Em evento de comemoração do Dia Internacional da Mulher, no Rio de Janeiro, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta segunda-feira que o País está preparado para ter uma mulher na Presidência da República. "O Brasil está preparado e as mulheres também estão preparadas para serem representadas. Nossa história política mostra que o País sempre esteve preparado, mas agora está muito mais", disse.
Também presente no evento, na Estação da Leopoldina, no centro da capital fluminense, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a questão é um desafio. "Uma sociedade machista como a nossa não está totalmente preparada para ver uma mulher prefeita, governadora ou presidente. O desafio, portanto, não é só político, é biológico", disse. "Se a mulher é capaz de parir um político, por que não seria capaz de parir uma administração mais competente do que a político que ela conseguiu colocar no mundo?", afirmou.
A ministra falou sobre os planos para a segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Nossa decisão é de dar muita importância às creches no PAC II. Vamos incluir no programa mais de 5 mil creches espalhadas pelo Brasil, de acordo com a proposta que vamos deixar para o próximo governo", disse.
O discurso de Dilma, pré-candidata do PT à Presidência, foi interrompido algumas vezes pela plateia, que gritou "Dilma presidente". Lula e Dilma têm enfrentado representações de partidos da oposição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por suposta propaganda eleitoral antecipada em eventos do governo.
"Nosso governo entende a questão da mulher não como um drama individual mas como uma questão de Estado", afirmou Dilma. Sobre a presença feminina no mercado de trabalho, a ministra disse que "o fato de termos filhos não pode ser fator de discriminação". "Não queremos mais ser invisíveis", disse.
Cápsula do tempo
No começo do evento, um documento de intenção de construir o Memorial da Mulher Brasileira foi assinado pela secretária especial de Políticas para a Mulher, Nilcea Freire. Um dossiê sobre a atual situação da mulher no País foi guardado em uma cápsula do tempo, que deve ser aberta em 50 anos. O objeto será guardado no Arquivo Nacional.
A ministra Dilma ressaltou o trabalho de Nilcea na secretaria. "A lei Maria da Penha foi uma grande conquista, cuja maior importância é o respeito à vítima", disse.
O presidente parabenizou a secretária que, segundo ele, tinha a pretensão de concorrer a deputada federal. Lula pediu que ela continuasse na secretaria.
Com informações da Reuters.
Fonte: Portal Terra
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