheletti.

Duas pesquisas de boca de urna divulgadas por outros meios de comunicação também mostram Lobo, um rico fazendeiro, bem à frente. O candidato do PN é visto como mais capaz do que Santos de tirar Honduras do impasse político e do isolamento diplomático.

"Esta eleição é um passo importante para consolidar um governo que possa nos unir", disse Lobo, após a votação. Ele já deu sinais de que pretende fazer um governo de unidade e disse que Zelaya poderá sair sem medo de ser preso da embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde o presidente deposto permanece desde 21 de setembro, quando voltou clandestinamente ao país.

Considerado fundamental para a legitimidade da votação, o nível de participação de eleitores ainda é incerto.

Após o fechamento das sessões eleitorais, o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) disse que abstenção tinha sido de 35%, menor que a da última eleição, em 2005, mas a frente pró-Zelaya, que convocara um "toque de recolher cívico", chamou a votação de um "fracasso", com cerca de 70% de abstenção.

Leia mais na Folha Online

sábado, 28 de novembro de 2009

JN mostra vídeo de governador do DF recebendo dinheiro

O Jornal Nacional teve acesso à gravações em que o ex-secretário de Relações Institucionais do Governo do Distrito Federal, Durval Barbosa, entrega maços de dinheiro para o governador José Roberto Arruda (DEM).

O vídeo foi gravado em um dos gabinetes de uma empresa do governo do Distrito Federal. Câmeras escondidas registraram um encontro do então presidente da Companhia de Planejamento do Distrito Federal, Durval Barbosa, com José Roberto Arruda, na época candidato a governador.

A Rede Globo informou que os vídeos a que teve acesso foram entregues à Policia Federal e ao Ministério Público Federal e, agora, fazem parte da investigação comandada pelo Superior Tribunal de Justiça. De acordo com o inquérito, os vídeos não têm sinais aparentes de montagem e foram encaminhados ao Instituto Nacional de Criminalística, onde estão sendo periciados.

O advogado do governador, José Gerardo Grossi, disse que o dinheiro mostrado nas imagens foi usado para comprar panetones, que seriam distribuídos para pessoas carentes no Distrito Federal.

Veja a matéria do JN aqui.

Como será o programa de TV do PSDB?

O que se verá no programa de TV do PSDB, que vai ao ar na quinta-feira, é uma bem-acabada divisão de espaço ao modo tucano. José Serra e Aécio Neves dividirão o tempo de jogo como bons companheiros (fora isso, haverá também uma pequena aparição de Sérgio Guerra, presidente do partido). Cada um listará suas realizações - Aécio enfatizando mais sua biografia, com o objetivo de tornar-se mais conhecido, e Serra relembrando seus pontos altos no Ministério da Saúde, na prefeitura paulistana e no governo de São Paulo. E, como uma espécie de cereja do bolo, Aécio falará um pouco de Serra, e vice-versa, para demonstrar união.

Por Lauro Jardim / Radar OnLine

Eleições pelo mundo

Eleições explosivas em Honduras

Micheletti denuncia plano de explosões contra eleição; polícia apreende dinamite

O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, que se afastou temporariamente do poder, acusou neste sábado os seguidores do presidente deposto, Manuel Zelaya, de espalhar bombas para boicotar as eleições gerais deste domingo, no dia em que a polícia anunciou a apreensão de material explosivo de um suposto complô contra as eleições.

"São pressões psicológicas que pretendem exercer esses senhores para poder provocar esse tipo de preocupação entre os cidadãos", declarou Micheletti à rádio local HRN.

Micheletti se referia aos membros da Frente de Resistência contra o Golpe de Estado, um conglomerado de sindicatos e associações que se mobiliza há cinco meses para exigir a restituição de Manuel Zelaya, deposto em 28 de junho.

A Frente convocou nesta sexta-feira um "toque de recolher popular" no domingo para que os hondurenhos não votem nas eleições e evitem sofrer a repressão por parte das forças sob comando do governo interino, anunciou um dos dirigentes do grupo.

"Fazemos um chamado para o toque de recolher das seis da manhã às seis da tarde de domingo para que ninguém saia para votar e para que não seja reprimido", afirmou o coordenador da Frente, Juan Barahona.

Leia mais na Folha Online

Folha Online - BBC Brasil - Eleição coloca em xeque posição brasileira sobre Honduras - 28/11/2009

Folha Online - Mundo - Eleições em Honduras provocam racha entre países da América Latina - 28/11/2009

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Uruguaios vão às urnas neste domingo

Os uruguaios decidem neste domingo (29/11) quem será o próximo presidente do país entre o ex-guerrilheiro tupamaro José Mujica, que aparece como favorito nas pesquisas, e o nacionalista Luis A. Lacalle. Cerca de 2,5 milhões de eleitores decidirão entre estes candidatos com propostas e ideologia diametralmente opostas. Mujica, de 74 anos, membro do Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros, o grupo radical de esquerda que tentou tomar o poder pelas armas, recebeu 49% dos votos no primeiro turno eleitoral de 25 de outubro. Lacalle, de 68 anos, ex-presidente entre 1990-1995, de centro-direita, conquistou quase 30% dos votos e diz que se for eleito buscará a governabilidade mediante a negociação com o Congresso.

As pesquisas da última semana mostraram vantagem de 7 a 9 pontos porcentuais para Mujica, com uma massa de indecisos de cerca de 9% dos entrevistados. Pedro Bordaberry, líder do Partido Colorado, respaldou a candidatura de Lacalle. En 1999, foi o Partido Nacional, de Lacalle, que apoiou o colorado Jorge Batlle para dar-lhe a vitória. Sem nenhum debate entre Mujica e Lacalle, a campanha teve como base a formação de grandes caravanas de automóveis, com simpatizantes carregando bandeiras da Frente Amplio e do Partido Nacional, e atos públicos, mas sem concentrações maciças.

Desde ontem, os uruguaios estão no período de silêncio eleitoral, que se prorrogará até o encerramento da votação neste domingo, às 20 horas (horário de Brasília). A Corte Eleitoral poderá revelar os primeiros resultados algumas horas depois do fim da votação. O novo presidente tomará posse em 1º de março para um mandato de cinco ano. Mas os uruguaios voltam às urnas em maio de 2010 para eleger os gestores das 19 províncias do Uruguai.

Deu no Diário do Pará / AE

De novo, Arruda?

Trechos retirados da Wikipedia - leia mais

José Roberto Arruda, 55 anos, iniciou sua carreira de servidor público em Brasília como diretor da Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital), ainda no fim dos anos setenta. Em meados dos anos 80 estreitou laços com Joaquim Roriz. Com a eleição de Roriz ao doverno do DF, foi chefe de gabinete e depois secretário de obras. Foi um dos responsáveis pela execução das obras do metrô de Brasília, embargadas na justiça por suspeitas de irregularidades.

Em 1994, com o apoio de Roriz, foi candidato a senador pelo PP, tendo logrado êxito na disputa.
Em 95 rompeu com Roriz e ingressou no PSDB. Em 98 foi candidato ao governo do Distrito Federal pela primeira vez, tendo sido derrotado por Roriz e Cristovam Buarque ainda em primeiro turno e ficado em terceiro lugar.

No ano de 2001, ainda exercendo o mandato de senador pelo PSDB e ocupando a liderança do governo no Senado, envolveu-se, juntamente com o então senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), na violação do painel eletrônico do Senado Federal, utilizado na votação que cassou o mandato do ex-senador Luís Estêvão.

No início negou a acusação com um incisivo discurso na tribuna no Senado, mas dias depois voltou a mesma tribuna, encurralado, para admitir a culpa e depois para renunciar ao cargo, evitando assim o processo de cassação do seu mandato, que poderia torná-lo inelegível por aproximadamente 9 anos.

Foi afastado do PSDB e ingressou no PFL. Após filiar-se ao PFL, aproximou-se outra vez de Joaquim Roriz.

Pouco mais de um ano e meio após os escândalos, em 2002, foi candidato a deputado federal, tendo sido eleito o deputado federal mais votado do Distrito Federal e o mais votado do país em termos proporcionais.

Em outubro de 2006, Arruda foi eleito em primeiro turno governador do Distrito Federal, com pouco mais de 50% dos votos válidos.

No Governo do Distrito Federal está encampando diversas medidas para diminuir o gasto público e para reestabelecer a legalidade. Nos primeiros dias de governo reduziu as secretarias de 38 para 16; mudou a sede administrativa do governo para Taquatinga; implantou o gabinete de gestão integrada do governo, onde os funcionários do primeiro escalão trabalham na mesma sala, facilitando a trasparência e a comunicação; e demitiu cerca de 16.000 funcionários comissionados do governo, com a perspectiva de contratar a metade no futuro, permitindo dessa forma uma economia de milhões de reais em recursos públicos, os quais estão utilizados para a realizações de obras.


No dia 27 de novembro de 2009 a polícia federal deflagrou a operação Caixa de Pandora com o cumprimento de mandatos de busca e apreensão na residência oficial do governador José Roberto Arruda, em secretarias do governo e em gabinetes de deputados na Câmara Legislativa. Foram apreendidos computadores, mídias, documentos além de US$ 30 mil e 5 mil euros e R$ 700 mil. No mesmo dia, o governador exonerou os envolvidos nas investigações

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Como estarão escritos na Wikipedia os próximos parágrafos dessa biografia ?

Esforço por Dilma

ainda no Painel, da Folha...

Terapia de casal

Chamados para uma conversa com as direções do PT e do PMDB, a petista Ana Júlia e o peemedebista Jader Barbalho, ambos interessados no governo do Pará, serão cobaias de um modelo de negociação que deverá ser exportado para outros Estados onde está difícil fechar um palanque único para Dilma Rousseff. Primeiro, será ouvido Jader. Depois, Ana Júlia. Se necessário, haverá uma espécie de acareação.Se a fórmula funcionar, os próximos convocados serão Sérgio Cabral (PMDB) e Lindberg Farias (PT), no Rio, e Hélio Costa (PMDB), Patrus Ananias (PT) e Fernando Pimentel (PT), em Minas. Mas, como nas duas praças haverá segundo turno na eleição interna do PT, a conversa se dará depois de 6 de dezembro.

Bateram o martelo! ... Será?

na coluna Painel, da Folha (para assinantes)

Depois de muita confusão no diretório do Pará, a direção do PSDB bateu o martelo ontem: o candidato ao governo será Simão Jatene. O ex-governador Almir Gabriel disputará o Senado ou uma cadeira de deputado.

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Será que Almir vai aceitar? Logo ele, ..., curvar-se diante de Jatene? E Mário Couto, que trabalhou desde o início para trazer Almir de volta de Bertioga. Vão aceitar ver Almir como candidato? E como ficará a unidade do partido?

Nessa onda de tantos boatos sobre o candidato do PSDB no Pará ao governo do Estado, só nos resta esperar e aguardar um anúncio oficial.

Mais um mensalão?

Governador José Roberto Arruda (DEM-DF)

Os grandes jornais deram destaque neste sábado(28) para a operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que revelou ontem um esquema de utilização de dinheiro público para compra de vatangens políticas no DF, algo já bem conhecido pelos brasileiros. O relatório da PF acusa o governador da capital brasileira, José Roberto Arruda (DEM), de chefiar o esquema.

Em resposta às primeiras informações, o líder do DEM no senado, José Agripino Maia(RN), prontificou-se a reforçar o apoio do partido ao seu único governador no País. Até aí, nada de novo, mas além disso, declarou que “é estranho que esse fato apareça agora no fim de ano, às vésperas do processo eleitoral. É um processo nebuloso que ainda precisa de esclarecimentos. Não ficou claro se envolve o governador".

A partir de agora será normal relacionar denúncias da PF à próxima eleição, e as instituições brasileiras deverão estar bem mais atentas para supostas saídas políticas para crimes comuns. Mesmo assim, será interessante observar até quando vai o apoio de um partido, sabendo que a PF tem provas materiais sobre o envolvimento do governador Arruda no esquema.

Em ano eleitoral, até grandes alianças ficam mais fracas de acordo com a maré das urnas.

Manchetes deste sábado (28):

- Globo: Governador do DEM é suspeito de pagar propina a deputados

- Folha: Governo do DF é acusado de corrupção

- Estadão: Polícia flagra ‘mensalão do DEM’ no governo do DF

Em dia de Serra no Ceará, Ciro reitera a candidatura

ainda no Josias de Souza

Num dia em que José Serra (PSDB) desfilou sua não-candidatura no Ceará, Ciro Gomes (PSB-CE/SP) reafirmou sua condição de candidato.

Candidato à Presidência, não ao governo de São Paulo, para onde transferiu, a pedido de Lula, seu domicílio eleitoral.

Disse que, no Ceará, o governador Cid Gomes (PSB), seu irmão, franqueará o palanque a ele e à presidenciável oficial Dilma Rousseff (PT).

“Tudo que você imaginar vai acontecer. Tudo. Aqui, por exemplo, o governador Cid Gomes abrirá o palanque dele, se eu for candidato, para mim e para a Dilma”.

Realçou algo que o distingue do arqui-rival Serra: “Alguns são francos, sinceros, de afirmar que estão sim no esforço de viabilizar sua candidatura, que é o meu caso...”

“...Outros preferem insultar a inteligência alheia dizendo que não são candidatos, que estão só, quem sabe, passeando”.

Na semana passada, depois de uma visita a Aécio Neves, que tenta viabilizar-se como presidenciável do tucanato, Ciro referira-se a Serra como “o coiso”.

Há três dias, pespegou no rival um adjetivo novo: “Ectoplasma”. Tentou explicar-se: “Eu fiz uma brincadeira. Porque não é o Serra...”

“...O coiso é uma entidade que eu criei, que está por detrás de um monte de coisa estranha que acontece”.

Como exemplo de “coisa estranha”, mencionou o caso dos desvios da verba indenizatória de deputados federais, veiculado pela Folha.

Insinuou que a “coisa” teria sido içada às manchetes pelo “coiso” com o propósito de prejudicar Aécio.

A rubrica das verbas indenizatórias fora criada na Câmara sob a presidência de Aécio (2001-2002). Ouça-se a teoria de Ciro:

“Como é que isso funciona? É o coiso. Não é o Serra. O Serra não é o coiso. É o coiso...”

“...Aí perguntaram pra mim: o que é o coiso? O coiso é um ectoplasma. O Serra é uma figura de carne e osso, respeitabilíssima, é o governador...”

“...Portanto ele não é o coiso. Agora, o coiso está atuando e eu vou denunciar. Toda vida que aparecer a obra do coiso, eu vou dizer: isso é coisa do coiso”.

A reportagem da Folha manuseou as notas frias espetadas por deputados nos arquivos da Câmara graças a uma decisão judicial. Nesse caso, uma coisa do STF, não do “coiso”.

Serra exibe a sua ‘não-candidatura’ no Ceará de Ciro

no blog do Josias de Souza

José Serra, como se sabe, ainda não é candidato à presidência da República. Concentra-se em governar o Estado que o eleitor lhe confiou.

Nas últimas horas, Serra governou São Paulo desde o Ceará. Na noite passada, esteve na cidade de Canindé, assentada no sertão.

Participou de um seminário –“Ceará em debate”. Um evento bicudo, organizado pelo tucanato local.

Desinformado, o mestre de cerimônias saudou Serra como “o futuro presidente do Brasil”. Um repentista entoou: “José Serra para presidente e Tasso para senador”.

Um observador desatento diria que Serra cumpriu agenda de candidato. Disse aos repórteres que, se virasse presidente, levaria ao Nordeste mais infraestrutura.

Mas apressou-se em esclarecer, claro como a gema: “Não vim aqui como candidato para apresentar programa. Estou concentrado no meu trabalho como governador”.

Do seminário, Serra foi à Basílica de São Francisco. Percorreu um cômodo de nome sugestivo: “Sala de Milagres”.

Parecia um candidato clássico. Tirou fotos com eleitores. Beijou criancinhas. Amarrou no pulso uma fita verde que lhe permitiu dirigir três pedidos a São Francisco.

O que diabos pediu ao santo? “Não posso dizer, senão não se realizam” os desejos. Um gaiato poderia arriscar: Pediu a presidência, a presidência e a presidência.

Mas Serra, que ainda não é candidato, desestimula os palpites: “A eleição é só em outubro do ano que vem. No devido tempo e a tempo as coisas vão se definir”.

O presidente do PPS, Roberto Freire, que acompanhava Serra, definiu as coisas: “Hoje o candidato mais forte da oposição é Serra”.

O grão-tucano Tasso Jereissati, outro acompanhante, disse a Serra que, para assumir a candidatura, “não haveria melhor inspiração do que São Francisco do Canindé”.

Mas Serra, que não é candidato, declarou: “Se eu fosse sacerdote, seria franciscano. É uma ordem pela qual tenho uma admiração e uma proximidade muito grande”.

Mais um pouco e Serra faz voto de pobreza. Tremei, papa!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

PMDB faz nova pesquisa no Pará

Está em andamento um nova pesquisa, e das grandes, em dezenas de municípios do Pará. Dizem que é mais uma pesquisa do PMDB e de Jader Barbalho, que quer acompanhar como estão as tendências de voto do eleitorado tanto para os candidatos ao governo do Estado, como ao senado. Jader testa seu nome nas duas listas.

Além de querer saber quais as principais reclamações dos paraenses, para afinar seu discurso e suas ações de comunicação, o PMDB está testando a aprovação de Lula e Ana Júlia no estado, o trabalho de Jader como deputado no Congresso em Brasília, e como os eleitores avaliam seus principais concorrentes na opinião do partido: Ana Júlia, Almir, Jatene e Duciomar.

Parece que Jader ainda não está convencido de sua real condição de disputar e ganhar a eleição ao governo do Estado. Ele quer saber dos eleitores o que eles preferem para Jader (governo ou senado), e se não for candidato ao governo, quem deve apoiar.

Comenta-se que a pesquisa também testa vários cenários de primeiro e segundo turno ao governo do Pará e à Presidência do Brasil.

Vamos observar o que será comentado sobre essa pequisa, ou se será guardada à sete chaves, para ser apresentada em Brasília na reunião de Jáder com as direções nacionais do PT e PMDB.

Pesquisas na terrinha 2 ...

"Tem pesquisa nova no pedaço. E deve estar fechada no final de semana.Pelos números já disponíveis, reproduziria um quadro muito parecido ao da pesquisa Ibope de setembro, encomendada pelo DEM.Jader, Jatene e Ana estariam tecnicamente empatados, com, respectivamente, 23.8%, 22% e 21%, já que a margem de erro é de três pontos percentuais. O desempenho de Almir é igualzinho ao de Jatene..."

A jornalista Ana Célia Pinheiro, do blog "Perereca da Vizinha", no post logo abaixo ao da pesquisa, faz também uma avaliação do quadro pré-eleitoral ao governo do Estado, com a entrada em cena do PR-PTB e das intenções de Jader Barbalho. Vale a pena dar uma olhada.

Leia mais no blog Perereca da Vizinha.

PV não discute vaga de vice com PSOL

no blog do Cláudio Humberto


A senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata à Presidência da República pelo PV, afirmou nesta quinta (26) que a discussão sobre a vaga de vice não foi colocada em pauta durante o encontro com a presidente do PSOL, Heloísa Helena. A aproximação do PSOL com o PV só foi possível porque Heloísa Helena descartou a possibilidade de concorrer à Presidência para tentar voltar ao Senado. Porém, o possível apoio à Marina Silva não é unânime no PSOL. Parte do partido defende candidatura própria. A senadora e Heloísa Helena se encontraram na última terça (24) para discutir uma possível aliança em 2010. Na ocasião, PV e PSOL decidiram criar comissões para discutirem o assunto internamente.

Lula e Dilma em comercial de papel higiênico?

Na carona que algumas empresas estão pegando com o bom momento do atual governo, a marca de papel higiênico NEVE fez um comercial para rádio bem-humorado que faz referência ao presidente Lula, à ministra e Dilma Rousseff, e a um dos principais programas do governo: o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

No comercial, uma voz parecida com a do presidente Lula, utilizando os mesmos bordões (“nunca antes na história desse país”), chama a ministra, que supostamente estaria no banheiro em uma “conferência”, para apresentar o “pack” (embalagem, em inglês) que “vai trazer mais economia para os brasileiros”.

Em nota ao jornal Folha de SP desta sexta-feira (27), a empresa responsável pelo comercial explica que “não houve intenção de ofender nenhuma autoridade", e que eles “contam com a simpatia e o bom humor do presidente Lula”. É bom que eles estejam certos.

Ouça o comercial aqui.

Fazendo as contas

Apesar da queda da diferença entre José Serra e Dilma Rousseff na última pesquisa CNT/Sensus, os números mostram que talvez ainda não seja hora de comemorações para o PT. Um dado relevante foi deixado de lado pela imprensa: a pré-candidata petista já não conta mais com o fator “novidade”, pois apenas 13% dos entrevistados declararam que não conhecem a atual ministra da Casa Civil. O atual governador de SP teve 6,2% na mesma pesquisa.

Em termos eleitorais, esses dados podem indicar que a margem de crescimento de Dilma não é tão grande quanto se imaginava. Quando se vê a diferença entre os dois pré-candidatos num possível 2º turno, 16,8%( 46,8% para Serra e 28,2% para Dilma), a missão do PT parece ser mais complicada do que os jornais fizeram parecer, mesmo com o alto índice de indecisos e nulos. Mas tudo isso são apenas previsões que podem ser alteradas de acordo com a escolha do representante do PSDB e, claro, das “condições climáticas” que podem causar apagões ou derrubar obras em SP.

A pesquisa CNT/Sensus foi divulgada na última terça-feira (24) e ouviu 2 mil pessoas em 136 municípios do País. A margem de erro é de 3%.

Aliança PT/PMDB tem problemas em 6 Estados

Do Jornal Valor Econômico

A comissão formada por PT e PMDB com a tarefa de buscar solução para os problemas eleitorais entre os dois partidos nos Estados começará os entendimentos pela tentativa de recomposição no Pará, entre a governadora Ana Júlia (PT) e o grupo do deputado Jader Barbalho (PMDB). A decisão foi tomada ontem, em reunião na sede do PT, em Brasília. Esses encontros deverão ocorrer semanalmente.

A governadora do Pará será chamada a Brasília na semana que vem para uma conversa com dirigentes petistas. Jader, por sua vez, será convidado para uma reunião com os pemedebistas. Os dois, separadamente, deverão ser questionados sobre a possibilidade e as bases de um eventual acordo. A vitória do grupo do PT favorável à aliança com Jader, na eleição do diretório estadual, facilitar a conversa.

"É possível conversar. Como nenhum candidato está muito a frente nas pesquisas, há viabilidade eleitoral para os dois", disse a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), líder do governo no Congresso.

A indefinição da escolha dos novos dirigentes do PT em Minas Gerais e no Rio - Estados onde a aliança entre os dois partidos é estratégica para a candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República - adiou a discussão sobre o confronto atual entre as duas legendas.

O caso do Ceará também deve ser tratado com uma conversa com o governador Cid Gomes (PSB). A comissão pretende consultá-lo sobre qual seria a melhor composição eleitoral para sua candidatura à reeleição. A partir dessa avaliação, será batido o martelo.O problema no Ceará é a disputa ao Senado. O governador tem compromisso em apoiar o deputado Eunício Oliveira (PMDB). O PT quer incluir o ministro José Pimentel (Previdência) na outra vaga de senador.

Como há possibilidade de o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) disputar, o grupo do governador elegeria apenas um senador. Por isso, o PMDB não quer Pimentel na disputa. A reunião de ontem reforçou o pré-compromisso de aliança nacional dos dois partidos.

Dirigentes trabalham com a possibilidade de dois palanques para a candidatura de Dilma nos Estados em que petistas e pemedebistas não entrarem em acordo. "É preciso estabelecer regras de convivência", afirmou o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), secretário-geral do seu partido.

A comissão já "virou a página" em relação à Bahia. Foi aceito o lançamento de duas candidaturas da base ao governo do Estado: o governador Jaques Vagner (PT) e o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB).

O PMDB apresentou preocupação com a situação da aliança em seis Estados: Rio, Minas, Bahia, Pará, Ceará e Mato Grosso do Sul. Em pelo menos quatro deverá haver duas candidaturas da base do governo. O encontro de líderes do PT e PMDB, que contou com a participação do presidente nacional eleito do PT, José Eduardo Dutra, serviu para reaproximar dirigentes dos dois partidos. A negociação estava parada havia cerca de um mês à espera das eleições internas do PT.

Candidatos, asfalto e concreto

Muito interessante a matéria da revista Isto É desta semana (trecho abaixo), principalmente depois da queda de parte do Rodoanel em São Paulo. José Serra, governador paulista e pré-candidato mais badalado do PSDB para concorrer à presidência do Brasil, amargou uma semana após o acidente, queda nas pesquisas CNT/Sensus. Será coincidência?

Serra, assim como muitos políticos brasileiros, busca associar à sua imagem de gestor público eficiente a autoria de grandes obras e monumentos. A grande maioria das vezes, essas obras, sem desmerecer a importância e necessidade de muitas delas, são erguidas em detrimento de políticas sociais menos visíveis e palpáveis. São mais facilmente percebidas pela população, que também atribui maior valor imediato a elas que outras ações voltadas para a eduçação, saúde ou segurança.

Já tivemos oportunidade de presenciar, ao vivo e a cores, prefeitos de cidades importantes no norte do Brasil falarem que "é só asfaltar algumas ruas bem próximo das eleições que o povo vota novamente em mim ou em quem eu indicar". Assim, sem nenhuma vírgula a mais. Agem de forma estratégica, sabendo que o povo poderá até esquecer que fez um mal governo, se asfaltar sua rua, ou se fizer uma grande obra, às portas das eleições. E o povo acredita. Em 2008, Duciomar Costa, prefeito de Belém, amargava altíssimos índices de rejeição a alguns meses do primeiro turno e, literalmente, asfaltou seus adversários com obras dia e noite, feitas até às vesperas das urnas, e com farta colocação de placas anunciando que "é só esperar um pouco mais e votar em mim, porque as obras vão chegar até sua porta também". E, ganhou as eleições em segundo turno, com vantagem de quase 20% sobre seu adversário, José Priante. Após eleito, as obras praticamente pararam, e continuam assim um ano depois.

Nas próximas eleições ao governo do Pará, o candidato do PSDB, seja Jatene, Almir ou Mário Couto, certamente irá comparar obras e monumentos com o governo Ana Júlia. Estação das Docas, Hangar, Alça Viária, Ação Metrópole, Catedral, dentre outras, serão comparadas e avaliadas quais foram mais importantes. Se o PMDB tiver candidato próprio também vai lembrar das suas obras, assim como outros partidos que já tiveram experiências no poder executivo.

