domingo, 4 de abril de 2010

Gov Amazonas: Alfredo x Omar x Serafim x Outros

Visitando o Blog do Durango Duarte, pesquisador e profissional de marketing eleitoral do Amazonas, reproduzimos abaixo a avaliação do cenário eleitoral que está se definindo naquele estado. Leiam e comentem:

Omar Aziz (era vice de Eduardo Braga. Assumiu o governo com sua saída)

Numa primeira leitura, a chapa de Omar Aziz teria sete partidos: além da sua própria legenda (PMN), Aziz conta com o PMDB, por razões óbvias; com o PCdoB, por causa do projeto da deputada federal Vanessa Grazziotin de se eleger senadora junto com Eduardo Braga; com o PSC, do deputado federal Silas Câmara e todo o poderio das igrejas evangélicas; com o PP, da deputada federal Rebecca Garcia (que deverá ser a mais votada do pleito) e do seu pai, Francisco Garcia; com o PRB, controlado pelo vice-prefeito Carlos Souza (que não será candidato a deputado federal e sim, a deputado estadual) e com o PRP.

Serafim Corrêa (ex-prefeito de Manaus, derrotado à reeleição em 2008)

Além do PSB, Serafim Corrêa irá contar com o PSDB, o DEM e o PPS. Os candidatos a deputado federal serão Marcelo Serafim, Pauderney Avelino e Plínio Valério e destes, com certeza um deverá ser eleito, com a possibilidade de fazer um segundo nome. Possui um candidato forte ao Senado Federal (Artur Virgílio) e deverá ter outro nome para senador, porém, com densidade insignificante. Com grandes dificuldades, esses quatro partidos podem eleger – cada um – um deputado estadual. Porém, caso eles realmente se coliguem, três já estarão eleitos, podendo fazer mais dois pelo chamado cálculo das sobras eleitorais.

Partido Verde

O PV ainda é um barco à deriva, porém, se seguir o projeto nacional, poderá coligar-se com Serafim, ou, então, lançar uma candidatura própria ao Governo do Estado. Não possui candidato ao Senado nem a deputado federal e irá trabalhar exclusivamente para eleger deputados estaduais. Possui, hoje, dois nomes – Ângelus Figueira (que vem para a reeleição) e Marcus Barros – e, com certeza, elege um.

Alfredo Nascimento (ministro dos transportes de Lula, ex-prefeito de Manaus)

Neste momento, Alfredo possui quatro partidos fixos (PR, PSL, do vereador Massami Miki, PTdoB, comandado pelo próprio Alfredo e PSDC, dirigido pelo ex-deputado Waldir Barros e Cia. Ltda.), podendo agregar mais três: PDT, PRTB e PHS (os dois últimos, caso Amazonino decida ficar com Nascimento, como será explicado mais abaixo).

PDT

O projeto nacional do PDT é fazer uma boa bancada federal na Câmara. No entanto, aqui no Amazonas, somente Paulo De’Carli é candidato a deputado federal. Stones Machado não será candidato, Mário Frota deverá concorrer a uma vaga na Aleam (com pouquíssimas chances, já que, sozinho, o partido não faz nem um deputado estadual) e Jefferson Praia sonha em ser reeleito senador (o que explica o fato de o PDT ter sido colocado próximo ao Alfredo, pois a chapa do ministro não possui nenhum candidato ao Senado e também porque o tempo de televisão desse partido (33,68 segundos) seria muito bem vindo ao projeto de Nascimento.

PTB e Amazonino Mendes

A única situação em que houve a separação entre personalidade e partido foi o caso do PTB e do prefeito Amazonino Mendes. Como, atualmente, o PTB está sob a égide do deputado federal Sabino Castelo Branco, não será anormal que a legenda opte por um grupo e o prefeito, por outro.

Aliás, destaque-se que Sabino estará retornando à televisão nos próximos dias, na TV Em Tempo. Ou seja, essa volta – depois de o ‘Braço de Ferro’ ter perdido muito espaço na mídia local – já tem um quê de articulação política. Então, possivelmente, os 32,28 segundos do PTB deverão migrar ao grupo que possibilitou o retorno de Sabino. Qual será? O PTB possui uma fraca chapa para deputado estadual e deverá fazer, no máximo, dois.

Quanto ao prefeito Amazonino Mendes, ele foi colocado na órbita mais próxima a Alfredo porque há uma expectativa de que a Prefeitura de Manaus venha a receber enormes recursos do Governo Federal, verbas que seriam viabilizadas por Nascimento. Porém, se até o mês de junho essa ‘bolada’ não aparecer, Amazonino poderá mudar de lado (levando com ele o PRTB e o PHS).

PT

O Partido dos Trabalhadores – com seus valiosos 1 minuto e 56 segundos de televisão (tempo de quase quatro comerciais de TV) – vai ainda definir se apóia Omar ou Alfredo. Certo mesmo é que, seja para que lado o PT decidir, o partido irá ‘partido’. Resta saber quem ficará com o tempo, que, neste caso, é o mais importante.

Por exemplo, se Aziz for o preferido, será uma excelente vantagem ao candidato da situação, pois aumentará ainda mais o tempo de televisão dessa chapa (que o utilizará para mostrar as realizações da administração de Eduardo Braga).

PTN e PTC

Outros dois partidos que estão em cima do muro entre Omar e Alfredo, são formados por uma legião de candidatos eternos (como ex-vereadores etc.), contudo, todos com seus 3.000 a 6.000 votos. São as chamadas legendas de aluguel (ideologia, nem pensar e ‘necas de pitibiriba’ ao que é importante para o Estado).

Como são muito pragmáticos, deverão se bandear para o lado que lhes oferecer ‘melhore$ condiçõe$. Eles não têm tanta importância no que se refere ao fator tempo de televisão (juntos possuem somente 4,21 segundos), entretanto, possuem uma boa capilaridade, graças à extensa quantidade de candidatos a deputado estadual que irão colocar no ‘mercado’. Deverão fazer dois deputados, que, já adianto, serão os piores da Aleam.

Obs.: Só me falta algum desqualificado subir à tribuna da Câmara Municipal e sair vociferando contra minhas análises. Espero que eles não ‘passem recibo’.

Candidaturas avulsas (PSTU, PCB e PSOL)

Não farão nenhum deputado estadual, nenhum federal, nenhum senador. Vão tomar tempo de televisão e testar a sua paciência (quem não se lembra do Navarro e da sua ‘estilosa’ camisa de cetim vermelha?!).

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