O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não é "doido" de querer voltar ao cargo. Segundo Lula, em entrevista nesta quarta-feira (29), no Ceará, sua popularidade chegou no topo e ele pode não repetir o desempenho em outro mandato.
"Eu tenho 95% de bom e ótimo, tenho 0,3% de ruim, 0,3% de péssimo e 3,4% de regular. Só um doido é que poderia querer voltar porque essa performance Deus não dá de presente duas vezes para uma pessoa, não. É um para cada um", disse após lançar a pedra fundamental para construção da refinaria Premium II, no Complexo de Pecém.
Lula voltou a dizer que sua sucessora, Dilma Rousseff, tem o direito de disputar a reeleição. Questionado sobre a possibilidade de ela não querer concorrer novamente, ele desconversou, dizendo que "é problema dela."
Fonte: Uol.
Observatório Eleitoral
Política e eleições no Pará, no Brasil e no mundo.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Popularidade de Lula é recorde mundial, diz CNT/Sensus
A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que encerra oito anos de governo com 87% de aprovação, é a maior do mundo, afirmou nesta quarta-feira (29) o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade.
Segundo Andrade, Lula está à frente da ex-presidente chilena Michelle Bachelet, que tinha 84% de aprovação quando deixou o governo, e do ex-mandatário uruguaio Tabaré Vázquez, que teve 80% ao final do mandato.
O presidente da CNT também comparou o desempenho de Lula com líderes mundiais históricos, entre os quais o primeiro presidente negro da África do Sul, Nelson Mandela (82% de aprovação), o ex-presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt (66%), e o general francês Charles De Gaulle (55%).
Andrade não especificou a fonte dos dados mundiais divulgados por ele nem se a metodologia dos outros países é comparável à da CNT/Sensus.
Fernando Henrique Cardoso (PSDB), antecessor de Lula, tinha 26% de aprovação após dois mandatos, segundo levantamento da CNT/Sensus de 2001.
Levantamento
A avaliação da popularidade de Lula divulgada hoje é resultado da 110ª edição da pesquisa CNT/Sensus, para a qual foram entrevistadas duas mil pessoas, em 136 municípios de 24 estados, entre os dias 23 e 27 de dezembro de 2010. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Segundo o levantamento, a aprovação do desempenho pessoal do presidente está em 87%, contra 80,7% da pesquisa anterior. Cerca de 10,7% dos entrevistados desaprovam o presidente e 2,4% não responderam.
A pesquisa da CNT/Sensus traz também a opinião dos entrevistados em relação à situação de emprego, renda mensal, saúde, educação e segurança pública nos últimos seis meses e as expectativas a respeito dos mesmos temas para o próximo semestre.
Segundo Andrade, Lula está à frente da ex-presidente chilena Michelle Bachelet, que tinha 84% de aprovação quando deixou o governo, e do ex-mandatário uruguaio Tabaré Vázquez, que teve 80% ao final do mandato.
O presidente da CNT também comparou o desempenho de Lula com líderes mundiais históricos, entre os quais o primeiro presidente negro da África do Sul, Nelson Mandela (82% de aprovação), o ex-presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt (66%), e o general francês Charles De Gaulle (55%).
Andrade não especificou a fonte dos dados mundiais divulgados por ele nem se a metodologia dos outros países é comparável à da CNT/Sensus.
Fernando Henrique Cardoso (PSDB), antecessor de Lula, tinha 26% de aprovação após dois mandatos, segundo levantamento da CNT/Sensus de 2001.
Levantamento
A avaliação da popularidade de Lula divulgada hoje é resultado da 110ª edição da pesquisa CNT/Sensus, para a qual foram entrevistadas duas mil pessoas, em 136 municípios de 24 estados, entre os dias 23 e 27 de dezembro de 2010. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Segundo o levantamento, a aprovação do desempenho pessoal do presidente está em 87%, contra 80,7% da pesquisa anterior. Cerca de 10,7% dos entrevistados desaprovam o presidente e 2,4% não responderam.
A pesquisa da CNT/Sensus traz também a opinião dos entrevistados em relação à situação de emprego, renda mensal, saúde, educação e segurança pública nos últimos seis meses e as expectativas a respeito dos mesmos temas para o próximo semestre.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Lula admite se candidatar de novo
A menos de 15 dias de deixar a Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que poderá ser candidato novamente ao Palácio do Planalto.
Em entrevista ao programa "É Notícia", da RedeTV!, Lula respondeu se voltaria a disputar a Presidência um dia: "Não posso dizer que não porque sou vivo. Sou presidente de honra de um partido, sou um político nato, construí uma relação política extraordinária".
Fez uma ressalva: "Vamos trabalhar para a Dilma fazer um bom governo e, quando chegar a hora certa, a gente vê o que vai acontecer".
Na entrevista, que foi ao ar na madrugada de hoje, Lula ainda fez reparos à política de Barack Obama, lembrou momentos ruins do governo, como as saídas de José Dirceu e Antonio Palocci, e defendeu a política econômica.
VOLTA AO PLANALTO
"A gente nunca pode dizer não. Eu fico até com medo, amanhã alguém vai assistir à tua entrevista, e dizer que Lula diz que pode ser candidato. Eu não posso dizer que não porque eu sou vivo, sou presidente de honra de um partido, sou um político nato, construí uma relação política extraordinária".
"O Brasil tem uma gama de líderes extraordinários. Tem a Dilma [Rousseff] que pode ser reeleita tranquilamente. Você tem [os governadores] Eduardo Campos, Jaques Wagner, Sérgio Cabral. Tem a oposição do Aécio [Neves, senador do PSDB de Minas]. Tem o [ex-governador José] Serra (PSDB-SP), que diz que ainda vai fazer oposição. O que não falta é candidato. É muito difícil dar qualquer palpite agora".
"Vamos trabalhar para a Dilma fazer um bom governo e quando chegar a hora a gente vê o que vai acontecer".
CRISE DO SENADO
Disse que a crise do Senado, em 2009, foi tentativa de golpe da oposição e que apoiou José Sarney para manter "a institucionalidade".
"O que estava acontecendo ali era uma tentativa de golpe no Senado para que o vice, tucano [Marconi Perillo, de Goiás], assumisse. É lógico, só um ingênuo é que não percebe as coisas".
DIRCEU E PALOCCI
"Na Casa Civil, teve uma dubiedade entre o animal político que o Zé Dirceu era e a necessidade de ser o gerente do governo. Na minha opinião, era peso demais para uma pessoa tocar".
"Devemos muito ao Palocci. Era preciso ser como o Palocci foi naquele primeiro momento. Fiquei nervoso com o Palocci quando, em 2005, a economia caiu muito. (...) Ele reconheceu que houve exagero no endurecimento".
MANTEGA E MEIRELLES
Lula disse ser "grato" ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles: "Pode ter críticas de que houve erro aqui, demora ali, mas, quando você vai fazer uma síntese, percebe que a fotografia é mais positiva do que negativa".
MENSALÃO
Voltou a dizer que, quando deixar a Presidência, vai "estudar um pouco o que aconteceu no período". "Não acredito [que houve compra de apoio de parlamentares]".
Diz que foi "lambança eleitoral" e que petistas deveriam ter assumido isso. "Agora, passados cinco anos, de cabeça fria, vou reler a imprensa. Vou ver o que aconteceu em cada jornal, em cada revista, para que a gente possa remontar, [fazer] um juízo de valor do que aconteceu".
PAPEL DE MARISA
O presidente contou que a primeira-dama, Marisa Letícia, "dá palpite" sobre governo. "A Marisa fala das coisas que sente e normalmente tem razão, porque ela fala coisa que o povo pensa".
"Vou dar um exemplo de coisas importante em que a Marisa me ajudou. [Na campanha de 2006] Marisa era a maior incentivadora que eu tinha que ir para os debates, que eu deveria triturar meus adversários. Eu achava que eu não deveria ir, mas ela estava certa."
OBAMA
Lula disse ser "fã" do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. "Ele só tinha que ter a ousadia que o povo americano teve votando nele. Recebeu uma herança maldita do governo Bush. O país quebrou. Como não tomou as atitudes nas horas certas, vem para as costas dele. Eu dizia para ele: 'Presidente Obama, se você não fizer as coisas na hora correta, daqui um ano essa crise está nas tuas costas'. Porque a crise era do Bush".
VIDA DE PRESIDENTE
"O mais doloroso é a vida de um presidente. A vida de um presidente é muito solitária".
"Tem o dedo de Deus nessa coisa [ter sido eleito presidente]". "O preconceito raivoso de setores conservadores da sociedade brasileira me fez mais forte, pois eu tinha que provar todo santo dia que eu tinha que ser mais capaz do que eles".
PÓS-PRESIDÊNCIA
"Vou descansar. Tirar umas férias que não tiro há 30 anos. Uns dois meses num lugar onde eu não tenha que fazer nada, discutir política, fazer absolutamente nada".
"Normal eu nunca mais vou ser, mas um brasileiro o mais próximo da normalidade possível. Vou conseguir". "Vai ser bom para o Brasil, vai ser bom para a Dilma, vai ser bom para todo mundo se eu ensinar como um ex-presidente tem que se portar".
"Quero tirar tudo da Presidência de dentro de mim. Preciso voltar a ser o Lula. Voltar a ser um cidadão mais próximo da normalidade possível. Se deixo a Presidência dia 1º e dia 2 começo a dar palpite na política, eu vou estar tendo ingerência em coisa que eu não devo".
Em entrevista ao programa "É Notícia", da RedeTV!, Lula respondeu se voltaria a disputar a Presidência um dia: "Não posso dizer que não porque sou vivo. Sou presidente de honra de um partido, sou um político nato, construí uma relação política extraordinária".
Fez uma ressalva: "Vamos trabalhar para a Dilma fazer um bom governo e, quando chegar a hora certa, a gente vê o que vai acontecer".
Na entrevista, que foi ao ar na madrugada de hoje, Lula ainda fez reparos à política de Barack Obama, lembrou momentos ruins do governo, como as saídas de José Dirceu e Antonio Palocci, e defendeu a política econômica.
VOLTA AO PLANALTO
"A gente nunca pode dizer não. Eu fico até com medo, amanhã alguém vai assistir à tua entrevista, e dizer que Lula diz que pode ser candidato. Eu não posso dizer que não porque eu sou vivo, sou presidente de honra de um partido, sou um político nato, construí uma relação política extraordinária".
"O Brasil tem uma gama de líderes extraordinários. Tem a Dilma [Rousseff] que pode ser reeleita tranquilamente. Você tem [os governadores] Eduardo Campos, Jaques Wagner, Sérgio Cabral. Tem a oposição do Aécio [Neves, senador do PSDB de Minas]. Tem o [ex-governador José] Serra (PSDB-SP), que diz que ainda vai fazer oposição. O que não falta é candidato. É muito difícil dar qualquer palpite agora".
"Vamos trabalhar para a Dilma fazer um bom governo e quando chegar a hora a gente vê o que vai acontecer".
CRISE DO SENADO
Disse que a crise do Senado, em 2009, foi tentativa de golpe da oposição e que apoiou José Sarney para manter "a institucionalidade".
"O que estava acontecendo ali era uma tentativa de golpe no Senado para que o vice, tucano [Marconi Perillo, de Goiás], assumisse. É lógico, só um ingênuo é que não percebe as coisas".
DIRCEU E PALOCCI
"Na Casa Civil, teve uma dubiedade entre o animal político que o Zé Dirceu era e a necessidade de ser o gerente do governo. Na minha opinião, era peso demais para uma pessoa tocar".
"Devemos muito ao Palocci. Era preciso ser como o Palocci foi naquele primeiro momento. Fiquei nervoso com o Palocci quando, em 2005, a economia caiu muito. (...) Ele reconheceu que houve exagero no endurecimento".
MANTEGA E MEIRELLES
Lula disse ser "grato" ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles: "Pode ter críticas de que houve erro aqui, demora ali, mas, quando você vai fazer uma síntese, percebe que a fotografia é mais positiva do que negativa".
MENSALÃO
Voltou a dizer que, quando deixar a Presidência, vai "estudar um pouco o que aconteceu no período". "Não acredito [que houve compra de apoio de parlamentares]".
Diz que foi "lambança eleitoral" e que petistas deveriam ter assumido isso. "Agora, passados cinco anos, de cabeça fria, vou reler a imprensa. Vou ver o que aconteceu em cada jornal, em cada revista, para que a gente possa remontar, [fazer] um juízo de valor do que aconteceu".
PAPEL DE MARISA
O presidente contou que a primeira-dama, Marisa Letícia, "dá palpite" sobre governo. "A Marisa fala das coisas que sente e normalmente tem razão, porque ela fala coisa que o povo pensa".
"Vou dar um exemplo de coisas importante em que a Marisa me ajudou. [Na campanha de 2006] Marisa era a maior incentivadora que eu tinha que ir para os debates, que eu deveria triturar meus adversários. Eu achava que eu não deveria ir, mas ela estava certa."
OBAMA
Lula disse ser "fã" do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. "Ele só tinha que ter a ousadia que o povo americano teve votando nele. Recebeu uma herança maldita do governo Bush. O país quebrou. Como não tomou as atitudes nas horas certas, vem para as costas dele. Eu dizia para ele: 'Presidente Obama, se você não fizer as coisas na hora correta, daqui um ano essa crise está nas tuas costas'. Porque a crise era do Bush".
VIDA DE PRESIDENTE
"O mais doloroso é a vida de um presidente. A vida de um presidente é muito solitária".
"Tem o dedo de Deus nessa coisa [ter sido eleito presidente]". "O preconceito raivoso de setores conservadores da sociedade brasileira me fez mais forte, pois eu tinha que provar todo santo dia que eu tinha que ser mais capaz do que eles".
PÓS-PRESIDÊNCIA
"Vou descansar. Tirar umas férias que não tiro há 30 anos. Uns dois meses num lugar onde eu não tenha que fazer nada, discutir política, fazer absolutamente nada".
"Normal eu nunca mais vou ser, mas um brasileiro o mais próximo da normalidade possível. Vou conseguir". "Vai ser bom para o Brasil, vai ser bom para a Dilma, vai ser bom para todo mundo se eu ensinar como um ex-presidente tem que se portar".
"Quero tirar tudo da Presidência de dentro de mim. Preciso voltar a ser o Lula. Voltar a ser um cidadão mais próximo da normalidade possível. Se deixo a Presidência dia 1º e dia 2 começo a dar palpite na política, eu vou estar tendo ingerência em coisa que eu não devo".
sábado, 18 de dezembro de 2010
Polícia Federal prende prefeito de Macapá
Deu no portal G1.
A Polícia Federal prendeu na manhã deste sábado (18) o prefeito de Macapá (AP), Roberto Góes (PDT). A prisão é um desdobramento da operação Mãos Limpas, iniciada em setembro e que já levou para a prisão o governador do estado Pedro Paulo Dias ((PP), o ex-governador Waldez Góes (PDT), o presidente do Tribunal de contas do estado Julio Miranda, empresários e secretários de governo e da prefeitura de Macapá. A operação investiga desvio de recursos públicos no estado.
O prefeito está sendo investigado por fraude em licitações, na secretaria de educação, transporte, assistência social e finanças. Além disso ele é acusado de ocultação e destruição de provas para atrapalhar as investigações da polícia federal.
O G1 tentou contato com a prefeitura, mas ninguém atendeu as ligações. Em setembro, Roberto Góes, por sua vez, afirmou que foi questionado pela PF com base em um grampo telefônico em que ele era citado. Na ligação, um deputado dizia que Roberto Góes daria linhas de ônibus a outro deputado. Góes nega e afirma que a prefeitura está preparando uma licitação para o sistema de transporte público.
A prisão preventiva do prefeito foi decretada pelo ministro Otávio Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O prefeito foi preso em sua casa por volta das 6 horas desta manhã e ele deve ser encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, ainda neste sábado.
Operação Mãos Limpas
A Polícia Federal cumpriu, no final de setembro, 15 mandados de condução coercitiva dentro da da Operação Mãos Limpas, deflagrada no dia 10 de setembro. A primeira fase da operação resultou na prisão de 18 pessoas, entre elas o governador Pedro Paulo Dias e seu antecessor, Waldez Góes. Eles e mais 14 pessoas já foram liberadas e Pedro Paulo, inclusive, já reassumiu o cargo.
As pessoas abordadas pela Polícia Federal nesta quarta-feira estão sendo conduzidas para prestar depoimento. Por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a PF não vai divulgar os nomes das pessoas que estão sendo ouvidas nesta fase da operação.
A Operação Mãos Limpas decorre de um inquérito no STJ que tem como relator o ministro José Otávio Noronha. No dia 10 de setembro foram deslocados 600 policiais federais para cumprir no Amapá e em outros três estados 18 mandados de prisão, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão.
Durante o primeiro dia da operação os policiais entraram em diversos órgãos públicos na capital do estado. A Prefeitura de Macapá e a Assembléia Legislativa foram lacradas para a realização de busca e apreensão. A sede do governo estadual, o Palácio do Setentrião, foi cercado por policiais.
As suspeitas de corrupção no Amapá sob investigação remontam ao ano de 2003. Uma das faces mais visíveis das irregularidades, segundo a PF, é um esquema de desvio de recursos da União repassados à Secretaria de Educação do Amapá, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
Neste caso, o tema já era conhecido no estado. Em agosto do ano passado a suspeita de desvio de recursos nesta área foi debatida em sessões na Assembléia Legislativa e empresários fizeram denúncias sobre irregularidades em contratos, principalmente na contratação de serviços de segurança.
As suspeitas, no entanto, abrangem outras áreas do estado. No caso da Assembléia Legislativa, os questionamentos feitos ao presidente da Casa, Jorge Amanajás (PSDB), eram basicamente sobre a folha de pagamento da Casa e sobre uma fundação da qual ele participa.
A Polícia Federal prendeu na manhã deste sábado (18) o prefeito de Macapá (AP), Roberto Góes (PDT). A prisão é um desdobramento da operação Mãos Limpas, iniciada em setembro e que já levou para a prisão o governador do estado Pedro Paulo Dias ((PP), o ex-governador Waldez Góes (PDT), o presidente do Tribunal de contas do estado Julio Miranda, empresários e secretários de governo e da prefeitura de Macapá. A operação investiga desvio de recursos públicos no estado.
O prefeito está sendo investigado por fraude em licitações, na secretaria de educação, transporte, assistência social e finanças. Além disso ele é acusado de ocultação e destruição de provas para atrapalhar as investigações da polícia federal.
O G1 tentou contato com a prefeitura, mas ninguém atendeu as ligações. Em setembro, Roberto Góes, por sua vez, afirmou que foi questionado pela PF com base em um grampo telefônico em que ele era citado. Na ligação, um deputado dizia que Roberto Góes daria linhas de ônibus a outro deputado. Góes nega e afirma que a prefeitura está preparando uma licitação para o sistema de transporte público.
A prisão preventiva do prefeito foi decretada pelo ministro Otávio Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O prefeito foi preso em sua casa por volta das 6 horas desta manhã e ele deve ser encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, ainda neste sábado.
Operação Mãos Limpas
A Polícia Federal cumpriu, no final de setembro, 15 mandados de condução coercitiva dentro da da Operação Mãos Limpas, deflagrada no dia 10 de setembro. A primeira fase da operação resultou na prisão de 18 pessoas, entre elas o governador Pedro Paulo Dias e seu antecessor, Waldez Góes. Eles e mais 14 pessoas já foram liberadas e Pedro Paulo, inclusive, já reassumiu o cargo.
As pessoas abordadas pela Polícia Federal nesta quarta-feira estão sendo conduzidas para prestar depoimento. Por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a PF não vai divulgar os nomes das pessoas que estão sendo ouvidas nesta fase da operação.
A Operação Mãos Limpas decorre de um inquérito no STJ que tem como relator o ministro José Otávio Noronha. No dia 10 de setembro foram deslocados 600 policiais federais para cumprir no Amapá e em outros três estados 18 mandados de prisão, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão.
Durante o primeiro dia da operação os policiais entraram em diversos órgãos públicos na capital do estado. A Prefeitura de Macapá e a Assembléia Legislativa foram lacradas para a realização de busca e apreensão. A sede do governo estadual, o Palácio do Setentrião, foi cercado por policiais.
As suspeitas de corrupção no Amapá sob investigação remontam ao ano de 2003. Uma das faces mais visíveis das irregularidades, segundo a PF, é um esquema de desvio de recursos da União repassados à Secretaria de Educação do Amapá, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
Neste caso, o tema já era conhecido no estado. Em agosto do ano passado a suspeita de desvio de recursos nesta área foi debatida em sessões na Assembléia Legislativa e empresários fizeram denúncias sobre irregularidades em contratos, principalmente na contratação de serviços de segurança.
As suspeitas, no entanto, abrangem outras áreas do estado. No caso da Assembléia Legislativa, os questionamentos feitos ao presidente da Casa, Jorge Amanajás (PSDB), eram basicamente sobre a folha de pagamento da Casa e sobre uma fundação da qual ele participa.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Começa a transição no governo do Pará
A governadora Ana Júlia Carepa está reunida neste momento, no Palácio dos Despachos, em Belém, com o governador eleito Simão Jatene. O encontro oficializa a transição de governo, período em que serão repassadas todas as informações sobre as ações da atual gestão ao longo dos últimos quatro anos. Em clima de cordialidade, a expectativa de ambos é que a transição seja um processo tranquilo, em respeito à democracia.
"Começamos agora o processo de transição democrática, o mesmo feito há quatro anos. O local será o mesmo, no Centro Cultural Tancredo Neves (Centur). Então, faremos o que for possível para que tudo ocorra com tranquilidade", disse a governadora.
Inaugurações - Ana Júlia Carepa disse que continuará trabalhando até 31 de dezembro, porque tem responsabilidade com a população do Pará. Ela ressaltou que "vamos inaugurar a finalização da primeira etapa do projeto Ação Metrópole, continuaremos inaugurando obras, como a estrada que liga Baião à Mocajuba, que está pavimentada".
Segundo ela, o futuro governador do Pará receberá um Estado que avançou, o que será demonstrado em obras e ações realizadas durante sua gestão, sobretudo tendo como principal característica a abrangência em todo o território paraense.
O governador eleito disse esperar que a transição seja feita "nos mesmos moldes que nós fizemos, com absoluta transparência, para que a população também seja informada sobre esse processo". Ele ressaltou ainda que, antes de tudo, quer ter informações que permitam fazer uma avaliação efetiva do Estado, lembrando que a atual gestão garantiu fornecê-las.
Os trabalhos da transição iniciam nesta quarta-feira (10), com o secretário de Estado de Governo, Edilson Rodrigues, representando a governadora, e o economista Sérgio Leão, como representante do governador eleito.
"Começamos agora o processo de transição democrática, o mesmo feito há quatro anos. O local será o mesmo, no Centro Cultural Tancredo Neves (Centur). Então, faremos o que for possível para que tudo ocorra com tranquilidade", disse a governadora.
Inaugurações - Ana Júlia Carepa disse que continuará trabalhando até 31 de dezembro, porque tem responsabilidade com a população do Pará. Ela ressaltou que "vamos inaugurar a finalização da primeira etapa do projeto Ação Metrópole, continuaremos inaugurando obras, como a estrada que liga Baião à Mocajuba, que está pavimentada".
Segundo ela, o futuro governador do Pará receberá um Estado que avançou, o que será demonstrado em obras e ações realizadas durante sua gestão, sobretudo tendo como principal característica a abrangência em todo o território paraense.
O governador eleito disse esperar que a transição seja feita "nos mesmos moldes que nós fizemos, com absoluta transparência, para que a população também seja informada sobre esse processo". Ele ressaltou ainda que, antes de tudo, quer ter informações que permitam fazer uma avaliação efetiva do Estado, lembrando que a atual gestão garantiu fornecê-las.
Os trabalhos da transição iniciam nesta quarta-feira (10), com o secretário de Estado de Governo, Edilson Rodrigues, representando a governadora, e o economista Sérgio Leão, como representante do governador eleito.
Fonte: Portal do Gov do Pará / Foto: David Alves
SM maior que R$ 540 é decisão política
A matéria do portal UOL mostra uma das dificuldades que terá o governo Dilma antes mesmo de iniciar e que poderá lhe chamuscar a popularidade: a definição do novo Salário Mínimo (SM). No período eleitoral, José Serra disse que aumentaria para R$ 600. E disse com todas as letras que era possível. As centrais sindicais apoiaram Dilma, mas estão cobrando a promessa do tucano. O ministro do planejamento de Lula argumenta que qualquer coisa acima de R$ 540 é decisão política e não técnica. Leia a matéria a seguir:
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira que um reajuste que leve o salário mínimo acima de R$ 540 dependeria de uma decisão política.
"Minha proposta para o mínimo é arredondar para R$ 540, a partir daí é decisão política", disse Bernardo a jornalistas após se reunir com o relator do Orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF).
A proposta inicial de Argello para o valor do mínimo era de R$ 538,15. Pela atual regra, informal, o mínimo deve ser reajustado pela inflação acumulada de 12 meses mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. O problema é que o PIB em 2009 teve uma pequena variação negativa, enquanto deve crescer em torno de 7,5% este ano.
Em sua primeira entrevista coletiva como presidente eleita, Dilma Rousseff acenou com a possibilidade de haver algum tipo de compensação que permitisse um reajuste maior para o mínimo já em 2011. As centrais sindicais reivindicam R$ 580, enquanto a oposição quer um mínimo de R$ 600, promessa de campanha do candidato derrotado José Serra (PSDB).
Falando antes do ministro, Argello disse que pretende conversar com representantes das centrais esta semana ou na próxima a questão do mínimo.
Fonte: Portal UOL
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira que um reajuste que leve o salário mínimo acima de R$ 540 dependeria de uma decisão política.
"Minha proposta para o mínimo é arredondar para R$ 540, a partir daí é decisão política", disse Bernardo a jornalistas após se reunir com o relator do Orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF).
A proposta inicial de Argello para o valor do mínimo era de R$ 538,15. Pela atual regra, informal, o mínimo deve ser reajustado pela inflação acumulada de 12 meses mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. O problema é que o PIB em 2009 teve uma pequena variação negativa, enquanto deve crescer em torno de 7,5% este ano.
Em sua primeira entrevista coletiva como presidente eleita, Dilma Rousseff acenou com a possibilidade de haver algum tipo de compensação que permitisse um reajuste maior para o mínimo já em 2011. As centrais sindicais reivindicam R$ 580, enquanto a oposição quer um mínimo de R$ 600, promessa de campanha do candidato derrotado José Serra (PSDB).
Falando antes do ministro, Argello disse que pretende conversar com representantes das centrais esta semana ou na próxima a questão do mínimo.
Fonte: Portal UOL
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Lula na arquibancada e sem corneta? Só vendo ...
Em recente entrevista o presidente Lula disse que não vai interferir no governo Dilma, que deverá ter a cara da nova presidenta. Ele citou duas frases emblemáticas:
- "A continuidade é da política, não das pessoas", e
- "Rei morto, rei posto".
Será que Lula vai conseguir se "desligar" do dia-a-dia do governo federal? O Observatório acha que seria o melhor caminho, mas não será fácil para ele que viveu tão intensamente momentos de altíssima aprovação ao seu governo até o fim do segundo mandato, fato raro. Desligar-se do foco das atenções, dos afagos do poder e do lugar mais alto exigirá muita personalidade e despreendimento de Lula. Tomara que consiga cumprir e busque outras formas de ajudar o país a crescer. Senão, ele será para Dilma a sombra que Nestor Kirchner foi para Cristina, que agora vai ter que tocar o país sem sua muleta.
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Leia matéria do UOL:
Em entrevista surpresa ao lado da presidente eleita Dilma Rousseff, o presidente Lula afirmou na manhã desta quarta-feira que a petista montará o governo "com a cara dela" e negou que tenha pedido a permanência de ministros na nova equipe. "A continuidade é da política, não das pessoas", afirmou Lula, acrescentando: "Rei morto, rei posto".
O presidente disse ainda que vai dar uma lição de como ex-presidentes devem se comportar, afirmando que vai assistir a atuação de Dilma da arquibancada, uniformizado e "sem corneta".
A entrevista foi dada no Palácio do Planalto depois de uma visita de Dilma que não estava agendada. Por causa do encontro, Lula desmarcou reunião da coordenação política.
Na fala com os repórteres, Lula afirmou ainda que a eleição de Dilma representa a vitória "dos que perderam em 1968". Ironizando o candidato derrotado José Serra (PSDB), ele demonstrou reticência em se candidatar à Presidência em 2014, afirmando que Dilma tem a preferência. Segundo ele, é muito "pequeno" discutir 2014 agora.
"Senão vai chover bolinhas de papel em nossa cabeça", declarou, em referência à agressão sofrida por Serra durante a campanha.
Lula apelou ainda para que a oposição não faça com Dilma o que teria feito com ele. "A política da vingança, de trabalhar para não dar certo."
- "A continuidade é da política, não das pessoas", e
- "Rei morto, rei posto".
Será que Lula vai conseguir se "desligar" do dia-a-dia do governo federal? O Observatório acha que seria o melhor caminho, mas não será fácil para ele que viveu tão intensamente momentos de altíssima aprovação ao seu governo até o fim do segundo mandato, fato raro. Desligar-se do foco das atenções, dos afagos do poder e do lugar mais alto exigirá muita personalidade e despreendimento de Lula. Tomara que consiga cumprir e busque outras formas de ajudar o país a crescer. Senão, ele será para Dilma a sombra que Nestor Kirchner foi para Cristina, que agora vai ter que tocar o país sem sua muleta.
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Leia matéria do UOL:
Em entrevista surpresa ao lado da presidente eleita Dilma Rousseff, o presidente Lula afirmou na manhã desta quarta-feira que a petista montará o governo "com a cara dela" e negou que tenha pedido a permanência de ministros na nova equipe. "A continuidade é da política, não das pessoas", afirmou Lula, acrescentando: "Rei morto, rei posto".
O presidente disse ainda que vai dar uma lição de como ex-presidentes devem se comportar, afirmando que vai assistir a atuação de Dilma da arquibancada, uniformizado e "sem corneta".
A entrevista foi dada no Palácio do Planalto depois de uma visita de Dilma que não estava agendada. Por causa do encontro, Lula desmarcou reunião da coordenação política.
Na fala com os repórteres, Lula afirmou ainda que a eleição de Dilma representa a vitória "dos que perderam em 1968". Ironizando o candidato derrotado José Serra (PSDB), ele demonstrou reticência em se candidatar à Presidência em 2014, afirmando que Dilma tem a preferência. Segundo ele, é muito "pequeno" discutir 2014 agora.
"Senão vai chover bolinhas de papel em nossa cabeça", declarou, em referência à agressão sofrida por Serra durante a campanha.
