terça-feira, 27 de abril de 2010

PSB tira Ciro da disputa presidencial

Sem candidatura própria, preferência do partido é apoiar Dilma Rousseff.
Ciro não participou de reunião da Executiva que o tira da disputa


O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, oficializou, nesta terça-feira (27), a decisão da sigla de não apresentar candidato à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A posição, sacramentada em reunião da Executiva do partido, em Brasília, acaba com as esperanças do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) de concorrer ao Planalto nas eleições de outubro.

Segundo o presidente do PSB, foi “a leitura da conjuntura política feita pelos 27 estados e junto aos movimentos sociais que influenciou na decisão de vetar a candidatura de Ciro”. “Tivemos 20 estados que decidiram por não ter candidatura e apenas sete estados decidiram ter candidatura”, explicou o presidente do PSB.

Ainda de acordo com Campos, a prioridade do partido no momento não é patrocinar uma candidatura à Presidência, mas sim priorizar o crescimento da sigla nos estados e no Congresso. “Abrimos novas e concretas vias no crescimento do processo partidário. A melhor opção no momento é o PSB não disputar a Presidência da República.”

"[O partido] Avalia como correta e consequente a participação do PSB no governo Lula. As eleições de outubro não estão definidas. O PSB está pronto para ampliar a sua presença nas eleições estaduais e no Senado", disse Eduardo Campos.

‘Homem de ideias’

Apesar de vetar as pretensões eleitorais de Ciro, o presidente do partido procurou elogiar o colega. Campos classificou o deputado de “homem de ideias” autor de “grandes atos em favor do país”. “Ciro Gomes engrandeceu o debate republicano”, disse Campos.

O presidente do PSB disse que irá fazer uma reunião com PT na próxima terça-feira para tratar da adesão da sigla à candidatura de Dilma Rousseff. Campos também disse que vai encontrar Ciro ainda nesta quarta no Rio de Janeiro para conversar sobre o assunto.

Negociações

Desde a semana passada, as lideranças do partido discutiam a candidatura com o deputado, que insistia em concorrer à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na quinta-feira passada, após reunião com Lula, Eduardo Campos disse que Ciro mantinha a decisão de disputar a Presidência, mas que a decisão seria decidida nesta terça pela Executiva do partido após consulta aos diretórios estaduais.

Um dia antes, em entrevista aos Diários Associados, o próprio presidente Lula havia dito que conversaria com Ciro. Em entrevista ao SBT no dia 23, no entanto, Ciro afirmou que Lula estava perdendo a humildade e reclamou que o presidente nunca tratou de candidatura com ele. "Por que ele não pode tratar esses assuntos com franqueza? Por que não trata comigo cara a cara, francamente?", indagou.

Fonte: Portal G1

domingo, 25 de abril de 2010

A gangorra dos números

A seis meses das eleições, o que valem as pesquisas de intenção de voto? Pouco. Coloque uma Copa do Mundo no meio e elas talvez valham ainda menos. Acrescente a famosa "margem de erro", que faz um candidato com hipotéticos 34 pontos valer apenas 32 ou já ter chegado a 36. Mas o que se briga por causa dos resultados é uma enormidade

As pesquisas eleitorais surgiram no país há mais de meio século. Mais duradouras que a própria democracia, essas máquinas de captar e aferir tendências buscam reproduzir, com base em entrevistas e projeções matemáticas e estatísticas, cenários reais, seja para averiguar quantos ouvintes tem uma emissora de rádio, seja para verificar o nome mais adequado para uma nova marca de sabão em pó.

Os institutos de pesquisa, porém, ganham notoriedade, importância e destaque quando o assunto é eleição. Nada mais compreensível, portanto, que, faltando menos de seis meses para o início do pleito que promete ser o mais interessante das últimas décadas, todas as atenções se voltem para os prognósticos produzidos a partir dos dados colhidos pelos quatro maiores e mais tradicionais institutos brasileiros – Datafolha, Ibope, Vox Populi e Sensus.

Ao contrário do que se espera de um trabalho cartesiano, os resultados apresentados na primeira grande rodada de pesquisas são discrepantes, sugerem realidades distintas e permitem interpretações variadas e contraditórias. Os números indicam que o ex-governador José Serra está liderando a disputa. Dependendo da pesquisa e de como ela é analisada, a ex-ministra Dilma Rousseff também pode surgir na dianteira. Contemplando ainda um terceiro cenário, nem um empate é descartado. Como as três hipóteses não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo, a única certeza é que alguém errou – e errou feio.

Os números divergentes

O Datafolha coloca o candidato José Serra 10 pontos à frente de Dilma Rousseff. A Sensus, a novata dos grandes, informa que essa diferença é de irrisório 0,3 ponto porcentual. O Ibope, dono do levantamento mais recente, crava o tucano a 7 pontos da petista. No Vox Populi, a diferença entre os dois encolhe para apenas 3 pontos. Em comum, todos apontam a liderança do candidato do PSDB.

O que isso significa? Primeiro que, claramente, quando questionados, há mais eleitores dizendo agora que votariam em José Serra para presidente do que em Dilma Rousseff. Fora isso, todo o resto é menos certo, começando pelo verbo "dizer", que é bem diferente de "votar". Se os dois verbos se equivalessem, as eleições no Brasil poderiam ser decididas por aclamação – ou por pesquisas de intenção. Em nenhuma democracia avançada essa possibilidade seria sequer aventada. Os números são ainda menos definidores do quadro político por uma razão adicional: o que se "diz" agora pode não ser o que se "fará" em outubro.

Por quê? Principalmente porque a maioria dos 133 milhões de eleitores brasileiros simplesmente não está pensando em eleições e candidatos agora e só vai fazer isso depois da Copa do Mundo, quando a campanha na televisão tiver começado. Mas, do ponto de vista metodológico, a verdadeira barriga de crocodilo das pesquisas de intenção de votos é a margem de erro. Ela é um desvio estatístico inerente à pesquisa – que não existe no voto, que é contado um a um. De modo geral, os institutos de pesquisa assumem que seus resultados são corretos apenas quando considerados dentro de uma faixa que varia 2 pontos para cima ou para baixo. Ou seja, o candidato que aparece com 30 pontos em uma pesquisa pode ter, na margem superior, 32 pontos ou, na margem inferior, 28 pontos. Quando se imagina que um concorrente mais próximo tem sua pontuação submetida ao mesmo sistema, quem aparece em primeiro pode estar em segundo – ou ambos podem estar empatados. Não se fala aqui de Serra e Dilma, mas de candidatos hipotéticos.

Os partidos reclamam. Os institutos discutem.

Portanto, a rigor, não deveria haver razão para tamanho acirramento de ânimos em torno das pesquisas de agora. Mas a coisa está fervendo. O PSDB interpelou o Sensus e reclamou do Vox. O PT fez acusações contra o Datafolha e o Ibope. É natural e compreensível que seja assim. Afinal, a eleição deste ano, a primeira sem Lula em duas décadas, promete ser a mais acirrada desde a redemocratização. A diferença desta vez é que os institutos acusaram o golpe e se engalfinharam, numa surpreendente e inédita troca de insinuações sobre métodos, procedimento e idoneidade.

O embate chegou a tal ponto que, há duas semanas, representantes de cada um dos quatro institutos se encontraram para tentar contornar as diferenças. A reunião, porém, se transformou em uma troca de acusações pesadas. Mauro Paulino, diretor do Datafolha, e Márcia Cavallari, representante do Ibope, propuseram uma padronização dos questionários das pesquisas sobre eleição presidencial. A proposta continha uma crítica às técnicas do Vox Populi e da Sensus, que, antes de perguntar sobre intenção de voto, questionam a situação da economia, no caso do Vox, e a popularidade do governo Lula, no caso do Sensus. Segundo Datafolha e Ibope, esse modelo induz o entrevistado a apontar Dilma Rousseff, a candidata do governo.

Coube ao representante do Vox Populi, João Francisco Meira, o ataque mais pesado contra os concorrentes. Em tom de voz alterado, ele acusou o representante do Datafolha de usar o jornal Folha de S.Paulo, controlador do instituto, para "desqualificar" seus rivais e "roubar" seus clientes. A prova, segundo ele, eram notícias publicadas no jornal com críticas aos métodos utilizados pelo Vox. Segundo a Folha, na última pesquisa o Vox Populi teria repetido o roteiro de endereços de entrevistas usado em levantamentos anteriores, além de ter exibido um questionário em que o nome dos candidatos aparecia sempre acompanhado do cargo que já haviam exercido, à exceção de José Serra. Dilma era "ministra Dilma". Serra era apenas José Serra, ou melhor, "arreS ésoJ" (o nome dele aparecia invertido). Tudo isso teria favorecido a candidata do PT. "Não vou me manifestar sobre esse debate porque acho que não acrescentaria nada. Mas posso dizer que tudo o que foi dito na reunião ocorreu em clima de total sinceridade", explicou João Meira.

Mas, os institutos têm bom nível de acertos

Ao contrário do que parece, a confusão nunca foi a marca dos institutos brasileiros. As suspeitas de manipulação de números, que sempre surgem contra um ou outro instituto em praticamente todas as eleições, nunca foram comprovadas. O índice de acerto das pesquisas, de 98%, só é comparável ao das democracias mais maduras, conforme um estudo do cientista político Marcus Figueiredo, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro. Diz ele: "No Brasil, as pesquisas eleitorais não ficam devendo a nenhum outro país do mundo".

Segundo especialistas consultados por VEJA, a explicação para o salseiro que se apresentou no início desta campanha é a confluência de dois fatores presentes nas sondagens atuais. Um deles é a falta de interesse pelas eleições e a consequente indefinição do eleitorado. De acordo com as pesquisas já divulgadas, quando são convidados a declarar o voto sem ver uma lista de candidatos, técnica conhecida como pesquisa espontânea, sete em cada dez eleitores não sabem responder. Os mesmos entrevistados, porém, acabam declarando o voto quando confrontados com uma lista, técnica chamada de pesquisa estimulada. "Como a maioria ainda não escolheu candidato, as pesquisas estimuladas extraem as preferências de uma massa volátil. É muito natural que sondagens feitas em dias diferentes captem essas mudanças sem que nenhum evento extraordinário tenha ocorrido entre eles", explica a socióloga Fátima Pacheco Jordão, uma das maiores especialistas em pesquisas eleitorais do país.

O brasileiro ainda não está pensando em eleições

A falta de interesse pelas eleições, que tem contribuído para a confusão sobre a disputa presidencial, também nunca foi tão grande como agora. Em 2006, seis meses antes da eleição, metade do eleitorado já sabia apontar seu candidato de maneira espontânea. O mesmo índice era verificado em 2002. A inédita apatia eleitoral, no entanto, não explica isoladamente a divergência dos institutos sobre os rumos da sucessão.

Métodos e técnicas diferentes, podem gerar resultados diferentes

A segunda – e talvez decisiva – razão para as divergências é que, embora utilizem o mesmo método para tomar o pulso dos eleitores, os quatro maiores institutos de pesquisa brasileiros adotam técnicas distintas. As principais diferenças são o local e a maneira como os entrevistados são abordados pelos institutos. Enquanto o Datafolha colhe as opiniões em pontos de fluxo, como rodoviárias e shoppings, os demais institutos fazem pesquisas domiciliares. Segundo os especialistas, opiniões colhidas na rua, pelo menos em teoria, são emitidas com maior liberdade que as expressadas na porta de casa. "As duas técnicas têm justificativas científicas. Mas os resultados, em geral, não podem ser tão divergentes", diz o cientista político Alberto Carlos Almeida.

Mais que o local das entrevistas, porém, talvez nenhum outro fator seja tão potencialmente capaz de produzir distorções quanto a maneira como os entrevistados são abordados. As estimativas mais polarizadas sobre a sucessão presidencial, dos institutos Datafolha e Sensus, estão separadas por 10 pontos porcentuais de diferença e por abordagens totalmente distintas.

No instituto Datafolha, os pesquisadores são orientados a não fazer perguntas antes de questionar em quem o entrevistado votará na próxima eleição. "O questionário é o coração da pesquisa", explica o diretor do Datafolha, Mauro Paulino. "Não fazemos perguntas sobre a avaliação do governo nem a razão da escolha antes de questionar em quem o eleitor votará. Isso pode influenciar a resposta."

A Sensus, por sua vez, não vê problema algum em utilizar uma técnica que vai na contramão da do Datafolha. Em todas as suas pesquisas, o instituto questiona a avaliação do entrevistado sobre o governo Lula, o mais popular presidente do país, antes de perguntar em quem ele vai votar nas próximas eleições. "Na literatura de pesquisa, é metodologicamente lícito constarem perguntas que repliquem a estrutura natural de decisão do eleitor", defende-se o diretor da Sensus, Ricardo Guedes. Na semana passada, o ministro Ricardo Lewandowski assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral. Uma de suas primeiras missões no cargo será decidir sobre uma investigação pedida pelo PSDB sobre a Sensus por supostas fraudes na pesquisa.

Ibope gera discussão, interna e externa

É difícil imaginar que possa haver uma convergência entre os quatro institutos num momento em que existem divergências até mesmo dentro das próprias empresas. Em agosto passado, o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, afirmou em entrevista a VEJA que Lula não conseguirá fazer seu sucessor. Montenegro disse que o PT estava em "processo de decomposição" e que Serra seria eleito presidente – isso a mais de um ano das eleições.

A entrevista causou uma crise dentro do próprio Ibope. Os petistas reclamaram. A diretoria condenou a entrevista de Montenegro e foi unânime em afirmar que declarações como essa abalam a credibilidade da empresa e podem afugentar clientes. "Nosso negócio é diagnóstico, não prognóstico", explica Márcia Cavallari. Desde então, Montenegro deixou de dar entrevistas. Está afastado da área de relacionamento com os clientes e dedica-se apenas a assuntos internos do Ibope.

Pesquisas influenciam decisões?

A seis meses das eleições, com um cenário político ainda indefinido, é de perguntar o porquê de tanto barulho. As pesquisas eleitorais têm efeitos e consequências peculiares conforme o estágio da disputa. Agora, por exemplo, elas são decisivas para a definição de candidatos e suas coligações. Foi graças às sondagens eleitorais que o ex-governador de São Paulo José Serra garantiu a vaga de candidato do PSDB à Presidência, adiando o sonho presidencial do ex-governador mineiro Aécio Neves. "Muitos diziam que a candidatura de Aécio era mais promissora. Mas como poderíamos ignorar o fato de que o Serra há mais de dois anos aparece nas pesquisas com quase 40% das intenções de voto?", questiona o presidente do PSDB, Sérgio Guerra.

Numa etapa posterior, pesquisas eleitorais qualitativas, que buscam sondar os anseios do eleitorado, são decisivas para moldar o comportamento e o perfil dos candidatos. O caso mais conhecido envolve o presidente do Vox Populi, Marcos Coimbra, e o ex-presidente Fernando Collor. Primo de Collor, Coimbra detectou que o candidato ideal deveria ter uma imagem de esportista. Collor passou a se exibir ao volante de carros esportivos e fazia corridas diárias em Brasília. Após seis meses de suor, foi eleito com 53% dos votos.

Desconhecido, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta também foi um caso de sucesso de candidatura construída em laboratórios de pesquisa. Ciro Gomes, que até a semana passada era candidato à Presidência pelo PSB, foi ejetado da posição diante do pífio desempenho captado pelas pesquisas.

Quem vota baseado em pesquisas?

Divergências entre institutos também não devem, em princípio, causar grandes preocupações. Uma das razões é que o porcentual do eleitorado que acaba utilizando as pesquisas para orientar seu voto é muito baixo, inferior a 10%. Além disso, as divergências estatísticas diminuem, quase sempre flutuando dentro da margem de erro, com a proximidade da eleição – quando as pesquisas ficam mais frequentes e a volatilidade do eleitorado diminui. Por fim, já surgiu até um modelo para dar mais racionalidade à selva de números conflitantes.

Nos Estados Unidos, em vez de tentar padronizar técnicas diferenciadas, criou-se um meio particular de leitura de pesquisas. A ONG Real Clear Politics adotou um índice que reflete a média de dezesseis institutos que fazem pesquisas com os mesmos métodos e técnicas diferentes.

Na campanha de Barack Obama, a média apurada no final foi muito semelhante ao resultado das urnas. Esse modelo já começa a ser usado no Brasil. "A média dilui eventuais falhas e diferenças entre os institutos", afirma Figueiredo. Em muitos lugares, porém, essa solução nem seria possível.

Em países como Rússia, Paquistão, Irã e China, há apenas um ou dois institutos de pesquisa, em geral ligados ao governo. Fraudes e manipulações eleitorais são constantes. Apesar de preocupantes, as divergências podem ser usadas como uma tremenda aliada da democracia – supondo, é claro, que todos os institutos ajam com correção.

Fonte: Revista veja / Otávio Cabral e Alexandre Oltramari
(com intertítulos do OE)

Frase da semana

Eleita a frase da semana, o que você acha desta declaração?

"Se o árbitro toda hora apita impedimentos e pênaltis, a partida não anda. Quanto menos a Justiça intervier, mais bonita será a eleição"

Ricardo Lewandowski - Novo predisente do TSE

Tucanos e petistas cobiçam apoio de PP e PTB

Aliança significa mais tempo de TV e palanques regionais; PT e PSDB tentam ao menos evitar que adversário feche acordo formal

Roberto Jefferson defende que petebistas fiquem com José Serra, mas enfrenta resistência; no PP, ideia é adiar definição para junho


Na fase final de costura de alianças para a eleição, tucanos e petistas travam uma batalha para tentar atrair dois partidos ainda indefinidos no tabuleiro eleitoral: PP e PTB.

O apoio formal significa tempo de TV -estão em jogo 2min41s em horário nobre- e palanques regionais. A garantia de que não haverá apoio formal ao bloco oposto assegura pelo menos que o adversário não herdará os benefícios.

O PT trabalha para fechar uma aliança com o PP e evitar que o PSDB consiga levar o PTB -que, presidido pelo ex-deputado e delator do mensalão, Roberto Jefferson, não fecharia uma aliança nacional com os petistas. Os tucanos pretendem firmar a aliança com o PTB e tentam neutralizar o PP.

"Os dois partidos estão na mesma situação, só que com o sinal trocado", diz o presidente do PT, José Eduardo Dutra.

Enquanto Jefferson deixa claro que quer o apoio formal de seu partido ao pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, os líderes da legenda no Senado, Gim Argello (DF), e na Câmara, Jovair Arantes (GO), defendem que o partido fique ao lado de Dilma Rousseff (PT).
No início da semana, Jefferson e Argello se reuniram, mas a decisão sobre o assunto ficou para o próximo mês. "A bancada e a maioria dos prefeitos [do PTB] querem a Dilma. Eles têm de ser ouvidos", disse Argello.

Na avaliação do PSDB, Jefferson tem o controle efetivo do partido e conseguiria, caso o acordo não seja fechado em maio, viabilizar a aliança entre petebistas e tucanos nas convenções de junho.

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, se reuniu duas vezes com o ex-deputado na semana passada. "Apenas posso dizer que estamos nos entendendo muito bem com o PTB."

Em relação ao PP, a Folha apurou que uma aliança formal é vista com ceticismo pelos tucanos. Conseguir a neutralidade do partido e, com isso, tirar tempo de TV de Dilma, já seria uma vitória. O principal obstáculo é o fato de o PP controlar o Ministério das Cidades.

Na semana passada, um atrito entre a bancada do PP na Câmara e o ministro Márcio Fortes quase gerou uma rebelião capaz de jogar o partido definitivamente para o lado de Serra.
A bancada do partido pressiona pela liberação de emendas no ministério. Rapidamente, foi feito um acerto, mas sobraram rusgas. Um integrante da cúpula do PP reclama do fato de Fortes achar, segundo ele, que "está acima do bem e do mal".

Expectativa

Os ânimos foram apaziguados pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ) -nome visto no PSDB, ainda que reservadamente, como plano B no caso de o ex-governador Aécio Neves (MG) efetivamente se recusar a compor uma chapa puro-sangue com Serra.

A hipótese foi levantada pelo deputado do PP Paulo Maluf (SP), que afirmou ver em Dornelles o "o vice ideal" de Serra.

Para o PT, a ideia da Vice-Presidência não reverbera nas lideranças do partido. Os petistas ainda dão como certo o apoio formal do PP e tentam apressar a definição.

A Folha apurou que a estratégia entre PSDB e PP é cozinhar em banho-maria o assunto até junho. Dessa forma, o governo não teria tempo, por conta da legislação eleitoral, de contra-atacar uma ofensiva tucana com a liberação de verbas para a bancada do PP.

Um deputado do PP questiona a "utilidade de um ministério depois de junho". O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, do PTB, rebate o argumento: "Ninguém desdenha um ministério".

FOnte: FOlha de SP

Mercadante exalta Dilma no lançamento ao governo

Senador lança pré-candidatura sem atacar rival, Alckmin, mas com críticas a Serra
Pré-candidato ao governo paulista promete criar Conselhão regionalizado; Lula, que era esperado para o evento, não compareceu


No lançamento das pré-candidaturas de Aloizio Mercadante, ao governo de São Paulo, e de Marta Suplicy, ao Senado, a estrela foi Dilma Rousseff. Lula, esperado no evento, não compareceu.

A pré-candidata do PT à Presidência foi escalada para fazer a defesa do nome de Mercadante e de Marta aos delegados do partido, que aprovaram de maneira simbólica os dois principais candidatos da aliança que faz contraponto aos tucanos.

Ela foi recebida com festa pela militância ao som de um dos jingles da campanha, a toada sertaneja "Vem Dilma, vem".

Tratada como "a primeira presidente mulher que este país terá" por Mercadante, Dilma se apropriou do argumento da oposição para a disputa à sucessão ao Planalto ("O Brasil pode mais") para defender a vitória do senador no pleito.

"Achamos que é possível e necessário fazer muito mais", disse Dilma, que reforçou que a vitória do PT em São Paulo "Vai permitir que nós aqui façamos mais". O slogan tucano tem sido alvo de brincadeiras de Lula.

Em discurso, Dilma repetiu que obras emblemáticas da gestão José Serra (PSDB) no Estado, como o Rodoanel e a expansão do metrô, receberam recursos do governo federal. Ela fez também críticas à educação no Estado -apontada como um dos pontos fracos das gestões tucanas. Disse ainda que quem dirigiu o Estado nas últimas três décadas "não preparou São Paulo para o futuro".

Mercadante, que falou após a candidata ao Planalto, direcionou boa parte de seus ataques, sem citar nomes, ao atual governo paulista -Serra deixou o cargo no início de abril-, sem mencionar seu principal rival na disputa, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Segundo a última pesquisa Datafolha, no cenário com Paulo Skaf (PSB), a vantagem de Alckmin sobre o petista é de 39 pontos: o tucano tem 52% e Mercadante, 13%.

O pré-candidato petista ressaltou as conquistas do governo Lula e falou das dificuldades e dos desafios do Estado. Ele prometeu, como primeira ação caso seja eleito, criar um Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, nos moldes do Conselhão criado por Lula, mas regionalizado no Estado. E disse que irá cuidar melhor do interior paulista. "São Paulo vai se interiorizar, vai olhar o interior com mais respeito", disse.

Mercadante citou os recentes conflitos do governo tucano com professores durante a greve da categoria. Ele afirmou não prometer atender todas as reivindicações dos professores, mas disse que se empenhará para melhorar a qualidade do ensino e valorizar a classe.

Ao final do discurso, ele se emocionou ao falar da vida dedicada à política.
A aliança construída até agora pelo PT para fazer frente à candidatura do PSDB inclui outros sete partidos (PDT, PC do B, PR, PRP, PPL, PT do B e PTN). "É a maior aliança da nossa história", afirma o presidente do PT-SP, Edinho Silva. A coligação estima o tempo de TV, durante a campanha, em torno de seis minutos.

Ausência

Antes da fala de Dilma, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), leu carta enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pediu desculpas por não estar presente no evento. A ausência causou mal-estar porque Lula foi o responsável pela mudança de posição de Mercadante, que até pouco tempo insistia em concorrer à reeleição no Senado.

Marta, em discurso, afirmou que São Paulo, reduto do PSDB e do principal pré-candidato da oposição, será o palco principal das eleições no Brasil.
"A luta é aqui em São Paulo, a eleição vai ser vencida aqui", disse. Marta atacou a oposição, afirmando que as críticas a Dilma são "procurar pelo em ovo". "Só não ousaram dizer que é porque é mulher", disse ela.

É a segunda vez que Mercadante concorre ao governo paulista. Na primeira, em 2006, foi derrotado por Serra, hoje rival de Dilma na disputa pelo Planalto. Antes de escolher Mercadante, o PT apostava no nome do deputado Ciro Gomes (PSB) como candidato de uma coalizão antitucana no Estado.

Fonte: Folha de SP / Ana Flor

sábado, 24 de abril de 2010

Atrás do voto das mulheres

Dilma volta ao Planalto para se reunir com dona Marisa

BRASÍLIA. Em seu primeiro retorno - pelo menos registrado pela imprensa - à sede do governo desde que deixou o comando da Casa Civil, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, foi ontem ao CCBB (sede provisória do Executivo federal) para um encontro com a primeira-dama, Marisa Letícia. Na saída, Dilma disse que foi uma "conversa de mulheres" e que espera contar com o apoio de "dona Marisa" na campanha.

A última pesquisa Datafolha indicou que seu principal adversário, o tucano José Serra, tem melhor desempenho entre o eleitorado feminino: 35% contra 25%. Um dado curioso, considerando que eles têm o mesmo percentual, 34%, no eleitorado masculino. Dilma disse esta semana que buscaria em todos os cantos o voto das mulheres.
O encontro com dona Marisa ocorreu minutos antes de Dilma participar de uma reunião mais ampla com mulheres, na sede do PT em Brasília: o seminário internacional "Mulher e Participação Política na América Latina: desafios para a construção da igualdade", promovido pela Secretaria Nacional de Mulheres do PT.

Este encontro, à noite, também foi fechado. Dilma dividiria uma mesa sobre a participação política das mulheres na América Latina com a senadora Lúcia Topolansky, presidente do Senado do Uruguai e primeira-dama do país, e com a deputada Lorena Pena, representante do Conselho de Igualdade e Equidade de El Salvador. O encontro contava ainda com mulheres políticas de outros países da América Latina.

Ao sair do CCBB, Dilma disse que apenas cumprimentou o presidente, mas admitiu que sente falta dos antigos colegas de trabalho:
- Vim conversar com a dona Marisa, conversas nossas, pessoais. Sempre me aconselho com ela. É uma pessoa que tem uma fortaleza interna e, ao mesmo tempo, uma grande ternura. Aprendi a respeitá-la, a admirá-la e, sobretudo, a saber que ela é uma pessoa especial.

Quanto ao presidente Lula, brincou que sente saudades:
- Só o abracei. Tenho imensa saudade dele, espero que ele também tenha de mim.

Fonte: O Globo / Gerson Camarotti, Cristiane Jungblut e Maria Lima

'Meu governo será o da produção'

Em nova visita ao Nordeste, Serra promete investir no setor

NATAL. O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, defendeu ontem, em visita à capital potiguar, a manutenção do programa Bolsa Família, e prometeu reforçá-lo, caso eleito. Em sua terceira visita a uma cidade nordestina em uma semana, Serra deu entrevista ao vivo para TV e rádio, além de ter participado de almoço com empresários na Câmara dos Diretores Lojistas de Natal.
- O emprego é a variável fundamental, porque eu sou a favor do apoio à família e sou a favor do Bolsa Família - disse Serra.

Em entrevista para a TV Tropical, de propriedade do senador José Agripino Maia, líder do DEM, o tucano disse que está se preparando para ser presidente desde a adolescência. Provocado pelo jornalista Cassiano Arruda, com a pergunta de como seria a presença do Estado em seu governo, o tucano defendeu a presença do governo na economia de forma atlética e não como um lutador de sumô, a luta japonesa praticada por competidores obesos.

José Serra disse que a privatização não tem mais espaço significativo hoje, comentando que via duas alternativas para a ação do Estado.
- Sou contra isso (o Estado obeso e ineficiente), porque você está gastando dinheiro dos contribuintes. O dinheiro falta para educação, saúde, e saber gastar é crucial - disse o tucano, acrescentando também não concordar com a ideia do Estado de braços cruzados, que não faz nada e espera que os mercados resolvam: - O que defendo é um Estado ativo: não obeso, mas forte. Eu defendo o Estado musculoso, mas enxuto, porque nós não somos lutadores de sumô, que estes, sim, não sei por que, precisam ser obesos.

No encontro com empresários, o tucano foi aplaudido ao dizer que, se for presidente, vai privilegiar o setor produtivo. Para Serra, o que o país precisa é fortalecer o setor, que produz bens e serviços que a população consome.
- Produção industrial, produção agrícola, é o que faz a riqueza do país - afirmou o ex-governador paulista. - O meu governo será o período da produção - disse ele.

Fonte: o Globo / Paulo Francisco

Faroeste digital

Em vez do debate político qualificado, o que tem se visto na pré-campanha na Internet é um festival de ataques que não respeitam a linha da cintura

Instrumento capaz de disseminar informações a milhões de pessoas em poucos segundos, a internet já é a grande vedete das eleições de 2010. O problema é que nesta fase de pré-campanha, a rede mundial de computadores tem sido usada muito mais para ataques abaixo da linha da cintura do que como efetiva ferramenta de debate político que possa qualificar a opção do eleitor. Veja alguns vídeos que circulam na rede:





Ao que tudo indica, uma vez que é impossível aos políticos controlar o que é postado em nome de suas siglas, caberá aos candidatos tentar impor limites no mundo virtual. Se protagonizarem uma campanha de alto nível, talvez impeçam que as baixarias virtuais afetem o voto real.

Fonte: Revista Isto É

Católicos divididos

Pela primeira vez em três décadas, os principais movimentos sociais não estarão ao lado do PT nas eleições presidenciais

Uma transformação política silenciosa vem ocorrendo no seio da Igreja Católica do Brasil, cujo papel político nas últimas décadas esteve intrinsecamente ligado ao Partido dos Trabalhadores. É cada vez mais evidente o fim da hegemonia do PT entre as lideranças religiosas e os leigos que atuam nos movimentos sociais ligados à Igreja Católica. Espécie de caixa de ressonância do petismo nas camadas mais pobres da sociedade, boa parte das chamadas pastorais sociais resolveram sair da clausura e proclamar o rompimento com o governo Lula. Com ataques duros direcionados ao Palácio do Planalto, muitas dessas organizações agora apostam suas fichas em outras legendas. Considerada nos bastidores da Igreja como o maior racha político depois da redemocratização do País, a divisão dos católicos ganhará visibilidade a partir do dia 4 de maio, em Brasília, quando mais de 300 prelados brasileiros estarão reunidos na 48ª Assembleia- Geral dos Bispos do Brasil, evento anual tido como o mais importante encontro da cúpula católica do País. “É o fim de uma hegemonia política, os católicos ficaram mais maduros”, entende dom Cristiano Jakob Krapf, bispo de Jequié (BA). “A Igreja nunca esteve tão dividida”, admite dom Tomás Balduíno, bispo emérito de Goiás, um dos fundadores da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

A portas fechadas, a reunião dos bispos debaterá durante nove dias a conjuntura política nacional e, prioritariamente, o novo papel das comunidades eclesiais de base (CEBs) – grupo interno da Igreja que surgiu na década de 60 incentivado pelo Concílio Vaticano II para ampliar a leitura dos textos litúrgicos. No Brasil, alinhadas à teologia da libertação, as CEBs ganharam musculatura lutando contra a ditadura militar. Assim como o sindicalismo, do qual veio o presidente Lula, as comunidades eclesiais de base tiveram um papel fundamental na construção e fundação do PT. Como braço dos petistas dentro da Igreja, elas assumiram funções importantes em todas as eleições de Lula e, claro, na sua chegada ao poder.

No novo cenário político católico, os dirigentes dessas comunidades – elas são quase 50 mil espalhadas pelo Brasil – estão migrando em massa para o PV, o PSOL e até para o PSTU. “Perdemos a capacidade de nos indignar”, escreveram na última semana as lideranças das Cebs em uma carta entregue aos bispos que participarão da reunião da CNBB. “Está tudo muito confuso, existe muito ressentimento com Lula por causa da defesa do neoliberalismo e do lançamento do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH)”, avalia dom Tomás. A defesa da legalização do aborto e da união civil entre pessoas do mesmo sexo, proposta pelo PNDH, indignou todas as correntes da Igreja Católica e as unificou na crítica ao governo petista. “O PT não soube tratar a Igreja como parceira histórica”, avalia o vereador petista Toningo Kalunga, da cidade de Cotia (SP), dirigente das comunidades de base.

Mas, nesse novo cenário, Dilma pode ganhar o apoio de um segmento da Igreja que historicamente esteve ligado ao PSDB: a Renovação Carismática. Com a transferência do vereador paulistano – e provável candidato ao Senado – Gabriel Chalita do PSDB para o PSB, boa parte desse movimento católico que tem como estrelas principais os padres celebridades Marcelo Rossi e Fábio de Melo tende a apoiar a candidata governista. Isso, claro, se o principal nome do PSB, o deputado cearense Ciro Gomes, desistir de disputar a Presidência da República.

“Para evitar uma eleição plebiscitária e assegurar que a questão ecológica entre como prioridade na pauta das eleições, muitos religiosos estão investindo no apoio a Marina Silva e a outras legendas”, explica Sérgio Coutinho, professor de teologia do Instituto São Boaventura, em Brasília. Assessor da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Coutinho alerta que, hoje, as lideranças da Igreja estão divididas basicamente em três setores: os ambientalistas, os desenvolvimentistas e os espiritualistas, esses últimos, defensores da “volta para a sacristia” dos religiosos militantes. “De certa forma, a Igreja se despolitizou”, diz.

Ainda é cedo para avaliar os possíveis estragos que esse racha provocará na campanha eleitoral, mas o certo é que, para não ficar “pagão”, Lula terá que se desdobrar para atrair a cúpula da CNBB e transferir seu prestígio entre os 73% de católicos brasileiros. O PT e o governo sabem disso e não querem comentar a crise entre os dirigentes religiosos, mas estão à procura de um novo Frei Betto, ex-assessor de Lula e uma das vozes mais respeitadas entre os católicos de esquerda, para acenar a bandeira branca para os católicos.

Fonte: Revista Isto É / Alan Rodrigues

Aluga-se um partido

Depois de trocar de nome - e de lado - três vezes em dez anos, o PP se prepara para abandonar o governo e abraçar José Serra

Uma metamorfose ambulante. A definição cabe perfeitamente ao Partido Progressista, o PP. Controlado com mãos de ferro pelo ex-governador de São Paulo Paulo Maluf até o início da década de 90, o antigo PDS, hoje PP, trocou três vezes de nome em apenas dez anos. Tornou-se PPR, depois do impeachment de Collor, virou PPB, quando passou a dar sustentação ao governo Fernando Henrique Cardoso no Congresso, mas bastou a ascensão de Lula ao poder, em 2003, para o partido escolher novo nome e posição. Agora, às vésperas de outra eleição presidencial, não será surpresa se o PP mudar de canoa outra vez. Embora integre, hoje, a base de Lula no Legislativo e conte com um ministro no governo, o das Cidades, Marcio Fortes, os dirigentes da legenda têm intensificado, nos últimos dias, as conversas com o PSDB para compor a chapa tucana com a vaga de vice de José Serra.

Só nas duas últimas semanas, expoentes progressistas participaram de reuniões com o deputado Jutahy Jr. (PSDB-BA) e com o presidente nacional tucano, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE). Entre os nomes do PP comentados para a vaga de vice de Serra estão o do presidente do PP, Francisco Dornelles (PP-RJ), do ex-ministro da Agricultura de FHC, Pratini de Moraes, e do ex-ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan. O nome mais forte é o de Dornelles. O próprio Serra foi procurado por um emissário do partido. Para o PSDB, a possível indicação de Dornelles para vice é encarada como garantia de que o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves irá entrar de corpo e alma na campanha. Amigo pessoal do mineiro, Dornelles é sobrinho de Tancredo Neves, avô de Aécio. “Com a recusa do Aécio em ser vice, o nome ideal seria o do Dornelles”, diz o deputado Bruno Rodrigues (PSDB-PE).

O flerte do PP com Serra ficou mais intenso nas últimas duas semanas graças ao estremecimento da relação do ministro das Cidades, Marcio Fortes, com a bancada do partido. O clima azedou de vez depois que, ao ser procurado pelo líder do PP na Câmara, João Pizzolatti (SC), Fortes disse que só devia “satisfação” a Dornelles e ao presidente Lula. Por muito pouco, o partido não anunciou o seu rompimento com o governo. Ao ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, parlamentares do partido disseram que Fortes não representava mais o PP na Esplanada e chegaram a sugerir sua demissão do cargo. Coube ao presidente Lula apagar o incêndio. “Só quem pode demitir sou eu”, disse. Uma reunião, na quarta-feira 14, serenou os ânimos. O mal-estar, no entanto, foi criado e integrantes do PP nos Estados já veem dificuldades em declarar apoio a Dilma Rousseff, candidata do PT ao Planalto.

Fonte: Revista Isto É / Sérgio Pardellas

sexta-feira, 23 de abril de 2010

PSB decide que Ciro não vai disputar Presidência

O PSB deve anunciar na próxima terça-feira que o deputado Ciro Gomes não será candidato a presidente da República. Até lá, o partido cumprirá um ritual para dar uma saída honrosa a Ciro: consultará os diretórios sobre uma aliança com o PT.

Como a maioria dos diretórios opinará por uma aliança com o PT, caberá ao governador de Pernambuco e presidente da sigla, Eduardo Campos, anunciar a retirada de Ciro.

Ciro foi avisado ontem, em reunião com a cúpula partidária, de que as conversas com a campanha de Dilma Rousseff avançaram e que o PSB entregou ao PT uma lista de cinco Estados em que espera alguma contrapartida dos aliados.

Foram relatados vários casos regionais em que caciques que antes manifestavam apoio à candidatura própria já estão se acertando com o PT.

Em queda nas pesquisas, o deputado se comprometeu a aceitar a decisão. No cenário sem Ciro do mais recente levantamento do Datafolha, a diferença entre José Serra e Dilma Rousseff se amplia de 10 para 12 pontos. O tucano passa de 38% a 42%, enquanto a petista oscila de 28% a 30%. Marina Silva (PV) também sobe dois pontos e chega a 12%.

Ciro decidirá em quais campanhas estaduais do PSB pretende ajudar.

Isolamento

Em reunião realizada ontem, a cúpula do PSB informou a Ciro que o partido está isolado politicamente e que isso dificultará sua candidatura ao Palácio do Planalto.

O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, disse que a prioridade hoje é a de eleger uma bancada parlamentar maior e dar apoio aos candidatos ao governo. Durante o encontro, Ciro viu uma exposição sobre o cenário em todos os Estados, do cenário nacional e das pesquisas de intenções de votos.

"Hoje o partido tem condições de ter candidato próprio e de não ter. A questão é que vamos avaliar todos os fatores e chegar a uma decisão consensual. Não tem nenhuma chance de adiarmos nada, a decisão sai na terça-feira", disse Amaral.

Outro lado

Em nota, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) diz que nunca desistirá de disputar a Presidência.

"Ciro afirma que continua candidato, que considera sua postulação importante para o PSB e para o País e que jamais desistirá de concorrer à Presidência. Se o seu partido decidir por não apresentar candidatura própria que assuma o ônus da decisão, a qual ele aceitará e respeitará como filiado", diz nota divulgada por sua assessoria.

Fonte: Uol

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Serra fica sem palanque no Amazonas

São 2 milhões de votos (quase 80% concentrados em Manaus), 1,4% do eleitorado brasileiro que José Serra (PSDB) terá mais dificuldade para atingir, pois seu partido não terá candidatoao governo do Amazonas. Os democratas estão fechando apoio com o governador Omar Aziz, candidato do ex-governador Eduardo Braga.

Arthur Virgílio (PSDB) não quer arriscar-se sem uma boa base aliada e deverá concorrer à segunda cadeira do Senado, e não deverá contar nem com o apoio histórico do PSB de Serafim Corrêa, ex-prefeito de Manaus, que conversa apoio a Alfredo Nascimento(PR)ou sairá com candidatura própria, pelo menos no primeiro turno.

Amazonas: Alfredo 36%, Omar Aziz 29%

Foi realizada no estado do Amazonas,entre os dias 8 e 17 de abril, a primeira pesquisa eleitoral registrada no TRE. O instituto Perspectiva de Manaus foi o responsável pelo estudo.

Alfredo Nascimento(PR), ex-ministro de transportes de Lula, aparece na frente ao governo do Estado com 36%. Omar Aziz(PMN), vice que assumiu o governo com a saída de Eduardo Braga, obteve 29%, seguido de Serafim Corrêa(PSB), ex-prefeito de Manaus que não conseguiu a reeleição, aparece com 23%.

Comparando à última pesquisa de novembro/2009, Alfredo Nascimento caiu de 44% para 36%, perdendo 8 pontos percentuais, enquanto Omar Aziz saiu de 20% para 29%, crescendo 9 pontos percentuais. Serafim manteve seus 23%.

Para o Senado Eduardo Braga(PMDB) aparece com folga com 41% das intenções de voto, seguido por Arthur Virgílio (PSDB) e Vanessa Grazziotin (PDdoB) com 19%. Eduardo cresceu 5% em relação a novembro e os demais candidatos mantiveram seus índices.

Para a presidência Dilma Rousseff(PT) aparece na frente com 41%, contra 22% de José Serra(PSDB), 20% para Marina Silva(PV) e 8% de Ciro Gomes(PSB). Em relação à novembro, Dilma cresceu 9%, Serra caiu 4%, Ciro caiu 6% e Marina subiu 4%.

A amostra é de 1.000 entrevistas, sendo 583 em Manaus e 417 distribuídas pelas 15 cidades do interior que foram pesquisadas: Parintins (52), Manacapuru (52), Itacoatiara (52), Coari (39), Tefé (29), Maués (25), Iranduba (23), São Paulo de Olivença (23), Humaitá (22), Tabatinga (22), Manicoré (20), Borba (16), Boca do Acre (16), Eirunepé (15) e Fonte Boa (11). O total de eleitores dessas 16 cidades equivale a 79,8% de todo o eleitorado do Amazonas.

A margem de erro máxima permitida é de 3,1%, para mais ou para menos, e o grau de confiabilidade é de 95% (o que significa dizer que, se fossem feitas 100 entrevistas com a mesma metodologia, 95 estariam dentro da margem de erro prevista).

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Serra e Dilma têm ‘debate’ morno

O primeiro “duelo” na TV entre os candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) foi morno. O primeiro concedeu entrevista ao telejornal SBT Brasil e a segunda ao programa Brasil Urgente, na Bandeirantes. Apesar de críticas aos governos dos adversários, os dois pré-candidatos evitaram qualquer confronto direto.

Questionado sobre por que quer substituir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Serra disse que a palavra correta é suceder.

“Não é substituir, é suceder. Cada governo tem o seu período, faz as suas coisas, promove avanços em algumas áreas, em outras não. Portanto, trata-se de uma sucessão”, afirmou.

O tucano também evitou polemizar sobre o Bolsa Família. Alguns petistas, inclusive Dilma, já afirmaram que o PSDB tentará acabar com o programa. “Eu vou reforçar o Bolsa Família e procurar ligá-lo a questões de preparação para o emprego dos jovens, de educação, de saúde. Acho que a gente tem que avançar”, afirmou.

Já Dilma disse respeitar muito “a trajetória pública” de Serra e ter certeza de que o ex-governador de Sâo Paulo também respeita sua trajetória. Ela afirmou ainda que o adversário é muito educado.

O apresentador José Luiz Datena questionou os motivos para a ex-ministra não votar em Serra. Nesse momento, Dilma repetiu a estratégia de comparar os governos Lula e Fernando Henrique Cardoso.

Fonte: Veja on line

Juíza do Pará é punida com aposentadoria

Em 2007, magistrada mandou prender menina de 15 anos em cela com 20 homens; jovem foi estuprada pelos presos

CLARICE ANDRADE: para o CNJ, ela sabia do perigo que a menor corria

BRASÍLIA. Por unanimidade, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu ontem punir a juíza Clarice Maria de Andrade, de Abaetetuba, no Pará, com aposentadoria compulsória, maior sanção possível em um processo disciplinar. Em 2007, ela mandou prender uma menina de 15 anos em uma cela com 20 homens. A juíza chegou a ser alertada por autoridades policiais do perigo que a menor corria, mas não tomou providências para transferi-la. Durante os 26 dias em que ficou presa, a menor foi torturada e violentada sexualmente pelos demais presos.

- Este é um caso doloroso e emblemático, que chama a atenção para a responsabilidade dos juízes sobre o que ocorre no sistema prisional - disse o presidente do CNJ, ministro Gilmar Mendes.

Os conselheiros do CNJ concluíram que a juíza sabia das condições da delegacia, pois havia vistoriado o local três dias antes. A menina fora presa em flagrante por tentativa de furto. Policiais da delegacia enviaram ofício à juíza informando que a cela onde a menor estava não tinha divisão para homens e mulheres e alertaram para o perigo de crimes sexuais.

Em sua defesa, a juíza apresentou ofício do mesmo dia determinando a transferência. No entanto, a perícia descobriu que o texto foi escrito muito depois de o caso vir à tona, com data retroativa. A falsificação pesou na decisão do CNJ.

- Ela não tomou nenhuma providência, mesmo conhecendo a situação do cárcere - disse o relator do processo disciplinar, conselheiro Felipe Locke. - E retroagiu a data do ofício para tentar encobrir sua omissão.

A juíza ficará impedida de trabalhar, mas receberá salário proporcional ao tempo de serviço. Um juiz só pode perder o cargo em definitivo se for condenado em processo judicial. Ontem, Locke encaminhou cópia do caso ao Ministério Público do Pará pedindo abertura de ação judicial. Se condenada, Clarice poderá perder o cargo ou ter sua aposentadoria cassada.

No julgamento, o conselheiro Leomar Barros comparou as condições nas quais a menor foi presa a uma "masmorra" e a uma "prisão nazista".

