terça-feira, 9 de novembro de 2010

Começa a transição no governo do Pará

A governadora Ana Júlia Carepa está reunida neste momento, no Palácio dos Despachos, em Belém, com o governador eleito Simão Jatene. O encontro oficializa a transição de governo, período em que serão repassadas todas as informações sobre as ações da atual gestão ao longo dos últimos quatro anos. Em clima de cordialidade, a expectativa de ambos é que a transição seja um processo tranquilo, em respeito à democracia.

"Começamos agora o processo de transição democrática, o mesmo feito há quatro anos. O local será o mesmo, no Centro Cultural Tancredo Neves (Centur). Então, faremos o que for possível para que tudo ocorra com tranquilidade", disse a governadora.

Inaugurações - Ana Júlia Carepa disse que continuará trabalhando até 31 de dezembro, porque tem responsabilidade com a população do Pará. Ela ressaltou que "vamos inaugurar a finalização da primeira etapa do projeto Ação Metrópole, continuaremos inaugurando obras, como a estrada que liga Baião à Mocajuba, que está pavimentada".

Segundo ela, o futuro governador do Pará receberá um Estado que avançou, o que será demonstrado em obras e ações realizadas durante sua gestão, sobretudo tendo como principal característica a abrangência em todo o território paraense.

O governador eleito disse esperar que a transição seja feita "nos mesmos moldes que nós fizemos, com absoluta transparência, para que a população também seja informada sobre esse processo". Ele ressaltou ainda que, antes de tudo, quer ter informações que permitam fazer uma avaliação efetiva do Estado, lembrando que a atual gestão garantiu fornecê-las.

Os trabalhos da transição iniciam nesta quarta-feira (10), com o secretário de Estado de Governo, Edilson Rodrigues, representando a governadora, e o economista Sérgio Leão, como representante do governador eleito.

Fonte: Portal do Gov do Pará / Foto: David Alves

SM maior que R$ 540 é decisão política

A matéria do portal UOL mostra uma das dificuldades que terá o governo Dilma antes mesmo de iniciar e que poderá lhe chamuscar a popularidade: a definição do novo Salário Mínimo (SM). No período eleitoral, José Serra disse que aumentaria para R$ 600. E disse com todas as letras que era possível. As centrais sindicais apoiaram Dilma, mas estão cobrando a promessa do tucano. O ministro do planejamento de Lula argumenta que qualquer coisa acima de R$ 540 é decisão política e não técnica. Leia a matéria a seguir:

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira que um reajuste que leve o salário mínimo acima de R$ 540 dependeria de uma decisão política.

"Minha proposta para o mínimo é arredondar para R$ 540, a partir daí é decisão política", disse Bernardo a jornalistas após se reunir com o relator do Orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF).

A proposta inicial de Argello para o valor do mínimo era de R$ 538,15. Pela atual regra, informal, o mínimo deve ser reajustado pela inflação acumulada de 12 meses mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. O problema é que o PIB em 2009 teve uma pequena variação negativa, enquanto deve crescer em torno de 7,5% este ano.

Em sua primeira entrevista coletiva como presidente eleita, Dilma Rousseff acenou com a possibilidade de haver algum tipo de compensação que permitisse um reajuste maior para o mínimo já em 2011. As centrais sindicais reivindicam R$ 580, enquanto a oposição quer um mínimo de R$ 600, promessa de campanha do candidato derrotado José Serra (PSDB).

Falando antes do ministro, Argello disse que pretende conversar com representantes das centrais esta semana ou na próxima a questão do mínimo.

Fonte: Portal UOL

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Lula na arquibancada e sem corneta? Só vendo ...

Em recente entrevista o presidente Lula disse que não vai interferir no governo Dilma, que deverá ter a cara da nova presidenta. Ele citou duas frases emblemáticas:

- "A continuidade é da política, não das pessoas", e

- "Rei morto, rei posto".

