sábado, 30 de janeiro de 2010

Puty: "O PSDB está na contramão da história. O futuro somos nós."

O Observatório Eleitoral - OE - lança a seção de entrevistas "Entrevistas do Observatório". Aqui você encontrará as idéias e observações sobre temas importantes sobre política eleitoral, diretas de personagens que fazem e farão a história eleitoral de 2010 do Pará e do Brasil, de todos os partidos e ideologias. Aqui tem espaço para todos. O importante é construir e contribuir para o debate ético e para a formação da opinião e observações dos eleitores.

Para inaugurar a nossa coluna de entrevistas, o escolhido foi o chefe da Casa Civil do Governo do Estado do Pará, Cláudio Puty. Belenense, Puty é formado em Economia pela Universidade Federal do Pará, mestre em Teoria Econômicapela Universidade de Tsukuba, no Japão, e doutor em Economia Política pela New School for Social Research, em Nova Iorque. Militante assumido desde os tempos de estudante secundarista,o atual chefe da Casa Civil é filiado ao Partido dos Trabalhadores e forte candidato a pleitear uma vaga na Câmara Federal pela legenda nas eleições de outubro. Em seu blog recém criado, Puty se declara “um socialista que sonha com um mundo profundamente democrático e comunitário”.

Blogosfera

Observatório: Olá, secretário. Impossível não começar essa entrevista comentando sobre o seu blog criado na semana passada. Quais são suas primeiras impressões e respostas após um pouco mais de uma semana na blogosfera? Como o senhor vê o impacto dessas novas ferramentas de aproximação com o povo nas próximas eleições?

Puty: Blogosfera é interação, opinião e debate, oportunidade para combinar ação e reflexão, para explicar às pessoas o que nos move, quais os objetivos das ações e políticas públicas que temos adotado para mudar o Pará e as idéias que inspiram essas ações. Essa primeira semana tem sido estimulante. Tenho recebido mensagens encorajadoras, muita crítica construtiva e um número ínfimo de material inservível, predatório. A rede social na internet é estratégica não apenas no contexto eleitoral. Trata-se de um espaço público que rompe o bloqueio hegemônico da mídia convencional sobre o fluxo de informações e que se consolida como ferramenta privilegiada de aproximação entre as pessoas.

Candidatura à Câmara

Observatório: Especula-se na imprensa paraense que o senhor será candidato à Câmara Federal pelo PT. Isso o atrapalha de alguma forma na condução da Casa Civil?

Puty: Como você diz, trata-se de uma especulação. É óbvio que a governadora Ana Júlia tem todo interesse em debater uma candidatura à Câmara Federal que garanta sustentação política às teses que defendemos no âmbito do PT para a sociedade. Para nós, do PT, os projetos vêm antes dos nomes. A Casa Civil é o braço da articulação política do Executivo, mais especificamente da governadora Ana Júlia. Por ser uma posição de evidência no governo, está sujeita a todo tipo de julgamento, especulações e ilações que, se não ajudam, tampouco atrapalham. São apenas conseqüências das atribuições do cargo. Se for candidato, vou sair no prazo legal e isso não atrapalha nem um pouco a condução da Casa Civil; se não for candidato, fico na Casa Civil até quando a governadora Ana Júlia considerar que é necessária a minha permanência nessa função.

Governo Ana Júlia

Observatório: O senhor conseguiu implementar todos os projetos que planejou quando assumiu a Casa Civil em 2008 ou a crise econômica adiou alguns?

Puty: O Governo Popular assumiu em 2007 com o objetivo de fomentar um novo modelo de desenvolvimento para o Estado, que colocasse como centro de sua ação todos os municípios e todas as regiões – e não apenas a capital -; um modelo que eliminasse os gargalos que nos impedem de incorporar valor às nossas matérias-primas, verticalizando por exemplo a produção minerária; um modelo que criasse uma base tecnológica para a produção de conhecimento na região – por meio de parques tecnológicos, de universidades, como a Ufopa, e do NavegaPará; um modelo que preservasse as nossas reservas de biodiversidade e lançasse uma ação de reflorestamento que fosse, ao mesmo tempo, fonte de geração de emprego e renda – a exemplo do programa Um Bilhão de Árvores para a Amazônia -, enfrentasse o passivo ambiental e fundiário no Estado, estabelecesse as bases para a ampliação da oferta de trabalho e renda nas áreas urbanas; um modelo revertesse o déficit habitacional; um modelo que revitalizasse o sistema de segurança pública, sucateado durante 12 anos de gestão neoliberal; um modelo que ampliasse o sistema de saúde pública e viabilizasse a parceria com as prefeituras para reforçar as políticas públicas do Sistema Único de Saúde; um modelo que restabelecesse a confiança no sistema público de ensino, revitalizando as escolas e criando condições mínimas para uma educação de qualidade; e, principalmente, firmasse uma sólida parceria com as organizações populares, para cuidar dos segmentos mais vulneráveis da sociedade.

Mesmo com uma crise internacional que abalou a economia de todo o planeta, temos conseguido fazer o nosso dever de casa, em um Estado que foi completamente desmantelado. Para se ter idéia, a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) já anunciou que, nos próximos quatro anos, haverá investimentos de US$ 51 bi no Estado, com geração de 120 mil empregos. Outro dado importante está na diminuição do déficit habitacional: vamos construir um total 100 mil unidades até 2011, e as entregas já começaram. A parceria com as prefeituras também já é realidade. Fazemos hoje repasses fundo a fundo para a saúde municipal. Já reconstruímos mais de 600 escolas no Pará, metade do total de prédios no Estado.

Então podemos dizer que lançamos as bases para a mudança que nos propusemos a realizar, mas a transformação requer tempo, é uma tarefa diária, dura, e temos a convicção de que o povo do Pará vai continuar avalizando o processo que estamos conduzindo, porque ele integra um projeto maior, afinado com o que o presidente Lula iniciou ainda em 2002 e que será aprofundado com a eleição da ministra Dilma Roussef para a Presidência e a recondução de Ana Júlia para o governo do Pará.

Observatório: Na sua opinião, qual a maior mudança que o atual governo implementou no Estado nesses 3 anos de gestão do PT?

Puty: O PT tem a hegemonia, mas não governa só. Temos uma coalizão com vários partidos, dentre os quais destacamos o PMDB, o PDT, o PTB, o PCdoB, o PV, o PSB e o PP, por exemplo. A maior mudança é mesmo a inversão de prioridades, com massivos investimentos públicos na área social, fomento à produção, incentivos à geração de emprego e renda, inclusão, respeito ao funcionalismo público, enfim ... somos, PT e PSDB, como água e óleo.

Duciomar e os problemas da área de saúde

Observatório: Em uma entrevista recente ao jornal Diário do Pará, o prefeito Duciomar Costa apontou o Governo do Estado como responsável pelos problemas no sistema de saúde na capital. Como o Governo viu essa declaração?

Puty: Se o prefeito disse de fato o que o jornal publicou, ele está equivocado. Decreto assinado pela governadora Ana Júlia garante, desde o ano passado, o repasse de recursos direto, fundo a fundo, às prefeituras de todos os municípios para as ações básicas de saúde. Nós ampliamos em muito os agentes do Programa de Saúde da Família em todo o Estado e levamos as ações inclusive para municípios cujo acesso só é possível de barco. Além do mais, há ressarcimento pactuado pelo SUS para qualquer doente que venha do interior para ser atendido na capital e os hospitais regionais, a maioria deles inaugurada na gestão anterior sem nenhum equipamento, apenas simulacros de hospital, estão em pleno funcionamento hoje, alguns deles como referência em várias especialidades.

Pesquisas eleitorais

Observatório: Algumas pesquisas já começaram a ser realizadas para saber como anda o “humor” do eleitor. Qual a avaliação que o senhor faz sobre os resultados apresentados até agora sobre o Governo e o PT?

Puty: A pesquisa afere sempre uma amostragem da opinião pública em um momento específico. É um balizador. As que eu tive acesso mostram que estamos no rumo certo, vamos continuar trabalhando na direção que nos propusemos: a transformação das condições de vida do povo do Pará, o cuidado com as pessoas.

PMDB e outras alianças

Observatório: Todos os nomes e alianças do Partido dos Trabalhadores no Pará para as próximas eleições já estão definidos? Afinal, como está o relacionamento com o PMDB e Jader Barbalho?

Puty: Nós estamos conversando com todos os segmentos políticos interessados em dar continuidade ao projeto democrático-popular iniciado em 2007, que rechaça o modelo neoliberal representado pelo PSDB. Nosso relacionamento com o PMDB é de diálogo, tanto em âmbito local como nacional. Temos um projeto que tem apresentado resultados concretos e queremos mantê-lo, apesar das divergências naturais relacionadas à disputa por espaços no governo. Acredito que vamos superar essas dificuldades pontuais muito em breve.

PSDB: cenários nacional e local

Observatório: Nacionalmente, o PT aposta nas próximas eleições numa comparação direta entre os governos do PSDB e do PT. No Pará, qual será a estratégia?

Puty: O PSDB está na contramão da história. A pauta do neoliberalismo é o passado, quando o povo brasileiro está interessado em debater o futuro. No Pará e no Brasil, o futuro somos nós!

12 comentários:

Isaac.silva disse...

Esse Petista de alcasião...trata mal...os trabalhadores não e solidario ao Militares excluidos de formas Arbritarias...da PM do Para...eu não voto nele..como secretario de governo dou nota zero...

Anônimo disse...

Como Goiana de nascimento, Paraense de coração, lugar que escolhi para morar, especificamentea a cidade de Marabá. Acredito na mudança e na transformação politica realizada coletivamente pelos atores sociais de cada municipio paraense, com a finalidade de construção de um mundo melhor para se viver.
ANA.

Anônimo disse...

Como Goiana de nascimento, Paraense de coração, lugar que escolhi para morar, especificamentea a cidade de Marabá. Acredito na mudança e na transformação politica realizada coletivamente pelos atores sociais de cada municipio paraense, com a finalidade de construção de um mundo melhor para se viver.
ANA.

Anônimo disse...

Cláudio Puty, não o conheço, mas tenho ouvido muito falar no seu nome. Esta entrevista demonstra porque vc incomoda tanto caciques viciados e viciantes, como Jader Barbalho, e essa nomenklatura petista, burocrática e sem alma, que aceita ser humilhada nas páginas do Diário, de onde JB quer passar a impressão de que pode mandar e desmandar no PT e na governadora Ana Júlia. Não se intimide, vc é uma liderança em ascensão. É como diz o Belchior, o novo sempre vem, vê e vence! Um abraço.

Anônimo disse...

O Sr. Cláudio Puty é muito irônico ao meu ver, pois tudo o que ele disse referente ao governo do PT no Pará e mera propaganda, porque na realidade prática não vemos nada disso no Estado do Pará. Se formos realmente ouvir a opinião pública, esse governo está retrógrado, cheio de incompetentes distribuídos no Estado inteiro, tipo como em uma das regionais da SETRAN, em Abaetetuba que nomeou um ex-sem terra para chefiar um cargo que deveria ser ocupado por um engenheiro, ou seja, um técnico qualificado para desenvolver as ações pertinentes ao cargo.
Quando ele fala sobre os hospitais que foram inaugurados sem equipamento todo mundo sabe que é mentira, isso foi uma grande estratégia do governo atual para manchar o que foi deixado pelo governo do PSDB, vamos dar a Cesar o que de Cesar, pois os hospitais foram sim equipados, e o governo atual não colocou em uso os equipamentos para não ter que engolir o PSDB.
Portanto, quero saber quem é esse Puty, que está aparecendo agora no governo se prevalecendo do cargo de chefe da casa civil, para se auto promover e concorrer as eleições para Câmara Federal, ninguém o conhece a não ser os petistas que são meros doentes políticos.
Minha nota para esse secretário de governo que só tem status e títulos, mas não é competente pois mostrou isso, e ainda diz que o futuro do Estado e do País são eles.
ZZZZZZEEEEEEEERRRRRRRRROOOOOOOOOO!!!

Anônimo disse...

Amigo, na contra mão da história está essa gestão inrresponsável e incompetente. Fora Ana Júlia!!! Fora Jader Barbalho!!! Parem de sugar nosso Estado.

petista decepcionada disse...

Um dia feito criança inocente, acreditei que a mudança chegaria e que os excluídos, massacrados durante muito anos no nosso estado, teriam uma oportunidade quando o Governo popular tivesse no poder. Iludida com tal "convicção", vi um marco na história paraense, que foi o Partido dos trabalhadores entrar no governo do Estado, algo que nem nós petistas acreditávamos. Mas vi as mesmas práticas se repetindo: Exclusão,humilhação,desemprego. Privilégios só os petista que come na mesma panela da governadora tem. Agora só acredito em Deus! pq só ele tem misericódia dos pobres...aqueles que se dizem da esquerda, só falam em democracia quando estão fora do governo.

Anônimo disse...

Eu quero onde está a valorização com o funcionalismo público nesse governo??? Aqui na SEMA estamos a mais de um ano lutando pela melhoria do nosso salário e condições de trabalho e nada foi resolvido!!!!

isaac.silva disse...

O Para ta andando paratraz com essa adiministração petista que exclui o Trabalhador de verdade..esse Puty...representa a Banda podre do PT do para...ele quer pousar de moço Bom quem não conhese que compre...o Para ta parado...nem na contramao ta andando na verdade e paratraz....fora PT do para....

gracival disse...

sou marajoara, petista de luta e militancia do movimento social. estou crente que o governo da Ana Julia tem muito que desenvolver nossa região só pedimos que as propostas do PTP sejam executada e emplemntada nos municipios do marajó. Apostamos na semsibilização do secretario- doutor Puty- e fazer acontecer as ações Publicas para o bem comum do povo marajoara

Anônimo disse...

Puty que pariu esse governo, assim como os outros secretários, esse é mais um que quer passar a rasteira nos eleitores e vem com mais um saco de mentiras para cima dos que não o conhecem, vendendo ilusões como a ilusão das duas vantagens que a Governadora deveria dar para os policiais Militares do Estado, e não cumpriu o prometido para mais 1000 Policiais reunidos no Hangar do Estado no ano passado, na frente de vários Oficiais e inclusive do Comandante Geral e algumas representações partidárias, esse é o Governo do promete mas não faz, é realmente o Governo da Promessa e da Mentira, cadê as duas vantagens dos Policiais, cadê seu Secretário Bricante e contador de fábulas, ainda queres se eleger como deputado? Só se for para sindico do teu Prédio, e ainda estás arriscado a não ganhar....

isaac.silva disse...

A mosca Azul picou nosso es Secretario...ele ate ja recebe os es militares dise que vai ajudar...quero ver...sendo assim..aconteceu im milagre Agua se tranformou em vinho oque a politica não faz..se ele realmente...reconhece que nossa causa e justa...que ele seja o eleito..deputado federeal..