Obras precisam ser feitas, claro. Mas, de forma menos eleitoreira. Não precisa ser apenas às vesperas das eleições. Os eleitores devem estar atentos a isto. Seria muito bom que a população percebesse e cobrasse também outras políticas e ações públicas de seus gestores. Mas é difícil para muitos, principalmente os que têm baixa escolaridade, e que são a maioria.

Pesquisas recentes confirmam esse comportamento dos eleitores e mostram que a população das maiores cidades paraenses lembram mais do concreto, quando perguntou-se se "lembrava de alguma obra, serviço ou projeto em sua cidade?". Os mais citados, espontaneamente, foram obras físicas, de tijolo e cimento: reformas e construção de escolas, asfaltamento de ruas e estradas, construção de hospitais e delegacias, complexos de trânsito e transporte, obras do PAC, pontes, ginásios de esportes, praças, dentre outros. Ações de melhorias em segurança e educação foram pouco citadas, e menos lembradas ainda foram as ações estruturantes de planejamento econômico e geração de emprego e renda.

Não se pode esquecer também da baixa qualidade de muitas dessas obras, construídas "na correria para serem inauguradas antes das eleições", e que põem em risco a própria população, ou precisam ser feitos reparos imediatos com mais perdas dos recursos públicos.

Os Candidatos e Seus Monumentos

Da Isto É Online

Todo político brasileiro aposta em uma grande obra como cartão de visita eleitoral. Mas será que essa estratégia ainda funciona?

Por que os políticos brasileiros apostam tanto em obras? O desabamento das vigas do Rodoanel, a gigantesca via em torno de São Paulo, na sexta-feira 13, impõe esta questão com sua inevitável repercussão política.

Desde a década de 1960, quando o presidente Juscelino Kubitschek obteve sucesso com a construção de Brasília - e pretendia assim voltar ao poder -, esta estratégia passou a ser reforçada pelos candidatos a cargos majoritários em todo o Brasil e grandes obras sempre foram atreladas à agenda eleitoral.

Em meio século, muita coisa mudou no País. Duas deficiências brasileiras, no entanto, estimulam os políticos a manter essa anacrônica tática eleitoral. Uma delas é o persistente alto índice de analfabetismo, acima dos 11%, o terceiro maior da América Latina. O segundo é que, mesmo com tantas obras, a população brasileira também é a que amarga uma das menores coberturas de saneamento básico do continente.

Isso significa dizer que, em todo o território nacional, as obras que precisam ser feitas, até agora, são desprezadas porque dutos subterrâneos ninguém vê. A outra conclusão é que, para o perfil do nosso eleitorado, as grandes obras são a linguagem mais facilmente compreendida, sobretudo pela população de baixa renda.

"As obras públicas estão num melhor alcance da sociedade e são mais comentadas. Entram logo no cálculo de avaliação da gestão pública", lembra Luciana Fernandes Veiga, cientista política da Universidade Federal do Paraná. A menos de um ano da eleição, quando serão escolhidos presidente e governadores, em todo o País, há exemplos de candidatos mais preocupados em erguer monumentos do que em estabelecer alicerces de uma política de longo prazo, com planejamento, capaz de atender às imensas demandas sociais da população.

É legítimo o eleitor se perguntar por que um político brasileiro jamais elege como bandeira, por exemplo, um programa de segurança como o Tolerância Zero" adotado em Nova York pelo prefeito Rudolph Giuliani. "O político aposta na construção de obras públicas pois considera que, por melhorar a vida das pessoas, possa ter um retorno positivo na percepção do eleitorado", afirma Luciana. O resultado desta obsessão por obras é, muitas vezes, uma inversão de prioridades para atender a interesses políticos.

Leia mais em Isto É

Publicidade pega carona em popularidade de Lula

Deu na Folha de S. Paulo / Observatório da Imprensa
Por Marcio Aith

Publicidade-exaltação invade os comerciais de TV

Empresas aproveitam a popularidade do presidente Lula e o momento econômico favorável para fazer do governo seu garoto-propaganda. Ambev, GM, Bradesco, Vale e Embratel produziram comerciais de televisão recentes enaltecendo a firmeza do país na crise, a capacidade de superação dos brasileiros, a harmonia entre o público e o privado e a relevância do país no mundo.

O Brasil é o país ‘da iniciativa privada em equilíbrio com o setor público’, diz a campanha televisiva ‘Presença’, do Bradesco, segundo maior banco privado brasileiro.

‘Há dez anos, quem poderia imaginar a gente emprestando dinheiro para o FMI?’, lembra o anúncio televisivo do carro Aprile, da Chevrolet/GM.

‘A crise foi passageira’, avisa comercial da maior siderúrgica do mundo, a Vale. ‘O Brasil vive um momento de ouro’, exalta o comercial da Brahma, marca da Ambev.

Para as empresas e publicitários envolvidos nos comerciais acima, trata-se de uma estratégia legítima, lógica e antiga (leia texto nesta página).

De fato, não é a primeira vez que o setor privado exibe o otimismo do momento em campanhas publicitárias.

Do milagre econômico da ditadura -quando a Volkswagen exibiu um fusca desbravando o país da rodovia Transamazônica- às tentativas de estabilização da economia, várias campanhas seguiram essa linha.

O problema é distinguir marketing da simples adulação -em outras palavras, se o produto anunciado é o governo.

No passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) condenou toda a ex-diretoria da Petrobras em razão dos gastos da empresa com campanhas publicitárias mostrando os benefícios do Plano Real.

A questão fica menos óbvia quando os comerciais envolvem companhias 100% privadas com interesses no governo ou aquelas nas quais o Estado detém participação acionária.

O caso mais emblemático é o da Embratel, empresa de telefonia e de transmissão de dados adquirida em 1998 pelo grupo empresarial do bilionário mexicano Carlos Slim.

Em julho, a empresa veiculou um anúncio destacando um programa oficial para fornecer acesso à internet para escolas e centros comunitários em que a rede convencional não chega.

‘Por iniciativa do Ministério das Comunicações, que executa o maior programa de inclusão digital da América Latina’, informava o comercial.

A empresa diz ter apenas creditado, no comercial, a autoria da iniciativa a quem a formulou -o governo, que a contratara para executar o programa.

São menos óbvias as implicações e motivações das campanhas de empresas como a Vale, o Bradesco, a Ambev e a GM.

Criador do comercial do Bradesco, Alexandre Gama, presidente da agência Neogama/ BBH nega motivação política.

‘O Bradesco é o banco mais associado à base da pirâmide social, a mesma base cuja ascensão está na raiz da recuperação econômica do país’, afirma Alexandre Gama.

Curiosamente, no mês passado, o Bradesco foi pressionado a demitir o executivo Roger Agnelli da presidência da Vale -companhia da qual o banco é acionista e cuja campanha na TV também celebra o fato de o país ter escapado da turbulência internacional.

As pressões contra Agnelli decorreram justamente da falta de sintonia, alegada pelo presidente Lula, entre a política de investimentos da Vale e as prioridades do governo."
 
Leia mais no Observatório da Imprensa 

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O Filho do Brasil, o filme, tira o sono da oposição


Lula, o Filho do Brasil, está causando controvérsias entre situação e oposição. Revistas, articulistas, blogueiros, políticos, pré-candidatos, ..., todo mundo falando do filme.

Capa de Veja desta semana, com a chamada "LULA, O MITO, A FITA E OS FATOS - Pago por empresas privadas com interesses no governo, o filme sobre a vida do presidente é um melodrama que depura a sua biografia, endeusa o político e servirá de propaganda em 2010", o filme do diretor Fábio Barreto que chega as telonas no início do ano que vem, é duramente criticado pela revista, como eleitoreiro e tendencioso, atribuindo a Lula apenas atributos positivos, apresentados como uma novela-dramalhão, sem nenhum apuro estético, que transforma Lula em mito, acima do bem e do mal.

Segundo a matéria, "antes mesmo de ser lançado em rede comercial, o filme está agitando os bastidores da política. Assessores envolvidos na campanha presidencial de Dilma Rousseff, veem na película um poderoso instrumento eleitoral, capaz de fazer diferença na luta pestista para se manter no poder".

Fantasma de Lula

Segundo a revista Carta Capital, também desta semana, com o título acima, "a oposição precisa decidir se acredita ou não no poder de Lula transferir votos. O filme Lula, o Filho do Brasil escancarou o medo da oposição. Dá a impressão de que o leitor vai ao cinema e, de lá, segue direto para a cabine eleitoral, para votar em Dilma. Esse discurso cai no vazio".

Oposição contra "Lula - O filho do Brasil"

O Blog do Noblat diz: O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), enviou um pedido de informação para 24 ministérios de Lula. Quer saber se em algum deles as empresas que patrocinaram o filme 'Lula – O filho do Brasil', têm contratos assinados. Para Caiado, se flagrada a ligação de alguma das empresas com o governo, ficaria ainda mais clara a intenção eleitoral do filme que conta a história da vida de Lula.

O melô do Filho do Brasil

Do blog do Luis Nassif / IG / Último segundo

Por Edmar Melo
Nassif, meu trivial de hoje vai para o filme “Lula, O Filho do Brasil” que estréia no começo de janeiro de 2010, mas já está mexendo com os nervos dos adversários políticos. E vai no verso.

A trajetória de Lula
Estréia em filme em janeiro
Mas Lula como político
Ficou fora do roteiro
O enredo conta a vida
De uma família sofrida
E a saga de um guerreiro
“Os Dois Filhos de Francisco”
Bateu recorde de ingresso
Mas o “Filho do Brasil”
Vai fazer maior sucesso
Vou dele aqui falar
Porém, sem me alongar
Além desses poucos versos
Antes mesmo da estréia
Já tem fanático chorando
Políticos cortando os pulsos
Revista se esperneando
Pré-candidato com medo
Depois que leu no enredo
Lula em São Paulo chegando
Há quem diga que o filme
É de fato um melodrama
A mãe do Lula heroína
Porém, o pai um sacana
Quem assistiu me contou
Que todo mundo chorou
Vendo o Lula ganhar fama
Mesmo antes da estréia
Há quem fale sem razão
Que esse filme foi feito
Só pra ganhar eleição
Se Lula não é candidato
O argumento de fato
É briga da oposição
“Lula, o Filho do Brasil”
Estréia só em janeiro
Mas já tem resenha e critica
Sobre o enredo e roteiro
Tucano já especula
Por que filme só pra Lula?
E quem doou o dinheiro?



Cine Lula

Do blog Na Ilharga

Pesquisas, no Brasil, sempre foram vistas com grande reserva por serem acusadas de mais refletir os desejos de seus proprietários do que as tendências eleitorais apuradas.

No entanto, quando se trata de medir a popularidade de alguém como o presidente Lula, não propriamente um queridinho dos institutos ou da mídia, é provável que os números apresentados representem, de fato, aquilo que é a manifestação da sociedade.

Por isso, soa como uma patetice inominável alguém gastar tinta, papel e tempo para produzir uma matéria jornalística(?) especulando a respeito de uma provável ajuda do filme sobre a vida de Lula na eleição da ministra Dilma Roussef. O filme ainda não estreou para o grande público, e mesmo quando estrear, se ficar entre os campeões de bilheteria, será visto por no máximo 5 ou 6 milhões de pessoas, ou seja, nem 5% do eleitorado.

O que turbina a candidatura de Dilma é a gigantesca popularidade de Lula, medida por todos os institutos de pesquisa, como a feita pelo Instituto Sensus, sob encomenda da Confederação Nacional dos Transportes, que atesta a aceitação do Presidente por 78,9% dos brasileiros; da mesma forma, é importante também o dado da pesquisa em que mais de 50% dos eleitores declaram que pretendem votar no candidato, no caso candidata, de Lula.

Esse é o filme que passa diariamente na cabeça de todos os brasileiros e que reflete o bom ciclo vivido pelo país, cada vez mais próspero e mais justo, e que não depende de ser exibido em salas escuras. Está claro como o dia.

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E você, o que acha?

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Não há favorito, diz LFP

Escreveu, recentemente, Lúcio Flávio Pinto

Nenhum dos pré-candidatos ao governo do Estado em 2010 parece ter força eleitoral suficiente para uma vitória no 1º turno. Não há novidade alguma nas alternativas de nomes. O Pará, que enfrenta muitos desafios, precisa de um novo líder, que inexiste.

O Pará está maduro para uma nova liderança política. O problema é que nenhuma das atuais lideranças políticas está madura para as carências, as necessidades e as aspirações do Pará dos nossos dias. Nem se consegue visualizar no horizonte do possível uma liderança realmente nova, que não se traduza apenas em mais um nome a repetir as práticas do passado e do presente.

A constatação não é idílica ou metafísica. Ela é a explicação para as pesquisas de opinião feitas até agora, através das quais os partidos procuram selecionar candidatos para a eleição do próximo ano. Nenhum dos que aparecem no alto da preferência popular pode ser apresentado como favorito. De outro lado, ninguém se encaixa no perfil de azarão. É enorme o descolamento entre a elite política e a história real do Estado. Esse clima é favorável a surpresas - boas ou más, o que ainda não se pode antecipar.

Pelos números das pesquisas, pode-se antecipar uma coisa: nenhum dos candidatos potenciais, incluídos nas sondagens, tem força para vencer no 1º turno em 2010. As alianças serão mais importantes do que nunca, assim como os auxílios externos ou superiores. O principal desafio para a candidata que já está em campanha (aliás, ela parece nunca ter descido completamente dos palanques), a governadora Ana Júlia Carepa, do PT, é reverter seu mau desempenho durante os quase três anos do seu mandato.

Leia mais no Jornal Pessoal

Governadora recebe blogueiros paraenses

Da esquerda para a direita, Uruá-tapera, Mocorongo, Bacana e Observatório Eleitoral, estiveram presentes à reunião. Foto: David Alves - Agência Pará.

Na manhã desta segunda-feira, 23/11, a governadora Ana Júlia Carepa recebeu blogueiros paraenses para um café da manhã para falar das ações do governo e responder às diversas perguntas dos profissionais que mantêm alguns dos mais visitados blogs de Belém, Ananindeua, Santarém e outras regiões do estado. Junto com a governadora, também estiveram presentes os secretários Paulo Roberto Ferreira, de Comunicação; Cláudio Puty, da Casa Civil; Edilson Araújo, de Governo; André Farias, de Integração; e Maurílio Monteiro, de Ciência e Tecnologia.

O Observatório Eleitoral estava lá, junto com o Bacana (Marcelo Marques), Flanar (Carlos Barreto), o Mocorongo (Ércio Bemerguy), Blog do CJK (Carlos Kayath), Ananindeua em Debates (Milton Pereira e Rui Santana), Blog do Estado (Miguel Oliveira), Blog do Zé carlos (José Carlos Lima), Belenâmbulo (Wagner Okasaki), Na Ilharga (Jorge Amorim) e Uruá-Tapera (Franssinete Florenzano). Segundo a governadora, todos os blogs mais conhecidos foram convidados, independente de posição ou preferência partidária. Foram sentidas algumas ausências, mas foi uma ótima oportunidade para rodadas de perguntas, entre superficiais e impactantes, tendo a governadora buscado ser objetiva e responder a todos os temas que foram colocados.

O Observatório traz alguns trechos de falas da governadora Ana Júlia:

- "Enfrentamos os problemas, não os empurramos com a barriga. Erramos, mas corrigimos".

- "Ninguém muda um modelo de desenvolvimento sem criar infraestrutura logística com inovação tecnológica".

- "Estamos levando desenvolvimento e oportunidades para todos as regiões do estado, inclusive para a capital".

- "Conseguimos que 20% da energia a ser gerada por Belo Monte fique no estado produtor".

- "Os 3,7 bilhões de dólares para a siderúrgica da Vale trará emprego e distribuição de renda para a população. Paraenses já serào qualificados para acessar os novo empregos que surgirão".

- "Marabá também ganhará um novo shopping do tamanho do Boulevard, o que demonstra confiança no crescimento e desenvolvimento do estado".

- "A ALPA tem padrinho (Lula) e madrinha (Ana Júlia)".

- "Político sem mandato, nem vento bate nas costas".

- "Nosso governo é um governo de transição para transformar o Pará numa economia verde".

- "Estamos fazendo nosso dever de casa, pensando no futuro do estado".

- "No pico da crise algumas obras e projetos tiveram seus ritmos diminuídos, para que outros mais prioritários não parassem".

- "O Pará não está quebrado. Ainda tem muita capacidade de endividamento. Ninguém faz obras estruturantes sem empréstimos".

- "Não discriminamos nenhuma prefeitura, independente do partido político".

- "Nem se eu quisesse poderia pedir empréstimo para pagar folha de pessoal. Empréstimos só se destinam a investimentos".

- Não é momento para divisão do estado. Precisa ter mais infraestrutura para dividir. Muitos politiqueiros vendem ilusão com a divisào do estado, achando que o governo federal arcará com tudo."

- "Jamais na história do Pará um governo investiu tanto em todo o estado".

- O melhor parceiro para a Venezuela é o Pará. Votar contra a entrada da Venezuela no Mercosul é votar contra o Pará".

- "Não cansei de falar ao presidente Lula: o Pará não pode continuar sendo mero exportador de matéria prima".

- "A Santa Casa em 2004 teve números muito piores do que tivemos naquela crise, mas ninguém divulgou".

- "O PT é significativo, é grande, governa o Brasil e vários estados brasileiros. O PMDB também é significativo e grande. O melhor é que estejamos juntos em 2010. O PMDB quer ficar e está no governo do Estado".

- "Com o PR e o PTB vamos continuar dialogando".

Ainda tem muitas novidades. Depois postamos mais.

Nos últimos 12 meses, Serra perdeu 15 pontos

Deu no Portal Terra

Lula e Dilma sobem. Serra cai e Aécio melhora.

A aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuperou o fôlego na nova rodada da pesquisa CNT/Sensus, divulgada nesta segunda-feira, com 70% de avaliação "ótimo" e "bom" em novembro. O percentual do último levantamento tinha apresentado queda: de 69,8% em maio para 65,4% em setembro. A pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 16 e 20 de novembro e entrevistou 2 mil pessoas. A margem de erro é de 3%.