Será que Lula vai conseguir se "desligar" do dia-a-dia do governo federal? O Observatório acha que seria o melhor caminho, mas não será fácil para ele que viveu tão intensamente momentos de altíssima aprovação ao seu governo até o fim do segundo mandato, fato raro. Desligar-se do foco das atenções, dos afagos do poder e do lugar mais alto exigirá muita personalidade e despreendimento de Lula. Tomara que consiga cumprir e busque outras formas de ajudar o país a crescer. Senão, ele será para Dilma a sombra que Nestor Kirchner foi para Cristina, que agora vai ter que tocar o país sem sua muleta.

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Leia matéria do UOL:

Em entrevista surpresa ao lado da presidente eleita Dilma Rousseff, o presidente Lula afirmou na manhã desta quarta-feira que a petista montará o governo "com a cara dela" e negou que tenha pedido a permanência de ministros na nova equipe. "A continuidade é da política, não das pessoas", afirmou Lula, acrescentando: "Rei morto, rei posto".

O presidente disse ainda que vai dar uma lição de como ex-presidentes devem se comportar, afirmando que vai assistir a atuação de Dilma da arquibancada, uniformizado e "sem corneta".

A entrevista foi dada no Palácio do Planalto depois de uma visita de Dilma que não estava agendada. Por causa do encontro, Lula desmarcou reunião da coordenação política.

Na fala com os repórteres, Lula afirmou ainda que a eleição de Dilma representa a vitória "dos que perderam em 1968". Ironizando o candidato derrotado José Serra (PSDB), ele demonstrou reticência em se candidatar à Presidência em 2014, afirmando que Dilma tem a preferência. Segundo ele, é muito "pequeno" discutir 2014 agora.

"Senão vai chover bolinhas de papel em nossa cabeça", declarou, em referência à agressão sofrida por Serra durante a campanha.

Lula apelou ainda para que a oposição não faça com Dilma o que teria feito com ele. "A política da vingança, de trabalhar para não dar certo."

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Mapa do voto no Pará

Já que vamos falar sobre a votação dos municípios paraenses na eleição ao governo estadual, inicio com uma pergunta: o que explica uma derrota tão impactante de Ana Júlia em dois grandes colégios eleitorais geridos por prefeitos de seu partido - Santarém e Parauapebas? Abaetetuba, em contra-ponto, sendo administrada por prefeita do PSDB não conseguiu dar a vitória aos candidatos tucanos Jatene e Serra.

Santarém

Em Santarém, governado pela prefeita Maria do Carmo (PT), Ana Júlia perdeu de forma vexatória nos dois turnos. No primeiro, Jatene teve 80.357 votos (58%) e Ana Júlia 36.296 (26%). No segundo turno, Jatene aumentou para 90.613 votos (68%) e Ana Júlia 42.804 (32%). Objetivamente, Jatene ganhou mais 10 mil votos e Ana apenas mais 6 mil. Jatene teve mais que o dobro dos votos de Ana.

Será que o governo municipal petista está tão ruim assim em santarém? Por que Maria não conseguiu conquistar votos para Ana? O governo de Ana não fez nada por Santarém? O que houve?

Nem Dilma ganhou lá. Serra teve 83.378 votos (62%) e Dilma 51.275 (38%). E olhem que Maria era uma das coordenadoras da campanha de Dilma no Pará.

Parauapebas

Nesta cidade também gerida pelo PT através do prefeito reeleito Darcy Lermem, Ana Júlia perdeu tanto no primeiro quanto no segundo turno. No primeiro turno Jatene teve 31.425 votos (53%) e Ana Júlia 18.820 (32%). No segundo turno Jatene teve 38.789 votos (63%) e Ana Júlia 22.669 (37%). Jatene conquistou mais 7 mil votos e Ana apenas mais 3,9 mil votos.

Em Parauapebas Dilma venceu no segundo turno por 54,8% contra 45,2% de Serra.

Abaetetuba

Lá em Abaeté, como é popularmente conhecida, Ana Júlia venceu nos dois turnos: no primeiro Ana teve 39,209 votos (54%) e Jatene teve 29.235 (40%). No segundo Ana Júlia teve 40.015 (58%) e Jatene 28.886. Os dois mantiveram praticamente os mesmos votos do primeiro turno, aumentando o número de abstenções.

Em Abaetetuba Dilma ganhou no segundo turno com folga: 66% a 34% de Serra.

O que aconteceu com a gestão tucana no município? Por que Francineti Carvalho não conseguiu transferir votos para seus candidatos? Não foi lá que ocorreu um dos maiores escândalos do governo de Ana Júlia, com a menor que foi presa na mesma cela com diversos homens, sendo inclusive molestada sexualmente?

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Leia matéria do Portal Diário On Line sobre a eleição nos municípios paraenses:

As estatísticas divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite desta segunda-feira (1) mostraram a superioridade de Simão Jatene (PSDB) no mapa eleitoral do Pará. A vitória do tucano foi conquistada com grandes vantagens, conquistadas nos maiores colégios eleitorais do Estado.

Jatene, que ficou à frente de Ana Júlia em 101 municípios no primeiro turno das eleições, foi o mais votado em 94 municípios no segundo turno. A candidata petista, por sua vez, teve vantagem de votos em 50 municípios, o que representa uma diferença de 44 municípios entre os dois candidatos.

Em 17 municípios do estado, o candidato mais votado no primeiro turno foi superado no segundo. Jatene superou a votação da petista em 5 municípios, enquanto Ana Júlia inverteu o resultado desfavorável em 12 municípios. Mesmo assim, a vantagem de Jatene, que venceu nos principais colégios eleitorais do Estado, ainda foi decisiva.

OS MAIORES

Em Belém, município com o maior número de eleitores, o resultado de 55,53% dos votos válidos para Jatene e 44,47% para Ana Júlia foi quase equivalente ao resultado percentual do segundo turno das eleições – 55,74% (Jatene) a 44,26% (Ana Júlia). No segundo maior colégio eleitoral do Estado, em Ananindeua, a vitória de Jatene, com 56,84% dos votos válidos contra 43,16% de Ana Júlia, também se aproximou do resultado final.

Já no terceiro maior colégio, em Santarém, foi possível notar o desequilíbrio na votação, que pesou em favor de Jatene. Com 67,91% dos votos válidos contra 32,09 de Ana Júlia, Jatene teve a expressiva vantagem de 47.809 votos, número maior do que a quantidade total de eleitores na maioria dos municípios do Estado.

OUTROS MUNICÍPIOS

Apesar do equilíbrio na maioria dos municípios, a vantagem de Jatene foi conquistada com as largas vantagens adquiridas em outros grandes colégios eleitorais do Estado. Em Parauapebas, dos 61.458 votos válidos, Jatene conseguiu 63,11%, em Itaituba 64,72% dos votos dos 40.364 válidos, em Paragominas 67,43% dos 38.965, em Redenção 67,47% dos 34.837, além das grandes vantagens conquistadas em Castanhal, com 67,85% dos 79.720 válidos, e em Altamira, com 71,5% dos 42.857 votos.

Outros municípios com menor número de eleitores também apresentaram grande vantagem ao tucano, como Mãe do Rio (65,55%), Anajás (66,83%), Brasil Novo (67,62%), Ourém (67,98%), Monte Alegre (69,56%), São Caetano de Odivelas (72,42%), São Miguel do Guamá (72,12%), Mojuí dos Campos (73,87%), Tailândia (79,36%), e a maior diferença conquistada, em Uruará com 80,11% dos 17.688 votos válidos.

Os maiores colégios eleitorais vencidos pela candidata petista foram Marabá e Abaetetuba. Em Marabá o resultado foi apertado, com 52,36% dos 92.438 votos válidos para Ana Júlia, diferente de Abaetetuba onde a petista venceu com folga e conseguiu 58,08% dos 68.901 votos válidos. A maior vantagem de Ana Júlia foi conquistada em Cachoeira do Arari, com 65,75% dos 9.350 votos válidos. (Alexandre Nascimento/DOL)

Super Aécio? Nem tanto ...

Em Minas Gerais, reduto de Aécio Neves, Dilma venceu no segundo turno com grande vantagem sobre José Serra. Foram 6.220.125 (58,45%) votos para Dilma contra 4.422.294 (41,55%). A diferença a favor da petista foi de 1.797.831, ou quase 17%, superior à diferença geral entre os dois presidenciáveis, que foi de 12%. Ou seja, Minas contribuiu para ampliar a vantagem de Dilma.

Os tucanos esperavam e a Veja endossou que o Super Aécio, político das viradas eleitorais impossíveis, viraria o jogo em MG e essa seria a diferença da vitória do Serra.

No primeiro turno Dilma teve 5.067.399 votos dos mineiros, enquanto Serra teve 3.317.872.

No segundo turno Dilma cresceu 1.152.726 votos. Serra conquistou 1.104.422 novos votos. Dilma cresceu mais, conquistando 48.303 novos eleitores mineiros a mais que Serra, que tinham votado em Marina e nos candidatos menores.

Resta saber como será a desenvolvura de Aécio no Senado Federal para saber se conseguirá capitalizar força e apoios à sua provável candidatura para 2014. Falta perguntar aos colegas de partido, Serra e Alckmin, se deixarão o mineiro ser o próximo nome forte do PSDB.

O Observatório acredita que o momento de Aécio era 2010. Perdeu a chance para Serra. Como Senador não terá muita visibilidade nacional, abafada pelos próprios correligionários, e para 2014 seu retorno será no máximo para o governo mineiro.

Observação pessoal do poster: os discursos e a postura ao discursar de Aécio são muito menos incisivos e inteligentes do que os de Serra. Falta "um quê" para Aécio ser mais carismático e convincente. Parece que ele está aborrecido e de "cara fechada" ao discursar. Marqueteiros, mãos à obra.

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Leia trecho de matéria publicada no portal Estadão, hoje:

Com musculatura política renovada, Alckmin tem pela frente uma nova geração de tucanos, além de colaboradores tradicionais, que defendem o seu nome como principal liderança no Estado. Do lado mineiro, há descontentamento com a supremacia paulista na escolha dos presidenciáveis, além do entendimento de que São Paulo perdeu a vez com as duas derrotas de Serra e a de Alckmin, em 2006.

Tucanos serristas culpam Aécio pela derrota na eleição, já que o mineiro não conseguiu obter a vitória de Serra em seu Estado, apesar de ter emplacado um "novato" em eleições, o seu ex-vice e agora governador Antonio Anastasia, que conseguiu se reeleger. No discurso de anteontem, Serra não citou Aécio, mas conversou com ele por telefone à noite.

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Vamos continuar observando.

Obama enfrenta eleição ao congresso americano


Há dois anos, com o slogan “Yes, we can” (sim, nós podemos), Barack Obama empolgou os Estados Unidos e o mundo com seu discurso otimista. Mas, dois anos após sua vitória nas urnas, o primeiro presidente negro do país, e agora vencedor do Nobel da Paz, corre sério risco de perder a maioria no Congresso, nas eleições legislativas desta terça-feira (2).

Segundo analistas, a derrota prevista nas pesquisas pode abrir caminho para a volta dos republicanos à Casa Branca. Mas pode ser também uma chance para Obama se relançar politicamente.

Nos EUA, as eleições para as 435 cadeiras da Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados brasileira) e boa parte do Senado acontecem no meio do mandato presidencial - neste ano, serão eleitos 37 senadores, de um total de 100. Também há eleição para governadores de 37 Estados e dos territórios de Guam e das Ilhas Virgens, além de referendos locais.

Por ocorrer no meio do mandato, a votação funciona como um termômetro sobre como o eleitor percebe a atuação do governo. De acordo com as últimas pesquisas, o Partido Democrata de Obama tem grande chance de ser derrotado nas urnas.

Para o analista Juan Carlos Hidalgo, do Cato Institute, “perder a maioria não é necessariamente tão ruim para o Obama”.

- Vale lembrar que Bill Clinton [1993-2001] perdeu a maioria em 1994 e foi reeleito. Com um Congresso dominado pela oposição, Obama terá a quem culpar em caso de fracasso nas reformas, na economia.

Até agora, Obama não conseguiu votar reformas importantes, como a migratória, mesmo tendo maioria no Congresso. A reforma da saúde, outra promessa de campanha, só passou com muito empenho do presidente, que teve de convencer até aliados.

