José Serra, agora presidenciável único do PSDB, revela-se convencido, em privado, de que Aécio Neves acabará concordando em ser candidato a vice-presidente.
O governador tucano de São Paulo elegeu a atração de Aécio como uma de suas prioridades.
Serra considera natural que, num primeiro momento, Aécio se apresente como candidato ao Senado.
Confia, porém, que conseguirá seduzi-lo até abril de 2010. Afirma que o próprio Aécio vai se convencer de que a presença na chapa nacional lhe convém.
Por quê? Segundo o raciocínio esgrimido por Serra, Aécio ajudará mais o seu candidato ao governo de Minas se levar a cara à vitrine nacional.
Afirma que Antonio Anastasia, o vice-governador que Aécio pretende converter em seu sucessor, é um bom candidato. Mas ostenta posição frágil nas pesquisas.
E imagina que, com o pé no palanque presidecial, Aécio daria maior visibilidade ao seu projeto mineiro.
O problema é que, reservadamente, Aécio afirma que a maquinação de Serra é pueril. Desenvolve um raciocínio que vai em direção inversa.
Para Aécio, uma vez inviabilizada a candidatura presidencial, não lhe resta senão a alternativa de concentrar-se em Minas Gerais.
Avalia que a candidatura ao Senado convém a si próprio e também a Anastasia. Não exibe, por ora, a mais remota inteção de ceder aos apelos em contrário.
Apelos que não vêm só de Serra. Todo o PSDB, do presidente de honra FHC ao contínuo, pressionará Aécio para que aceite ser o vice. Imagina-se que a chapa Serra-Aécio seria "imbatível".
Também a direção do DEM, parceiro preferencial do tucanato, deseja arrastar Aécio para a chapa presidencial.
Fonte: Blog do Josias de Souza, na Folha de SP.
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