O número de insatisfeitos com o governo Lula também caiu em novembro, segundo a pesquisa. Enquanto em setembro 7,2% dos entrevistados faziam uma avaliação negativa do governo, em novembro este percentual passou para 6,2%. A avaliação do desempenho pessoal do presidente Lula aumentou de 76,8% em setembro para 78,9%, mesmo depois do episódio do apagão, em 10 de novembro.

Eleições 2010

Nas simulações para as eleições de 2010, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), continua liderando as intenções de votos em todas as listas em que o nome dele é incluído, mas apresenta queda nos percentuais de primeiro e segundo turnos.

"Ao longo dos últimos 12 meses, Serra perdeu 15 pontos nas intenções de voto", disse Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus.

Na primeira lista que inclui todos os prováveis candidatos à presidência da República, José Serra aparece com 31,8%, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), com 21,7%, o deputado federal Ciro Gomes (PSB)tem 17,5% das intenções de votos e a senadora Marina Silva (PV) apresenta 5,9%.

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Ao comparar os governos Lula e FHC, 76% acham Lula melhor e 10% FHC melhor. Veja quadro abaixo:
Baixe nesse link do Observatório o último relatório da Pesquisa CNT Sensus

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Deu no Estadão

CNT/Sensus obriga PSDB a se posicionar, diz analista

SÃO PAULO - A tendência de crescimento da virtual candidata do PT à Presidência, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e de queda e estagnação do pré-candidato tucano nessa disputa, o governador de São Paulo, José Serra, divulgada hoje pela pesquisa CNT/Sensus, deverá obrigar o PSDB a se posicionar no tabuleiro eleitoral da sucessão presidencial de 2010. A avaliação é do cientista político e pesquisador da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo Marco Antônio Carvalho Teixeira. No seu entender, para reverter o impacto negativo dessa mostra, os tucanos serão forçados a definir, o quanto antes, o candidato da legenda. "Em janeiro, no máximo", diz.

Carvalho Teixeira afirma que não são apenas as projeções de primeiro e segundo turnos - que indicam crescimento de Dilma e queda de Serra - os únicos dados preocupantes para o PSDB. "A aprovação do governo (que subiu de 65,4% em setembro para 70% em novembro) e a aprovação pessoal do presidente Lula (que passou de 76,8% em setembro para 78,9% na pesquisa divulgada hoje) também indicam que os tucanos precisam elaborar suas propostas de governo para o pleito do ano que vem. A impressão que dá é que o PSDB está acuado diante de um governo petista bem avaliado e de um cenário econômico favorável e com perspectivas de crescimento para o ano que vem.

"Na opinião do cientista político e conselheiro do Movimento Voto Consciente Humberto Dantas, a pesquisa de hoje da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e do Instituto Sensus acende um sinal de alerta ao PSDB, principal oponente do governo nas eleições do ano que vem. "O Lula é um fenômeno da comunicação política, ele tem crédito junto à população e é convincente. Além disso, tem conseguido fazer da ministra Dilma uma extensão de si próprio, transferindo para ela essa conjuntura positiva." Por isso, ele também acredita que é necessário o PSDB se posicionar rapidamente nessa corrida sucessória, para não perder terreno.

Com base nos dados divulgados hoje, Marco Antônio Carvalho Teixeira destaca que as eleições 2010 podem apresentar um componente curioso. Será a primeira eleição presidencial direta sem a presença de Luiz Inácio Lula da Silva como candidato. "Mas, com certeza, será um pleito que terá o presidente Lula como um dos principais atores."

Perereca da Vizinha analisa a indefinição dos tucanos

A semana terminou e começa sem a definição das candidaturas majoritárias dos tucanos paraenses às eleições de 2010. Almir Gabriel e Simão Jatene permanecem candidatos ao Governo. E Mário Couto também, já que só abriu mão de sua candidatura em favor de Almir – quer dizer, sua “renúncia” não é irrevogável.

A semana que passou foi exatamente assim: cada um esticou a corda o mais que pôde e travou, nos bastidores, uma verdadeira guerra de informações.

A boataria, aliás, gerou um fato curioso: duas reportagens contraditórias sobre um mesmíssimo fato – a reunião de Almir e Jatene, em Brasília – publicadas pelos jornais O Liberal e Diário do Pará. Enquanto o Diário dava como praticamente definida a chapa tucana, com Almir para o Governo e Jatene para o Senado, O Liberal dizia que nada estava decidido e que o pretendido era o inverso: Jatene para o governo e Almir para o Senado. Aliás, os jornalões não se entenderam nem em relação aos participantes da reunião: enquanto o Diário até entrevistou Flexa Ribeiro, O Liberal dizia que ele não compareceu porque não foi convidado – o que, aliás, se fosse verdade, já renderia uma boa matéria, dada a descortesia, para dizer o mínimo, em relação ao presidente regional do PSDB...

Nesse quadro de tititi desenfreado – e ponha tititi nisso – surgiram os boatos mais absurdos: falava-se em “rebelião” da bancada estadual do PSDB contra a possível candidatura de Almir ao Governo. E dizia-se, também, que Almir e Mário Couto estariam dispostos a deixar o PSDB, caso Jatene seja escolhido para disputar o Governo do Estado. A primeira hipótese foi desmentida ao blog pelos próprios “rebelados”.Tanto o líder da bancada na Assembléia Legislativa, José Megale, quanto os deputados Ítalo Mácola, Tetê Santos e Suleima Pegado bateram na mesma tecla: nunca ouviram falar disso, respeitam muito Almir e o PSDB segue em busca da unidade partidária.
- “O candidato que apóio é o Jatene e ainda não trabalho com a hipótese de não ser o Jatene. Ele é o melhor para o Pará, porque a sociedade quer – tanto assim que lidera as pesquisas. Mas, não tenho nada contra o Almir ou o Mário”, disse Megale.
- “Não existe isso de rebelião. Se ele (Almir) for o candidato, estaremos todos unidos. Temos espírito partidário”, afirmou Ítalo Mácola.
- “Não existe isso (de não aceitar Almir). Não há esse sentimento. Estamos brigando pelo Jatene, mas, somos do PSDB. E, o que o PSDB decidir, vamos levar” – ecoou Suleima.
- “Não há rebelião, não tenho essa informação, não tivemos reunião de bancada. Almir foi um bom governador. E o que interessa é que estejamos todos juntos nessa batalha”, garantiu Tetê.

O segundo boato – o de que Almir e Couto estariam dispostos a deixar o PSDB, caso Jatene seja o candidato ao governo – foi desmentido pelo próprio Almir, em entrevista a repórter Rita Soares, do jornal Diário do Pará, neste domingo. Além disso, nunca foi muito crível, porque o troca-troca de legenda poderia custar os quatro anos de mandato que Mário Couto ainda tem pela frente, no Senado Federal. No entanto, esse segundo boato, além de reforçar, ainda na semana passada, a probabilidade de que tudo permanecesse indefinido nos arraiais tucanos – como de fato permanece – deixou a sensação de que Jatene está, sim, em vantagem nessa disputa. Afinal, se Almir e Couto fossem os “donos da bola”, por que a necessidade de ameaça tão grave, ainda que oriunda dos bastidores?

Já a hipótese de uma rebelião da bancada estadual, diante da candidatura de Almir, embora desmentida, pode, sim, se concretizar, e também entre os candidatos à Câmara dos Deputados, no decorrer do processo eleitoral. Porque o naufrágio anunciado da candidatura de Almir tem tudo para estabelecer no partido um verdadeiro salve-se quem puder...

II

Almir já tem quase 80 anos.E nem mesmo as fantasias que desperta um novo amor têm o poder de mudar isso...É certo que é teimoso, persistente, valente, destemido. Qualidades singulares que o levaram a vencer a eleição de 1994, apesar de ter iniciado a campanha em comícios, como gostam de lembrar alguns tucanos, cuja audiência se resumia “a um bêbado, um cachorro e um poste”.

É certo, também, que foi o melhor administrador público que o Pará conheceu em sua história recente – tanto assim, que ainda hoje o estado colhe os frutos de tudo aquilo que semeou.

Mas, nada disso significa rigorosamente nada para o grande senhor do mundo: o tempo. E o tempo é o maior inimigo de Almir.

Não apenas pelas limitações físicas que impõe, especialmente, num estado gigantesco e de infra-estrutura problemática como o Pará. Mas, também, porque o “almirismo” ficou para trás. Deixou ao Pará, é verdade, uma herança extraordinária, em termos de ética e de equilíbrio fiscal. Mudou o olhar da sociedade paraense em relação à coisa pública. É claro que tudo isso, num contexto maior, de avanço da própria sociedade brasileira. Mas, o almirismo teve o mérito de acelerar tais avanços, num ritmo muito maior do que o normal desta imensa província, onde tudo demora séculos a chegar. Em outras palavras: consumou, em apenas oito anos, o que, talvez, levássemos décadas para estabelecer. E foi justamente essa semente tão poderosa que também fez envelhecer rapidamente o almirismo, do ponto de vista democrático.

