quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Arruda dá panetones agora para servidores do DF

Demonstrando coerência com as imagens que assombraram o país, quando foi pego recebendo pacotes de dinheiro, junto com diversos políticos de seu governo, o ainda governador do DF, José Roberto Arruda, resolveu "comprar" os servidores públicos com farta distribuição de benefícios despropositados e com o claro objetivo de adulá-los e diminuir a rejeição que tem tomado conta do povo brasiliense.

Leia a matéria do Estadão sobre mais uma de Arruda:

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Acuado pelo ''mensalão do DEM'', Arruda dá R$ 248 mi a servidores


Alvo de investigação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pressionado por manifestações públicas, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), resolveu abrir o cofre para tentar esvaziar o movimento pró-impeachment. Depois de quase 15 dias evitando atividades públicas, ele anunciou ontem duas medidas para agradar a funcionários públicos e militares do DF, no valor de R$ 248 milhões.

Arruda antecipou para sexta-feira o pagamento do salário de dezembro para todos os 45 mil servidores do Distrito Federal - entre ativos e inativos da administração direta, indireta, fundações, autarquias e empresas públicas. Tradicionalmente, o pagamento é feito no último dia útil do mês.

Além da antecipação da folha, no valor de R$ 193 milhões, ele decidiu pagar a gratificação por risco de vida a bombeiros e policiais militares numa só parcela, incluindo os atrasados, no valor de R$ 55 milhões. A liberação dos recursos deve ocorrer ainda esta semana. Nos últimos dias, Brasília virou palco de carreatas e passeatas, engrossada por servidores públicos do DF.

Para evitar perguntas, as bondades foram anunciadas em uma nota, depois da primeira reunião de Arruda com seu novo secretariado. A intenção é fazer de tudo para tentar mostrar que o trabalho continua, apesar do escândalo do chamado mensalão do DEM, que veio à tona com a Operação Caixa de Pandora, e de uma equipe de governo desmantelada.

Dezessete de seus 26 secretários deixaram os cargos e tiveram de ser substituídos. Parte deles foi desligada por denúncias de envolvimento direto no esquema de propina, comandado, segundo entendimento do Ministério Público Federal, pelo próprio Arruda. O restante, saiu a pedido de seus partidos, para evitar maior desgaste político.

Leia mais no Estadão Online

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