Leia o que o Blog da Edilza comentou sobre a candidatura Juvenil ao governo pelo PMDB.
O Juvenil não aglutina
Hoje temos um fato novo na política paraense. O lançamento da candidatura do deputado Domingos Juvenil para governo do estado. O debate que está colocado é um debate pertinente, calcado na história das últimas eleições e, nas alianças políticas estabelecidas. Vejamos:
O PMDB está a 16 anos fora do governo do estado, a última eleição que realmente disputou foi em 1998, quando o então governador Almir Gabriel concorreu à reeleição contra o então senador Jader Barbalho. Ganhou Almir Gabriel. Em 2002, o PMDB lança candidatura própria para o governo, um desconhecido, sem capilaridade política, que todos já esqueceram e, no segundo turno apóia a reeleição de Jatene.
Em 2006, o PMDB lança Priante, já em uma aliança tática com a candidatura da senadora Ana Júlia, fato já contado em prosa e verso e assumido pela direção do PMDB.
Hoje, o lançamento da candidatura de Juvenil é diferente. Não houve um acordo tático, é o resultado de uma disputa interna dos que defendem candidatura própria no PMDB no primeiro turno, e apostam em uma nova aliança no segundo. Não se sabe com quem.
A conjuntura é diferenciada.
É legitimo pensar que a candidatura do deputado Domingos Juvenil é de um laranja, porque o PMDB, em duas eleições para governo já usou esta tática. Mas, o que sustenta esta tese, é o PMDB não conseguir explicar o porquê da não saída da candidatura do deputado Jader para governo. A explicação mais plausível é a falta de estrutura. O que parece uma incoerência quando o partido lança candidatura.
Outro elemento, é que o hoje, o candidato lançado, já tinha cunhado a imagem de dissidente do PMDB, imagem reforçada pelos deputados, inclusive o deputado Parsifal, que fez várias críticas no seu blog, ao hoje candidato.
Acabou se criando uma expectativa da saída do deputado Jader para o governo. Mesmo porque ele era o principal nome veiculado. O nome de Priante também era citado, mas nunca o nome do Juvenil.
O que o PMDB não quer entender, é que é natural, pela conjuntura política, que a terceira via só era possível com a candidatura de Jader. O que está ocorrendo agora é que partidos como, por exemplo, o PR, tenham como possibilidade o reagrupamento em torno da governadora e o PTB acompanhá-lo. Mesmo a possibilidade de saída de uma candidatura própria indica, sustenta a tese que a candidatura Juvenil não agrega, antes de tudo dispersa.
O PR pode ter candidatura própria ou ser vice da governadora, o PTB o acompanha nesta conjuntura. Parece que eleição para o governo repete, com pequenas diferenças, o cenário das eleições para prefeitura de Belém em 2008. Onde ocorreu uma dispersão das oposições e o prefeito foi ao segundo turno e conseguiu ganhar de um Priante que não aglutinava as oposições.
Eleições em que as oposições se fragmentam, ganha a situação. Não acredito que a candidatura Juvenil aglutine. O PMDB corre o risco de marchar sozinho em uma candidatura solo, mas solo mesmo.
A candidatura da governadora, pode se fortalecer, mas se conseguir aglutinar. No centro da disputa, o PR, o PTB e PDT. Se ela aglutinar, vai para disputa o primeiro turno fortalecida. Se PR acompanhado do PTB, tiver uma candidatura própria, temos a oposição dividida.
No segundo turno as composições dependem da disputa Serra e Dilma, e pode pender para governadora ou para Jatene.
Como a candidatura Dilma cresce, é provável uma conjuntura favorável à aglutinação em torno da candidatura da governadora no segundo turno. O melhor seria, que o PT e o governo, aglutinassem o máximo possível agora.
Não acredito no poder de aglutinação da candidatura Juvenil. Aliás, ele não aglutina nem internamente. Existe até a ameaça do Priante, de bater chapa na convenção do PMDB.
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