Fonte: O Globo

Os cinquenta anos de Brasília

Chamada, ainda em obras, de "a capital da esperança" pelo ministro da Cultura da França, André Malraux, Brasília ? que hoje completa 50 anos ? não merecia a crise política que levou à inédita prisão e ao afastamento de seu governador, eleito por voto direto, e à posse, há pouco, de um substituto, escolhido de forma indireta para exercer um mandato-tampão. Atropelado pela crise iniciada no fim de 2009, com a apresentação de provas indiscutíveis de corrupção, o governo distrital não teve condições de organizar a grande comemoração do cinquentenário que certamente merecia essa capital, nascida em um ambiente de desconfiança que ao longo do tempo conseguiu desfazer.

A despeito dos ônus que sua construção apressada impôs às finanças públicas, Brasília firmou-se como símbolo da modernização do Brasil e, sobretudo, como marco da nova forma de distribuição da população e do sistema produtivo pelo território nacional. Mereceu o nome com que a batizou Malraux.

Brasília nasceu da obsessão de um político disposto a tornar realidade um dispositivo da Constituição de 1946 que determinava a transferência da capital da República para o Planalto Central. Por causa dessa ideia, que transformou em seu principal programa de governo, o presidente Juscelino Kubitschek (1956 -1961) foi por alguns considerado um visionário, por outros, um aventureiro.

A precariedade de suas instalações à época da inauguração tornava a cidade "desumana", como observou então o Estado em editorial. Amargurava os congressistas da época ? 456 senadores e deputados que passariam a desempenhar suas funções de representantes do povo longe dos confortos que lhes oferecera até então o Rio de Janeiro ? a dolorosa realidade da nova capital, na qual faltavam telefones, as condições de habitação eram precárias e o pó, infernal.

Mas a inauguração de Brasília foi mais do que um espetáculo que emocionou a população de várias partes do País. Sua repercussão foi internacional. "Nunca o Brasil foi tão falado no mundo como agora", observou o Estado em outro editorial, dias depois da inauguração. "A Europa, que persistia em nos ignorar, rende-se à evidência dos fatos e reconhece como realidade concreta o florescimento no Brasil de um tipo de cultura autônoma que se projeta como afirmação de élan vital e de maturidade." Em seguida, citou o jornal londrino News Chronicle: "Brasília é tida em todo o mundo como a obra-prima arquitetônica do século."

De fato, a capital federal continua a ser lembrada em todo o mundo por seu projeto urbanístico ? mesmo que o projeto ainda hoje continue a provocar muita polêmica ? e por alguns de seus principais edifícios.

Este é, porém, apenas um dos aspectos essenciais de sua história. Outro foi o de ter constituído o marco inicial da marcha para o Oeste, ou seja, a conquista de uma região até então praticamente ignorada pela população e pelos empreendedores.

Certamente, como observam alguns historiadores econômicos, que a evolução natural da agricultura, com a descoberta de variedades mais apropriadas para as condições locais, acabaria levando ao desenvolvimento agrícola da Região Centro-Oeste. Mas não parece haver dúvidas de que a instalação da capital federal no Planalto Central acelerou a ocupação do Centro-Oeste e estimulou as pesquisas científicas que abriram o caminho para a agricultura e para a pecuária na região.

Foi demasiadamente longo, no entanto, o impacto negativo que a frenética construção da nova capital teve sobre as finanças públicas. "A calamitosa situação das finanças nacionais, sem precedentes na história do País, constituía, por si só, razão de sobra para nos dissuadir da insensatez de recorrer a emissões sem conta com o único objetivo de edificar, no curto espaço de cinco anos, uma cidade que, pelas suas proporções, deixará a perder de vista Washington, delineada e construída há mais de um século e meio, Camberra, na Austrália, e Ancara, na Turquia asiática", advertiu o Estado em editorial publicado há 50 anos.

Antecipava-se, assim, o flagelo da inflação descontrolada, provocada pela construção de Brasília, da qual o País só conseguiria se livrar quatro décadas depois, em 1994, graças ao Plano Real.

Fonte: O Estado de SP

Candidatura de Ciro rumo ao túmulo

Deputado tenta convencer o PSB da viabilidade de se lançar na corrida pelo Palácio do Planalto, mas o partido reluta em apoiá-lo. Situação será resolvida na próxima terça-feira

O PSB alega não ter condições financeiras de bancar a candidatura de Ciro


Pré-candidato à Presidência da República, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) tem exatos seis dias para tentar reverter um jogo que os próprios aliados consideram perdido. Até o próximo dia 27, ele tem de apresentar credenciais suficientes para convencer o partido da viabilidade de sua terceira tentativa de chegar ao Palácio do Planalto. A legenda já sinalizou que não tem condições financeiras e políticas de bancar a campanha. O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, também não esconde o clima de sepultamento em torno da candidatura de Ciro.

Oficialmente, o martelo só deve ser batido na próxima terça-feira, em reunião nacional do PSB. No mesmo dia, Ciro encontrará o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O socialista deixou claro que não cogita permanecer no Legislativo. A única moeda para convencê-lo a abandonar a disputa seria um ministério importante em caso de vitória petista nas eleições de outubro. “Ele (Ciro) está frustrado porque contou com a rejeição (dos petistas) a Dilma Rousseff. Pensou que o PT não conseguiria emplacar outro candidato e abraçaria sua candidatura se ele polarizasse com Serra”, resume o líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vacarezza (PT-SP).

A própria Executiva Nacional do PSB já admite que o cenário não comportaria uma segunda candidatura governista à Presidência. “As circunstâncias e o conjunto das forças políticas precisam ser levados em conta”, reforça o secretário nacional do partido, Carlos Siqueira. Com a direção nacional praticamente convencida da candidatura única governista, o PT teme que a frustração de Ciro Gomes se traduza em ataques contra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto. Nos últimos dias, aliados do pré-candidato ameaçaram apoiar a senadora Marina Silva (PV-AC). O PSB, porém, garante não cogitar o abandono da nau governista.

“O PSB trabalha com duas hipóteses apenas: ter candidato próprio ou apoiar alguém da base do governo, que é Dilma Rousseff. Não há hipótese de o partido apoiar uma candidatura fora da base”, antecipa Roberto Amaral, vice-presidente do PSB.

PRESSÃO NA INTERNET

Sem força no PSB, militantes favoráveis à campanha de Ciro Gomes começaram a atacar pela internet. O blog Deixa o Ciro concorrer publicou uma lista de contatos das principais lideranças do partido para que os manifestantes pressionem a legenda a manter a candidatura própria. Até o fim da tarde de ontem, mais de 30 comentários estavam registrados na página.

O PSB trabalha com duas hipóteses apenas: ter candidato próprio ou apoiar alguém da base do governo, que é Dilma Rousseff. Não há hipótese de o partido apoiar uma candidatura fora da base”, antecipa Roberto Amaral, vice-presidente do PSB.

Fonte: Correio Braziliense

PV bate o martelo do vice de Marina Silva

Segundo o presidente da legenda, o acordo com Guilherme Leal, sócio da Natura, está “consolidado”. Oficialização seria em 12 de junho

Leal não confirma a informação. Diz que ainda estuda a proposta.


Mais um traçado para a arquitetura da próxima eleição presidencial, em outubro, foi desenhado ontem, com a confirmação do nome para a vaga de vice na chapa da senadora Marina Silva (PV-AC). Pelo menos foi o que garantiu o presidente do partido, o vereador José Penna (PV-SP), à reportagem do Correio. De acordo com ele, o empresário e sócio da empresa de cosméticos Natura Guilherme Leal, 60 anos, foi mesmo o escolhido para o posto. O anúncio oficial, ainda segundo o líder do Partido Verde, será feito no dia 12 de junho, na convenção da legenda, que será realizada na capital federal ou em São Paulo.

“Não há qualquer dúvida. A escolha foi feita e o acordo está consolidado. Não adianta ficar procurando cabelo em ovo. Guilherme Leal é um exemplo do espírito empreendedor moderno no Brasil”, destacou Penna. Apesar da certeza dada pelo presidente do PV, Leal ainda mantém o mistério sobre a decisão de concorrer ao pleito. Para quem o pergunta sobre a possibilidade, afirma que está estudando a proposta com a família e os amigos.

Marina Silva é mais cautelosa em relação à decisão de Leal. “Uma coisa é o nosso desejo, a vontade do PV. Outra é o que ele quer. Ele vem de um trabalho com a agenda sócioambiental há mais de 30 anos e estamos batalhando juntos. Isso é muito animador. Mas ele tem o tempo dele para aceitar o convite. Acho bonita essa atitude de consultar as pessoas próximas”, ressaltou.

Desde que se filiou ao partido, em setembro do ano passado, Guilherme Leal engrossou o coro de boatos sobre a corrida à sucessão presidencial. Nome preferido da candidata Marina Silva, o empresário enfrentava resistência dentro da própria legenda, incluindo José Penna. Na época da filiação, os jornalistas também tentaram arrancar alguma declaração que confirmasse a escolha de Leal, mas ele despistou. “Qualquer cidadão que cumpriu esses procedimentos até 3 de outubro de 2009 (data limite para poder concorrer às eleições de 2010) pode fazer parte de um projeto político”.

Constância

Em 16 de maio, no Rio de Janeiro, Marina Silva será apresentada como pré-candidata do partido. Penna confirmou que Guilherme Leal estará presente na ocasião. A companhia do empresário nas viagens da senadora pelo Brasil é uma constante, o que é um forte indício de que ele será vice na chapa do PV. A reportagem tentou entrevistar Leal ontem, mas, segundo a assessoria, ele está viajando e ficará incomunicável até domingo, quando vai aos Estados Unidos com Marina Silva. Os dois participarão da 40ª edição do Dia da Terra (The Earth Day), em Washington.

Fonte: Correio Braziliense

PT cobra mudanças na campanha

Em reunião da Executiva Nacional do PT, dirigentes do partido expressaram ontem descontentamento com a coordenação da campanha de Dilma Rousseff. A portas fechadas, petistas cobraram mudanças na agenda da candidata e a apresentação de novas propostas, algo que vá além da comparação entre os governos Lula e Fernando Henrique.

Em reunião da Executiva Nacional do PT, dirigentes do partido expressaram ontem descontentamento com a coordenação da campanha de Dilma Rousseff. A portas fechadas, petistas cobraram mudanças na agenda da candidata e a apresentação de novas propostas, algo que vá além da comparação entre os governos Lula e Fernando Henrique.

Em reunião da Executiva Nacional do PT, dirigentes do partido expressaram ontem descontentamento com a coordenação da campanha de Dilma Rousseff. A portas fechadas, petistas cobraram mudanças na agenda da candidata e a apresentação de novas propostas, algo que vá além da comparação entre os governos Lula e Fernando Henrique.

Outro problema detectado foi em relação à agenda de Dilma, definida como "politicamente fraca". No diagnóstico de dirigentes petistas, o comando da campanha levou a candidata a situações embaraçosas, como no Ceará, reduto do deputado Ciro Gomes (PSB), que o PT quer ver fora do páreo presidencial.

Antes disso, em Minas, Dilma escorregou numa resposta e pareceu pregar uma parceria do PT com o governador Antonio Anastasia (PSDB), aliado do tucano Aécio Neves, que resultaria na chapa "Dilmasia".

A campanha é coordenada pelo presidente do PT, José Eduardo Dutra, candidato a deputado. "É uma avaliação equivocada dizer que a campanha da Dilma está limitada à comparação entre governos, mas eu não vou fazer comentários porque não houve resolução do partido", afirmou Dutra. "São debates internos da Executiva e opiniões pessoais."

Em conversas reservadas, as maiores críticas foram dirigidas ao ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel. Amigo de Dilma, Pimentel é um dos principais integrantes do núcleo da campanha e tem despertado ciúmes na seara petista.

