quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Partidos começam a desenhar candidatos para Câmara Federal

A profªEdilza Fontes, em seu blog, fez uma minuciosa análise sobre os candidatos pareaenses para a câmara federal na próximas eleições. Apesar da atenção maior ao partido que Edilza integra , o PT, a professora não deixa de apontar candidatos de outras legendas e a capacidade destes de arrematar votos. Veja abaixo parte do texto da profªEdilza:

Perspectivas do eleitorado de Belém para a chapa de deputados federais

Alguns “puxadores” de votos, não estarão na disputa para as vagas de deputado federal em 2010. No PMDB, Jader Barbalho decidirá se disputa o governo ou senado. Para onde vão os 83 mil votos que ele conseguiu em Belém?

No PT, Suely Oliveira e Paulo Rocha, não serão mais candidatos a deputado(a) federal, abre-se no eleitorado cativo do PT, uma lacuna política. Quero lembrar que Beto Faro e Zé Geraldo, não demonstraram a capacidade de ampliação política no eleitorado urbano de Belém. Agora, se coloca acandidatura do ex-deputado Mário Cardoso, que obteve em Belém 249.200 mil votos na eleição para o senado em 2006 e 131.670 votos para prefeito de Belém em 2008, semdúvida é um nome possível para preencher esta lacuna eleitoral na capital. Mario não deve ser candidato da unidade na Luta.

No PT, temos ainda, a candidatura do atual chefe da Casa Civil, que nunca concorreu a nenhuma eleição parlamentar, sendo uma incógnita sua eleição. Suely Oliveira consegue transferir votos a Puty? (Suely/Puty são candidatos da DS e farão dobradinha). Sua eleição depende da capacidade de dobrar dentro e fora do PT e de aglutinar várias lideranças em seu entorno.

Paulo Rocha, pela primeira vez na história do PT-Pará, não será candidato a deputado federal. A tendência interna de Paulo Rocha, pretende lançar dois candidatos a federal, o deputado estadual Carlos Martins (oeste do Pará) e o deputado estadual Miriquinho Batista (região tocantina), nenhum com tradição de votação em Belém. Nesta eleição provavelmente terão que ampliar suas votações e buscar votos na capital. Paulo sempre foi o elemento unificador do PT e de seu grupo politico, a pergunta que não quer calar é : conseguirá a Unidade na Luta eleger os dois federais? ou só um? Para quem irá os votos de Paulo Rocha na capital?

Na disputa federal, Vic Pires Franco do DEM deve manter a candidatura a deputado Federal, o desafio será obter o mesmo número de votos, não contando mais com a máquina do governo estadual e municipal.

No PSDB, Zenaldo Coutinho e Nilson Pinto, concorrerão aos mesmos cargos que em 2006, a diferença e que não contarão mais com a máquina do governo. Vamos ver se nestes anos de vida parlamentar, eles conseguiram manter suas votações na capital do estado.

Há uma grande expectativa em relação ao PTB, o partido do prefeito, que não elegeu nenhum federal em 2006. É importante, até pela sobrevivência política do prefeito, ter um deputado federal em Brasília. Não se sabe, qual é o nome preferencial de Duciomar para a Câmara Federal.

Existem ainda dois nomes que surgem com possibilidades eleitorais reais de eleição. São os do Deputado Arnaldo Jordy, que teve 83.520 votos em sua candidatura a prefeito de Belém (2008) e Edmilson Rodrigues, que foi prefeito da capital por dois mandatos, ex-deputado estadual e candidato a governador em 2006 e na sua trajetória política, teve sempre sua base eleitoral na capital. O desafio destes dois candidatos é fazer legenda. Podem ser muito bem votados individualmente, mas se suas agremiações partidárias não conseguirem coeficiente eleitoral para eleger um deputado. Comenta-se nos meios políticos que o coeficiente eleitoral deve ficar em torno de 160 mil votos.

O candidato Ademir Andrade do PSB, Neuton Miranda do PC do B e Zé Carlos do PV, terão as mesmas dificuldades de coeficiente eleitoral, por isso, estão debatendo as possibilidades para a formação de um bloco para concorrer às eleições federais. Com certeza não coligarão com o PT, apesar de apoiarem a reeleição da governadora Ana Júlia.

Um comentário:

Motão disse...

Paulo Rocha, a partir de uma decisão coletiva do Partido dos Trabalhadores, será candidato ao Senado. O Partido está preparado para eleger os candidatos nesta nova fase, com candidatos com história dentro do PT.