sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Primeiro debate no Pará foi ... muito sem graça


Deu até sono. Vimos um debate de despreparados.

Por que a Band mandou um mediador tão ruim? A RBA e nós não merecíamos. Sandro Barboza, esse é o nome do "freio-puxado" que comandou o debate. Errou diversas vezes. Chamou de Juvenil para Jatene, pulou perguntas, gaguejou muito, dentre outras falhas básicas. Tudo isso permeado por uma voz de dar sono e um ritmo de tataruga.

Os candidatos favoritos também não ajudaram. A maioria parecia estar com uma "batata quente" na hora das respostas, loucos para passá-la ao outro. Foi comum não aproveitarem os 1:30 minutos que tinham, finalizando a resposta antes. Será que não tinham o que falar?

Esperava-se uma postura mais efusiva de Simão Jatene. Parece que estava com as "pilhas fracas". Não aproveitou melhor suas perguntas. Perdeu chances de criticar mais o governo atual, comparando com sua gestão. Acho que os tucanos esperavam mais dele. De uma forma geral, não ganhou nada, mas também não perdeu. Ou melhor, perdeu oportunidade de tentar se diferenciar.

Ana Júlia continua com as dificuldades de oralidade que já conhecemos desde 2004. Pensa mais rápido do que fala, deixando frases não concluídas, dificultando o entendimento de seu discurso. Disse que recebeu dos tucanos o governo quebrado e que já fez muito, ajudando todos os municípios, independente do partido do prefeito. Mas, não convenceu muito não. Não somou, mas também não diminuiu sua imagem.

Domingos Juvenil parecia meio perdido e desconfortável. Não sabia para onde olhar. O PMDB perdeu a chance de ter um Priante (muito mais articulado) ou até mesmo o Hildegardo, que tem melhor desempenho na frente da TV. Juvenil foi muito mal. Não defendeu bem suas posições, parecendo mesmo despreparado. Não disse o que foi fazer no debate. Saiu ainda menor do que entrou.

A grata surpresa foi Fernando Carneiro do PSOL. No início parecia meio nervoso, mas no segundo bloco já estava mais equilibrado e expôs muito bem suas posições. Com idéias bem articuladas, e boa oralidade (apesar da voz meio aguda), surpreendeu seus adversários, superando-os com bons argumentos e conexões lógicas de idéias. Falou com a mesma propriedade que víamos em Edmilson em 2006 (e que continua até hoje), com menos caretas e mais rapidez na exposição das ideias. Saiu muito maior do que entrou.

Enfim, depois de ter assistido aos debates da Band para outros governos de Estado na semana retrasada, fica aquele sentimento de que nossos candidatos poderiam ser melhores, bem melhores.

Tomara que os candidatos se preparem melhor para os próximos debates, senão o número de votos em branco ou inválidos irá aumentar.

Nenhum comentário: