Pelo menos cinco pesquisas estariam em andamento no Pará, com vistas às eleições ao Governo do Estado, no ano que vem.Os levantamentos teriam sido contratados pelo PMDB local, o PSDB nacional, o Governo do Estado e “potenciais financiadores de campanha”, diz-me uma fonte. E acrescenta: “Com o final do ano, todo mundo começa a buscar algumas luzes para 2010”.
Integrante do governo garante, no entanto, que a pesquisa encomendada pelo Palácio dos Despachos ficou pronta há duas semanas, é rotineira e tem caráter, apenas, qualitativo, para a avaliação de programas sociais e consumo interno.
Já um dirigente petista diz que o partido busca recursos para um levantamento agora em dezembro, ou, o mais tardar, em janeiro. O último foi realizado em maio deste ano.
Hoje, devem sair os números de duas pesquisas contratadas por “financiadores de campanha”. São 1.600 entrevistas no Pará inteiro e 600 só em Belém. Foram feitas cinco simulações ao Palácio dos Despachos.A governadora Ana Júlia Carepa figura em todas, já que não há indicações de que não seja a candidata do PT.
Pelo PSDB, entraram os ex-governadores Almir Gabriel e Simão Jatene e o senador Mário Couto.Também integram as simulações o deputado federal Jader Barbalho, o ex-senador Luiz Otávio Campos, o ex-prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, o vice-governador Odair Corrêa, o prefeito e o vice-prefeito de Belém, respectivamente, Duciomar Costa e Anivaldo Vale.
Na semana passada, as primeiras impressões recolhidas junto aos pesquisadores apontavam para uma rejeição muito alta da governadora Ana Júlia, na Região Metropolitana de Belém – um desempenho semelhante ao do prefeito Duciomar Costa, e oposto ao do ex-prefeito Edmilson Rodrigues.
A situação de Ana estaria, também, muito complicada no Sul e Sudeste do Pará.
Um analista acredita que esse quadro ainda pode ser revertido, pelo fato de Ana estar no poder, e apesar do pouco tempo que resta até as eleições.
O Governo, comenta, vem se utilizando de uma tática semelhante à da guerra de guerrilhas, que parte do campo para a cidade – daí a maratona de viagens de Ana Júlia pelo interior.A dúvida “é se haverá tempo para reverter a tendência da cidade de Belém, que detém 23% do eleitorado”.
Além disso, tudo também dependerá “dos adversários postos”.
Antes do fechamento, as duas pesquisas também apontavam a existência de um espaço para uma “terceira via”, no próximo pleito. O problema, no entanto, era o nome que poderia significar essa alternativa para o eleitorado.
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