O avião do presidente da Polônia, Lech Kaczynski, caiu neste sábado, 10, durante um voo rumo à cidade russa de Smolensk. O Comitê de Investigação da Procuradoria informou que 96 pessoas estavam a bordo do avião, entre elas Kaczynski. Não houve sobreviventes. Informações anteriores davam que 132 pessoas haviam morrido no acidente.
O acidente aconteceu no meio de um denso nevoeiro, quando o avião atingiu árvores quando se dirigia ao aeroporto de Smolensk. O piloto do avião rejeitou sugestões de desviar o voo até Moscou ou Minsk, a capital de Belarus.
A Procuradoria Geral da Rússia confirmou que o presidente da Polônia, Lech Kaczynski, estava a bordo do avião que se acidentou neste sábado na cidade russa de Smolensk.
Kaczynski se dirigia à localidade russa de Katyn para prestar homenagem aos milhares de oficiais poloneses executados em 1940 pelos serviços secretos soviéticos.
Novas eleições
A Polônia realizará eleições presidenciais antecipadas após a confirmação da morte de Kaczynski, disse Pawel Gras, porta-voz do governo polonês. As eleições devem ser realizadas até o final de junho.
"De acordo com a constituição, temos que realizar eleições presidenciais antecipadas", disse Gras. "Por hora, o presidente da Câmara baixa do Parlamento, Bronislaw Komorowski, é o novo presidente interino."
A morte de Kaczynski, que ao lado de seu irmão era uma força dominante da política polonesa, traz incerteza política. "As consequências políticas serão duradouras, e isso possivelmente vai mudar todo o cenário futuro da política polonesa", disse Jacek Wasilewski, professor da Escola Superior de Psicologia Social, em Varsóvia.
Vida política
Kaczynski, de 59 anos, foi aliado do líder do partido Solidariedade, Lech Walesa, e junto com seu irmão gêmeo, Jaroslaw Kaczynski, fundou o partido Lei e Justiça, de direita. Ele deixou o partido quando se tornou presidente em 2005, mas continuou a apoiá-lo.
Embora o cargo do presidente seja fundamentalmente simbólico, ele pode vetar leis. Lech Kaczynski enfureceu o governo do primeiro-ministro Donald Tusk muitas vezes ao bloquear projetos de leis, como o que reformava o sistema de saúde do país.
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