quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Serra precisa começar campanha, diz The Economist

Recentemente, o Observatório postou matéria com o título "Serra precisa se mexer", analisando a última pesquisa CNT-Sensus. Os líderes dos democratas, eternos aliados dos tucanos, têm pressionado Serra a "entrar em campo" e se posicionar como real presidenciável. Será que José Serra está perdendo o bonde da história? A matéria abaixo enfoca o mesmo assunto.

A revista britânica The Economist traz na sua última edição, publicada nesta quinta-feira, um artigo em que diz que o governador de São Paulo, José Serra, precisa iniciar já a sua campanha à Presidência da República para ter chances de vencer.

No texto, intitulado Serra espera, um pouco pacientemente demais, pela Presidência, a revista traça um perfil do governador, destacando que ele "é certamente um forte candidato a ocupar a vaga" de Luiz Inácio Lula da Silva.

"O líder na futura disputa presidencial no Brasil tem feito um bom trabalho governando o maior Estado do país. Mas para manter sua liderança, ele precisa começar a fazer campanha", diz o artigo.

"Apesar de todas as boas histórias que tem para contar sobre seu período como governador, a forte liderança que ele manteve nas pesquisas por um ano recentemente diminuiu, à medida que o presidente Lula, ainda imensamente popular após sete anos no governo, tem feito campanha com vigor para sua candidata, Dilma Rousseff."

A revista ressalta que Serra e Dilma têm semelhanças ideológicas, embora o governador "pareça mais inclinado a impulsionar reformas fundamentais necessárias para melhorar os serviços públicos e acelerar a economia".

"Rousseff, embora seja uma administradora capaz, é ainda menos carismática que seu rival. Por isso, os números de Serra devem voltar a subir assim que ele inicie sua campanha."

"Mas, o turbulento sistema multipartidário brasileiro, no qual candidatos precisam costurar delicadamente amplas coalizões, é duro para aqueles que perderam impulso. Serra precisa fazer comícios e começar a se promover agora, se não quiser ser lembrado como o melhor presidente que o Brasil nunca teve", conclui o artigo. (BBC Brasil)

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