Os grandes bancos e fundos de investimento de Wall Street não têm preferência clara em relação às eleições presidenciais no Brasil. Ao contrário de 2002, quando o Goldman Sachs chegou a criar um "lulômetro" para estimar a cotação do dólar com base no desempenho do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas, dessa vez a percepção é a de que a política econômica já está definida antes do resultado eleitoral.
A divulgação de um programa do PT mais à esquerda, que pode servir de base para a candidatura de Dilma, e a preocupação com o perfil dos gastos públicos não parecem causar temor. "Talvez um ou outro fator possa chamar a atenção do mercado, mas não há risco de volta a uma política econômica anterior a Fernando Henrique", disse à Folha, Marc Chandler, chefe de estratégia de moedas da Brown Brothers Harriman.
"Já não se consegue mais diferenciar a condução da política econômica do PT e do PSDB. Não chega nem perto do que vimos em 2002", disse à Folha, Frederico Sampaio, da Franklin Templeton Investimentos Brasil.
Para Eveline Gerck, do AP International, o patamar atual do risco Brasil deve permanecer estável independentemente do vencedor das eleições .
Dois fatores explicam a atratividade: o patamar elevado das taxas de juros e a disponibilidade de ativos reais, como petróleo e soja - além do comportamento da economia do país durante a crise.
Fonte: Folha de SP
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