Lula apelou ainda para que a oposição não faça com Dilma o que teria feito com ele. "A política da vingança, de trabalhar para não dar certo."
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Mapa do voto no Pará
Já que vamos falar sobre a votação dos municípios paraenses na eleição ao governo estadual, inicio com uma pergunta: o que explica uma derrota tão impactante de Ana Júlia em dois grandes colégios eleitorais geridos por prefeitos de seu partido - Santarém e Parauapebas? Abaetetuba, em contra-ponto, sendo administrada por prefeita do PSDB não conseguiu dar a vitória aos candidatos tucanos Jatene e Serra.
Santarém
Em Santarém, governado pela prefeita Maria do Carmo (PT), Ana Júlia perdeu de forma vexatória nos dois turnos. No primeiro, Jatene teve 80.357 votos (58%) e Ana Júlia 36.296 (26%). No segundo turno, Jatene aumentou para 90.613 votos (68%) e Ana Júlia 42.804 (32%). Objetivamente, Jatene ganhou mais 10 mil votos e Ana apenas mais 6 mil. Jatene teve mais que o dobro dos votos de Ana.
Será que o governo municipal petista está tão ruim assim em santarém? Por que Maria não conseguiu conquistar votos para Ana? O governo de Ana não fez nada por Santarém? O que houve?
Nem Dilma ganhou lá. Serra teve 83.378 votos (62%) e Dilma 51.275 (38%). E olhem que Maria era uma das coordenadoras da campanha de Dilma no Pará.
Parauapebas
Nesta cidade também gerida pelo PT através do prefeito reeleito Darcy Lermem, Ana Júlia perdeu tanto no primeiro quanto no segundo turno. No primeiro turno Jatene teve 31.425 votos (53%) e Ana Júlia 18.820 (32%). No segundo turno Jatene teve 38.789 votos (63%) e Ana Júlia 22.669 (37%). Jatene conquistou mais 7 mil votos e Ana apenas mais 3,9 mil votos.
Em Parauapebas Dilma venceu no segundo turno por 54,8% contra 45,2% de Serra.
Abaetetuba
Lá em Abaeté, como é popularmente conhecida, Ana Júlia venceu nos dois turnos: no primeiro Ana teve 39,209 votos (54%) e Jatene teve 29.235 (40%). No segundo Ana Júlia teve 40.015 (58%) e Jatene 28.886. Os dois mantiveram praticamente os mesmos votos do primeiro turno, aumentando o número de abstenções.
Em Abaetetuba Dilma ganhou no segundo turno com folga: 66% a 34% de Serra.
O que aconteceu com a gestão tucana no município? Por que Francineti Carvalho não conseguiu transferir votos para seus candidatos? Não foi lá que ocorreu um dos maiores escândalos do governo de Ana Júlia, com a menor que foi presa na mesma cela com diversos homens, sendo inclusive molestada sexualmente?
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Leia matéria do Portal Diário On Line sobre a eleição nos municípios paraenses:
As estatísticas divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite desta segunda-feira (1) mostraram a superioridade de Simão Jatene (PSDB) no mapa eleitoral do Pará. A vitória do tucano foi conquistada com grandes vantagens, conquistadas nos maiores colégios eleitorais do Estado.
Jatene, que ficou à frente de Ana Júlia em 101 municípios no primeiro turno das eleições, foi o mais votado em 94 municípios no segundo turno. A candidata petista, por sua vez, teve vantagem de votos em 50 municípios, o que representa uma diferença de 44 municípios entre os dois candidatos.
Em 17 municípios do estado, o candidato mais votado no primeiro turno foi superado no segundo. Jatene superou a votação da petista em 5 municípios, enquanto Ana Júlia inverteu o resultado desfavorável em 12 municípios. Mesmo assim, a vantagem de Jatene, que venceu nos principais colégios eleitorais do Estado, ainda foi decisiva.
OS MAIORES
Em Belém, município com o maior número de eleitores, o resultado de 55,53% dos votos válidos para Jatene e 44,47% para Ana Júlia foi quase equivalente ao resultado percentual do segundo turno das eleições – 55,74% (Jatene) a 44,26% (Ana Júlia). No segundo maior colégio eleitoral do Estado, em Ananindeua, a vitória de Jatene, com 56,84% dos votos válidos contra 43,16% de Ana Júlia, também se aproximou do resultado final.
Já no terceiro maior colégio, em Santarém, foi possível notar o desequilíbrio na votação, que pesou em favor de Jatene. Com 67,91% dos votos válidos contra 32,09 de Ana Júlia, Jatene teve a expressiva vantagem de 47.809 votos, número maior do que a quantidade total de eleitores na maioria dos municípios do Estado.
OUTROS MUNICÍPIOS
Apesar do equilíbrio na maioria dos municípios, a vantagem de Jatene foi conquistada com as largas vantagens adquiridas em outros grandes colégios eleitorais do Estado. Em Parauapebas, dos 61.458 votos válidos, Jatene conseguiu 63,11%, em Itaituba 64,72% dos votos dos 40.364 válidos, em Paragominas 67,43% dos 38.965, em Redenção 67,47% dos 34.837, além das grandes vantagens conquistadas em Castanhal, com 67,85% dos 79.720 válidos, e em Altamira, com 71,5% dos 42.857 votos.
Outros municípios com menor número de eleitores também apresentaram grande vantagem ao tucano, como Mãe do Rio (65,55%), Anajás (66,83%), Brasil Novo (67,62%), Ourém (67,98%), Monte Alegre (69,56%), São Caetano de Odivelas (72,42%), São Miguel do Guamá (72,12%), Mojuí dos Campos (73,87%), Tailândia (79,36%), e a maior diferença conquistada, em Uruará com 80,11% dos 17.688 votos válidos.
Os maiores colégios eleitorais vencidos pela candidata petista foram Marabá e Abaetetuba. Em Marabá o resultado foi apertado, com 52,36% dos 92.438 votos válidos para Ana Júlia, diferente de Abaetetuba onde a petista venceu com folga e conseguiu 58,08% dos 68.901 votos válidos. A maior vantagem de Ana Júlia foi conquistada em Cachoeira do Arari, com 65,75% dos 9.350 votos válidos. (Alexandre Nascimento/DOL)
Santarém
Em Santarém, governado pela prefeita Maria do Carmo (PT), Ana Júlia perdeu de forma vexatória nos dois turnos. No primeiro, Jatene teve 80.357 votos (58%) e Ana Júlia 36.296 (26%). No segundo turno, Jatene aumentou para 90.613 votos (68%) e Ana Júlia 42.804 (32%). Objetivamente, Jatene ganhou mais 10 mil votos e Ana apenas mais 6 mil. Jatene teve mais que o dobro dos votos de Ana.
Será que o governo municipal petista está tão ruim assim em santarém? Por que Maria não conseguiu conquistar votos para Ana? O governo de Ana não fez nada por Santarém? O que houve?
Nem Dilma ganhou lá. Serra teve 83.378 votos (62%) e Dilma 51.275 (38%). E olhem que Maria era uma das coordenadoras da campanha de Dilma no Pará.
Parauapebas
Nesta cidade também gerida pelo PT através do prefeito reeleito Darcy Lermem, Ana Júlia perdeu tanto no primeiro quanto no segundo turno. No primeiro turno Jatene teve 31.425 votos (53%) e Ana Júlia 18.820 (32%). No segundo turno Jatene teve 38.789 votos (63%) e Ana Júlia 22.669 (37%). Jatene conquistou mais 7 mil votos e Ana apenas mais 3,9 mil votos.
Em Parauapebas Dilma venceu no segundo turno por 54,8% contra 45,2% de Serra.
Abaetetuba
Lá em Abaeté, como é popularmente conhecida, Ana Júlia venceu nos dois turnos: no primeiro Ana teve 39,209 votos (54%) e Jatene teve 29.235 (40%). No segundo Ana Júlia teve 40.015 (58%) e Jatene 28.886. Os dois mantiveram praticamente os mesmos votos do primeiro turno, aumentando o número de abstenções.
Em Abaetetuba Dilma ganhou no segundo turno com folga: 66% a 34% de Serra.
O que aconteceu com a gestão tucana no município? Por que Francineti Carvalho não conseguiu transferir votos para seus candidatos? Não foi lá que ocorreu um dos maiores escândalos do governo de Ana Júlia, com a menor que foi presa na mesma cela com diversos homens, sendo inclusive molestada sexualmente?
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Leia matéria do Portal Diário On Line sobre a eleição nos municípios paraenses:
As estatísticas divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite desta segunda-feira (1) mostraram a superioridade de Simão Jatene (PSDB) no mapa eleitoral do Pará. A vitória do tucano foi conquistada com grandes vantagens, conquistadas nos maiores colégios eleitorais do Estado.
Jatene, que ficou à frente de Ana Júlia em 101 municípios no primeiro turno das eleições, foi o mais votado em 94 municípios no segundo turno. A candidata petista, por sua vez, teve vantagem de votos em 50 municípios, o que representa uma diferença de 44 municípios entre os dois candidatos.
Em 17 municípios do estado, o candidato mais votado no primeiro turno foi superado no segundo. Jatene superou a votação da petista em 5 municípios, enquanto Ana Júlia inverteu o resultado desfavorável em 12 municípios. Mesmo assim, a vantagem de Jatene, que venceu nos principais colégios eleitorais do Estado, ainda foi decisiva.
OS MAIORES
Em Belém, município com o maior número de eleitores, o resultado de 55,53% dos votos válidos para Jatene e 44,47% para Ana Júlia foi quase equivalente ao resultado percentual do segundo turno das eleições – 55,74% (Jatene) a 44,26% (Ana Júlia). No segundo maior colégio eleitoral do Estado, em Ananindeua, a vitória de Jatene, com 56,84% dos votos válidos contra 43,16% de Ana Júlia, também se aproximou do resultado final.
Já no terceiro maior colégio, em Santarém, foi possível notar o desequilíbrio na votação, que pesou em favor de Jatene. Com 67,91% dos votos válidos contra 32,09 de Ana Júlia, Jatene teve a expressiva vantagem de 47.809 votos, número maior do que a quantidade total de eleitores na maioria dos municípios do Estado.
OUTROS MUNICÍPIOS
Apesar do equilíbrio na maioria dos municípios, a vantagem de Jatene foi conquistada com as largas vantagens adquiridas em outros grandes colégios eleitorais do Estado. Em Parauapebas, dos 61.458 votos válidos, Jatene conseguiu 63,11%, em Itaituba 64,72% dos votos dos 40.364 válidos, em Paragominas 67,43% dos 38.965, em Redenção 67,47% dos 34.837, além das grandes vantagens conquistadas em Castanhal, com 67,85% dos 79.720 válidos, e em Altamira, com 71,5% dos 42.857 votos.
Outros municípios com menor número de eleitores também apresentaram grande vantagem ao tucano, como Mãe do Rio (65,55%), Anajás (66,83%), Brasil Novo (67,62%), Ourém (67,98%), Monte Alegre (69,56%), São Caetano de Odivelas (72,42%), São Miguel do Guamá (72,12%), Mojuí dos Campos (73,87%), Tailândia (79,36%), e a maior diferença conquistada, em Uruará com 80,11% dos 17.688 votos válidos.
Os maiores colégios eleitorais vencidos pela candidata petista foram Marabá e Abaetetuba. Em Marabá o resultado foi apertado, com 52,36% dos 92.438 votos válidos para Ana Júlia, diferente de Abaetetuba onde a petista venceu com folga e conseguiu 58,08% dos 68.901 votos válidos. A maior vantagem de Ana Júlia foi conquistada em Cachoeira do Arari, com 65,75% dos 9.350 votos válidos. (Alexandre Nascimento/DOL)
Super Aécio? Nem tanto ...
Em Minas Gerais, reduto de Aécio Neves, Dilma venceu no segundo turno com grande vantagem sobre José Serra. Foram 6.220.125 (58,45%) votos para Dilma contra 4.422.294 (41,55%). A diferença a favor da petista foi de 1.797.831, ou quase 17%, superior à diferença geral entre os dois presidenciáveis, que foi de 12%. Ou seja, Minas contribuiu para ampliar a vantagem de Dilma.
Os tucanos esperavam e a Veja endossou que o Super Aécio, político das viradas eleitorais impossíveis, viraria o jogo em MG e essa seria a diferença da vitória do Serra.
No primeiro turno Dilma teve 5.067.399 votos dos mineiros, enquanto Serra teve 3.317.872.
No segundo turno Dilma cresceu 1.152.726 votos. Serra conquistou 1.104.422 novos votos. Dilma cresceu mais, conquistando 48.303 novos eleitores mineiros a mais que Serra, que tinham votado em Marina e nos candidatos menores.
Resta saber como será a desenvolvura de Aécio no Senado Federal para saber se conseguirá capitalizar força e apoios à sua provável candidatura para 2014. Falta perguntar aos colegas de partido, Serra e Alckmin, se deixarão o mineiro ser o próximo nome forte do PSDB.
O Observatório acredita que o momento de Aécio era 2010. Perdeu a chance para Serra. Como Senador não terá muita visibilidade nacional, abafada pelos próprios correligionários, e para 2014 seu retorno será no máximo para o governo mineiro.
Observação pessoal do poster: os discursos e a postura ao discursar de Aécio são muito menos incisivos e inteligentes do que os de Serra. Falta "um quê" para Aécio ser mais carismático e convincente. Parece que ele está aborrecido e de "cara fechada" ao discursar. Marqueteiros, mãos à obra.
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Leia trecho de matéria publicada no portal Estadão, hoje:
Com musculatura política renovada, Alckmin tem pela frente uma nova geração de tucanos, além de colaboradores tradicionais, que defendem o seu nome como principal liderança no Estado. Do lado mineiro, há descontentamento com a supremacia paulista na escolha dos presidenciáveis, além do entendimento de que São Paulo perdeu a vez com as duas derrotas de Serra e a de Alckmin, em 2006.
Tucanos serristas culpam Aécio pela derrota na eleição, já que o mineiro não conseguiu obter a vitória de Serra em seu Estado, apesar de ter emplacado um "novato" em eleições, o seu ex-vice e agora governador Antonio Anastasia, que conseguiu se reeleger. No discurso de anteontem, Serra não citou Aécio, mas conversou com ele por telefone à noite.
--------------------------------
Vamos continuar observando.
Os tucanos esperavam e a Veja endossou que o Super Aécio, político das viradas eleitorais impossíveis, viraria o jogo em MG e essa seria a diferença da vitória do Serra.
No primeiro turno Dilma teve 5.067.399 votos dos mineiros, enquanto Serra teve 3.317.872.
No segundo turno Dilma cresceu 1.152.726 votos. Serra conquistou 1.104.422 novos votos. Dilma cresceu mais, conquistando 48.303 novos eleitores mineiros a mais que Serra, que tinham votado em Marina e nos candidatos menores.
Resta saber como será a desenvolvura de Aécio no Senado Federal para saber se conseguirá capitalizar força e apoios à sua provável candidatura para 2014. Falta perguntar aos colegas de partido, Serra e Alckmin, se deixarão o mineiro ser o próximo nome forte do PSDB.
O Observatório acredita que o momento de Aécio era 2010. Perdeu a chance para Serra. Como Senador não terá muita visibilidade nacional, abafada pelos próprios correligionários, e para 2014 seu retorno será no máximo para o governo mineiro.
Observação pessoal do poster: os discursos e a postura ao discursar de Aécio são muito menos incisivos e inteligentes do que os de Serra. Falta "um quê" para Aécio ser mais carismático e convincente. Parece que ele está aborrecido e de "cara fechada" ao discursar. Marqueteiros, mãos à obra.
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Leia trecho de matéria publicada no portal Estadão, hoje:
Com musculatura política renovada, Alckmin tem pela frente uma nova geração de tucanos, além de colaboradores tradicionais, que defendem o seu nome como principal liderança no Estado. Do lado mineiro, há descontentamento com a supremacia paulista na escolha dos presidenciáveis, além do entendimento de que São Paulo perdeu a vez com as duas derrotas de Serra e a de Alckmin, em 2006.
Tucanos serristas culpam Aécio pela derrota na eleição, já que o mineiro não conseguiu obter a vitória de Serra em seu Estado, apesar de ter emplacado um "novato" em eleições, o seu ex-vice e agora governador Antonio Anastasia, que conseguiu se reeleger. No discurso de anteontem, Serra não citou Aécio, mas conversou com ele por telefone à noite.
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Vamos continuar observando.
Obama enfrenta eleição ao congresso americano
Há dois anos, com o slogan “Yes, we can” (sim, nós podemos), Barack Obama empolgou os Estados Unidos e o mundo com seu discurso otimista. Mas, dois anos após sua vitória nas urnas, o primeiro presidente negro do país, e agora vencedor do Nobel da Paz, corre sério risco de perder a maioria no Congresso, nas eleições legislativas desta terça-feira (2).
Segundo analistas, a derrota prevista nas pesquisas pode abrir caminho para a volta dos republicanos à Casa Branca. Mas pode ser também uma chance para Obama se relançar politicamente.
Nos EUA, as eleições para as 435 cadeiras da Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados brasileira) e boa parte do Senado acontecem no meio do mandato presidencial - neste ano, serão eleitos 37 senadores, de um total de 100. Também há eleição para governadores de 37 Estados e dos territórios de Guam e das Ilhas Virgens, além de referendos locais.
Por ocorrer no meio do mandato, a votação funciona como um termômetro sobre como o eleitor percebe a atuação do governo. De acordo com as últimas pesquisas, o Partido Democrata de Obama tem grande chance de ser derrotado nas urnas.
Para o analista Juan Carlos Hidalgo, do Cato Institute, “perder a maioria não é necessariamente tão ruim para o Obama”.
- Vale lembrar que Bill Clinton [1993-2001] perdeu a maioria em 1994 e foi reeleito. Com um Congresso dominado pela oposição, Obama terá a quem culpar em caso de fracasso nas reformas, na economia.
Até agora, Obama não conseguiu votar reformas importantes, como a migratória, mesmo tendo maioria no Congresso. A reforma da saúde, outra promessa de campanha, só passou com muito empenho do presidente, que teve de convencer até aliados.
Oposição a Obama ainda não tem “cara”
A principal voz de oposição ao atual governo Obama é a da ex-candidata republicana a vice-presidente, Sarah Palin. Desde que seu companheiro de chapa, John McCain, foi derrotado por Obama, em 2008, Sarah se tornou um das musas do movimento ultraconservador Tea Party.
Sarah, no entanto, é muito conservadora até para alguns republicanos. Fora os folclóricos seguidores do Tea Party, que acusam Obama de ser “socialista” e “muçulmano”, quase ninguém acredita que ela será a candidata republicana à Presidência, em 2012. Apesar de muito barulho, os analistas não veem Sarah como uma grande ameaça.
Para o analista Kenneth Weinstein, presidente do Hudson Institute, “Obama ainda não tem um oponente, alguém para atacar”. A vitória dos republicanos, no entanto, abrirá caminho para a definição dos líderes que vão tentar tirar Obama da Casa Branca, em 2012.
- Se ele perder a maioria, será mais difícil defender sua gestão. Mas ele terá um oponente para se contrapor [assim que os republicanos escolherem seu pré-candidato nas primárias do próximo ano].
Hidalgo diz que o Tea Party - grupo que reúne radicais de direita e que vem ganhando projeção - é apenas uma fração dos conservadores americanos. Para ele, nem todos os republicanos são iguais.
- Há dois tipos de republicanos. Aqueles que querem uma pequena participação do Estado na economia, impostos baixos. E há os ultraconservadores, que têm medo de políticas sociais, são a favor do intervencionismo americano e contra os direitos dos gays. Sarah Palin faz parte desse último grupo.
Obama poderia ter o mesmo destino de Jimmy Carter?
A queda na popularidade de Obama faz, frequentemente, analistas políticos compararem sua Presidência à de Jimmy Carter (1977-1981).
Eleito com um discurso ético, três anos após o escândalo Watergate, que derrubou o ex-presidente republicano Richard Nixon (1969-1974), Carter enfrentou uma feroz oposição republicana e em muitos projetos não contou com o apoio de seu Partido Democrata. Ao tentar sua reeleição em 1980, foi derrotado pelo ex-ator e carismático republicano Ronald Reagan (1981-1989).
Assim como Obama, Carter também recebeu o Nobel da Paz. Mas, diferentemente do atual presidente, ele foi premiado anos depois de deixar o poder, em 2002.
Para Weinstein, os republicanos agora buscam o seu Reagan. Ele aponta o atual governador republicano de Indiana, Mitchell Daniels, como provável candidato à Presidência, em 2012.
Hidalgo também acha que o futuro de Obama está nas mãos dos republicanos. Isso não está relacionado, necessariamente, ao número de deputados e senadores da oposição a serem eleitos na próxima terça-feira (2). Segundo o analista, “tudo vai depender de os republicanos encontrarem o seu Ronald Reagan, um líder experiente e carismático”.
Fonte: Portal R7
Segundo analistas, a derrota prevista nas pesquisas pode abrir caminho para a volta dos republicanos à Casa Branca. Mas pode ser também uma chance para Obama se relançar politicamente.
Nos EUA, as eleições para as 435 cadeiras da Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados brasileira) e boa parte do Senado acontecem no meio do mandato presidencial - neste ano, serão eleitos 37 senadores, de um total de 100. Também há eleição para governadores de 37 Estados e dos territórios de Guam e das Ilhas Virgens, além de referendos locais.
Por ocorrer no meio do mandato, a votação funciona como um termômetro sobre como o eleitor percebe a atuação do governo. De acordo com as últimas pesquisas, o Partido Democrata de Obama tem grande chance de ser derrotado nas urnas.
Para o analista Juan Carlos Hidalgo, do Cato Institute, “perder a maioria não é necessariamente tão ruim para o Obama”.
- Vale lembrar que Bill Clinton [1993-2001] perdeu a maioria em 1994 e foi reeleito. Com um Congresso dominado pela oposição, Obama terá a quem culpar em caso de fracasso nas reformas, na economia.
Até agora, Obama não conseguiu votar reformas importantes, como a migratória, mesmo tendo maioria no Congresso. A reforma da saúde, outra promessa de campanha, só passou com muito empenho do presidente, que teve de convencer até aliados.
Oposição a Obama ainda não tem “cara”
A principal voz de oposição ao atual governo Obama é a da ex-candidata republicana a vice-presidente, Sarah Palin. Desde que seu companheiro de chapa, John McCain, foi derrotado por Obama, em 2008, Sarah se tornou um das musas do movimento ultraconservador Tea Party.
Sarah, no entanto, é muito conservadora até para alguns republicanos. Fora os folclóricos seguidores do Tea Party, que acusam Obama de ser “socialista” e “muçulmano”, quase ninguém acredita que ela será a candidata republicana à Presidência, em 2012. Apesar de muito barulho, os analistas não veem Sarah como uma grande ameaça.
Para o analista Kenneth Weinstein, presidente do Hudson Institute, “Obama ainda não tem um oponente, alguém para atacar”. A vitória dos republicanos, no entanto, abrirá caminho para a definição dos líderes que vão tentar tirar Obama da Casa Branca, em 2012.
- Se ele perder a maioria, será mais difícil defender sua gestão. Mas ele terá um oponente para se contrapor [assim que os republicanos escolherem seu pré-candidato nas primárias do próximo ano].
Hidalgo diz que o Tea Party - grupo que reúne radicais de direita e que vem ganhando projeção - é apenas uma fração dos conservadores americanos. Para ele, nem todos os republicanos são iguais.
- Há dois tipos de republicanos. Aqueles que querem uma pequena participação do Estado na economia, impostos baixos. E há os ultraconservadores, que têm medo de políticas sociais, são a favor do intervencionismo americano e contra os direitos dos gays. Sarah Palin faz parte desse último grupo.
Obama poderia ter o mesmo destino de Jimmy Carter?
A queda na popularidade de Obama faz, frequentemente, analistas políticos compararem sua Presidência à de Jimmy Carter (1977-1981).
Eleito com um discurso ético, três anos após o escândalo Watergate, que derrubou o ex-presidente republicano Richard Nixon (1969-1974), Carter enfrentou uma feroz oposição republicana e em muitos projetos não contou com o apoio de seu Partido Democrata. Ao tentar sua reeleição em 1980, foi derrotado pelo ex-ator e carismático republicano Ronald Reagan (1981-1989).
Assim como Obama, Carter também recebeu o Nobel da Paz. Mas, diferentemente do atual presidente, ele foi premiado anos depois de deixar o poder, em 2002.
Para Weinstein, os republicanos agora buscam o seu Reagan. Ele aponta o atual governador republicano de Indiana, Mitchell Daniels, como provável candidato à Presidência, em 2012.
Hidalgo também acha que o futuro de Obama está nas mãos dos republicanos. Isso não está relacionado, necessariamente, ao número de deputados e senadores da oposição a serem eleitos na próxima terça-feira (2). Segundo o analista, “tudo vai depender de os republicanos encontrarem o seu Ronald Reagan, um líder experiente e carismático”.
Fonte: Portal R7
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
No Amapá, eleito o governador mais jovem do Brasil
Milhares de pessoas estiveram na noite de ontem na Praça do Coco para comemorar a vitória de Camilo Capiberibe nas eleições para o governo do estado do Amapá. A militância socialista e todos aqueles que participaram da difícil campanha de Camilo extravasaram a alegria e cantaram junto com a cantora Claudinéia o hit da campanha de Camilo: “Eu voto no 40, você vota no 40, Camilo 40″.
Depois de um placar apertado no primeiro turno das eleições, quando a diferença entre ele o primeiro colocado foi de pouco mais de 800 votos, Camilo Capiberibe, de 38 anos, superou seu adversário no segundo turno das eleições, Lucas Barreto(PTB), tornando-se o governador mais jovem do Brasil. Ele venceu com 53,77% dos votos válidos, contra 46,23% de Barreto. O mais velho governador eleito aos 82 anos é Siqueira Campos (PSDB), de Tocantins.
A campanha de Camilo foi marcada pela Operação Mãos Limpas da polícia Federal, que prendeu o ex-governador Waldez Góes(PDT) e o atual governador Pedro Paulo Dias(PP), acusados de corrupção. Depois da operação Mãos Limpas, a candidatura de Camilo cresceu, ele foi o único que se pronunciou a respeito da operação. Os dois candidatos que foram para o segundo turno das eleições reivindicavam para si a bandeira da mudança.
Depois de um placar apertado no primeiro turno das eleições, quando a diferença entre ele o primeiro colocado foi de pouco mais de 800 votos, Camilo Capiberibe, de 38 anos, superou seu adversário no segundo turno das eleições, Lucas Barreto(PTB), tornando-se o governador mais jovem do Brasil. Ele venceu com 53,77% dos votos válidos, contra 46,23% de Barreto. O mais velho governador eleito aos 82 anos é Siqueira Campos (PSDB), de Tocantins.
A campanha de Camilo foi marcada pela Operação Mãos Limpas da polícia Federal, que prendeu o ex-governador Waldez Góes(PDT) e o atual governador Pedro Paulo Dias(PP), acusados de corrupção. Depois da operação Mãos Limpas, a candidatura de Camilo cresceu, ele foi o único que se pronunciou a respeito da operação. Os dois candidatos que foram para o segundo turno das eleições reivindicavam para si a bandeira da mudança.
Derrotados na eleição - partes 1 e 2
Vale a pena ler a opinião do jornalista Marco Antonio Araújo, lançada em seu blog "O provocador", inserido no portal R7. Abaixo colocamos alguns trechos:
Derrotados na eleição - parte 1 (refere-se à postura da Globo)
"As Organizações Globo agiram como um partido de oposição durante as eleições que levaram Dilma Rousseff à presidência da República.
Preferiam continuar aliados ao candidato das elites, como sempre estiveram durante a ditadura militar e os governos Collor, Itamar e FHC. Mas perdeu, playboy.
O jornal O Globo virou um panfleto diário. Sem nenhum pudor, estampou um ódio incontido ao governo Lula e à sua candidata. Mas foi na bancada do Jornal Nacional que se ergueu o altar do sacrifício petista.
O padrão Globo de qualidade é fácil de entender. Consiste em tratar escândalos conforme a coloração partidária e os interesses da firma.
O caso Erenice Guerra mereceu do JN 35 sangrentos minutos de reportagem só na primeira semana de repercussão. Já a denúncia envolvendo o aloprado tucano Paulo Preto teve uma única reportagem, quase nada.
Em sua entrevista de dez minutos ao vivo no JN, Dilma Rousseff ficou infinitos 4 minutos e 40 segundos respondendo sobre aborto. Mais 3 minutos e 25 segundos falando sobre a onipresente Erenice.
Ao final, teve tempo para responder a mais uma perguntinha. José Serra pode discorrer levemente sobre nove questões. Isso, sim, é tratamento diferenciado.
Com a vitória de Dilma, vai ser constrangedor o olhar de William Bonner e Fátima Bernardes. Cúmplices que são, nem vão tocar no assunto de como espremeram e destrataram a presidente eleita."
Derrotados na eleição - parte 2 (refere-se à postura da revista Veja)
Das 42 capas da revista em 2010, até as vésperas do segundo turno, dezoito continham ataques a Lula, Dilma e o PT. Quase metade da existência da Veja é dedicada a montar palanque contra o governo federal e espalhar pânico e ódio.
Ainda reclamam que não há liberdade de imprensa neste país. Terrorismo jornalístico: é isso que faz a semanal da família Civita. A edição de 10 de julho ilustra perfeitamente essa demonização (acima).
É uma publicação que poderia ter a honestidade de se assumir como oráculo do que há de mais reacionário e perverso na direita deste país.
Mas tem essa mania feia de se travestir de revista de informação. Só se for distorcida, tendenciosa. Não fazem reportagens; fazem editoriais. Por isso é que não forma mais opinião; causa tédio. E desprezo.
E há os soldados da Editora Abril. Ou capangas, a ver. Os rancorosos Diogo Mainardi, Lauro Jardim, Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes. Escribas a soldo que insinuam termos um presidente alcoólatra, menos interessante que um “vaso sanitário”.
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A opinião desse jornalista é a mesma de inúmeras outras que o Observatório ouviu nos últimos meses: Veja, Globo e Folha de São Paulo nunca foram tão escrachados e jamais usaram tanto a força de suas audiências para influenciar numa eleição, como em 2010.
É sabido também que a revista Carta Capital opina em defesa do governo Lula, assim como muitos outros veículos de comunicação nacionais, estaduais e até as pequenas rádios de interior o fazem em favor de grupos políticos regionais.
O Observatório defende a imprensa livre, mas com responsabilidade e isenção. É difícil? Certamente, mas seria um grande avanço para democracia no Brasil. Nos tornaríamos um país muito melhor.
O Observatório defende, porém, antes de tudo, a obrigação dos eleitos de fazerem gestões transparentes e sem corrupção. Quem dera o Brasil aplicasse, realmente, pelo menos 80% de todos os recursos que saem dos cofres dos governos em programas e políticas públicas. Punição aos corruptos, fichas sujas ou semi-limpas. Cadeia neles. Perda de mandatos e do direito a serem votados, por 50 anos. Reforma política neles. É difícil? Certamente, mas seria o maior avanço para nosso país, tornando-se uma potência mundial imbatível.
Fica o registro.
domingo, 31 de outubro de 2010
Apenas 6 partidos governarão os estados brasileiros
Ao final das eleições de 2o. turno aos governos o mapa brasileiro ficou na mão de seis partidos.
PSDB: tinha 7 estados em 2006 e aumentou para 8 em 2010 (64,5 milhões de eleitores).
PT: tinha 4 estados em 2006 e aumentou para 5 em 2010 (21,4 milhões de eleitores)
PSB: tinha 2 estados em 2006 e aumentou para 6 em 2010 (20,1 milhões de eleitores)
PMDB: tinha 7 estados em 2006 e caiu para 5 em 2010 (20,8 milhões de eleitores)
DEM: tinha 3 estados em 2006 e caiu para 2 em 2010 (6,8 milhões de eleitores)
PMN: não tinha governos em 2006 e ganhou 1 em 2010 (2 milões de eleitores)
Perderam governos que tinham em 2006 e não ganharam nenhum em 2010:
PPS: tinha 2 (Rondônia a Mato Grosso) e perdeu ambos.
PP: tinha 1 (Goiás) e o perdeu.
PDT: tinha 1 (Amapá) e o perdeu.
Quem mais perdeu e quem mais ganhou?
Os três partidos acima perderam o pouco que tinham e são os principais derrotados. PMDB e DEM também saem mais fracos.
O PSB é o principal ganhador, passando de 2 para 6 estados sob sua gestão. Também cresceu no congresso nacional aumentando de 27 para 34 o número de deputados federais.
Jatene retorna ao governo do Pará
A última pesquisa do Ibope no Pará previu 18% de vantagem a favor de Simão Jatene (PSDB), contra a petista Ana Júlia, no pleito ao governo do Estado. No final da apuração, com 99,98% dos votos apurados, a diferença entre os candidatos foi de 11,48% (6,52% de erro). A margem de erro da pesquisa Ibope no Pará era de 3%. Errou por mais que o dobro do máximo previsto.
Jatene teve 1.860.571 votos (55,74%) dos paraenses. Ana Júlia teve 1.477.279 (44,26%).
Mas, erros de pesquisa a parte, os resultados das urnas elegeram Simão Robson Jatene para seu segundo mandato como governador do Pará, o maior estado da região amazônica, numa vitória que se delineou desde o início do primeiro turno. Jatene não ganhou no primeiro turno, por pouco mais de 1% que o separou da vitória.
No segundo turno Jatene teve o apoio da maioria das lideranças do PMDB, que no primeiro turno lançaram Domingos Juvenil e foram derrotados. Ainda que tivesse uma coligação com muitos partidos, a campanha de Ana Júlia não empolgou a maioria dos eleitores, que atribuíram uma alta taxa de rejeição ao seu governo.
O PSDB é o grande vencedor nas eleições paraenses: elegeram Flexa Ribeiro como o senador mais votado e Simão Jatene para mais um mandato no executivo estadual.
O Observatório deseja sucesso e sorte aos tucanos na gestão do Estado.
Jatene teve 1.860.571 votos (55,74%) dos paraenses. Ana Júlia teve 1.477.279 (44,26%).
Mas, erros de pesquisa a parte, os resultados das urnas elegeram Simão Robson Jatene para seu segundo mandato como governador do Pará, o maior estado da região amazônica, numa vitória que se delineou desde o início do primeiro turno. Jatene não ganhou no primeiro turno, por pouco mais de 1% que o separou da vitória.
No segundo turno Jatene teve o apoio da maioria das lideranças do PMDB, que no primeiro turno lançaram Domingos Juvenil e foram derrotados. Ainda que tivesse uma coligação com muitos partidos, a campanha de Ana Júlia não empolgou a maioria dos eleitores, que atribuíram uma alta taxa de rejeição ao seu governo.
O PSDB é o grande vencedor nas eleições paraenses: elegeram Flexa Ribeiro como o senador mais votado e Simão Jatene para mais um mandato no executivo estadual.
O Observatório deseja sucesso e sorte aos tucanos na gestão do Estado.
55 milhões de eleitores confirmam pesquisas e elegem Dilma presidente
55.646.894 (56%) dos votos válidos elegeram a petista Dilma Rousseff como a primeira presidenta do Brasil. Jose Serra (PSDB) teve 43.669.950, pouco menos de 44%.
Como se comportaram os institutos? Vejam quem acertou mais nas últimas pesquisas divulgadas no dia 30 de outubro , votos válidos:
Ibope: Dilma 56 x 44 Serra. Acertou em cheio.
Vox Populi: Dilma 57 x 43 Serra. Disse que a diferença seria de 14%. Errou por 2% a favor de Dilma.
CNT/Sensus: Dilma 57,2 x 42,8 Serra. Dif seria de 14,4%. Errou por 2,4%, pró Dilma.
Datafolha: Dilma 55 x 45 Serra. Dif seria de 10%. Errou por 2% a favor de Serra.
De uma forma geral, os institutos estiveram bem próximos do resultado correto, dentro de margens de erro 2 a 2,2%. Melhoraram em relação ao primeiro turno, quando não detectaram a subida de Marina que levou as eleições para o segundo turno.
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No Pará, Dilma venceu com 53,1%, contra 46,8% de Serra.
Como se comportaram os institutos? Vejam quem acertou mais nas últimas pesquisas divulgadas no dia 30 de outubro , votos válidos:
Ibope: Dilma 56 x 44 Serra. Acertou em cheio.
Vox Populi: Dilma 57 x 43 Serra. Disse que a diferença seria de 14%. Errou por 2% a favor de Dilma.
CNT/Sensus: Dilma 57,2 x 42,8 Serra. Dif seria de 14,4%. Errou por 2,4%, pró Dilma.
Datafolha: Dilma 55 x 45 Serra. Dif seria de 10%. Errou por 2% a favor de Serra.
De uma forma geral, os institutos estiveram bem próximos do resultado correto, dentro de margens de erro 2 a 2,2%. Melhoraram em relação ao primeiro turno, quando não detectaram a subida de Marina que levou as eleições para o segundo turno.
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No Pará, Dilma venceu com 53,1%, contra 46,8% de Serra.
Faltosos aumentam no segundo turno
As previsões se confirmaram: o número de faltosos aumentou comparado ao 1o. turno. No Pará a abstenção chegou a 26,8% e no primeiro turno foi de 21,2%. Leia abaixo matéria do Uol.
O número de eleitores que deixou de votar no segundo turno da eleição presidencial cresceu em todos os Estados e no Distrito Federal em relação ao registrado no primeiro turno.
O Maranhão foi o Estado onde esse índice foi maior, com 29,49% de abstenção. Na outra ponta da tabela, está Santa Catarina, onde 16,89% dos eleitores deixaram de comparecer às urnas.
Enquanto que, na eleição do dia 3 de outubro, 24,6 milhões de brasileiros aptos a votar não o fizeram, neste domingo o número chegou a mais de 29 milhões.
Isso faz com que o índice de abstenção na eleição de hoje supere o da disputa anterior, em 2006. Segundo dados do TSE, 21,46% dos eleitores aptos a votar não compareceram às urnas neste domingo.
O índice é superior aos 18,12% do primeiro turno. O percentual também supera o do segundo turno de 2006 (18,99%), mas fica atrás do segundo turno de 2002 (25,74%), quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva derrotou o tucano José Serra.
O número de eleitores que deixou de votar no segundo turno da eleição presidencial cresceu em todos os Estados e no Distrito Federal em relação ao registrado no primeiro turno.
O Maranhão foi o Estado onde esse índice foi maior, com 29,49% de abstenção. Na outra ponta da tabela, está Santa Catarina, onde 16,89% dos eleitores deixaram de comparecer às urnas.
Enquanto que, na eleição do dia 3 de outubro, 24,6 milhões de brasileiros aptos a votar não o fizeram, neste domingo o número chegou a mais de 29 milhões.
Isso faz com que o índice de abstenção na eleição de hoje supere o da disputa anterior, em 2006. Segundo dados do TSE, 21,46% dos eleitores aptos a votar não compareceram às urnas neste domingo.
O índice é superior aos 18,12% do primeiro turno. O percentual também supera o do segundo turno de 2006 (18,99%), mas fica atrás do segundo turno de 2002 (25,74%), quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva derrotou o tucano José Serra.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Agressividade de Serra o fez cair?
A última pesquisa divulgada nesta quarta-feira (27), mostra a candidata do PT, Dilma Rousseff com 51,9% das intenções de voto contra 36,7% do tucano José Serra. Brancos e nulos totalizaram 4,7% e indecisos, 6,8%.
Dilma está 15,2% à frente de Serra. É a maior diferença deste segundo turno.
Pesquisas recentes do Vox Populi, Ibope e Datafolha mostravam Dilma entre 10 e 12% à frente do tucano. Será que agora aumentou?
Se considerarmos apenas os votos válidos Dilma ficou com 58,6% ante 41,4% de Serra. Diferença de 17,2%. A margem de erro é de 2,2%.
A pesquisa mostra também que a rejeição a Serra aumentou muito, de 37,5% da última pesquisa Sensus para 43% (mais de 5%). A de Dilma caiu de 35,4% para 32,5%.
Se for uma tendência a ser confirmada nas próximas pesquisas, o que terá motivado a queda de Serra e o aumento de sua rejeição?
O Observatório atribui a resposta dos eleitores ao aumento da agressividade de Serra nos últimos debates contra Dilma, e mudança do tom de sua campanha, muito mais acusando-a de desvios e falhas, do que propondo soluções para o Brasil. Parece que o povo não gostou disso ...
Lembram-se da postura de Geraldo Alckmin no início do segundo turno de 2006, contra Lula, que o tiro saiu pela culatra? Alckmin iniciou ali seu declínio e sua derrota acachapante no final.
Será que o mesmo aconteceu com Serra?