Oposição a Obama ainda não tem “cara”

A principal voz de oposição ao atual governo Obama é a da ex-candidata republicana a vice-presidente, Sarah Palin. Desde que seu companheiro de chapa, John McCain, foi derrotado por Obama, em 2008, Sarah se tornou um das musas do movimento ultraconservador Tea Party.

Sarah, no entanto, é muito conservadora até para alguns republicanos. Fora os folclóricos seguidores do Tea Party, que acusam Obama de ser “socialista” e “muçulmano”, quase ninguém acredita que ela será a candidata republicana à Presidência, em 2012. Apesar de muito barulho, os analistas não veem Sarah como uma grande ameaça.

Para o analista Kenneth Weinstein, presidente do Hudson Institute, “Obama ainda não tem um oponente, alguém para atacar”. A vitória dos republicanos, no entanto, abrirá caminho para a definição dos líderes que vão tentar tirar Obama da Casa Branca, em 2012.

- Se ele perder a maioria, será mais difícil defender sua gestão. Mas ele terá um oponente para se contrapor [assim que os republicanos escolherem seu pré-candidato nas primárias do próximo ano].

Hidalgo diz que o Tea Party - grupo que reúne radicais de direita e que vem ganhando projeção - é apenas uma fração dos conservadores americanos. Para ele, nem todos os republicanos são iguais.

- Há dois tipos de republicanos. Aqueles que querem uma pequena participação do Estado na economia, impostos baixos. E há os ultraconservadores, que têm medo de políticas sociais, são a favor do intervencionismo americano e contra os direitos dos gays. Sarah Palin faz parte desse último grupo.

Obama poderia ter o mesmo destino de Jimmy Carter?

A queda na popularidade de Obama faz, frequentemente, analistas políticos compararem sua Presidência à de Jimmy Carter (1977-1981).

Eleito com um discurso ético, três anos após o escândalo Watergate, que derrubou o ex-presidente republicano Richard Nixon (1969-1974), Carter enfrentou uma feroz oposição republicana e em muitos projetos não contou com o apoio de seu Partido Democrata. Ao tentar sua reeleição em 1980, foi derrotado pelo ex-ator e carismático republicano Ronald Reagan (1981-1989).

Assim como Obama, Carter também recebeu o Nobel da Paz. Mas, diferentemente do atual presidente, ele foi premiado anos depois de deixar o poder, em 2002.

Para Weinstein, os republicanos agora buscam o seu Reagan. Ele aponta o atual governador republicano de Indiana, Mitchell Daniels, como provável candidato à Presidência, em 2012.

Hidalgo também acha que o futuro de Obama está nas mãos dos republicanos. Isso não está relacionado, necessariamente, ao número de deputados e senadores da oposição a serem eleitos na próxima terça-feira (2). Segundo o analista, “tudo vai depender de os republicanos encontrarem o seu Ronald Reagan, um líder experiente e carismático”.

Fonte: Portal R7

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

No Amapá, eleito o governador mais jovem do Brasil

Milhares de pessoas estiveram na noite de ontem na Praça do Coco para comemorar a vitória de Camilo Capiberibe nas eleições para o governo do estado do Amapá. A militância socialista e todos aqueles que participaram da difícil campanha de Camilo extravasaram a alegria e cantaram junto com a cantora Claudinéia o hit da campanha de Camilo: “Eu voto no 40, você vota no 40, Camilo 40″.

Depois de um placar apertado no primeiro turno das eleições, quando a diferença entre ele o primeiro colocado foi de pouco mais de 800 votos, Camilo Capiberibe, de 38 anos, superou seu adversário no segundo turno das eleições, Lucas Barreto(PTB), tornando-se o governador mais jovem do Brasil. Ele venceu com 53,77% dos votos válidos, contra 46,23% de Barreto. O mais velho governador eleito aos 82 anos é Siqueira Campos (PSDB), de Tocantins.

A campanha de Camilo foi marcada pela Operação Mãos Limpas da polícia Federal, que prendeu o ex-governador Waldez Góes(PDT) e o atual governador Pedro Paulo Dias(PP), acusados de corrupção. Depois da operação Mãos Limpas, a candidatura de Camilo cresceu, ele foi o único que se pronunciou a respeito da operação. Os dois candidatos que foram para o segundo turno das eleições reivindicavam para si a bandeira da mudança.

