sábado, 10 de abril de 2010

Serra lança candidatura e diz que "Brasil não tem dono"

Ao lançar sua campanha à Presidência da República, o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), não poupou críticas indiretas a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em várias áreas e voltou a repetir seu slogan de que o "Brasil pode mais", que tem sido rejeitado por petistas.

Em seu discurso, Serra criticou a divisão do país em classes e regiões e ainda provocou seus adversários ao dizer que "o Brasil não tem dono" e que a oposição está preparada para "quanto mais mentiras disserem sobre nós, mais verdades diremos sobre eles".

Segundo Serra, é "deplorável que haja gente que, em nome da política, tente dividir o nosso Brasil".

Serra arrancou aplausos dos militantes ao dizer que o Brasil precisa de "coragem para construir o Brasil melhor, o Brasil da União". "Ninguém deve esperar que joguemos o governo contra a oposição, porque não o faremos. Jamais rotularemos os adversários como inimigos da pátria ou do povo. Em meio século de militância política nunca fiz isso. E não vou fazer. Eu quero todos juntos, cada um com sua identidade, em nome do bem", disse.

O ex-governador disse ainda que defende um país sem exclusão. "Não aceito o raciocínio do nós contra eles. Não cabe na vida de uma Nação. Somos todos irmãos na pátria. Lutamos pela união dos brasileiros e não pela sua divisão. Pode haver uma desavença aqui outra acolá, como em qualquer família. Mas vamos trabalhar somando, agregando. Nunca dividindo. Nunca excluindo", afirmou.

Serra gastou parte do seu discurso criticando a falta de ações na área da Saúde durante o governo Lula após lembrar seus feitos à frente do Ministério da Saúde no governo Fernando Henrique Cardoso.

"Criamos a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Agência Nacional de Saúde, a implantação dos genéricos, a proibição do fumo nos aviões e da propaganda de cigarros e a regulamentação dos planos de saúde".

Serra afirmou que boa parte da criminalidade do país é motivada pela certeza de "impunidade". 'Um país só poderá atingir a paz se se existir a garantia de que a atitude criminosa não ficará sem castigo.Quero que meus netos cresçam num país onde a lei será aplicada a todos. No país, nenhum brasileiro vai estar acima da lei. Com segurança na Justiça o Brasil pode mais", disse.

Fonte: UOL

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