Já em 2006, o almirismo era, para a democracia, um retrocesso, o passado. Assim, uma eventual candidatura do “Velho” já nasce sem chances de prosperar.“Se o Almir não desistir, não acredito que consiga levar adiante essa candidatura. Não é que não gostem dele. Mas, temem pela candidatura dele, até pela idade (78 anos). O tempo dele já passou, do ponto de vista da idade e até da história”, diz-me um tucano de alta patente. E acrescenta: “O Almir cumpriu um papel num determinado momento. Mas, hoje, é outro momento – e as eleições têm de ser pautadas em função do momento. Em 2006, o Almir já sofreu com o ‘desgaste do uso’. E se, já naquela época, ele não representava essa necessidade de renovação, mais ainda agora”. Segundo a fonte, não há, simplesmente, “clima”, dentro do PSDB, para a candidatura de Almir. “Mas, não se pode, também, jogá-lo na sarjeta, passar por cima dele”, comenta. Daí o sapateado de catita dos jatenistas nas negociações, “até para evitar problemas maiores”.

Um passo considerável na busca de uma saída negociada para esse impasse foi, justamente, a reunião, em Brasília, entre os dois ex-amigos e ex-governadores. O encontro foi, de fato, a única novidade da semana, no cabo-de-guerra tucano, já que colocou Almir e Jatene frente a frente, pela primeira vez, desde o rompimento.“A reunião foi muito boa. Eles (Almir e Jatene) conversaram amistosamente, trocaram opiniões a respeito de projetos para o estado. Foi uma reunião muito proveitosa”, diz o presidente regional do PSDB, Flexa Ribeiro.“Os dois conversaram. Não esperávamos mais do que isso. E isso foi conseguido”, resume o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, que, junto com os também senadores Flexa Ribeiro e Tasso Jeireissati, participou do encontro. Guerra, aliás, confirmou ao blog que Mário Couto se dispõe a abrir mão de sua candidatura, “em torno de Almir”, e que esse último, “só seria candidato ao governo se chamado por todos, se fosse uma mobilização. Ele não se coloca como candidato: admite que, se for para unir o partido, pode ser candidato ao governo”.

Na verdade, a “renúncia” de Couto e a entrada em cena de Almir se assemelham muito mais a uma estratégia para acuar Jatene, do que a qualquer outra coisa. Entre os coutistas, é verdade, garante-se que a desistência de Couto “é só em função de Almir” (aliás, ele estaria disposto a não apoiar Jatene para o governo) e que a candidatura do “Velho” é mesmo pra valer.“Ele (Almir) diz que tem projetos ambiciosos para o estado e que está com uma visão mais ampla e que pode cometer menos erros. A candidatura dele não é só para afastar o Jatene e o Mário assumir. Isso não passa de especulação”, diz-me uma fonte coutista.

No entanto, a mesma fonte, quando devidamente “espremida”, admite que o próprio Almir “é consciente de que não agüenta uma campanha”.Logo, fica difícil acreditar que o tucano-mor pretenda, de fato, ser candidato.E talvez o que ajude a clarificar um pouquinho esse quadro seja a informação de que a “renúncia” de Couto teria sido decidida numa reunião que ele teve com Almir, na semana anterior ao encontro deste com Jatene. A reunião, no gabinete do senador, durou cerca de uma hora. E nela, eles teriam chegado à conclusão de “que era o momento de o Almir entrar”.

Nesta semana, Almir e Jatene devem se reunir novamente, talvez com a presença da bancada estadual do PSDB. Entre os tucanos, a expectativa é que o imbróglio seja resolvido até o final deste mês, ou, o mais tardar, no começo de dezembro – embora esse já seja o terceiro prazo fixado para a resolução do impasse. Flexa Ribeiro observa que a disputa se restringe às lideranças partidárias. “O partido, na base, está unido. Quando se definir o candidato, vai todo mundo junto”, garante.

III

“Essa não é uma decisão que se tome ao sabor das paixões. Se fosse para nomearmos um governador, aí seria assim. Mas, quem decide é a população. E temos de ver ao que ela aspira” – pondera o deputado Ítalo Mácola, ao apontar a necessidade de que o escolhido, para disputar o governo, seja o mais bem posicionado nas pesquisas. E esse, segundo ele, é Simão Jatene: “As pesquisas mostram que, por ter sido o último governador, o Jatene tem uma possibilidade muito boa de ganhar a eleição. O nome dele é muito lembrado, tanto pela população, quanto pelos partidos com os quais temos conversado, para ver quem agrega mais.” Pragmático, Ítalo observa que nem ele, nem os seus pares têm nada de pessoal contra Almir ou Mário Couto: “Se o Almir ou o Couto tivessem todas as condições, o candidato seria um deles”. Mas, observa, “ninguém faz eleição para perder”. Daí acreditar que essa análise “profissional” das eleições está a ser feita, também, pelo Diretório Nacional. E explica: “O Pará é o maior palanque do PSDB no norte do país. Isso tem interesse direto nas eleições presidenciais”.

O fator Almir Gabriel, no entanto, não causa alvoroço, apenas, nos arraiais tucanos. Na verdade, a possibilidade da candidatura de Almir incomoda igualmente ao PMDB, por restringir-lhe o espaço de manobra.Afinal, nem mesmo quem acredita em Papai Noel aposta um dedal de mel coado na possibilidade de Jader Barbalho apoiar Almir, para o Governo do Estado.Porque o PMDB pode até reclamar – e com alguma razão – do tratamento que lhe é dispensado pelos petistas. Mas, nada se compara à tentativa de asfixia de que foi vítima, durante os oito anos do governo do tucano-mor. Daí a restrição do espaço de manobra: sem a hipótese tucana, o que restaria, concretamente, ao PMDB, para ameaçar o PT?

Mas, isso, já é outra história...

FUUUUUIIIIII!!!!!!

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Observações muito interessantes no post da Ana Célia Pinheiro.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Qual é a saída política de Dudu?

Do Quinta Emenda (Marise Morbach)
Interrompo o fim de semana para perguntar aos marketeiros (me incluindo), aos cientistas políticos (me incluindo), aos leitores do Quinta, aos cidadãos (me incluindo), qual o futuro de Duciomar Costa na política paraense, depois de oitos anos de péssimo desempenho?
A minha opinião é que ele sairá para o Senado. Explico:
1. Se ele não tentar o Senado, qual o futuro que o espera? Não terá a máquina da Prefeitura de Belém para uma campanha desse custo, no futuro!; Não terá o apoio de parte do PSDB e de Jatene!; O que ele terá de apoio em 2011?; Vai sair prá Vereador?
2. Jatene precisa da máquina da prefeitura para sair pro Governo. Porque o Diário do Pará bate dia e noite em Duciomar? Não será para diminuir os ânimos do rapaz?
3. Porque será que O Liberal não está batendo tanto em Jader? Duciomar Costa vai sair para o Senado, está esperando a definição do jogo no PSDB, pois na carona de Simão Jatene poderá percorrer o estado pedindo voto; e Simão Jatene poderá contar com a máquina da prefeitura de Belém. Simples assim!
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Os comentários desse post do Quinta Emenda lembram também que Duciomar não esquece do foro privilegiado que o senado lhe daria. E ele precisa. O que fará após o final de seu segundo mandato como prefeito? Ficará sem poder e sem foro privilegiado?
O grande risco de Duciomar é:

- Será que ao largar a prefeitura para candidatar-se ao senado terá apoio "real" de Anivaldo?

- A luta pelo senado será muito dura, diante do quadro atual de incertezas. Vai querer concorrer com Jader, Jatene, Valéria, Paulo Rocha, Flexa Ribeiro, José Nery, ...? Até o nome de Almir Gabriel foi citado para o Senado. Se alguns desses nomes se confirmarem ao senado, Dudu não conseguirá se eleger. Com esses nomes, arrisco opinar que Jáder ficaria em primeiro e Jatene em Segundo.

- Pesquisas recentes mostram que de todos esses nomes Duciomar tem a maior rejeição, próximo de 40%. Na região metropolitana chega a 60%.
Dudu está observando o quadro. Só depois decidirá.
Nós também continuamos observando.

sábado, 21 de novembro de 2009

Ex-prefeito Celso Pitta morre aos 63 anos em São Paulo

Deu no UOL/Folha Online

O ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta (PTB) morreu neste sábado aos 63 anos. Ele estava internado no hospital Sírio-Libanês, onde fazia tratamento contra um câncer no intestino.

Saiba mais sobre o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta

Em janeiro deste ano, o ex-prefeito foi submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor no intestino e, desde então, fazia tratamento com quimioterapia no hospital.

Afilhado político do deputado Paulo Maluf (PP), Pitta administrou a Prefeitura de São Paulo no período de 1997 a 2000. Sua gestão foi marcada por uma série de denúncias. A principal delas foi o esquema de corrupção batizado de "escândalo dos precatórios".

