sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ibope: Dilma 39 x 34 Serrra

Corrigindo a última pesquisa mentirosa do Datafolha, que mostrava Serra 1% a frente de Dilma, quando o Vox mostrava Dilma 8% na dianteira, o Ibope divulgou agora a pouco números que reforçam a subida de Dilma. A petista aparece com 39% e Serra com 34%. Marina tem 7%. E agora, Datafolha? Leia o que saiu no UOL:

Pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira (30) sobre a intenção de voto para a Presidência da República mostra a candidata do PT, Dilma Rousseff com 39% das inteções de voto. José Serra, do PSDB, aparece em segundo, com 34%, seguido de Marina Silva, do PV, com 7%.

Votos em branco e nulos somam 7% e indecisos 12%. Segundo a pesquisa, os demais candidatos que disputam a Presidência não pontuaram. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S.Paulo, a pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 30 de julho e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 24 de julho de 2010, sob o número 20809/2010. Foram ouvidas 2.506 pessoas.

Fonte: UOL (irmão do Datafolha)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Veja as campanhas de governo mais caras do Brasil

Os partidos já encaminharam ao Tribunal Superior Eleitoral os valores que serão gastos nas campanhas à presidência, governadores, senadores, deputados (federais e estaduais). As estratégias dos 27 candidatos a governador, incluindo o Distrito Federal, vão exigir dotação financeira de R$ 1,46 bilhão. A campanha de Geraldo Alckmin (PSDB/SP) é a que tem o maior empenho: R$ 58 milhões. A do rival Paulo Skaf (PSB/SP), que não poderá exceder os R$ 50 milhões declarados, é a segunda com mais recursos. Depois aparece Ana Júlia Carepa (PT/PA), com R$ 47 milhões, que disputa a reeleição no Pará. Com R$ 46 milhões, está em quarto lugar Aloizio Mercadante (PT/SP), canditado ao governo paulista após oito anos como senador.

O TSE já recebera, na primeira semana deste mês, os valores das campanhas à presidência. José Serra (PSDB/SP) declarou que tem intenção de investir R$ 180 milhões. Dilma Rouseff (PT/RS) estimou gastos de R$ 157 milhões. Marina Silva (PV/AC) planeja um mínimo de R$ 90 milhões. Os partidos nanicos declararam um total de R$ 37 milhões, o maior deles foi o PSDC (Partido Social Democrata Cristão) com R$ 25 milhões. O conjunto de investimentos em comunicação nas eleições 2010, dos deputados estaduais à presidência, segundo especialistas, deve chegar a R$ 4 bilhões. O horário eleitoral gratuito começa no dia 17 de agosto.

Fonte: revista Propaganda & marketing / SP

Lula será o apresentador de Dilma nos programas de TV

Criador e padrinho da candidatura da petista Dilma Rousseff ao Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá ser o personagem principal do primeiro programa de TV da ex-ministra.

Num papel até agora pouco comum para ele — o de apresentador de TV —, Lula pretende mostrar Dilma ao eleitorado não só como a responsável pelas grandes obras de seu governo, previstas nos Programas de Aceleração do Crescimento (PACs) 1 e 2, mas também como a garantia de que nenhum programa social, como o Bolsa-Família e o Minha Casa, Minha Vida, será mudado caso ela seja eleita. E, se houver mudança, será para incluir mais gente nos programas.

A ideia, segundo os coordenadores da campanha de Dilma, é fazer um programa leve, com muita informação a respeito do governo de Lula e do que a candidata poderá fazer a mais do que o seu padrinho fez nos quase oito anos de governo. Sempre que Dilma aparecer, haverá ao lado uma bola com o Cruzeiro do Sul, num azul que, aos poucos, vai mudando de cor, até se tornar branco e, em seguida, verde-amarelo.

A exemplo do que fez nos programas da candidatura de Lula à reeleição, em 2006, João Santana pretende usar muitos efeitos especiais, com bastante didatismo. Sempre que fizer menção ao petróleo existente na camada do pré-sal, por exemplo, mostrará gráficos com a profundidade do óleo e a engenharia e a logística para retirá-lo.

A intenção é atrair a curiosidade do telespectador. A propaganda eleitoral no rádio e na TV começa oficialmente no dia 17 de agosto.

Fonte: Agência Estado

Datafolha x Vox: diferenças metodológicas

Ainda sobre a celeuma que causaram as divergentes pesquisas Vox Populi x Datafolha, o site Valor Econômico tentou mostrar que na resposta espontânea à presidência os números se aproximam. Mas, não é bem assim. Vejam: Datafolha diz que Dilma tem 21% das intenções espontâneas e o Vox diz que Dilma tem 28%. São 7 pontos de diferença.

Um outro tópico interessante do post é quando faz uma avaliação das diferenças entre as metodologias dos dois intitutos. Leia:


Um ponto importante nas diferenças metodológicas é que o Datafolha faz entrevistas na rua e o Vox Populi vai à casa dos entrevistados. Ambos os institutos utilizam dados do IBGE para montar suas amostras.

O Vox Populi argumenta contra a pesquisa feita na rua que não há como checá-la - e 20% dos questionários tem que passar por esse processo para cumprir padrão internacionalmente estabelecido - a não ser por telefone, o que restringe a amostra. Nos cruzamentos do Vox, os resultados colhidos exclusivamente junto ao universo de eleitores com telefone coincidem com os da pesquisa geral do Datafolha. Ao fazer essa amostra, o Vox Populi avalia excluir 35% do eleitorado.

Em defesa da pesquisa de rua, o Datafolha argumenta que a sondagem em domicílio exclui moradores de alguns prédios e favelas que não permitem a entrada do entrevistador e que há outros meios de checagem além do telefone.

Ainda que estas metodologias distintas ajudem a explicar as diferenças, não há uma extraordinária relevância estatística nos números da discórdia. Além disso, margens de erro não são um simples colchão de conforto para os institutos, e sim a admissão de que a metodologia não é imune a falhas.

As equipes dos candidatos, que, neste momento da disputa, usam os números para passar o chapéu entre os financiadores, sempre vão achar que a pesquisa que os favorece é a melhor. Em qualquer lugar do mundo, é natural que pesquisas divirjam, especialmente a esta altura da campanha, com tamanho grau de indefinição do eleitorado.

Os institutos de pesquisa vivem de sua credibilidade e o restrospecto das campanhas eleitorais no Brasil ensina que os erros mais abissais são nela debitados. É pelo acúmulo de erros e acertos que as metodologias são afinadas em busca de um resultado mais fidedigno. Exatidão mesmo, só no resultado das urnas e este, felizmente, não há como prever.

Tucanos: O medo invade a campanha

Fonte: Revista Isto É - Internet

PSDB recorre a velhos fantasmas e tenta assustar o eleitor ao vincular o PT a grupos terroristas e ao crime organizado

Alan Rodrigues e Sérgio Pardellas

O comando da campanha de José Serra (PSDB) colocou o medo no centro da disputa presidencial. Tudo começou com a surpreendente entrevista do vice de Serra, Indio da Costa (DEM), dizendo a um site do partido que o PT é ligado às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ao narcotráfico. Num primeiro momento, lideranças partidárias passaram a ideia de que Indio era apenas uma voz isolada além de descontrolada e inconsequente. Aos poucos, porém, foi ficando claro que ele cumpria um script previamente combinado. Muito bem orientado pelos caciques do PSDB e DEM, o vice de Serra servia de ponta de lança para uma estratégia de campanha: o uso da velha e surrada tática do medo. Ele procurava criar fantasmas na cabeça do eleitor para tirar votos da candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff.

A tática do medo, por definição, desqualifica o debate político. Quem a utiliza está disposto a trabalhar não com a razão, mas com sentimentos mais primários e difusos. Recorre a argumentos distantes de qualquer racionalidade para tentar encantar um público mais desinformado ou que já coleciona arraigados preconceitos. É um jogo perigoso: Campanhas negativas podem até aumentar a rejeição ao candidato que as patrocina, diz o cientista político José Paulo Martins Jr., da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Mas os tucanos resolveram arriscar.

Apesar das reações provocadas pelas declarações de Indio da Costa (o TSE já concedeu até direito de resposta ao PT), expoentes do PSDB e o próprio Serra não desautorizaram o deputado do DEM. Ao contrário, passaram a engrossar o vale-tudo eleitoral. Animado, Indio voltou à carga, insinuando uma relação entre o PT e uma facção criminosa do Rio. Já há vários indícios de ligação do Comando Vermelho com as Farc. E qual a opinião da Dilma sobre isso? Veja só: o PT e as Farc, as Farc e o narcotráfico, o narcotráfico, o Rio de Janeiro e o Comando Vermelho, com indícios muito claros de relacionamento. Ela (Dilma) tem que dizer o que acha, afirma. Na quinta feira 22, foi o próprio Serra quem assumiu a estridente toada: Há evidências mais do que suficientes do que são as Farc. São sequestradores, cortam as cabeças de gente, são terroristas. E foram abrigados aqui no Brasil. A Dilma até nomeou a mulher de um deles. Desta vez, o tom do discurso escandalizou os adversários. Fui surpreendido com a decisão de Serra de entrar nesse debate. Pelo jeito, ele resolveu dar uma guinada para a direita ao perceber que não deu certo o estilo Serrinha paz e amor. Serra, agora, resolveu ser troglodita, disse o líder do governo na Câmara e um dos coordenadores da campanha de Dilma, Cândido Vaccarezza (PT-SP). Não adianta o kit baixaria do Serra: o povo quer saber é de propostas e de trajetória, afirmou o deputado petista Ricardo Berzoini.

A tentativa do PSDB de criar uma atmosfera de satanização do PT e de sua candidata ao Planalto, Dilma Rousseff, é inteiramente planejada, ao contrário do que poderia parecer. Segundo apurou ISTOÉ, pesquisas qualitativas em poder da coordenação da campanha tucana identificaram que setores do eleitorado brasileiro ainda teriam restrições à turma ligada ao Lula. Na enquete realizada pela coligação PSDB-DEM abrangendo as regiões Sul, Sudeste e Nordeste (70% do eleitorado nacional), chegou-se à conclusão de que a imagem de Lula é a mais próxima do chamado político ideal.

Diante desse quadro, a pesquisa, focando o eleitor das classes B e C, de 25 a 50 anos, tentou filtrar o que, para a população, haveria de bom e ruim no governo petista. Lula foi considerado quase acima do bem e do mal, conforme informou à ISTOÉ um dirigente tucano que teve acesso aos números. Porém, em seis pesquisas, quando consultados sobre temas espinhosos como radicalismo e corrupção, os eleitores invariavelmente apontavam a culpa para setores em torno de Lula. A turma é que não seria boa.

A constatação animou os tucanos a investir contra o PT. Nas próximas semanas, entre os novos temas a serem abordados estão a relação dos petistas com Hugo Chávez e a defesa que fazem do terrorista Cesare Battisti. Mas, no embalo, sobrará até para o próprio Lula, como demonstrou, na quarta-feira 21, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE): Lula é chavista, disse o líder tucano. Ele pretende fazer aqui neste país uma ditadura populista, em que vai se cerceando os espaços de todo mundo e ficando só o seu espaço de poder. Para Jereissati, a questão não tem a ver com a alta popularidade de Lula. Chávez também é muito popular. Outros ditadores também foram muito populares. O problema é que neste governo a política é de eliminação de todo e qualquer adversário, disse.

Um retrospecto histórico mostra, no entanto, que a tática do medo, colocada em curso pela campanha tucana, funcionou na volta do País à democracia, mas não tem dado certo num Brasil mais maduro. Levado a cabo nessas eleições, o vale-tudo eleitoral pode, mais uma vez, significar o suicídio da campanha tucana. Em 2002, por exemplo, o próprio Serra, então candidato de Fernando Henrique Cardoso ao Palácio do Planalto, lançou mão do medo como artifício: Existe o PT real e o PT da tevê, disse ele no horário eleitoral. É muito importante debater as invasões ilegais e as ligações com as Farc. Isso não aparece na tevê, mas é um lado do PT, acrescentou o tucano, que estava em baixa nas pesquisas. Por causa dos ataques, o PSDB perdeu um minuto e meio de seu tempo na tevê. E o resultado, todos sabem: Lula venceu a eleição e já está há quase oito anos no poder, registrando índices recorde de popularidade.

A retórica do medo não costuma ter a capacidade de reverter votos, segundo o consultor político e professor da USP Gaudêncio Torquato. O terrorismo linguístico que começa a subir a montanha não chega perto das massas. Apenas reforça posições de camadas já sedimentadas, disse ele à ISTOÉ. Não é novidade utilizar-se da tática eleitoral do medo. O que aconteceu é que Indio cumpriu um papel que lhe deram: o de tocar o apito. Para Torquato, Indio executou a missão atribuída a ele pela cúpula de campanha do PSDB. Assim, preservaria Serra da acidez, acredita. Ainda de acordo com o consultor político, esse tensionamento já era bastante previsível e teria outras duas finalidades: a de apresentar o candidato a vice na chapa tucana ao País e tentar enervar a candidata do PT, Dilma Rousseff. Ao mesmo tempo que eles dão uma estocada, a campanha o apresenta, já que ninguém o conhece. Também criam a polaridade que a campanha do PSDB precisa e tentam tirar Dilma do sério, afirma Torquato.

Discutimos fatos de conhecimento público. Todo mundo sabe da relação do PT com as Farc e todos sabem que as Farc têm relação com o narcotráfico, insiste o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE). Anos atrás, o PSDB utilizou-se até das denúncias de que a guerrilha colombiana havia repassado US$ 5 milhões para campanhas eleitorais petistas, o que nunca foi comprovado. Mas, fora as fantasias, o que há de real entre o PT e as Farc? Para responder a essa pergunta, é preciso voltar ao ano de 1990. Com a dissolução da União Soviética, a esquerda mundial estava desamparada. Na América Latina, por sugestão de Fidel Castro, Lula acabou propondo a criação do Foro de São Paulo, a fim de aglutinar partidos, sindicatos e organizações de esquerda. As Farc integraram esse movimento, embora na ocasião ainda não se conhecessem vínculos dela com o narcotráfico. Daí para a frente, a guerrilha sempre participou das reuniões do Foro e recebeu o apoio político de seus membros. O PT chegou a cultivar relações com representantes das Farc, principalmente com o ex-padre Olivério Medina.

No entanto, desde que Lula chegou ao governo, em 2003, o PT tratou de se distanciar do movimento. Em 2005, como revelaram e-mails de dirigentes das Farc, a guerrilha foi impedida de participar da reunião que comemorou o aniversário de 15 anos do Foro de São Paulo e que contou com a presença de Lula. Em 2008, ocasião da libertação da ex-senadora colombiana Ingrid Betancourt, Lula condenou publicamente a guerrilha. A grande chance que as Farc têm de um dia governar a Colômbia é acreditar na democracia, na militância política. É fazer o jogo democrático como fizemos aqui. Não se ganha eleição sequestrando pessoas, disse.

Levando-se em conta a lógica controversa que vem sendo usada na campanha de Serra, o próprio líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), seria também ligado à guerrilha colombiana. Em 1999, Virgílio não apenas recebeu o então representante das Farc no Brasil, Hernán Ramirez, em seu gabinete, como foi considerado pelo grupo um dos principais interlocutores da guerrilha no País. À época, Virgílio era secretário-geral do PSDB e líder do governo FHC no Congresso. No mesmo ano, Ramirez visitou também o então governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra (PT). Um dos objetivos dos encontros era abrir um escritório das Farc em Brasília. Mas a ideia não prosperou. Ela só voltou a prosperar agora no discurso atropelado do PSDB.

Datafolha aponta perda de vagas da oposição no Senado

Pelo menos nessa informação o Datafolha foi coerente. Leiam:

A oposição corre risco de redução do número de senadores nos oito principais colégios eleitorais do país, revela o Datafolha. Segundo pesquisa realizada em sete Estados (SP, MG, RJ, PE, BA, RS e PR) e no Distrito Federal, a bancada de PSDB e DEM cairia à metade (de seis para três) se a eleição fosse hoje.

Integrante da oposição, o PPS elegeria um senador: Itamar Franco, em Minas.

Segundo a pesquisa, realizada em parceria com a TV Globo, de 20 a 23 deste mês, a bancada do PT dobraria, de dois para quatro senadores.

Excluído o PMDB, que perderá dois governistas e elegeria ao menos dois independentes, a base governista subiria de oito para dez nesses colégios eleitorais. A oposição cairia de seis para quatro.

Entre essas 16 vagas em disputa (duas para cada colégio), haverá renovação de, no mínimo, 62% e a eleição de ao menos nove novatos.

Realizada a 71 dias da eleição, a pesquisa ainda não registra o esforço dos principais cabos eleitorais em apoio a seus candidatos.

Aliado do presidenciável José Serra (PSDB) e potencial beneficiário da divulgação do 45 em São Paulo, Aloysio Nunes Ferreira aparece em sétimo lugar --com apenas 4%, e tecnicamente empatado com Ana Luiza, do PSTU.

Em Minas, o candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Pimentel (PT), tem 23% e está em terceiro lugar, atrás do ex-governador tucano Aécio Neves (62%) e de Itamar (41%).

Na Bahia, o petista Walter Pinheiro --candidato do governador Jaques Wagner (PT)-- é o terceiro, com 20%.

Como a margem de erros é três pontos, para mais ou para menos, Pinheiro está encostado em Lídice da Mata (PSB), 26%. O senador Cesar Borges (PR) lidera, com 34%.

No Rio, Marcelo Crivella (PRB) tem 42%, e o ex-prefeito Cesar Maia (DEM), 31%.

TSE nega multa a Google por propaganda pró-Dilma

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Henrique Neves negou aplicação de multa contra a Google Brasil Internet e José Augusto Aguiar Duarte por conta de suposta propaganda eleitoral fora de época a favor da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. De acordo com a corte, o Ministério Público Eleitoral (MPE) havia pedido a punição contra o dono do blog osamigosdopresidentelula e a empresa hospedeira do site com a alegação de que em cada página do blog existe um link para a "Comunidade oficial dos amigos da presidente Dilma" com objetivo de divulgar a campanha eleitoral.

O MPE afirmou que o link e matérias favoráveis ao governo Luiz Inácio Lula da Silva caracterizam propaganda antecipada - pela Lei das Eleições (Lei 9504/97), a propaganda só é permitida a partir do dia 5 de julho. "Essa seleção (de conteúdo favorável a Lula), contudo, não caracteriza, por si, propaganda eleitoral antecipada. Se assim fosse, as matérias originais também caracterizariam irregularidade, quando, na verdade, representam a livre expressão do pensamento e a liberdade de imprensa", afirmou Neves.

De acordo com o TSE, o MPE pediu à Justiça Eleitoral a retirada do site do ar e a suspensão do acesso de todo conteúdo. Porém, na decisão, o ministro recusou a suspensão do conteúdo do blog porque, chegado o dia 6 de julho, o pedido não fazia mais sentido, já que a propaganda estava liberada.

Duarte respondeu a ação do MPE com base no inciso IV do artigo 5º da Constituição. "Exatamente nesse contexto de ampla e constitucional liberdade de expressão e de informação, exercida através de um meio extremamente democrático - internet - é que foram e são lançados os mais diversos comentários de identificação e apoio ao presidente Lula, bem como a reprodução de matérias jornalísticas veiculadas pela imprensa nacional."

Já o Google informou que "não exerce controle preventivo ou monitoramento sobre o conteúdo das páginas pessoais criadas pelos usuários", e que os blogueiros têm total ingerência sobre o conteúdo de seus sites.

domingo, 25 de julho de 2010

Vox Populi 8 x 1 DataFolha

Mais um post sobre as diferenças entre as pesquisas: Blog do Rovai

O amigo deve estar se perguntando porque os resultados do Vox Populi e do DataFolha são tão diferentes. O primeiro dá Dilma 41, Serra 33 e Marina 8. O segundo consegue apurar Serra 37, Dilma 36 e Marina 10.

