As declarações da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que em viagem a Minas anteontem disse que os tucanos pretendem acabar com o PAC, caso eleitos, recrudesceram o bate-boca entre oposição e base governista, dando o tom do que deverá ser o clima político neste ano de eleições presidenciais.
PSDB, DEM e PPS acionam hoje o Tribunal Superior Eleitoral, alegando que a viagem de Dilma e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para inaugurar obras no Vale do Jequitinhonha representa campanha eleitoral antecipada - os partidos já acionaram o TSE sete vezes contra Lula e a ministra. Também foi deflagrada uma "guerra" de notas públicas, divulgadas por tucanos e petistas.
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, afirmou, em nota, que "Dilma mente". "Mentiu no passado sobre seu currículo e mente hoje sobre seus adversários. Usa a mentira como método. Aposta na desinformação do povo e abusa da boa-fé do cidadão." O tucano listou episódios em que, segundo ele, Dilma teria mentido. Chamou a ministra de "dissimulada" ao "assegurar à drª Ruth Cardoso que não tinha feito um dossiê sobre ela. Mentira! Um mês antes, em jantar com empresários, informara que fazia, sim, um dossiê."
Guerra disse que "mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades são a base do discurso de Dilma". "Mas, ao contrário do que ela pensa, o Brasil não é um país de bobos", completou o senador, que está em viagem aos Estados Unidos. Pouco antes, Guerra dissera que "o PT é doutor em terrorismo eleitoral."
As afirmações de Dilma sobre os tucanos e o PAC foram feitas com base em entrevista de Guerra à revista Veja, na qual ele criticou o programa.
Fonte: Estadão
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