Secretários e parlamentares do partido julgam que Pimentel está mais interessado em vencer a prévia contra o ex-ministro do Desenvolvimento Social Patrus Ananias (PT) para disputar o governo mineiro. É um problema e tanto porque o PMDB não abre mão da candidatura do senador Hélio Costa e exige que o PT apresente o vice para seu concorrente não ser "cristianizado". O mais cotado, nesse caso, é o deputado Virgílio Guimarães.

Fonte: Estadão

Pesquisa Ibope mostrará Serra com 36% e Dilma com 29%

Pesquisa Ibope que deve ser divulgada amanhã mostrará o pré-candidato tucano José Serra com uma vantagem de sete pontos percentuais sobre a adversária petista Dilma Rousseff, segundo a coluna Painel do Uol.

De acordo com a coluna, Serra aparecerá na pesquisa com 36% das intenções de voto, contra 29% de Dilma. Na pesquisa anterior feita pelo Ibope, Serra tinha 35% e Dilma, 30%.

A diferença de dois pontos percentuais entre a pesquisa atual e a feita em março está dentro da margem de erro - que é de dois pontos para mais ou para menos.

A pesquisa foi encomendado pela Associação Comercial de São Paulo e ouviu 2.002 pessoas de em 141 municípios entre os dias 13 e 18 deste mês.

O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o protocolo nº 9070/2010.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Globo cancela peça criticada pelo PT

Petistas reclamaram de "mensagem subliminar" a favor de Serra em anúncio dos 45 anos da emissora

TV rebate acusações de integrante da pré-campanha de Dilma, mas tira anúncio do ar para não dar "pretexto de ser acusada de tendenciosa"



A TV Globo retirou ontem do ar a campanha comemorativa dos seus 45 anos de existência após coordenadores da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) terem espalhado na internet que a peça continha propaganda subliminar da candidatura de José Serra (PSDB). Logo pela manhã, o responsável por coordenar a campanha da petista na internet, Marcelo Branco, disse na sua página no Twitter enxergar a suposta mensagem subliminar: "Eu e toda a rede", escreveu.

Segundo petistas que se manifestaram de forma similar, a propaganda pró-Serra se caracterizaria no "45", o número do PSDB nas eleições, e em frases do jingle da Globo, como "todos queremos mais", o que seria, de acordo com eles, referência ao slogan "o Brasil pode mais" dito por Serra no lançamento de sua pré-candidatura, no dia 10.

"Denúncia: lema de Serra "inspira" jingle da Rede Globo", escreveu, também no Twitter, o secretário nacional de Comunicação do PT, André Vargas. No fim do dia, Branco escreveu que falara em "caráter pessoal": "Eu não falo em nome da Dilma nem da coordenação". A Folha apurou que petistas da cúpula do partido ligaram para a direção da Globo para reclamar.

A campanha da Globo começou a ser veiculada na noite de domingo, no programa "Fantástico". Na peça, também reproduzida na internet, atores, jornalistas e apresentadores da emissora participavam da comemoração dos 45 anos, data a ser completada na próxima segunda-feira. Em determinado trecho da peça, os atores falam: "Todos queremos mais. Educação, saúde e, claro, amor e paz. Brasil? Muito mais".

No final da tarde, a Central Globo de Comunicação divulgou nota em que nega relação entre a campanha e candidaturas políticas, mas diz que suspendia a sua veiculação para não dar pretexto a acusações de que estaria sendo tendenciosa.

"O texto do filme em comemoração aos 45 anos da Rede Globo foi criado, comprovadamente, em novembro do ano passado, quando não existiam nem candidaturas muito menos slogans. Qualquer profissional de comunicação sabe que uma campanha como esta demanda tempo para ser elaborada.

Mas a Rede Globo não pretende dar pretexto para ser acusada de ser tendenciosa e está suspendendo a veiculação da campanha."

Questionado no final da tarde sobre a acusação que fizera contra a peça da TV Globo, o coordenador da campanha petista na internet baixou o tom, afirmando que não poderia fazer afirmações taxativas e que apenas havia divulgado na rede a informação de que várias pessoas estavam dizendo isso.

Mas reiterou: "Acho que há muitas coincidências. E justamente em um ano eleitoral tem que ter cuidado com coincidências que podem beneficiar determinadas candidaturas".

Fonte: Folha de São Paulo / Ranier Bragon

sábado, 17 de abril de 2010

Cenários paraenses e a movimentação de Jader

Nos últimos dias o cenário político paraense tem fervilhado. Mário Couto, o Senador, "destilou" mais uma vez sua fúria sobre a governadora Ana Júlia e recebeu na mesma "dose" uma resposta de alto teor etílico do PT. Os blogs e observadores políticos criticaram a baixiaria das réplicas e tréplicas, querendo um nível menos baixo para os debates que realmente interessam ao povo paraense.

Também foi muito explorada a nomeação de Élida Braz pelo governo do Estado, sendo espalhada para diversos veículos nacionais que a divulgaram. Nesse mesmo instante, o governo se esforçava em atrair investidores para a cadeia do aço no Pará, o que não ganhou tanta repercussão quanto a nomeação. Uns dizem que a ação contra Élida foi preconceituosa. Outros disseram que o governo deveria ter explicado melhor as funções da nomeada. Para muitos, foi um erro político sua nomeação pela história controversa de Élida e de seu esposo e ex-vereador, André Kaveira. O blog da Ana Célia - A perereca da vizinha e outra vozes blogueiras fizeram comentários bastante interessantes sobre o fato, comparando a outros casos semelhantes ou muito mais graves ocorridos na história recente da política paraense e que não foram divulgados por serem governantes homens.

Ao mesmo tempo, o deputado federal petista, Zé Geraldo, anunciou em matéria do jornal O Liberal que seu partido estava perdendo a calma com o PMDB, que fica batendo no governo, se posiciona contra os empréstimos que o governo submete à Alepa, mas não deixa de fato a chamada base aliada, beneficiando-se com cargos e poder em diversos órgãos da administração direta e indireta. No dia posterior, o jornal Diário do Pará divulga que Zé Geraldo foi desautorizado a falar pelo partido ou pelo governo, que continuam acreditando na renovação da aliança entre PT e PMDB para a releição de Ana Júlia.
O fato é que a aliança entre esses partidos no Pará está na mesma situação que na Bahia, onde o governo é hoje petista - Jaques Wagner, mas o PMDB quer lançar candidatura própria - Geddel Vieira Lima, ex ministro de Lula. Em Minas, o pré-candidato do PMDB à sucessão de Aécio, o ex-ministro de Lula, Hélio Costa, também reclama o apoio do PT para apoiá-lo, mas este insiste em candidatura própria. Outros estados têm problemas semelhantes entre PT e PMDB e outros partidos da base aliado do governo federal, sendo entraves aos "palanques estaduais únicos e fortes" para Dilma Rousseff.
O Observatório Eleitoral acredita que o Pará terá muitas dificuldades para alcançar esse palanque único. O PMDB deverá ter candidato próprio ao governo. E Jader é o nome.
E ele tem pavimentado muito bem essa situação. Seus veículos de comunicação não têm dado folga ao governo do Estado, fazendo denúncias sucessivas e levantando sempre assuntos negativos em suas manchetes, enfraquecendo Ana Júlia perante seus milhares de leitores. Usam muito bem a força que sabem que dispõem. Já fizeram isso também com Duciomar, enfraquecendo-o ao ponto do prefeito de Belém decidir não se expor a eleição majoritária.

Enquanto isso, ninguém bate no PMDB, nem em Jader. Todos - PT, PSDB e a chamada "terceira via" PTB, PR e PDT - sonham em ter o apoio do maior partido do estado, e enquanto flertam com Jader em sucessivas reuniões, não são capazes de falar mal do aliado desejado. Jader está adorando essa situação. E irá estender esse clima enquanto puder e o calendário eleitoral permitir. Está adorando também a briga interna do PSDB e ainda mais os arranca-rabos de tucanos e petistas. Tudo isso favorece Jader. Jader está cozinhando o PT?
Ouve-se por aí que Jader não quer o governo. Prefere o Senado. Dizem que no executivo, por mais que tenha um grande orçamento estadual em suas mãos, será alvo muito mais visível e que irão ressuscitar os casos pendentes na justiça contra ele. No senado teria condição mais favorável, além de manter a imunidade parlamentar.
Por outro lado, Jader sabe que se retornar ao governo do Estado dará a condição ideal para que Helder, seu filho e hoje prefeito de Ananindeua, possa sucedê-lo no Palácio dos Despachos, em 2014 ou 2018. Sem essa "força" Helder terá muito mais dificuldades para chegar lá, retardando ou inviabilizando o sonho do pai.
Outro ponto que já ouvimos muito é que Jader teme alianças que dificultem ou ameacem sua volta ao Senado, caso essa seja sua opção. Se aliar com o PT e os candidatos forem Jader e Paulo Rocha, ele teme que apenas um deles se eleja. E o medo aumenta pelo fato histórico de que 2 candidatos ao Senado da mesma coligação não terem conseguido se eleger. Sempre elegem um de uma coligação e um da outra. E se o PT o abandonar, apoiando apenas Paulo Rocha? E se coligar com o PSDB, colocando seu nome ao Senado, junto com Valéria do DEM? O mesmo pode ocorrer. E Jader não quer e não pode ficar sem mandato.
Pelos comentários que fazem das pesquisas recentes, Jader tem muito mais chance de eleger-se ao Senado do que ao governo, ainda que tenha bons números também para o governo. Na campanha ao Senado, haverá menos tempo na TV para que os adversários o ataquem.
E como será que os adversários o atacarão na campanha? Virão à tona os fatos amplamente divulgados sobre casos de suposta corrupção de Jader no Banpará, Sudam, dentre outros? Será que o "telhado de vidro" do peemedebista está reforçado? E a população dará valor a essas denúncias requentadas ou reavivadas? Será que a cena das algemas serão usadas?
O que você acha? O que você tem observado?
Leia abaixo uma síntese de alguns blogs e jornais sobre esses assuntos:
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Tudo como dantes (Blog da Franssinete)

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, chegou moído em Macapá ontem à noite, depois de passar o dia em Belém, se dividindo para somar aliados políticos. Já o presidente do PT, José Eduardo Dutra, tomou café da manhã hoje com o deputado federal Jader Barbalho. Ouviu do cacique peemedebista que quer sair candidato ao Senado, mas ainda não se acertou com a governadora Ana Júlia Carepa, em quem diz ter perdido a confiança, e que está sendo pressionado a se candidatar ao governo, o que complicaria o palanque parauara de Dilma Rousseff. Entretanto, Dutra disse no retorno a Brasília, há pouco, que existe ainda uma série de barreiras para o acordo, mas nada que seja intransponível. Hummmm...

Tô nessa! (Blog Na Ilharga)

Aos poucos, Jáder Barbalho vai dando pistas de que estará novamente com o PT na sucessão estadual. Ontem, diante do Ministro Padilha na inauguração de um restaurante popular em Ananindeua, Barbalho deu a metade do serviço declarando que concorrerá a cargo majoritário-governo ou senado-embora esteja visivelmente inclinado pelo segundo cargo. O suspense faz parte da encenação.
Barbalho sentiu o golpe quando sua desastrada 3ª Via desmanchou-se no ar e agora tenta passar a desacreditada idéia de que é o principal elemento nesse jogo. De qualquer modo, dada sua inegável importância, menos do que supõe, mas ainda considerável, seguramente estará na coligação governista. Mesmo que passe a orientação a alguns áulicos para que façam o jogo da ambiguidade, um procedimento pouco ético mas recorrente ao longo da história pemedebista, o que lhe garante sempre a proximidade do poder.
Nas costuras atuais, o coronel pemedebista errou mais do que das vezes anteriores. Resta saber como as urnas vão cobrar esses erros.

Governo e Senado são as opções de Jader para 2010 (Portal Diário)

O presidente do PMDB no Pará, deputado federal Jader Barbalho, quebrou ontem o silêncio e deu pistas sobre os planos dele para as eleições deste ano. Durante inauguração de um restaurante popular em Ananindeua, Barbalho confirmou que será candidato ao governo ou ao Senado. “Serei candidato a um cargo majoritário, com certeza. Não vou atrapalhar o pessoal da eleição proporcional”, brincou, afirmando que a decisão sobre qual dos dois cargos concorrerá será tomada “pelo partido em momento oportuno”.

Durante o evento, o peemedebista fez um discurso com afagos aos aliados e recados aos adversários. Reforçou a decisão do PMDB de apoiar a candidatura da petista Dilma Rousseff à Presidência da República; elogiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas não fez qualquer referência à governadora Ana Júlia Carepa. Entre os petistas do Pará, apenas o deputado federal Paulo Rocha e a vice-prefeita de Ananindeua, Sandra Batista, foram citados.

Numa referência a petistas que têm feito críticas ao PMDB, Barbalho disse lamentar a atitude dos que, segundo ele, não passaram pela universidade da vida e, por isso, não sabem fazer política sem tentar diminuir os aliados. “Quem quer crescer tem que aprender a somar. Lamentavelmente, tem gente que não aprendeu com o presidente Lula que, mesmo sem doutorado na Itália ou em outro lugar, aprendeu com os movimentos populares”, disse, para em seguida afirmar que todas as “obras importantes em andamento no Pará só estão sendo feitas, graças ao governo federal”. Entre os críticos de Barbalho está o ex-chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, que fez doutorado no exterior e cursos na Itália.

Apesar das críticas (Zé Geraldo), o deputado garantiu que “não há diálogo interrompido”. Admitiu, contudo, que o PMDB ainda não decidiu que caminho tomar nas eleições. “Mas qualquer que seja vai ser um caminho que indicará o futuro do Estado”. Barbalho encerrou o discurso com a plateia gritando “governador, governador”.

Nas 24 horas que passou em Belém, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, fez malabarismos para afagar a todos os aliados num claro esforço para manter a unidade em torno da candidatura de Ana Júlia. A missão não tem se mostrado fácil. Pela manhã, Padilha se reuniu com o prefeito de Belém, Duciomar Costa, do PTB, partido que nacionalmente negocia apoio a Dilma Rousseff e, no Pará, tem dado mostras de que poderá ter candidatura própria ao governo.

Após o encontro com Duciomar, foi a vez de afagar o PMDB, maior partido da base aliada do governo Lula, mas que tem dado sinais de que poderá não apoiar Ana Júlia. No evento em Ananindeua, o ministro não poupou elogios ao prefeito Helder Barbalho e saudou o presidente do PMDB, Jader Barbalho, como “grande amigo do presidente Lula”.

A CHAPA PERFEITA PARA PADILHA

VICE-GOVERNADORIA

A agenda de Alexandre Padilha em Belém incluiu ainda almoço com os petistas e encontro com o vice-prefeito Anivaldo Vale do PR a quem o PT quer oferecer à candidatura a vice-governadoria.

GOVERNO E SENADO

Para o ministro Alexandre Padilha, a chapa perfeita seria composta por Ana Júlia, concorrendo à reeleição e Jader Barbalho e Paulo Rocha ao Senado.


Nota do Diário do Pará de Hoje (Blog da Edilza)



A Convicção Peemedebista (Blog do bacana)

Pode ser que o vento bata e leva tudo para o ar, mas até este momento o PMDB está convicto de que Jader Barbalho será candidato ao Governo. Prova é que começa a circular por aí bandeirinhas em veículos com o nome de Jader, manifestação de eleitores organizados. Nas falas de TV do partido que começaram neste sábado, Barbalho aparece com pinta de candidato e fala de candidato, mas ainda não disse pra ninguém se é e sendo, quando anuncia.Mas que o PMDB já está em campanha, isso tá sim.De norte a sul e leste a oeste do estado.Barbalho, sente a pressão.

DF tem novo governador - Rogério Rosso, do PMDB

O ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal Rogério Rosso (PMDB) foi eleito neste sábado novo governador do DF. O peemedebista conseguiu obter 13 votos dos integrantes da Câmara Legislativa e acabou eleito em primeiro turno --já que teve o apoio de mais da metade dos 24 deputados distritais.

O candidato do PT, Antônio Ibañez, recebeu seis votos e Wilson Lima (PR), outros quatro. O deputado Raad Massouh (DEM) se absteve na votação. Luiz Filipe Coelho (PTB) não recebeu nenhum voto.

Rosso conquistou a vitória com o apoio do PMDB, do PPS, do DEM e inclusive de parte do PR --que tinha como candidato o atual governador interino do DF, Wilson Lima. Na chapa, além de Rosso, a ex-secretária Ivelise Longhi (PMDB) foi eleita vice-governadora do DF.

O novo governador foi secretário de Desenvolvimento Econômico e administrador de Ceilândia no último governo Joaquim Roriz (PSC) e, na gestão de Arruda, presidiu a Codeplan (Companhia de Planejamento do Distrito Federal).

A votação ocorreu de forma aberta, com cada um dos 24 deputados distritais proclamando o seu voto. Rosso vai ocupar o cargo para um mandato tampão até o final do ano.

Favorito antes do pleito, Lima acabou a eleição derrotado pelo candidato do PMDB. Lima era o candidato do ex-governador do DF Joaquim Roriz (PSC) e de aliados do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido).

Arruda foi cassado no mês passado por infidelidade partidária por ter saído do DEM. Envolvido em um escândalo de corrupção, ele ficou preso por dois meses por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

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Assim falou o Estadão:

Com os votos dos deputados sob suspeita de corrupção, um ex-secretário de José Roberto Arruda será o novo governador do Distrito Federal. O advogado Rogério Rosso (PMDB) foi eleito neste sábado na eleição indireta realizada pela Câmara Distrital para substituir Arruda, cassado em março pela Justiça Eleitoral por infidelidade partidária em meio ao escândalo de corrupção de Brasília.

Rosso ocupará o cargo até o fim deste ano. Ele conseguiu vencer no primeiro turno ao obter os votos de 13 dos 24 deputados distritais. Votaram nele os nove parlamentares investigados no inquérito conduzido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), entre eles Geraldo Naves (sem partido), que estava preso até semana passada, Eurides Brito (PMDB), Benedito Domingos (PP) e Pedro do Ovo (PRP).

A posse do novo governador será na segunda-feira. O petista Antônio Ibãnez ficou em segundo lugar, com seis votos, e o deputado Wilson Lima (PR), que estava como governador em exercício, ficou em terceiro, com 4 votos apenas. Suplente de deputado federal, Rogério Rosso, 41 anos, foi presidente da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) na gestão de Arruda. O órgão é investigado pelo inquérito aberto a partir das investigações da Polícia Federal (PF), na Operação Caixa de Pandora, sobre o esquema de corrupção na cidade. Delator do esquema de corrupção, Durval Barbosa dirigiu a Codeplan na gestão do ex-governador Joaquim Roriz (PSC).

Rosso, aliás, já foi aliado de Roriz, ocupando um cargo de administrador regional no DF em seu governo. Hoje, mudou de lado e aliou-se ao deputado federal Tadeu Filippelli (PMDB), que dirige o PMDB de Brasília. "Quando a gente trabalha em governo, ocupa funções técnicas, não denigre. O que importa é o trabalho feito", afirmou Rosso, após o resultado.

Outro vencedor. Filippelli é o grande vencedor político dessa eleição, já que é adversário de Roriz e Arruda. Agora, o PMDB espera que, com o governo em suas mãos, consiga negociar com o PT uma chapa forte para as eleições do DF em outubro e, também, para construir um palanque de ponta para a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República.

Dez candidatos chegaram a se inscrever, mas apenas quatro participaram da votação em razão de seis desistências. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) declarou em março a perda do mandato de Arruda porque ele desfiliou-se do DEM em dezembro após a revelação do esquema de corrupção. Na época ainda preso na cela da Polícia Federal, Arruda decidiu não recorrer e abriu mão do cargo de governador. A Constituição determina, nesse tipo de vacância do cargo, eleições indiretas pela Câmara Legislativa.

Fonte: UOL / Estadão

Datafolha: Serra abre 10 pontos sobre Dilma

Pesquisa Datafolha mostra José Serra (PSDB) com 38% das intenções de voto ante 28% de Dilma Rousseff (PT). É a primeira enquete após o lançamento da candidatura tucana, no sábado passado. No fim de março, Serra e Dilma tinham, respectivamente, 36% e 27%.

Pela primeira vez Marina Silva (PV) aparece numericamente na frente de Ciro Gomes (PSB), embora do ponto de vista estatístico ambos estejam empatados.

A pesquisa, registrada sob o número 8.383/2010, foi realizada nos dias 15 e 16 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Fonte: UOL

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Queda tucana ...

Tem circulado pelos e-mails paraenses esse vídeo do Youtube. Muita criatividade dos autores. Quem você acha que criou?

Empresário aprova Lula, mas vota Serra

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi bom para o setor empresarial e será lembrado como um período de forte crescimento do setor produtivo, segundo empresários e dirigentes de grandes grupos industriais. Em enquete realizada pelo Valor na terça-feira, na entrega do prêmio "Executivo de Valor 2010", todos os que responderam à sondagem informaram que suas empresas cresceram de forma significativa nos últimos oito anos.

Dos 142 empresários que participaram da pesquisa, nenhum disse que nesse período sua companhia estagnou ou encolheu. No entanto, a maioria pretende votar na oposição na eleição presidencial de outubro. José Serra (PSDB), ex-governador de São Paulo, recebeu 78% dos votos. A candidata do presidente Lula, ex-ministra Dilma Rousseff, teve 9% das intenções de voto. A pré-candidata do PV, senadora Marina Silva, conquistou 5,6% dos votos e o deputado Ciro Gomes, do PSB, teve apenas um voto, 0,7% do total.

O governo Lula é bem avaliado, segundo a sondagem: 52,8% consideram a gestão ótima ou boa e três em cada quatro empresários disseram que suas companhias ganharam muito no governo Lula. Apenas 6,3% classificam a administração como ruim ou péssima. A visão positiva em relação ao governo, entretanto, ainda não foi convertida em intenção de voto para a petista. Entre os que informaram que suas empresas cresceram muito, Dilma recebeu 9,3% dos votos e Serra, 79,4%.

Os empresários responderam três perguntas, sem se identificar e depositaram o voto em uma urna.

Durante a premiação, empresários ouvidos pelo Valor evitaram revelar a preferência por um candidato, mas apontaram a prioridade do próximo governo: o controle dos gastos públicos. A redução de gastos correntes, analisaram, ajudaria o país a ter mais recursos para investir em obras de infraestrutura. Na análise do presidente executivo da Vale, Roger Agnelli, o sucessor de Lula deverá atuar no controle de gastos. "Isso pode mexer na economia como um todo", disse. Walter Schalka, presidente da Votorantim Cimentos, reforçou: "Não podemos ficar sustentando a máquina pública. Precisamos de um choque de gestão".

A questão é mais relevante do que uma eventual mudança no câmbio, avaliou Harry Schmelzer Junior, presidente da WEG. "É preciso ter controle de gastos. Mesmo quando a economia está favorável o governo continua aumentando o custeio. É o problema do governo e Dilma vai ter que mostrar como vai reverter isso."

Para empresários, ainda não está claro qual candidato está mais identificado com a questão cambial ou com o controle de gastos. Na avaliação de Mario Longhi, CEO da Gerdau Ameristeel, "é muito cedo para saber qual vai ser o posicionamento dos candidatos". "É preciso saber o que cada um vai defender", afirmou. Pedro Janot, presidente da Azul Linhas Aéreas, contudo, já definiu o voto e considera que Serra tem perfil adequado para reduzir gastos correntes. "O controle maior do gasto público e a reforma tributária terão que sair. É o que vai desonerar a produção e fazer o Brasil crescer. Serra está mais preparado, tem mais arcabouço para fazer essa mudança", disse Janot.

A maioria dos empresários disse não ter perspectiva de grandes mudanças no rumo da economia. Seja quem for o sucessor de Lula, deverá manter os eixos básicos da política econômica conduzida pelo governo federal. "Pode girar dez graus para a direita, dez graus para a esquerda, mas não vai mudar muito mais do que isso. O que aconteceu em 2002 não se repetirá. A campanha terá a tranquilidade de 2006", afirmou Schalka. "A mudança econômica que qualquer um dos candidatos fará será marginal."

Para o presidente da Suzano Papel e Celulose, Antonio Maciel Neto, a "agenda está dada: responsabilidade fiscal, investimento e câmbio flutuante." Agnelli, da Vale, ressaltou que "o rumo está traçado" e "não haverá mudanças". Empresários, no entanto, ressalvam que pouco foi dito até agora pelos pré-candidatos sobre o tema.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), deve manter a prioridade à formação de grandes conglomerados nacionais, defenderam empresários como Walter Schalka. "O trabalho que (Luciano) Coutinho fez no BNDES foi fantástico. Gerou investimentos e competitividade. Precisamos incentivar esse tipo de ação para ter representatividade maior na economia internacional", analisou. A estratégia do BNDES, no entanto, não tem consenso. "O banco poderia se voltar para pequenas e médias empresas", comentou o diretor presidente da Natura, Alessandro Carlucci. "Tem que ter equilíbrio e é preciso contemplar todos os lados", disse Schmelzer Junior.

O governo Lula, na visão de empresários, acertou ao promover uma política de valorização do salário mínimo, "que ajudou a aumentar o consumo e estimular a economia", e na criação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "A política do salário mínimo é boa e deve ser mantida. É melhor do que o Bolsa Família, que é bom, mas não é sustentável", comentou Carlucci. Poucos sugeriram mudanças profundas no PAC, principal programa do governo e bandeira de Dilma na campanha eleitoral, mas apontaram que é preciso ter mais "velocidade" e "investimentos" no programa.

Fonte: Valor Econômico

Partidários de petista e de tucano se digladiam na web

Enquanto site do PT é alvo dos 'PSDB hackers', simpatizantes de Dilma usam blog para ataque diário a tucanos

A internet virou um campo de guerra entre partidários dos pré-candidatos a presidente Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Há também ataques de hackers. Ontem, por exemplo, piratas cibernéticos que se intitularam "PSDB hackers" atacaram a página do PT. Puseram lá uma foto de Serra, pediram voto para o número 45 e escreveram: "O Brasil pode mais", mote da campanha do tucano.

Em seguida, quem tentava ler qualquer coisa na página do PT era imediatamente redirecionado para a página do PSDB. O partido informou ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que "abomina esse tipo de iniciativa". "Não há a menor possibilidade de o partido estar envolvido com isso. Se o PT quiser, estamos dispostos a colaborar com esclarecimentos, inclusive com a Polícia Federal", afirmou o partido.

Por causa do ataque, o PT tirou sua página do ar. "Não dava para deixar daquele jeito, com pedido de voto no Serra e desvio para a página do PSDB", disse o secretário de Comunicação do PT, André Vargas. O PT fez ontem uma reunião de emergência para buscar saídas técnicas que evitem a contaminação de sua página na internet.

Alguns hackers também têm feito o chamado "google bombing" para associar o termo de busca "mentiroso" a Lula. O partido conseguiu tirar o esquema da página do Google. Além disso, um dossiê contra Dilma que atribui à ex-ministra assaltos a banco, formação de quadrilha e terrorismo tem circulado sem parar pela internet. Este é o mais conhecido. Mas outros conteúdos também já começaram a se espalhar. Em um deles, são oferecidas várias opções de camisetas, todas com trocadilhos com o nome de Dilma: "O passado dela é dilmatá", "mentirosa dilma figa", "xô, vá embora dilma vez", e assim por diante.

Os simpatizantes de Dilma têm um blog em que atacam os tucanos todos os dias. Ontem essa página postou o ataque dos hackers à página do PT e acusou os apoiadores de Serra pela invasão. Antes, referiu-se a Sérgio Guerra como "Babaca tucano confessa".

Fonte: João Domingos de Brasília - O Estado de S.Paulo

Solto, agora Arruda tenta sair de Brasília

No sábado, Câmara fará eleição indireta para novo governador

BRASÍLIA. Numa tentativa de aliviar o desgaste de passar dois meses na prisão, o ex-governador José Roberto Arruda está planejando fazer uma longa viagem para fora de Brasília. O ex-governador estaria procurando um refúgio em que pudesse descansar sem ser reconhecido pela população. Uma missão quase impossível: Arruda fez fama nacional como o suposto chefe do mensalão do DEM. Num dos vídeos do escândalo, o ex-governador aparece recebendo R$50 mil do ex-secretário Durval Barbosa, o operador do mensalão.
- Ele quer ficar num lugar que ninguém o conheça, ninguém saiba quem ele é. Vocês (jornalistas) têm que esquecê-lo. Ele não quer mais nada. Só quer paz - disse Alberto Fraga, ex-secretário de Transporte e amigo de Arruda.
Segundo Fraga, o ex-governador e a mulher, Flávia, já decidiram que não vão viajar para o exterior, mas ainda não decidiram o local onde gostariam de ficar. Para deixar o país, Arruda entende que precisaria de autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde responde a inquérito sobre o mensalão do DEM. Arruda também ainda é peça-chave na eleição indireta para a escolha de seu sucessor.
Os dois candidatos mais fortes até o momento são o governador interino, Wilson Lima (PR), e o deputado Rogério Rosso (PMDB). Wilson Lima tem o apoio de aliados de Arruda e também do ex-governador Joaquim Roriz, que renunciou ao mandato de senador em 2007 depois de ser acusado de receber propina do empresário Nenê Constantino. Rosso se fortaleceu com o acordo que está sendo costurado entre as bancadas de PT e PMDB. Contra Rosso pesa o fato de ter presidido a Codeplan (Companhia de Planejamento da Capital) desde o início do governo Arruda.
A Codeplan é apontada pelo Ministério Público como uma das bases de operação do grupo de Arruda. O órgão se tornou até alvo de uma CPI da Câmara Distrital. A eleição está marcada para sábado, e até o deputado Geraldo Naves (ex-DEM), que também esteve preso por 61 dias na penitenciária da Papuda, poderá votar na escolha do sucessor de Arruda.

Fonte: Jailton de Carvalho / O Globo

‘Ciro Gomes está próximo de se tornar ex-candidato’

Frase ouvida pelo blog de um grão-duque do PSB simpático à candidatura presidencial de Ciro Gomes:

“O projeto do Ciro resultou numa candidatura do não. Não decolou nas pesquisas, não atraiu nenhum aliado e não animou a maioria do PSB. Hoje, o Ciro está muito próximo de se tornar um ex-candidato”.

Pressionando por seus diretórios regionais, o PSB deve tomar uma decisão nos próximos dez dias.

Fonte: UOL / Blog do Josias

Em crise com PT, PMDB faz exigências a Lula e Dilma

Quando tudo parecia caminhar bem, as relações do PMDB com o PT estão, de novo, estremecidas.

Parceiro majoritário da mega-fusão partidária que se formou em torno de Dilma Rousseff, o PMDB se considera desprestigiado.

Acha que o PT e sua candidata dispensam à legenda um tratamento incompatível com o peso do PMDB na aliança.

Peso medido pela presença do partido nos Estados e, sobretudo, pelo tempo de rádio e TV que agrega à campanha de Dilma.

As queixas voltaram à mesa numa reunião realizada na noite desta quarta (14). Convocou-a o presidente da Câmara e do PMDB, Michel Temer, cotado para vice de Dilma.

O mais queixoso é o senador Hélio Costa. Candidato do PMDB ao governo de Minas, ele está inconformado com o comportamento do PT.

No mês passado, em conversa com Lula, Hélio Costa, ainda titular do Ministério das Comunicações, ouvira palavras de estímulo à sua candidatura.

Hélio deixou o ministério certo de que o PT mineiro se juntaria à sua caravana, na qual o PMDB federal aposta todas as suas fichas.

Súbito, o petismo confirmou para 2 de maio uma prévia para escolher o seu próprio candidato ao governo –Fernando Pimentel ou Patrus Ananias.

A cúpula do PMDB quer que as prévias sejam canceladas. Reivindica o apoio do partido de Lula à candidatura de Hélio, mais bem posta nas pesquisas.

Ao reacender o braseiro de Minas, o PT levou o PMDB a refletir sobre as pendências não resolvidas em quase uma dezena de Estados.

O partido de Temer se deu conta do obvio: o PT cozinha as encrencas em banho-maria.

Ficara entendido que, em determinadas praças, a falta de acordo levaria ao formato de campanha em dois palanques.

O caso clássico é o da Bahia, onde o grão-pemedebê Geddel Vieira Lima vai às urnas contra o governador petista Jaques Wagner.

Dá-se de barato que Dilma terá de frequentar os palanques de Geddel e de Wagner. Coisa já acertada de gogó. Mas o PMDB reclama o detalhamento da estratégia. E nada.

Receia-se, por exemplo, que Lula, cuja popularidade entre os baianos é maior do que a média nacional, dê preferência ao amigo Wagner em detrimento de Geddel.

Nos subterrâneos, as principais lideranças do PMDB dizem que o PT se comporta como se a vitória de Dilma fosse um dado da realidade.

Afirmam que, guindo-se por essa premissa, o petismo trabalha com a hipótese de que o apoio do PMDB cairá no colo de Dilma por gravidade.

Nos próximos dias, a direção do PMDB cuidará de lembrar aos mandachuvas do PT, a Dilma e ao próprio Lula que a coisa não é bem assim.

Lembrarão que a entrada do PMDB na aliança ainda depende do referendo da convenção do partido, marcada para junho.

Recordarão que vem de Minas o maior contingente de delegados com direito a voto na convenção. E dirão que a atmosfera de animosidade não ajuda.

No mais, o PMDB vai “exigir” a presença de seus representantes no comitê de campanha que assessora Dilma, hoje restrito ao PT.

Menos otimista que a média, o PMDB enxerga a sucessão presidencial como uma guerra de resultado incerto. Avalia que a candidata, noviça em urnas, tropeça além do desejável nessa fase de pré-campanha.

Fonte: UOL / Blog do Josias

PSDB entra com representação contra Instituto Sensus

O PSDB entrou nesta quarta-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com uma representação contra o Instituto Sensus que divulgou ontem pesquisa de intenção de votos para presidente da República.

O partido alega que o Instituto descumpriu o prazo estipulado por lei para divulgação do resultado da pesquisa. A legislação determina que o resultado seja divulgado 5 dias depois da inscrição da pesquisa no TSE. O Sensus inscreveu o levantamento no dia 5, mas alterou dados no dia 9. Portanto, na avaliação do PSDB, a pesquisa só poderia ser divulgada nesta quinta-feira, dia 14.

Serra e Dilma empatados

A pesquisa aponta empate técnico na corrida presidencial entre o tucano José Serra (33%) e a petista Dilma Rousseff (32%). O deputado Ciro Gomes (PSB) aparece com 10,1% e a senadora Marina Silva (PV), com 8,1%. Em relação ao levantamento anterior do mesmo instituto, feito no final de janeiro, Dilma subiu quatro pontos porcentuais e Serra permaneceu estável.

Foram entrevistadas 2 mil pessoas entre 5 e 9 de abril em 136 municípios de 24 Estados.

Fonte: Portal IG