Ele acabou afastado do cargo por 18 dias --sendo substituído por seu vice-prefeito, Regis de Oliveira--, mas retomou o cargo em seguida. Concorreu a deputado federal e perdeu em duas ocasiões, mas manteve sua filiação ao PTB.

Em julho do ano passado, Pitta foi preso pela Polícia Federal durante as investigações da Operação Satiagraha, que investiga crimes financeiros atribuídos ao banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity. O ex-prefeito e os demais investigados presos foram soltos depois.

A investigação da PF resultou em uma denúncia do Ministério Público Federal, que acusou Pitta por corrupção passiva, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e organização criminosa. Todos os pedidos foram integralmente aceitos pela Justiça Federal.

É Jatene, segundo Ítalo

Deu na coluna do Guilherme Augusto do Diário do Pará






No final da nota dizia Realismo Tucano:

Sobre o ex-governador Almir Gabriel, que também postulou concorrer ao governo, Ítalo, que diz ter apreço por ele, reconhece que é um ícone do PSDB, e que poderá, sim, contribuir, e muito, com a sua experiência, mas, diante dos fatos, Jatene é que reúne, neste momento, as melhores condições para representar o partido na feroz disputa eleitoral que se avizinha.

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O Observatório comenta:

Então, tá!
Mas, parece que o Ítalo está falando de outro Almir Gabriel.
"... contribuir muito ..." com a campanha de Jatene?
Depois de ter saído de seu "exílio estratégico" e colocado seu nome de novo na mídia?
Se Almir desejasse realmente contribuir, teria deixado o PSDB paraense resolver sozinho.
Mas, deu demonstrações claras que não quer Jatene como candidato ao governo.
Para Almir, perder a disputa para o Jatene seria pior do que a derrota para Ana Júlia!

Vamos continuar observando.





domingo, 15 de novembro de 2009

O que eles(as) falaram nos últimos dias ...

Líderes da situação e oposição falaram nos sites nacionais de seus partidos:

José Serra (PSDB): "Brasil não pode ter um sistema elétrico que entre em colapso por causa de raios e ventanias."

Dilma Rousseff (PT): "Não se pode comparar blecaute de terça com barbeiragem tucana de 2002"

Heráclito Fortes (DEM): "Tratar o apagão como um microacidente é debochar do povo brasileiro."

Renato Casagrande (PSB): "Dilma não tem culpa pelo apagão. Nos últimos anos, foram feitos investimentos nas redes de transmissão e nos sistemas de segurança. O problema não causará desgaste político ao governo, desde que não se repita."

Arnaldo Jardim (PPS): “Falta competência administrativa ao governo no setor energético e o apagão só reforça essa deficiência”.

Edison Lobão (PMDB): “O apagão nada tem a ver com isso. Belo Monte tem sido projetada há muitos e muitos anos. E a licença está demorando para sair”. “Belo Monte terá potência de 11 mil megawatts e será a terceira maior do mundo. Necessitamos dela para garantia do sistema elétrico brasileiro”.

Enquanto isso, ...:

Roberto Jefferson (PTB): "Parabéns, PTB gaúcho. Este é o caminho: nem tucano, nem petista, a chapa é trabalhista!"

Primeira eleição direta para presidente completa 20 anos hoje.

Artigo extraído da seção Clipping do site do PV

A primeira eleição direta para presidente da República desde o golpe militar de 1964 completa 20 anos neste domingo. Nestas duas décadas, o Brasil mudou junto com os 22 personagens que tentaram se eleger no dia 15 de novembro de 1989. Alguns morreram, outros desapareceram do noticiário, enquanto alguns fizeram tudo diferente do que prometeram fazer naquele ano em que o grande vencedor foi Fernando Collor de Melo.

Até o dia em que Collor foi empossado presidente da República, muita história aconteceu naquela que foi uma das mais curiosas eleições ocorridas no Brasil. Foi naquele ano, por exemplo, que o empresário Silvio Santos tentou se filiar ao então PFL (hoje DEM) para tentar entrar na disputa. Como não conseguiu, ingressou no minúsculo PMB, mas o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) impugnou sua candidatura depois de encontrar irregularidades na legenda.

Sem o apresentador no páreo, o debate se concentrou no ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Ulysses Guimarães (PMDB) - símbolo da campanha pelas eleições diretas -, Leonel Brizola (PDT) e em Collor, o político que emergia junto com o desconhecido PRN.


A festa do presidente durou pouco. Ele já estava de malas prontas em 1992 após enfrentar um processo de impeachment e renunciar ao cargo por suspeita de corrupção. Depois de alguns anos longe dos holofotes, ele se elegeu senador por Alagoas em 2006 e hoje faz parte da base de apoio do atual presidente, o mesmo Lula vencido naquela eleição.

A ironia desse apoio é que, naquela época, um pregava exatamente o oposto do outro. Enquanto Lula aparecia carrancudo no programa eleitoral gratuito cuspindo maribondos contra o FMI (Fundo Monetário Internacional), Collor era a personificação do que se chamava na época de neoliberalismo, o nome dado à teoria que defende um Estado decidindo cada vez menos que a iniciativa privada.

Além da discordância ideológica, Lula e Collor protagonizaram no segundo turno um dos episódios mais polêmicos da história eleitoral brasileira. Foi quando o candidato do PRN mostrou uma entrevista com a ex-namorada de Lula, Mirian Cordeiro, acusando o atual presidente de incentivar o aborto de sua filha.

Lula ficou pelo caminho nessa e em mais duas eleições, até que, em 2002, aconteceu o que parecia impossível: ao mudar de discurso, de aparência e de aliados, Lula venceu o pleito e se reelegeu em 2006. Hoje, elogia e posa ao lado de Collor, seu ferrenho defensor.

Outra ironia é o que aconteceu a outro personagem, o então presidente José Sarney (PMDB), odiado tanto por Lula quanto por Collor à época . Vinte anos depois e três vezes presidente do Senado, Sarney, ao lado de Collor, faz parte da tropa de elite que blinda Lula em momentos de crise.

Mas havia outros personagens de peso naquelas eleições. Um deles era Brizola, um político das antigas. Morto em 2004, ele ficou em terceiro lugar e apoiou Lula no segundo turno. Em 1998, foi candidato a vice do petista. Hoje, seu partido também apóia o PT e é dono de um ministério, o do Trabalho, comandado por Carlos Lupi.

Mais candidatos também fizeram história naquela ano. Mário Covas (PSDB), quarto colocado, acabou eleito governador de São Paulo em 1994 e reeleito em 1998. Ele era o virtual candidato tucano à Presidência em 2002, mas acabou morrendo em 2001 vítima de câncer.

Rival histórico de Covas, o hoje deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) ficou em quinto lugar naquela eleição, à frente de Guilherme Afif Domingos (DEM) – hoje secretário do governador de São Paulo, José Serra (PSDB).

Amargando uma sétima colocação mesmo com o maior tempo de televisão no programa eleitoral gratuito, Ulysses Guimarães (PMDB) não transformou sua imensa popularidade em votos. Ele morreu em 1992 em um acidente de helicóptero em Angra dos Reis (Rio de janeiro). Seu corpo nunca foi encontrado.

Os hoje deputados federais Fernando Gabeira (PV) e Ronaldo Caiado (DEM) tiveram votação inexpressiva naquela eleição, ficando em 18º e 10º lugares, respectivamente. Mais fortes hoje, eles são os lideres de suas bancadas na Câmara dos Deputados.

Roberto Freire foi outro político que pouca gente lembra ter disputado a Presidência em 1989. Ele ficou em oitavo lugar, mas hoje é o presidente nacional do PPS e o primeiro suplente do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB–PE). Ele faz oposição ao presidente Lula e já declarou apoio ao PSDB nas eleições presidenciais de 2010.

Com tantos candidatos, era natural que alguns ficassem para a história como personagens folclóricos. Esse é o caso do médico Enéas Carneiro, morto em janeiro de 2007 vitimado por um câncer. Barbudo e usando óculos enormes, ele ficou nacionalmente conhecido pelo bordão “meu nome é Enéias!”, gritado sempre ao final dos 17 segundos que ele tinha no horário eleitoral gratuito. Em 2002, foi eleito deputado federal eleito com a maior votação do Brasil.

Outro que chamou a atenção foi José Alcides Marronzinho de Oliveira, que aparecia amordaçado na tela. Quando ele decidiu falar, afirmou que obrigaria a Petrobras a procurar água no Nordeste. Ficou em 13º lugar. Hoje, ele é evangélico, mudou de nome para Jamo Little Brown e cuida de um jornal online.

Outros candidatos daquela época morreram, como Paulo Gontijo – 14º colocado –, em 2002, e Antônio Aureliano Chaves de Mendonça, que foi vice-presidente da República (1979-1985), mas só conseguiu 0,9% dos votos nas eleições de 1989. Apoiou a candidatura Lula em 2002 e morreu em abril de 2005 filiado ao PSDB.

Outros candidatos simplesmente desapareceram do noticiário, como Zamir José Teixeira, Manoel Antônio de Oliveira Horta e Lívia Maria Lêdo Pio de Abreu, a primeira candidata a presidente do Brasil.