A pré-candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, defendeu nesta quarta-feira que os debates eleitorais sejam conduzidos em alto nível pelos candidatos e disse que, ao contrário dos tucanos, que não endossam amplamente o governo Fernando Henrique Cardoso, não irá renegar o legado de quase oito anos da gestão Lula.
"Eu não acho que a gente, no embate, tenha que baixar o nível ou usar de instrumentos que não sejam aqueles que honram a tradição democrática do País. A nossa função é deixar o mais claro possível os projetos que estão em disputa para o povo poder decidir", afirmou ao participar da posse de Erenice Guerra como nova chefe da Casa Civil e de outros nove ministros de Estado.
"Eu acho que dificilmente um projeto (de eleições) é um voo solo. Eu não pretendo me desvencilhar do governo do presidente Lula. Participar dele pra mim foi um momento muito importante da minha biografia", disse a pré-candidata, enfatizando que não pretende "esconder" os feitos do governo Lula.
"Uma parte dele (governo) sai comigo. Eu não pretendo escondê-lo. Não é um voo solo, é um projeto. Eu me sinto muito fortalecida e apoiada por todos eles (integrantes do governo)".
Na avaliação da ex-ministra da Casa Civil, que em parte do primeiro mandato de Lula chegou a ocupar o Ministério de Minas e Energia, a vida já a preparou para duros embates, em especial na luta armada contra a ditadura militar, situação ainda mais difícil que o enfrentamento de um processo eleitoral.
"Eu acho que eu estou preparada na vida para coisas muito mais duras que disputar uma eleição. A minha vida não foi uma coisa muito fácil. A eleição é um momento muito bom porque é o momento do exercício da democracia. Na democracia todas as coisas ganham, são mais produtivas, mais generosas, menos opressivas. Difícil mesmo era agüentar a ditadura", afirmou a petista.
Fonte: Portal Terra
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