sábado, 28 de novembro de 2009

Eleições pelo mundo

Eleições explosivas em Honduras

Micheletti denuncia plano de explosões contra eleição; polícia apreende dinamite

O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, que se afastou temporariamente do poder, acusou neste sábado os seguidores do presidente deposto, Manuel Zelaya, de espalhar bombas para boicotar as eleições gerais deste domingo, no dia em que a polícia anunciou a apreensão de material explosivo de um suposto complô contra as eleições.

"São pressões psicológicas que pretendem exercer esses senhores para poder provocar esse tipo de preocupação entre os cidadãos", declarou Micheletti à rádio local HRN.

Micheletti se referia aos membros da Frente de Resistência contra o Golpe de Estado, um conglomerado de sindicatos e associações que se mobiliza há cinco meses para exigir a restituição de Manuel Zelaya, deposto em 28 de junho.

A Frente convocou nesta sexta-feira um "toque de recolher popular" no domingo para que os hondurenhos não votem nas eleições e evitem sofrer a repressão por parte das forças sob comando do governo interino, anunciou um dos dirigentes do grupo.

"Fazemos um chamado para o toque de recolher das seis da manhã às seis da tarde de domingo para que ninguém saia para votar e para que não seja reprimido", afirmou o coordenador da Frente, Juan Barahona.

Leia mais na Folha Online

Folha Online - BBC Brasil - Eleição coloca em xeque posição brasileira sobre Honduras - 28/11/2009

Folha Online - Mundo - Eleições em Honduras provocam racha entre países da América Latina - 28/11/2009

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Uruguaios vão às urnas neste domingo

Os uruguaios decidem neste domingo (29/11) quem será o próximo presidente do país entre o ex-guerrilheiro tupamaro José Mujica, que aparece como favorito nas pesquisas, e o nacionalista Luis A. Lacalle. Cerca de 2,5 milhões de eleitores decidirão entre estes candidatos com propostas e ideologia diametralmente opostas. Mujica, de 74 anos, membro do Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros, o grupo radical de esquerda que tentou tomar o poder pelas armas, recebeu 49% dos votos no primeiro turno eleitoral de 25 de outubro. Lacalle, de 68 anos, ex-presidente entre 1990-1995, de centro-direita, conquistou quase 30% dos votos e diz que se for eleito buscará a governabilidade mediante a negociação com o Congresso.

As pesquisas da última semana mostraram vantagem de 7 a 9 pontos porcentuais para Mujica, com uma massa de indecisos de cerca de 9% dos entrevistados. Pedro Bordaberry, líder do Partido Colorado, respaldou a candidatura de Lacalle. En 1999, foi o Partido Nacional, de Lacalle, que apoiou o colorado Jorge Batlle para dar-lhe a vitória. Sem nenhum debate entre Mujica e Lacalle, a campanha teve como base a formação de grandes caravanas de automóveis, com simpatizantes carregando bandeiras da Frente Amplio e do Partido Nacional, e atos públicos, mas sem concentrações maciças.

Desde ontem, os uruguaios estão no período de silêncio eleitoral, que se prorrogará até o encerramento da votação neste domingo, às 20 horas (horário de Brasília). A Corte Eleitoral poderá revelar os primeiros resultados algumas horas depois do fim da votação. O novo presidente tomará posse em 1º de março para um mandato de cinco ano. Mas os uruguaios voltam às urnas em maio de 2010 para eleger os gestores das 19 províncias do Uruguai.

Deu no Diário do Pará / AE

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