segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Outro palco, a mesma peça?

“(...) a decisão que tomaremos será histórica, pois o DEM mostrará que é diferente dos outros partidos por não ser omisso nem conivente.” Deputado Ônyx Lorenzoni (DEM-RS), que dá como certa a expulsão do partido do governador José Roberto Arruda

O partido Democratas (DEM) tem uma oportunidade de tomar uma atitude singular na história recente da política brasileira: expurgar os maus políticos, quando é evidente o envolvimento em atos ilícitos, em definitivo e sem retorno em bastidores.

PT e PSDB tiveram essa oportunidade com seus respectivos mensalões. Até agora, todos os envolvidos nos partidos permanecem intactos, com a exceção de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, que foi expulso do partido, mas tudo indica que continua trabalhando nos bastidores políticos, pois sua mulher, Mônica Valente, integra a chapa nacional do PT que pretende eleger a ministra Dilma Rousseff em 2010. Na mesma chapa estão o ex-ministro José Dirceu, os deputados José Genoino, José Mentor e João Paulo Cunha, todos réus na ação do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o mensalão petista.

No caso tucano, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), continua firme no partido e, com seu processo sendo aceito no STF, teve direito até à defesa do governador mineiro Aécio Neves dizendo que o senador foi “vítima de um conturbado momento político”.

A fala do deputado Lorenzoni pode ser emblemática para a história política do país, ou apenas mais um embuste eleitoral que fará apenas que um político,ao ser pego “com a mão na massa”, passe a trocar os palcos pelos bastidores. Até agora, a única diferença é de qual lado das cortinas eles estão encenando.

Nenhum comentário: