terça-feira, 24 de novembro de 2009

Nos últimos 12 meses, Serra perdeu 15 pontos

Deu no Portal Terra

Lula e Dilma sobem. Serra cai e Aécio melhora.

A aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuperou o fôlego na nova rodada da pesquisa CNT/Sensus, divulgada nesta segunda-feira, com 70% de avaliação "ótimo" e "bom" em novembro. O percentual do último levantamento tinha apresentado queda: de 69,8% em maio para 65,4% em setembro. A pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 16 e 20 de novembro e entrevistou 2 mil pessoas. A margem de erro é de 3%.

O número de insatisfeitos com o governo Lula também caiu em novembro, segundo a pesquisa. Enquanto em setembro 7,2% dos entrevistados faziam uma avaliação negativa do governo, em novembro este percentual passou para 6,2%. A avaliação do desempenho pessoal do presidente Lula aumentou de 76,8% em setembro para 78,9%, mesmo depois do episódio do apagão, em 10 de novembro.

Eleições 2010

Nas simulações para as eleições de 2010, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), continua liderando as intenções de votos em todas as listas em que o nome dele é incluído, mas apresenta queda nos percentuais de primeiro e segundo turnos.

"Ao longo dos últimos 12 meses, Serra perdeu 15 pontos nas intenções de voto", disse Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus.

Na primeira lista que inclui todos os prováveis candidatos à presidência da República, José Serra aparece com 31,8%, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), com 21,7%, o deputado federal Ciro Gomes (PSB)tem 17,5% das intenções de votos e a senadora Marina Silva (PV) apresenta 5,9%.

-----------------------------------------------

Ao comparar os governos Lula e FHC, 76% acham Lula melhor e 10% FHC melhor. Veja quadro abaixo:
Baixe nesse link do Observatório o último relatório da Pesquisa CNT Sensus

-------------------------------------------------

Deu no Estadão

CNT/Sensus obriga PSDB a se posicionar, diz analista

SÃO PAULO - A tendência de crescimento da virtual candidata do PT à Presidência, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e de queda e estagnação do pré-candidato tucano nessa disputa, o governador de São Paulo, José Serra, divulgada hoje pela pesquisa CNT/Sensus, deverá obrigar o PSDB a se posicionar no tabuleiro eleitoral da sucessão presidencial de 2010. A avaliação é do cientista político e pesquisador da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo Marco Antônio Carvalho Teixeira. No seu entender, para reverter o impacto negativo dessa mostra, os tucanos serão forçados a definir, o quanto antes, o candidato da legenda. "Em janeiro, no máximo", diz.

Carvalho Teixeira afirma que não são apenas as projeções de primeiro e segundo turnos - que indicam crescimento de Dilma e queda de Serra - os únicos dados preocupantes para o PSDB. "A aprovação do governo (que subiu de 65,4% em setembro para 70% em novembro) e a aprovação pessoal do presidente Lula (que passou de 76,8% em setembro para 78,9% na pesquisa divulgada hoje) também indicam que os tucanos precisam elaborar suas propostas de governo para o pleito do ano que vem. A impressão que dá é que o PSDB está acuado diante de um governo petista bem avaliado e de um cenário econômico favorável e com perspectivas de crescimento para o ano que vem.

"Na opinião do cientista político e conselheiro do Movimento Voto Consciente Humberto Dantas, a pesquisa de hoje da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e do Instituto Sensus acende um sinal de alerta ao PSDB, principal oponente do governo nas eleições do ano que vem. "O Lula é um fenômeno da comunicação política, ele tem crédito junto à população e é convincente. Além disso, tem conseguido fazer da ministra Dilma uma extensão de si próprio, transferindo para ela essa conjuntura positiva." Por isso, ele também acredita que é necessário o PSDB se posicionar rapidamente nessa corrida sucessória, para não perder terreno.

Com base nos dados divulgados hoje, Marco Antônio Carvalho Teixeira destaca que as eleições 2010 podem apresentar um componente curioso. Será a primeira eleição presidencial direta sem a presença de Luiz Inácio Lula da Silva como candidato. "Mas, com certeza, será um pleito que terá o presidente Lula como um dos principais atores."

Nenhum comentário: