Desde o momento em que a senadora Marina Silva deixou o PT, ingressou no PV e partiu para a pré-campanha presidencial, os verdes têm afinado o discurso em torno de candidaturas estaduais próprias. Sete meses depois, emplacaram nomes e garantiram palanques nos grandes centros, fato inédito para a legenda.
Até agora, a senadora terá palanques em conjunto com os deputados Fernando Gabeira no Rio, Zé Fernando em Minas e Luiz Bassuma na Bahia. E com o ambientalista Sérgio Xavier em Pernambuco. A chapa paulista, que será anunciada no próximo domingo, contará com o ex-deputado Fábio Feldmann. No Rio Grande do Sul, o nome mais provável é o de Montserrat Martins.
O PV, porém, ainda patina em colégios eleitorais médios e na "casa" de Marina - os Estados da Amazônia. Nenhum pré-candidato está definido nas regiões Norte e Centro-Oeste. A dificuldade, afirma Alfredo Sirkis, vereador carioca e coordenador da campanha de Marina, é a de encontrar um quadro expressivo no partido em determinados Estados. "Se houver performance fraca, isso pode ser contraproducente", afirmou.
Para Gabeira, há nomes no partido que podem disputar uma eleição majoritária. Mas admite que o partido está ainda longe de superar os impasses regionais. "Existem problemas locais e quando se entra nesse nível as emoções são muito mais fortes. Ainda é preciso trabalhar muito", observou.
A solução mais rápida para o problema, por vezes, resultou em apoio ao PT, sigla que Marina acabou de deixar para trás. No Acre, Estado natal da senadora, os verdes apoiarão o petista Tião Viana ao governo. No Pará, a tendência é semelhante. O apoio deve ir para a reeleição da governadora Ana Júlia Carepa.
Por outro lado, quando há quadros, a sigla tem tentado manter as posições já conquistadas em vez de se aventurar. No Rio Grande do Norte, o PV tem a prefeitura de Natal com Micarla de Sousa. Ela não deve deixar o cargo.
Com esse cenário, os verdes programam resolver a política de alianças ainda neste mês. Marina vem sinalizando que há maleabilidade para compor com siglas de todo o espectro político. Afirmou que tem "glóbulos vermelhos e brancos" em todos os partidos - incluindo PSDB e DEM. Para ela, porém, as alianças devem ser "pontuais" e "orientadas por princípios éticos duradouros".
Fonte: estadao.com.br
Um comentário:
Ana Júlia fez muita besteira aqui no Pará, temos que observar a pessoa e suas atitudes e não o partido. Acho que as mulheres brasileiras não são machistas, gostaríamos, sim, de ter uma mulher como presidente do nosso país, mas para ser presidente, não basta apenas ser competente, tem que ter carisma também, Dilma tem que olhar o exemplo de Lula,competência e carisma é um duo inseparável.
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