ainda no Josias de Souza
Num dia em que José Serra (PSDB) desfilou sua não-candidatura no Ceará, Ciro Gomes (PSB-CE/SP) reafirmou sua condição de candidato.
Candidato à Presidência, não ao governo de São Paulo, para onde transferiu, a pedido de Lula, seu domicílio eleitoral.
Disse que, no Ceará, o governador Cid Gomes (PSB), seu irmão, franqueará o palanque a ele e à presidenciável oficial Dilma Rousseff (PT).
“Tudo que você imaginar vai acontecer. Tudo. Aqui, por exemplo, o governador Cid Gomes abrirá o palanque dele, se eu for candidato, para mim e para a Dilma”.
Realçou algo que o distingue do arqui-rival Serra: “Alguns são francos, sinceros, de afirmar que estão sim no esforço de viabilizar sua candidatura, que é o meu caso...”
“...Outros preferem insultar a inteligência alheia dizendo que não são candidatos, que estão só, quem sabe, passeando”.
Na semana passada, depois de uma visita a Aécio Neves, que tenta viabilizar-se como presidenciável do tucanato, Ciro referira-se a Serra como “o coiso”.
Há três dias, pespegou no rival um adjetivo novo: “Ectoplasma”. Tentou explicar-se: “Eu fiz uma brincadeira. Porque não é o Serra...”
“...O coiso é uma entidade que eu criei, que está por detrás de um monte de coisa estranha que acontece”.
Como exemplo de “coisa estranha”, mencionou o caso dos desvios da verba indenizatória de deputados federais, veiculado pela Folha.
Insinuou que a “coisa” teria sido içada às manchetes pelo “coiso” com o propósito de prejudicar Aécio.
A rubrica das verbas indenizatórias fora criada na Câmara sob a presidência de Aécio (2001-2002). Ouça-se a teoria de Ciro:
“Como é que isso funciona? É o coiso. Não é o Serra. O Serra não é o coiso. É o coiso...”
“...Aí perguntaram pra mim: o que é o coiso? O coiso é um ectoplasma. O Serra é uma figura de carne e osso, respeitabilíssima, é o governador...”
“...Portanto ele não é o coiso. Agora, o coiso está atuando e eu vou denunciar. Toda vida que aparecer a obra do coiso, eu vou dizer: isso é coisa do coiso”.
A reportagem da Folha manuseou as notas frias espetadas por deputados nos arquivos da Câmara graças a uma decisão judicial. Nesse caso, uma coisa do STF, não do “coiso”.
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