Derrotados na eleição - partes 1 e 2


Vale a pena ler a opinião do jornalista Marco Antonio Araújo, lançada em seu blog "O provocador", inserido no portal R7. Abaixo colocamos alguns trechos:

Derrotados na eleição - parte 1 (refere-se à postura da Globo)

"As Organizações Globo agiram como um partido de oposição durante as eleições que levaram Dilma Rousseff à presidência da República.

Preferiam continuar aliados ao candidato das elites, como sempre estiveram durante a ditadura militar e os governos Collor, Itamar e FHC. Mas perdeu, playboy.

O jornal O Globo virou um panfleto diário. Sem nenhum pudor, estampou um ódio incontido ao governo Lula e à sua candidata. Mas foi na bancada do Jornal Nacional que se ergueu o altar do sacrifício petista.

O padrão Globo de qualidade é fácil de entender. Consiste em tratar escândalos conforme a coloração partidária e os interesses da firma.

O caso Erenice Guerra mereceu do JN 35 sangrentos minutos de reportagem só na primeira semana de repercussão. Já a denúncia envolvendo o aloprado tucano Paulo Preto teve uma única reportagem, quase nada.

Em sua entrevista de dez minutos ao vivo no JN, Dilma Rousseff ficou infinitos 4 minutos e 40 segundos respondendo sobre aborto. Mais 3 minutos e 25 segundos falando sobre a onipresente Erenice.

Ao final, teve tempo para responder a mais uma perguntinha. José Serra pode discorrer levemente sobre nove questões. Isso, sim, é tratamento diferenciado.

Com a vitória de Dilma, vai ser constrangedor o olhar de William Bonner e Fátima Bernardes. Cúmplices que são, nem vão tocar no assunto de como espremeram e destrataram a presidente eleita."

Derrotados na eleição - parte 2 (refere-se à postura da revista Veja)

Das 42 capas da revista em 2010, até as vésperas do segundo turno, dezoito continham ataques a Lula, Dilma e o PT. Quase metade da existência da Veja é dedicada a montar palanque contra o governo federal e espalhar pânico e ódio.

Ainda reclamam que não há liberdade de imprensa neste país. Terrorismo jornalístico: é isso que faz a semanal da família Civita. A edição de 10 de julho ilustra perfeitamente essa demonização (acima).

É uma publicação que poderia ter a honestidade de se assumir como oráculo do que há de mais reacionário e perverso na direita deste país.

Mas tem essa mania feia de se travestir de revista de informação. Só se for distorcida, tendenciosa. Não fazem reportagens; fazem editoriais. Por isso é que não forma mais opinião; causa tédio. E desprezo.

E há os soldados da Editora Abril. Ou capangas, a ver. Os rancorosos Diogo Mainardi, Lauro Jardim, Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes. Escribas a soldo que insinuam termos um presidente alcoólatra, menos interessante que um “vaso sanitário”.

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A opinião desse jornalista é a mesma de inúmeras outras que o Observatório ouviu nos últimos meses: Veja, Globo e Folha de São Paulo nunca foram tão escrachados e jamais usaram tanto a força de suas audiências para influenciar numa eleição, como em 2010.

É sabido também que a revista Carta Capital opina em defesa do governo Lula, assim como muitos outros veículos de comunicação nacionais, estaduais e até as pequenas rádios de interior o fazem em favor de grupos políticos regionais.
O Observatório defende a imprensa livre, mas com responsabilidade e isenção. É difícil? Certamente, mas seria um grande avanço para democracia no Brasil. Nos tornaríamos um país muito melhor.
O Observatório defende, porém, antes de tudo, a obrigação dos eleitos de fazerem gestões transparentes e sem corrupção. Quem dera o Brasil aplicasse, realmente, pelo menos 80% de todos os recursos que saem dos cofres dos governos em programas e políticas públicas. Punição aos corruptos, fichas sujas ou semi-limpas. Cadeia neles. Perda de mandatos e do direito a serem votados, por 50 anos. Reforma política neles. É difícil? Certamente, mas seria o maior avanço para nosso país, tornando-se uma potência mundial imbatível.

Fica o registro.