Sem maioria no PMDB, governador do PR tenta alavancar candidatura própria
Peemedebistas avessos à aliança com PT acreditam que ideia pode ganhar força se Temer não for escolhido como vice na chapa de Dilma
Com o apoio de apenas sete dos 27 diretórios estaduais do PMDB e menosprezada pela cúpula do partido, a corrente que defende a candidatura própria do PMDB à Presidência, promete continuar viajando pelo país para propagandear o nome do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB).
Requião já foi a Mato Grosso do Sul, Piauí, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, e diz que a base do partido está empolgada com a proposta. A agenda das próximas semanas - ainda não foi confirmada- deve priorizar Estados do Norte e do Nordeste.
Para a candidatura ganhar fôlego, os entusiastas de Requião apostam na possibilidade de Michel Temer (PMDB) não ser escolhido como vice da candidatura presidencial de Dilma Rousseff (PT), o que inflamaria as hostes peemedebistas e as traria para o seu lado.
Ao lado do governador, estão líderes insatisfeitos com a aliança com o PT, como Pedro Simon (RS) e Luiz Henrique (SC), assim como os peemedebistas interessados em desestabilizar o PMDB governista, como Orestes Quércia (SP) e André Puccinelli (MS).
Os sete diretórios que apoiam a candidatura própria garantem, no máximo, 35% dos votos na convenção do partido, que define seu posicionamento eleitoral em junho.
Mas o senador Simon é otimista. "Eles podem cooptar os deputados, mas na convenção tem muitos delegados do interior que vêm com paixão pela candidatura própria."
Entusiasta da candidatura de Lula em 2002 e 2006, Requião tem criticado o governo. Ele defende uma proposta desenvolvimentista, de valorização do trabalho e sem especulação financeira, que deixe de fazer do Brasil "uma China fornecedora de matéria-prima".
Fonte: Estelita Carazzai / Rodrigo Vizeu - Agência Folha
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