sábado, 27 de fevereiro de 2010

PT pede presença de Dilma em São Paulo

Partido está preocupado com falta de candidato na eleição estadual

Convencido de que dificilmente definirá seu palanque em São Paulo antes do final de abril, o PT traça um plano para evitar que o vácuo de candidatura no maior colégio eleitoral do País abale a campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Sem uma resposta clara do deputado Ciro Gomes (PSB) sobre o seu futuro político, líderes petistas querem que estrelas da sigla intensifiquem a presença em São Paulo, reforçando a estratégia de ampliar a agenda de Dilma no Estado.

A meta é evitar que o governador José Serra (PSDB) e possíveis nomes tucanos para a sucessão (o secretário do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e o secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira) "nadem sozinhos" na cena política paulista no período pré-eleitoral.

Petistas estão de olho em líderes partidários em geral. Mas o foco está no senador Aloizio Mercadante (SP), apontado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como opção para o Palácio dos Bandeirantes, caso Ciro recuse a vaga. A avaliação é de que, ao buscar mais exposição, Mercadante se firmaria como plano B. Mas, se Ciro optar na última hora por São Paulo, o esforço seria facilmente reaproveitado em sua campanha de reeleição.

O tema começou a ser discutido na quarta-feira, após encontro de petistas com Ciro, e voltou a pautar conversas em Brasília, ontem. Ainda assim, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, ameniza o risco de enfraquecimento no Estado. "O PT é forte com ou sem candidato."

"Até por ser candidato ao Senado, ele já começou a rodar o Estado", afirma Dutra, adiantando que Mercadante deve aparecer nas próximas inserções do PT no rádio e na TV. "Temos de construir agenda nos principais polos regionais", diz o presidente estadual do PT, Edinho Silva.

Setores do PT, porém, não escondem o incômodo. "Se demorar mais dois meses para termos um nome, o problema de São Paulo vai virar problema para a campanha de Dilma", diz o prefeito de Osasco, Emídio de Souza.

Fonte: Clarissa Oliveira/O ESTADO DE SÃO PAULO

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