segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Caso Kassab: doadoras teriam recebido R$ 243 mi da Prefeitura

Cinco empresas responsáveis pelas supostas doações ilegais ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), receberam R$ 243 milhões em contratos pagos pela Prefeitura desde 2009, segundo o jornal Estado de S.Paulo. Essas doações teriam motivado a decisão da Justiça Eleitoral de cassar o seu mandato e o mandato da vice-prefeita, Alda Marco Antônio (PMDB). O valor dos contratos pode ser maior, uma vez que nem todos foram totalmente executados.

O valor de R$ 243 milhões seria o equivalente a 12% do total do investimento feito pela Prefeitura em 2009, de R$ 1,98 bi. As empresas Camargo Corrêa, OAS, Carioca Christiani Nielsen, Engeform e S/A Paulista teriam doado R$ 6,8 milhões para a reeleição de Kassab. A Camargo Corrêa teria sido a empreiteira com maior valor em contratos com a Prefeitura, somando R$ 83,2 milhões. Ela teria doado R$ 3 mi ao comitê do Democratas. A decisão da cassação teria sido tomada porque o total de doações supostamente ilegais superaria 20% das doações da campanha de Kassab. A sentença deve ser publicada pelo Diário Oficial nesta terça-feira.

Cassação

A Justiça Eleitoral cassou o mandato do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (DEM) e da vice Alda Marco Antonio (PMDB) por doações consideradas ilegais durante a campanha eleitoral de 2008. A decisão foi tomada pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral, Aloísio Sérgio Resende Silveira. A partir da publicação da sentença, começa a contar o prazo de três dias para o recurso dos acusados no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Em nota, os advogados de defesa do prefeito de Sâo Paulo, Gilberto Kassab (DEM), afirmam que o motivo alegado para a suposta cassação do mandato do político já foi derrotado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os advogados de Kassab dizem que a tese que embasa a sentença do juiz foi derrotada no Tribunal Superior Eleitoral por várias vezes desde 2006 e, segundo a defesa, deveria ser acatada pelas instâncias inferiores. A defesa afirmou que recorrerá da decisão judicial tão logo seja publicada a sentença.

Fonte: Portal Terra

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