É fácil entender, basta ler a Folha de vez em quando. Ela decidiu fazer de tudo para que Serra vença esta eleição.

Não é a primeira vez que o jornal dá uma diferença que não existe para corrigir lá na frente.

Fez isso quando Serra lançou sua candidatura. Deu um jeito de o tucano aparecer com uma boa frente em relação a Dilma. Agora dá um jeito de ele não aparecer feio na foto a 25 dias do programa eleitoral.

Seria muito ruim para Serra começar o programa de TV com todos os institutos de pesquisas acusando ele em segundo com uma diferença larga em relação a Dilma.

Este blogueiro acha que esta eleição já fez sua primeira vítima. E não é o Álvaro Dias. Ele não tinha muito a perder sendo ou não sendo vice de Serra.

A grande vítima desta eleição deve ser o DataFolha. O instituto que sempre foi considerado confiável por todos os atores políticos, parece ter sido escalado para fazer campanha a favor de uma candidatura.

Quando isso acontece, a credibilidade vai para o ralo. Porque os que contratam pesquisas querem tudo, menos ser mal informados.

Anotem e confiram, o DataFolha em relação à sua participação no mercado vai sair menor do que entrou neste processo eleitoral. E não fiquem em dúvida em relação às pesquisas. Dilma tem no mínimo cinco pontos na frente de Serra. Todas as pesquisas que este blogueiro teve acesso nos últimos 30 dias apontam isso.

Todos os empresários, associações e marqueteiros que contratam pesquisas sabem disso.

Por isso, ao forçar a mão, o DataFolha apenas se desmoraliza mais um pouco.

PS: Anotem aí, como a realidade não vai mudar porque o DataFolha quer, quando iniciar o programa eleitoral ele vai ajustar seus números. E vai apontar o crescimento da candidata do PT à vinculação dela com Lula na TV. Não estou querendo ser Bidu. Faz parte da lógica deles…

O Datafolha e a necessidade de auditoria

Blog do Brizola Neto

Bem , depois de me desintoxicar um pouco deste mundo de manipulação e propaganda, acho que é possível, de maneira bem calma e racional, mostrar a vocês como o Datafolha perdeu qualquer compromisso com a ciência estatística e passou a funcionar com uma arrogância que não se sustenta ao menor dos exames que se faça sobre os resultados que apresenta.

A primeira coisa que salta aos olhos é o problema gerado pela definição da área de abrangência e, por consequencia, da amostra. Ao contrário do que vinha fazendo nas últimas pesquisas, o Datafolha conjugou pesquisas estaduais e uma pesquisa nacional.

O resultado é um monstrengo, uma verdadeira barbaridade estatística. E as provas estão todas no site do TSE ao alcance de qualquer pessoa. E do próprio Tribunal e do Ministério Público Eleitoral.

Vejamos a mecânica da monstrengo produzido pelo Datafolha.

Dia 16 de julho, o Datafolha (já usando esta razão social e não mais Banco de Dados São Paulo, como usava antes) registrou, sob o número 19.890/ 2010, uma pesquisa nacional de intenção para presidente. Nela, ao relatar a metodologia, o instituto abandonou os critérios tradicionais de distribuição da pouplação brasileira e “expandiu” as amostras dois oito estados.

No próprio registro há a explicação: “Nessa amostra, os tamanhos dos estratos foram desproporcionalizados para permitir detalhamento de algumas unidades da federação (UF´s) e suas capitais. Nos resultados finais, as corretas proporções serão restabelecidas através de ponderação. A amostra nos estados em que não houve expansão foi desenhada para um total de 2500 questionários.

E quantos somavam os “estratos desproporcionalizados”? Está lá: As UF´s onde houve expansão da amostra foram: SP-2040 entrevistas (1080 na capital), RJ-1240 entrevistas (650 na capital), MG-1250 entrevistas (400 na capital) , RS-1190 entrevistas (400 na capital), PR-1200 entrevistas (400 na capital), DF-690 entrevistas, BA-1060 entrevistas (400 na capital), PE-1080 entrevistas(400 na capital). A soma, portanto dá 9750 entrevistas, de um total de 10.730.

Logo, sobraram para todos os 19 demais estados brasileiros 980 entrevistas.

Qualquer estudante de estatística sabe que você não pode misturar critérios de amostragem para partes do mesmo universo e, no final, “ponderar” pelo peso de cada uma destes segmentos no total. Da mesma forma que não se pode pegar uma parte de uma amostra nacional e dizer que, no Estado X, o resultado é Y.

O resultado será viciado pela base amostral distorcida.

Mas o Datafolha não parou aí. Esta pesquisa “nacional” (protocolo 19.890/2010) foi registrada tendo como contratantes a Folha e a Globo, com o valor de R$ 194 mil. Cada uma dos ” estratos desproporcionalizados” foi registrado, no dia 19 último, como uma pesquisa “separada”. Veja:

Protocolo 20158/2010 - Paraná, 1.200 entrevistas, contratada pela Empresa Folha da Manhã S/A. e Sociedade Rádio Emissora Paranaense S/A. por R$ 76 mil;

Protocolo 20125/2010 - Distrito Federal, 690 entrevistas, contratada pela Empresa Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 70.900;

Protocolo 20141/2010 - Rio Grande do Sul , 1.190 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. e RBS – Zero Hora Editora Jornalística S/A por R$ 68 mil;

Protocolo 20124/2010 - Bahia , 1.060 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. por R$ 80.258;

Protocolo 20164/2010 - São Paulo , 2.040 entrevistas, contratada pela Empresa Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 74.100 (mais que o dobro por entrevista que na Bahia).

Protocolo 20140/2010 - Pernambuco , 1.080 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 65 mil;

Protocolo 20132/2010 - Minas Gerais , 1.250 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 80 mil;

Protocolo 20161/2010 - Minas Gerais , 1.240 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 68 mil.

Somando todos os valores declarados de contratação chega-se à bagatela de R$ 776.258 reais. Interessante, não?

Mais interessante ainda é o fato de que, nos protocolos listados acima, que você pode consultar na página do TSE , preenchendo o número correspondente, o Datafolha nem sequer se preocupou em depositar, como manda a lei, o questionário específico. Fez como o Serra, que mandou entregar no Tribunal ,como programa, o discurso que fez na convenção. Colocou uma cópia do questionário “nacional”, onde não há perguntas sobre candidatos a governador ou senador.

O Datafolha trata as exigências legais como um “detalhezinho” sem importância, “vende” a mesma pesquisa em nove contratos diferentes – seria bom ver os recibos destes pagamentos, não? – e deposita questionários imcompletos, aos lotes.

Portanto, a análise da pesquisa Datafolha não deve ser estatística. Deve ser jurídica. O douto Ministério Público Eleitoral, que não aceita intimidações de quem quer que seja, bem que poderia abrir um procedimento para apurar todos os fatos que, com detalhes, estão narrados acima.

sábado, 24 de julho de 2010

Quem mente, Datafolha ou Vox Populi?

Vá entender! Fica um cheiro de coisa estranha no ar. Novamente, dois grandes institutos de pesquisa brasileiros trazem resultados muito diferentes.

Datafolha: Serra 37%, Dilma 36%, Marina 10%. 1% a favor de Serra.
Vox: Dilma 41%, Serra 33%, Marina 8%. 8% a favor de Dilma.

Datafolha: fez 10.905 entrevistas entre 20 e 23/07.
Vox: fez 3.000 entrevistras entre 17 e 20/07.

São 9% de diferença entre os dois resultados. Estatisticamente é um absurdo, pois ambas as pesquisas tiveram margem de erro entre 1,8% e 2% e foram realizadas quase no mesmo período, com metodologias similares.

Mas, essas diferenças entre Datafolha e Vox já vêm de algum tempo. Na pesquisa anterior do Vox Populi, divulgada no dia 29 de junho (e que incluía 11 nomes), Dilma tinha 40% contra 35% de Serra e 8% de Marina. Ou seja a diferença entre Dilma e Serra era de 5% e passou para 8%. Já o Datafolha divulgou na última pesquisa, em 1º de julho, Serra tinha 39% e Dilma 37%.

A pesquisa do Datafolha foi contratada pela Folha de São Paulo e pela Globo, historicamente Serristas. A pesquisa do Vox Populi foi contratada pelo Grupo Bandeirantes.

Em quem você acredita?

Eleições no Pará por LFP

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal

Quando chegar à urna eletrônica, o eleitor poderá escolher um candidato com identidade, proposta e currículo honorável? Ou os nomes foram nivelados por baixo e estabeleceram seus acordos visando, acima de tudo, o interesse pessoal? Está difícil o voto consciente.

A eleição deste ano será a mais fisiológica no Pará desde que o povo voltou a eleger a principal autoridade pública do Estado, em 1982.

De 1971 até 1982 os governadores foram eleitos apenas pelos deputados estaduais. No retorno da votação direta e geral se uniram o último governador eleito, em 1965, o tenente-coronel Alacid Nunes, um dos militares que entraram na vida política com o golpe de 1964, e a maior liderança da oposição, o então deputado federal Jader Barbalho. Apesar dessa companhia contraditória, Jader se elegeu governador com uma boa imagem porque do outro lado estava a outra facção da política até então dominante, liderada pelo coronel Jarbas Passarinho.

O governo federal, chefiado pelo general João Batista Figueiredo (o último dos generais-presidentes), apoiou Passarinho, que disputava a reeleição para o Senado, e seu candidato ao governo, o empresário Oziel Carneiro. Já a máquina pública estadual foi colocada a serviço de Jader Barbalho, garantindo sua vitória por uma pequena diferença de votos. Jader se iniciara na política como vereador, 12 anos antes, sob o eco do baratismo, que mandou no Pará em boa parte das quatro décadas anteriores, sob a liderança do coronel Magalhães Barata. O pai de Jader, o ex-deputado estadual Laércio Barbalho, era um destacado baratista.

Mesmo com essa origem, o filho prometia inaugurar um tempo novo no Pará. Era da corrente dos “autênticos”, os mais à esquerda do então MDB, o partido da oposição consentida ao regime militar, do qual resultou o PMDB. Jader parecia disposto a fazer a vontade dos que queriam pôr um fim à era dos coronéis e abrir as portas do Pará à modernidade.

Logo se livrou de um deles, o tenente-coronel Alacid, aliado de ocasião, para apoiar o antigo inimigo, o coronel Passarinho, que ajudou a voltar ao Senado. Indo e vindo, recompondo ou rompendo, Jader Barbalho acabou por revelar o que era: um novo coronel, sem precisar de farda para se impor. Cativando parte expressiva da população com seu carisma, dispensou as armas para suplantar os coronéis fardados, que foram catapultados para o poder pelo regime militar. Desde a República Velha, nenhum político paraense foi tão forte quanto ele.

Suas inquestionáveis habilidades para fazer política e a simpatia do povo constituíram um capital notável. Com ele, Jader se tornou duas vezes governador e ministro, conquistou a presidência do Senado e bateu de frente com o mais terrível político nacional, o baiano Antônio Carlos Magalhães. Venceu-o, mas não levou o troféu. Jader superestimou sua força e subestimou suas fraquezas. A principal delas: a associação da sua fortuna pessoal a enriquecimento ilícito, à base do desvio de dinheiro público.

Hoje, individualmente, ele ainda é o político mais importante do Pará, mas a nódoa que estigmatiza sua imagem o impede de usufruir na plenitude essa condição e lhe impõe contrariedades. Seu índice de rejeição não o animou a concorrer ao governo do Estado e dessa maneira se tornar o único eleito três vezes pelo povo (Almir Gabriel, que voltou a ser seu surpreendente aliado, depois de duas décadas como inimigo figadal, tentou e não conseguiu realizar a façanha). Sua candidatura ao Senado, considerada a favorita, foi tisnada pelo pedido de impugnação formulado pelo Ministério Público Eleitoral no dia 10.

Essa iniciativa não impedirá que a candidatura de Jader se mantenha e que ele venha a ser votado e até eleito. A quantidade dos recursos previstos na lei processual e os prazos para as decisões transferirão por meses o pronunciamento final da justiça. Se depender das manifestações do Tribunal Superior Eleitoral, é provável que a impugnação do líder do PMDB seja mantida, assim como a do petista Paulo Rocha, também para o Senado, e de Luiz Afonso Sefer, do PP, para a Assembléia Legislativa. Todos renunciaram sob a ameaça de ter seus mandatos cassados por quebra do decoro parlamentar. Mas talvez não venha a ser o mesmo o entendimento do Supremo Tribunal Federal diante da argüição de inconstitucionalidade da chamada lei da ficha limpa, que procura afastar da corrida eleitoral políticos com passado desabonador.

A simples apresentação da impugnação pelo Ministério Público, porém, não causará desgastes aos candidatos? Não colocará em ação o mecanismo do voto útil, fazendo o eleitor desistir de votar em candidato ameaçado de afastamento da disputa por transgressão à lei, mesmo se eleito? Certamente este será um recurso de campanha dos adversários. Ainda assim, mais uma vez, no caso de Jader e Paulo Rocha, eles conseguirão compensar esse risco e o neutralizar, como fizeram num passado ainda tão recente?

O fato negativo, de qualquer maneira, existe e vai ter conseqüências. Porém, não é único: é mais um dentre vários fatores de desgaste do processo eleitoral no Pará. Não se tem notícia de governador que tenha ido para uma nova eleição (para eleger seu sucessor ou tentar a reeleição, conforme a possibilidade mais recente na vida pública nacional) com um índice de rejeição tão alto quanto Ana Júlia Carepa. Seu mau conceito experimentou ligeira melhora ultimamente, mas o grande empenho do caro marketing colocado ao seu serviço é fazê-lo ficar abaixo dos 50% nas sondagens que continuam a ser feitas.

Claro que até o dia da votação a situação poderá mudar, mas a estratégia tem que reconhecer essa fragilidade da candidata do PT para tentar evitar o desfecho insinuado pelas pesquisas. É o que pode explicar suas atitudes inconsistentes, sua falta de orientação e diretriz, sua insegurança. E também algo que mesmo entre protagonistas de currículo ruim precisa existir, mas que nela é uma ausência: a palavra, o compromisso. Depois de ter desgastado ao máximo sua relação com o PMDB, mais por omissão em relação à ação dos integrantes do seu grupo, que não controla, por falta de liderança real ou por conveniência, Ana Júlia Carepa tentou ressuscitar a aliança de uma forma primária, amadorística, diante de um jogador tão profissional quanto Jader Barbalho.

A governadora parecia consciente de que o acordo fora rompido e por isso saiu à cata de novos parceiros para encher o baú de legendas, o que acabou conseguindo, com 13 delas ao lado do PT. É uma maneira de fortalecer o seu nome e dar a impressão de ser apoiada por uma frente de partidos e ter a hegemonia, ao menos no plano institucional. Incluiu nesse balaio o seu maior adversário na eleição anterior, o prefeito de Belém, Duciomar Costa, cujo principal título no momento é o de ter rejeição ainda maior do que a de Ana Júlia (a medida pelo Ibope chegou a 73%). O acerto de gabinete foi rápido, à base de toma-lá-dá-cá de favores, compensações e brindes.

Mesmo para um PT cada vez mais fisiológico, no entanto, a mudança, além de súbita, foi radical demais. Provocou traumas internos e desencadeou a ameaça de cisões. Para tentar restabelecer a aparência de unidade, a governadora deixou de cumprir o compromisso com o PTB. De pronto, Duciomar mexeu numa pedra importante do jogo: apresentou a candidatura do empresário Fernando Yamada ao Senado.

Viu-se então o que parecia inimaginável em outros tempos, quando princípios e palavras não haviam sido tão desgastados e desprezados: o PT foi atrás dos partidos aliados para que aderissem à candidatura única ao Senado – no caso, do próprio PT, Paulo Rocha. Iludido pelo domínio dos penduricalhos do poder, o PT parece convencido de que pode substituir eleição por plebiscito, a maneira de manter-se no poder com um sofrível elenco de nomes.

Atento, Jader reagiu apresentando um verdadeiro “laranja” como o segundo candidato do PMDB ao Senado. Esse movimento se harmonizou com a atitude de Simão Jatene de fechar as portas do PSDB a Valéria Pires Franco, pré-candidata que ficou em segundo lugar na pesquisa do Ibope encomendada pelo seu partido, o DEM, dirigido pelo seu marido, o deputado federal Vic Pires Franco. Significaria que, se passar para o 2º turno, Jatene – e não Ana Júlia – será apoiado por Jader?

O PT renunciou à sua história e ingressou de vez na mixórdia que faz todos os partidos políticos patinarem na mesma lama. Buscam a vitória dos seus interesses sem a menor consideração pelo que representavam ou pela idéia que dele faziam – ou ainda fazem – os eleitores. O cidadão que comparecer à sua seção para exercer o “sagrado direito do voto” deverá se inspirar em alguma coisa que o motive, menos no futuro do Pará, que não estará em jogo na eleição de outubro.

Os candidatos que se apresentam agora ao eleitor embaralharam tudo para criar uma enorme ameba, indistinguível, indefinida, que tudo absorve e forma um organismo pegajoso, que não tem identidade nem proposta. Um retrato triste da representação política do Estado.

Fonte: O Estado do Tapajós

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Quando as pesquisas irão se entender?

Se a margem de erro dessas últimas pesquisas de grandes institutos brasileiros é em média 2%, pois são feitas mais de 2000 entrevistas em todo o Brasil, por que a diferença entre elas é tão grande?

O Datafolha acaba de divulgar pesquisa em que Serra aparece com 39%, Dilma com 37% e Marina com 9%. As entrevistas foram feitas com 2.658 eleitores em 163 municípios brasileiros.

Há menos de uma semana o Vox Populi divulgou pesquisa nacional com Dilma com 40%, Serra com 35% e Marina com 8%. Há 10 dias, o Ibope divulgou outra pesquisa com Dilma com 38,2%, Serra com 32,3% e Marina com 7%. Em todas elas, além dos 3 candidatos principais, os 7 candidatos nanicos a presidente foram incluídos como opções aos entrevistados.

Vejam só: entre os 39% do Serra no Datafolha e os 32,3% do Ibope são 6,7% de diferença. Isso mesmo, 6,7%. Mais que 3 vezes maior que a margem de erro das pesquisas.

Qual será o motivo de tamanha discrepância? Será que tem boi na linha?

Enquanto o Vox Populi identificou a subida e ultrapassagem de Dilma desde a pesquisa de 8 a 13 de maio (37 a 34% para a Dilma), o Sensus na pesquisa de 10 a 14 de maio (35,7 a 33,2% para Dilma), e até o Ibope captou primeiro o empate em 37% e depois virada na última pesquisa, o Datafolha insiste em apresentar resultados com Serra na frente. Estranho, não?

Ouvi de um amigo que só se o Datafolha fez a pesquisa na saída das convenções do PSDB e de seus poucos aliados.

Ah, sim. Aí justifica!

Será que os carecas vão ganhar?

Os carequinhas holandeses que quebraram o Brasil, me lembraram os gols do franco-argelino Zinédine Zidane, mandando o Brasil mais cedo para casa. Será que na copa eleitoral os carecas federal e estadual vão se dar bem?

Dunga para presidente!

Ruas desertas. Fim da copa para o Brasil. Agora vai começar, de verdade, a copa eleitoral.

Quem vai vencer? Quem vai ficar pelo caminho? Dilma, Serra ou Marina? Ana, Jatene ou Juvenil? O jogo vai acabar no primeiro tempo ou vai ter segundo?

Últimos acordos sendo fechados e dia 6 o árbitro apita o início desse grande jogo eleitoral. Vamos observar. Será que vaio ter muita canelada ou veremos jogos limpos? Alguém vai ganhar no tapetão? E, Dunga, que montou mal sua chapa, pagou o preço por não ter jogadores "puxadores de voto". A laranja papou o Brasil. Agora é Dunga para Presidente! Cruz credo!