Ou será que foi a "bolinha de papel"?
Dilma está 15,2% à frente de Serra. É a maior diferença deste segundo turno.
Pesquisas recentes do Vox Populi, Ibope e Datafolha mostravam Dilma entre 10 e 12% à frente do tucano. Será que agora aumentou?
Se considerarmos apenas os votos válidos Dilma ficou com 58,6% ante 41,4% de Serra. Diferença de 17,2%. A margem de erro é de 2,2%.
A pesquisa mostra também que a rejeição a Serra aumentou muito, de 37,5% da última pesquisa Sensus para 43% (mais de 5%). A de Dilma caiu de 35,4% para 32,5%.
Se for uma tendência a ser confirmada nas próximas pesquisas, o que terá motivado a queda de Serra e o aumento de sua rejeição?
O Observatório atribui a resposta dos eleitores ao aumento da agressividade de Serra nos últimos debates contra Dilma, e mudança do tom de sua campanha, muito mais acusando-a de desvios e falhas, do que propondo soluções para o Brasil. Parece que o povo não gostou disso ...
Lembram-se da postura de Geraldo Alckmin no início do segundo turno de 2006, contra Lula, que o tiro saiu pela culatra? Alckmin iniciou ali seu declínio e sua derrota acachapante no final.
Será que o mesmo aconteceu com Serra?
Ou será que foi a "bolinha de papel"?
Jader: qual será seu presente de aniversário?
O deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) aniversaria hoje, 27. Nesta data o STF julgará se mantém a decisão do TSE e barra sua candidatura ao Senado, na qual ficou em segundo lugar nas eleições, ou se confirma sua candidatura, permitindo que candidatos que renunciaram anteriormente para não serem cassados têm condições de serem eleitos.
Que presente Jader ganhará?
Leia a matéria abaixo (do Portal IG) e saiba mais detalhes.
O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta quarta-feira, 27, um recurso do ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA) contra sua condenação com base na Ficha Limpa. De uma só vez a Corte pode definir o futuro do político e a validade da nova lei das inelegibilidades para as eleições de 2010.
Com o julgamento, será a segunda vez que o STF se debruça sobre a Ficha Limpa. Na primeira ocasião, ao julgar um recurso do ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PSC), a corte não chegou a um consenso e cinco ministros foram favoráveis à aplicação da Lei nestas eleições, outros cinco foram contra.
Para sair do impasse há a possibilidade de algum dos ministros mudar de posição ou a aplicação de dispositivos previstos no regimento interno. Um deles é o chamado “voto de qualidade”, que seria usado pelo presidente do Supremo, Cezar Peluso, para desempatar o placar.
Tal ação, contudo, foi descartada pelo ministro no julgamento de Roriz. “Não tenho vocação para déspota”, disse, na ocasião. Outra opção é rejeitar o recurso de Jader uma vez que, em caso de empate, não há votos suficientes para derrubar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que barrou o político com base na Lei da Ficha Limpa.
Tal dispositivo também é controverso. Ministros que votaram pela aplicação da Ficha Limpa somente um ano após sua edição – como acontece com todas as leis que alteram o processo eleitoral – avaliam que uma Corte inferior, no caso o TSE, ficaria com um poder maior de decisão que o do próprio Supremo.
Julgamento
O caso de Jader é semelhante ao de Roriz. Ambos renunciaram ao mandato no Senado para escapar de processos de cassação, o que é vedado pela Ficha Limpa. O lapso temporal, contudo, permitiu que Barbalho disputasse e vencesse as eleições para o Senado no Pará. No caso de seu recurso ser aceito ele será diplomado, se não, seus votos serão considerados nulos e há chance uma nova eleição ser realizada para no Estado.
No julgamento desta tarde, a discussão deve ser travada em torno do artigo 16 da Constituição. Ele prevê o prazo de um ano para que uma lei que altere o processo eleitoral passe a valer. Cinco ministro entendem que criar casos de inelegibilidade e aplicá-las a menos de um ano cria abalos e desequilíbrio à disputa. Outros cinco acreditam que, como a Ficha Limpa não faz distinção de candidatos e é aplicada a todos, não haveria tal desequilíbrio.
No julgamento do caso Roriz, que acabou sem a proclamação de um resultado devido ao empate de cinco a cinco, os debates duraram mais de 15 horas, divididos em dois dias. O impasse na Corte acontece devido à ausência do 11º ministro, uma vez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não indicou um sucessor para a cadeira de Eros Grau, que se aposentou em agosto.
Com o julgamento, será a segunda vez que o STF se debruça sobre a Ficha Limpa. Na primeira ocasião, ao julgar um recurso do ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PSC), a corte não chegou a um consenso e cinco ministros foram favoráveis à aplicação da Lei nestas eleições, outros cinco foram contra.
Para sair do impasse há a possibilidade de algum dos ministros mudar de posição ou a aplicação de dispositivos previstos no regimento interno. Um deles é o chamado “voto de qualidade”, que seria usado pelo presidente do Supremo, Cezar Peluso, para desempatar o placar.
Tal ação, contudo, foi descartada pelo ministro no julgamento de Roriz. “Não tenho vocação para déspota”, disse, na ocasião. Outra opção é rejeitar o recurso de Jader uma vez que, em caso de empate, não há votos suficientes para derrubar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que barrou o político com base na Lei da Ficha Limpa.
Tal dispositivo também é controverso. Ministros que votaram pela aplicação da Ficha Limpa somente um ano após sua edição – como acontece com todas as leis que alteram o processo eleitoral – avaliam que uma Corte inferior, no caso o TSE, ficaria com um poder maior de decisão que o do próprio Supremo.
Julgamento
O caso de Jader é semelhante ao de Roriz. Ambos renunciaram ao mandato no Senado para escapar de processos de cassação, o que é vedado pela Ficha Limpa. O lapso temporal, contudo, permitiu que Barbalho disputasse e vencesse as eleições para o Senado no Pará. No caso de seu recurso ser aceito ele será diplomado, se não, seus votos serão considerados nulos e há chance uma nova eleição ser realizada para no Estado.
No julgamento desta tarde, a discussão deve ser travada em torno do artigo 16 da Constituição. Ele prevê o prazo de um ano para que uma lei que altere o processo eleitoral passe a valer. Cinco ministro entendem que criar casos de inelegibilidade e aplicá-las a menos de um ano cria abalos e desequilíbrio à disputa. Outros cinco acreditam que, como a Ficha Limpa não faz distinção de candidatos e é aplicada a todos, não haveria tal desequilíbrio.
No julgamento do caso Roriz, que acabou sem a proclamação de um resultado devido ao empate de cinco a cinco, os debates duraram mais de 15 horas, divididos em dois dias. O impasse na Corte acontece devido à ausência do 11º ministro, uma vez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não indicou um sucessor para a cadeira de Eros Grau, que se aposentou em agosto.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Datafolha: Dilma 56 x 44 Serra. Tucanos correm risco de desmobilização?
Essa foi a opinião do jornalista Fernando Rodrigues, em seu blog no UOL. Leiam:
Estagnação no Datafolha pode desanimar militância do PSDB
A pesquisa Datafolha realizada hoje (26.out.2010) indica uma estabilidade total em relação ao levantamento da semana passada. Hoje, Dilma Rousseff (PT) tem 56% dos votos válidos. José Serra (PSDB) tem 44%. São exatamente os mesmos percentuais do dia 21.out.2010.
Ou seja, a diferença entre a petista e o tucano continua sendo de 12 pontos.
Nessa circunstância, a virada tucana fica um pouco mais longe no horizonte das possibilidades. O risco maior a esta altura para Serra é a desmobilização daqueles que são seus apoiadores.
O reduto serrista se concentra nas regiões Sul e Sudeste. São também daí os eleitores que mais costumam viajar em feriados prolongados, como esse de Finados que estará emendado ao domingo (31.out), dia da eleição.
Um aumento de abstenção no Sul e no Sudeste tende a prejudicar mais a Serra do que a Dilma. E como os eleitores tucanos podem se desanimar se as pesquisas mostrarem pouca chance de virada, as coisas se complicam mais para o candidato do PSDB.
Do lado de Dilma também há riscos. Por exemplo, o ânimo exacerbado que acaba relaxando os militantes –cujo raciocínio pode ser do tipo “se já está tudo definido, não preciso me esforçar”. Como esse erro já foi cometido pelos petistas no 1º turno, em tese, não se repetirá agora.
Por fim, o Datafolha ainda encontra 8% de indecisos e 5% que votam em branco ou nulo. Só haveria uma virada se ocorresse algo estatisticamente impossível: todos se decidindo a favor de Serra. Em geral, os indecisos se dividem proporcionalmente aos candidatos de acordo com o percentual que cada um já tem.
Estagnação no Datafolha pode desanimar militância do PSDB
A pesquisa Datafolha realizada hoje (26.out.2010) indica uma estabilidade total em relação ao levantamento da semana passada. Hoje, Dilma Rousseff (PT) tem 56% dos votos válidos. José Serra (PSDB) tem 44%. São exatamente os mesmos percentuais do dia 21.out.2010.
Ou seja, a diferença entre a petista e o tucano continua sendo de 12 pontos.
Nessa circunstância, a virada tucana fica um pouco mais longe no horizonte das possibilidades. O risco maior a esta altura para Serra é a desmobilização daqueles que são seus apoiadores.
O reduto serrista se concentra nas regiões Sul e Sudeste. São também daí os eleitores que mais costumam viajar em feriados prolongados, como esse de Finados que estará emendado ao domingo (31.out), dia da eleição.
Um aumento de abstenção no Sul e no Sudeste tende a prejudicar mais a Serra do que a Dilma. E como os eleitores tucanos podem se desanimar se as pesquisas mostrarem pouca chance de virada, as coisas se complicam mais para o candidato do PSDB.
Do lado de Dilma também há riscos. Por exemplo, o ânimo exacerbado que acaba relaxando os militantes –cujo raciocínio pode ser do tipo “se já está tudo definido, não preciso me esforçar”. Como esse erro já foi cometido pelos petistas no 1º turno, em tese, não se repetirá agora.
Por fim, o Datafolha ainda encontra 8% de indecisos e 5% que votam em branco ou nulo. Só haveria uma virada se ocorresse algo estatisticamente impossível: todos se decidindo a favor de Serra. Em geral, os indecisos se dividem proporcionalmente aos candidatos de acordo com o percentual que cada um já tem.
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